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ASSOREAMENTO

USO INADEQUADO DO SOLO

O uso inadequado do solo pode ser uma fonte muito importante de poluição. O
descuido do homem em controlar a erosão, por exemplo, faz do solo uma fonte potencial de
contaminação das correntezas e lagos. O manejo não apropriado de defensivos, de águas de
irrigação de baixa qualidade, a disposição indiscriminada de resíduos da indústria ou
domésticos podem redundar no acúmulo de substâncias  no solo que podem ser tóxicas às
plantas e, ao entrar na cadeia alimentar, ser letais aos animais e ao homem. Devido a estas
velações e dada a sua importância no ecossistema, o solo ocupa  um papel de destaque no
controle da qualidade do ambiente. Se esse controle vai ser de boa ou má qualidade
dependerá muito da maneira como serão manejadas as reservas edáficas.
 

CAUSAS

As principais causas do Assoreamento de rios, ribeirões e córregos, lagos, lagoas e


nascentes estão relacionadas aos desmatamentos, tanto das matas ciliares quanto das demais
coberturas vegetais que, naturalmente, protegem os solos. A exposição dos solos para práticas
agrícolas, exploração agropecuária, mineração ou para ocupações urbanas, em geral
acompanhadas de movimentação de terra e da impermeabilização do solo, abrem caminho
para os processos erosivos e para o transporte de materiais orgânicos e inorgânicos, que são
drenados até o depósito final nos leitos dos cursos d’água e dos lagos.

CONSEQUÊNCIAS

 Em lagos, lagoas, baías e golfos;

a) Elevação do fundo do corpo hídrico, prejudicando a navegação e diminuindo a lâmina


d'água, o que provoca seu maior aquecimento e menor capacidade de dissolver oxigênio.

b) Alteração da circulação e dos fluxos das correntes internas, comprometendo a vegetação da


orla (manguezais) e as zonas pesqueiras.

c) Em área de manguezais o assoreamento altera a flutuação das marés pelo avanço da linha
de orla, podendo muito rapidamente comprometer este importante ecossistema.

d) O material fino em suspensão na coluna d’água (turbidez), é uma barreira à penetração dos
raios solares, prejudicando a biota que realiza fotossíntese e consequentemente diminuindo a
taxa de oxigênio dissolvido ([[OD}) na água.
Nos rios;

a) o carreamento intenso de sedimentos provoca a elevação topográfica do talvegue de


córregos, rios e canais, originando inundações, que nada mais são do que o transbordamento
da água para além de sua calha.

b)Este processo interfere na dinâmica hidráulica, provocando aumento da velocidade da


corrente próxima a uma das margens, provocando sua erosão, deslocando o eixo do curso de
água e dando início à construção de meandros, o que leva a uma maior deposição de material
sedimentar na planície do rio, potencializando o problema das inundações. A simples
retificação do curso do rio, somente desloca o problema para jusante. Como a retificação
aumenta a velocidade da água, o material que ficaria depositado na planície passa a ser
transportado diretamente para outro lugar. No caso do Rio de Janeiro, estas medidas
agravaram mais ainda a situação da Baía de Guanabara, que em pouco menos de 100 anos
teve uma grande perda de volume de água devido ao assoreamento.

A CONSERVAÇÃO

A Mata Ciliar exerce um papel fundamental na proteção dos rios, funcionando como se
fosse uma esponja. A Mata Ciliar não só protege os rios como evita o ressecamento do solo, a
erosão e o desbarrancamento, mas também preserva a flora e a fauna que habitam estas
áreas, contribuindo para evitar o desaparecimento de espécies.

LEGISLAÇÃO FLORESTAL

A Mata Ciliar é protegida pela Lei 4.771 de 15.09.65, ou seja, o Código Florestal.
Segundo esta lei, a área de proteção das margens dos rios, varia de acordo com a largura do
rio. Para rios com 10 metros de largura, a lei estabelece uma área de proteção de 30 metros
para cada margem. Para rios que possuem entre 10 e 50 metros de largura, a lei determina 50
metros de área protegida para cada margem. Para rios que possuem de 50 a 200 metros de
largura a área protegida deve ser de 100 metros. Para rios com largura entre 200 a 600 metros
a área da margem a ser protegida é de 200 metros e para rios com largura superior a 600
metros a faixa de proteção é de 500 metros para cada margem.

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