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COMPOSIÇÃO DA MATÉRIA

Todos os corpos são compostos de moléculas, e estas são um aglomerado de um ou mais


átomos, a menor porção de matéria.
Cada átomo compõe-se de um núcleo no qual existem prótons, com carga positiva, e
nêutrons, sem carga; em torno do núcleo gravitam os elétrons, elementos de carga negativa.

Fig. 1 Átomo em equilíbrio.

Num átomo em equilíbrio, o número de elétrons em órbita é igual ao número de prótons no


núcleo Fig..1.
O hidrogênio é o elemento mais simples porque só possui um elétron em órbita e um próton
no núcleo. O urânio é dos mais complexos - tem 92 elétrons em órbita e 92 prótons no núcleo.
Quando um elétron é retirado de um átomo, dizemos que esse átomo ficou positivo (íon),
porque há mais elementos positivos no núcleo do que elétrons em órbita.
A disposição dos átomos de um corpo possibilita a retirada dos elétrons por meios diversos.

CORPOS BONS CONDUTORES E CORPOS MAUS CONDUTORES


O átomo como é visto na Fig. 1 é conhecido como átomo de Rutherford-Bohr, o qual se
comporta como um sistema solar em miniatura.
O núcleo do átomo se comporta como o sol, em torno do qual gravitam os elétrons, como se
fossem os planetas, em órbitas circulares ou elípticas.
Foram feitas várias experiências, e os cientistas concluíram que a massa do próton é cerca
de 1840 vezes maior que a do elétron, de modo que praticamente a massa do átomo se concentra
no núcleo. Todavia, a carga elétrica do elétron é a mesma do próton.
Verificou-se que, entre o núcleo e o elétron em órbita, se exerce uma força atrativa, força
esta tanto menor quanto maior a distância entre eles.
Assim, chegou-se à seguinte conclusão:

Corpos bons condutores: são aqueles em que os elétrons mais externos, mediante um
estímulo apropriado(atrito, contato ou campo magnético), podem ser retirados dos átomos.

Exemplos de corpos bons condutores: platina, prata, cobre e alumínio.

Corpos maus condutores: são aqueles em que os elétrons estão tão rigidamente solidários
aos núcleos que somente com grandes dificuldades podem ser retirados por um estímulo
exterior.
Exemplos de corpos maus condutores: porcelana, vidro, madeira.
CARGA ELÉTRICA

Conforme foi exposto, o elétron e o próton são as cargas elementares e componentes do


átomo.
Por convenção, estabeleceu-se que a carga do elétron seria negativa e a do próton positiva,
ou seja, cargas de polaridades opostas.
Aproximando-se cargas de polaridades opostas, verifica-se uma força atrativa entre elas;
aproximando-se
cargas de mesmas polaridades, verifica-se uma força de repulsão entre elas.
Assim, experimentalmente, estabeleceu-se uma unidade para se medir a carga elétrica; esta
unidade chamou-se "coulomb". A carga de 1 elétron é:

e = 1,6 X 10-19 coulombs,

Onde 1 cm3 de cobre possui cerca de 8 X 1022, elétrons livres, ou seja, oito seguido por
vinte e dois zeros.
CORRENTE ELÉTRICA

Corrente elétrica é o deslocamento de cargas dentro de um condutor quando existe uma


diferença de potencial elétrico entre ~as extremidades. Tal deslocamento procura restabelecer o
equilíbrio desfeito pela ação de um campo elétrico ou outros meios (reação química, atrito, luz
etc.).
Então a "corrente elétrica" é o fluxo de cargas que atravessa a seção reta de um condutor, na
unidade de tempo.
Se este fluxo for constante, denominou-se de ampère a relação:

1 ampère = 1 coulomb
segundo

Ou escrevendo de outra maneira:

Um gerador elétrico é uma máquina que funciona como se fosse uma bomba, criando
energia potencial. Esta energia potencial acumula cargas em um pólo, ou seja, um pólo fica com
excesso de cargas de certa polaridade e no outro pólo há deficiência de cargas.
Em outras palavras, o gerador provoca uma diferença de potencial (d.d.p.) entre os seus
terminais.
Se esses terminais constituírem um circuito fechado, como na Fig. 2.1 teremos uma corrente elétri-
ca.

Para facilitar a compreensão, vemos na Fig. 2.4 um esquema hidráulico análogo onde:
- a bomba é análoga ao gerador;
- as tubulações são análogas aos condutores elétricos; - a torneira é análoga ao interruptor;
- a água retirada é análoga à energia consumida;
- o fluxo d'água (Us) é análogo à corrente

Fig. 2.1 Esquema de um circuito elétrico completo.

Fig 2.2 Esquema de um circuito hidráulico análogo.


FORÇA ELETROMOTRIZ (f.e.m.)

O conceito de força eletromotriz é muito importante para o entendimento de certos


fenômenos elétricos. Pode ser definida como a energia não-elétrica transformada em energia
elétrica, ou vice-versa, por unidade de carga..
Assim, se temos um gerador movido a energia hidráulica, por exemplo, com energia de 1 000
joules e dando origem ao deslocamento de 10 coulombs de carga elétrica, a força eletromotriz será:

f.e.m. = 100 Joules


coulombs

Ou seja

ε = dw/dq

ε= f.e.m em volts
dw= Energia em Joules
dq= carga deslocada em coulombs

Esta relação joule/Coulomb foi denominada volt em homenagem a Volta, o descobridor da


pilha elétrica.
No exemplo acima, a f.e.m. do gerador será de 100 volts.
Analogamente, se a fonte for uma bateria, a energia química de seus componentes se
transformará em energia elétrica, constituindo a bateria um gerador de f.e.m. (energia não-elétrica
se transformando em energia elétrica).
No caso oposto, ou seja, uma bateria submetida à carga de um gerador de corrente contínua,
a energia elétrica do gerador se transformará em energia química na bateria.
Veremos adiante que f.e.m. e diferença de potencial (d.d.p.) são expressas pela mesma
unidade - volt-,por isso são muitas vezes confundidas, embora o conceito seja diferente.

Em um gerador a f.e.m de origem mecânica provoca uma diferença de potencial nos seus
terminais.

Onde
Ε= f.e.m
U= d.d.p
RI= queda de tensão no circuito externo
rI= queda de tensão no circuito interno.

Como rI é, muitas vezes, desprezível, para fins práticos consideramos E e U iguais.


Na bateria fornecendo carga, a f.e.m. de origem química provoca a d.d.p. entre os terminais
(+) e (-).
Na bateria recebendo carga, a f.e.m. do gerador acumula-se em energia química.

GERAÇÃO DE F.E.M.

Há quatro processos principais para a geração de f.e.m.

10) Por ação química. Ex.: baterias e pilhas;


2°) Por ação térmica. Ex.: par termelétrico;
3°) Por indução eletromagnética. Ex.: alternadores industriais;
4°) Por ação de luz. Ex.: geração fotovoltaica.

O primeiro processo é utilizado para a produção de corrente contínua e de emprego em


pequenas potências. O segundo processo é utilizado para fins específicos, como por exemplo
instrumentos de medida de temperatura de fornos.
O terceiro processo é o empregado na produção comercial de energia elétrica oriunda das
grandes centrais hidrelétricas ou termelétricas que abastecem todos os consumidores de energia
elétrica.
O quarto processo é o da célula fotovoltaica que gera eletricidade a partir da luz solar.

Resistores, Receptores e Capacitores

RESISTORES
Num circuito elétrico, os condutores que atravessados por uma corrente elétrica
transformam a energia elétrica em energia térmica (calor) são chamados de resistores.

Esquematicamente:

Esse fenômeno de transformação é conhecido como Efeito Joule e é resultado de choques


entre os elétrons que constituem a corrente elétrica e os átomos, o que ocasiona um aquecimento do
condutor. Existem alguns eletrodomésticos que possuem como função básica a transformação de
energia elétrica em energia térmica, tais como: ferro elétrico, chuveiro elétrico, aquecedores, etc.

Os resistores podem ser representados das seguintes maneiras:

Em nosso curso utilizaremos a segunda forma para sua representação.


O resistor possui uma característica de dificultar a passagem de corrente elétrica através do
condutor. Essa característica é chamada de resistência elétrica.

Primeira Lei de Ohm


O físico George S. Ohm verificou, experimentalmente, no século XIX, que alguns
condutores possuíam um comportamento similar.
Ao alterar a tensão (figura 11) para valores U1, U2, U3, ...,UN, a intensidade de corrente no
condutor também se altera, mas de uma maneira sempre igual.
De tal forma que ao dividirmos as tensões pelas respectivas intensidades de corrente
elétrica, para um mesmo condutor, a divisão será uma constante, esta constante é a resistência
elétrica.

U1 U 2 U 3 U
= = = ... = N = R
i1 i2 i3 iN

Os condutores que possuem este comportamento são chamados de condutores ôhmicos e


para eles vale a seguinte relação:
U = R.i
Unidades no SI: U = d.d.p entre os pontos A e B ou tensão elétrica - Volt (V)
i = intensidade de corrente elétrica - Ampere (A) R= resistência elétrica Ohm (Ω)

Graficamente um condutor ôhmico é representado como nas figuras abaixo mostram o


comportamento de algum condutor que não respeita a lei de Ohm. Este condutor é chamado de não-
ôhmico.

Condutor não ôhmico Condutor ôhmico

Exercícios
Um resistor ôhmico é percorrido por uma corrente elétrica de intensidade 5 A, quando
submetido a uma d.d.p. de 100 V. Determine:
- a resistência elétrica do resistor;
- a intensidade de corrente que percorre o resistor quando submetido a uma d.d.p. de 250 V;
- a d.d.p. a que deve ser submetido para que a corrente que o percorre tenha intensidade de 2A.

Variando-se a d.d.p. U nos terminais de um resistor ôhmico; a intensidade da corrente i que


percorre varia de acordo com o gráfico da figura. Determine: (a) a resistência elétrica do resistor;
(b) a intensidade de corrente que atravessa o resistor quando a d.d.p. em seus terminais for 100 V;
(c) a d.d.p. que deve ser estabelecida nos terminais desse resistor para que ele seja percorrido por
corrente de intensidade 6 A.

RESISTIVIDADE – 2a LEI DE OHM

É importante salientar que o título 2a Lei de Ohm é apenas didático. Na História da Física
temos apenas o conhecimento da Lei de Ohm e não 1a e 2a , mas para fins de uma melhor
organização do conteúdo faremos essa separação.
Um aspecto importante, levantado por Ohm, foi a descoberta de fatores que influem no
valor da resistência elétrica de um resistor, são eles:
• a dimensão do resistor (área e comprimento);
• o material que constitui este resistor.

Consideremos um fio condutor de comprimento L e área de seção transversal A.


Para compreendermos melhor a relação entre resistência, área e comprimento, podemos
fazer uma analogia com tubos de água, vejamos a figura posterior:

Como podemos notar na figura acima, a água possui maior facilidade para sair pelo cano de
menor comprimento e maior área, já no cano mais longo existe uma maior dificuldade para água se
locomover e o estreitamento do cano aumenta esta dificuldade.

No caso da energia elétrica e do condutor o comportamento é mantido o mesmo:

• a resistência elétrica é diretamente proporcional ao comprimento do fio, ou seja,


quanto maior o comprimento do fio maior é a dificuldade de movimentação dos elétrons.

• A resistência elétrica é inversamente proporcional ao valor da área da seção


transversal do fio, ou seja, quanto maior a área mais fácil é a movimentação dos elétrons,
portanto a resistência elétrica diminui.

L
R =ρ
Logo podemos escrever que: A
Unidades no SI: R = resistência elétrica - Ohm (Ώ) L = comprimento do fio - metro (m)
A = área da seção transversal - metro quadrado (m2) ρ= resistividade - Ohm . metro (Ώ . m)

- Para o cobre temos p = 0,0178.0. X mm2 a 15°C


- Para o alumínio, p = 0,028.0. X mm2 a 15°C

A resistência varia com a temperatura de acordo com a expressão:

Rt = R0(1 + α(t2 – t1))

Rt = a resistência na temperatura t em Ω.;


Ro = a resistência a 0°C em .Ω.;
α = coeficiente de temperatura em C-1;
t2 e ti = temperaturas final e inicial em oC

Para o cobre, temos α = 0,0039 C-1 a 0 °C e 0,004 C-1 a 20°C.

Exemplo 1
A resistência de um condutor de cobre a O°C é de 50Ω Qual será a sua resistência a 20°C?

Exemplo 2
Qual a resistência de um fio de alumínio de 1 km de extensão e de seção de 2,5 mm2 a 15°C?
Exemplo 3

Se no exemplo anterior o condutor fosse de cobre, qual a sua resistência?

Importante: Reostatos são resistores cuja resistência elétrica pode ser variada. Abaixo
mostraremos como um reostato é simbolizado:

Exercícios
Um fio metálico é feito de um material cuja resistividade é 0,20 Ω . mm2/m e tem seção
transversal de área 0,10 mm2. Determine a resistência elétrica desse fio por metro de comprimento.

Um fio metálico é esticado de modo que seu comprimento triplique. O seu volume não varia
no processo. Como se modifica a resistência elétrica do fio ? E a intensidade de corrente elétrica
que percorre para uma mesma d.d.p. ?

Um reostato de cursor tem resistência elétrica igual a 20 Ω, quando o fio que o constitui tem
comprimento igual a 25 cm. Qual a resistência elétrica do reostato para um comprimento de fio de
2,0 m ?

A resistência elétrica de um resistor de fio metálico é de 60 Ω. Cortando-se um pedaço de 3


m de fio, verifica-se que a resistência do resistor passa a ser 15 Ω. Calcule o comprimento do fio.

RESISTÊNCIAS FIXAS

Diversos dispositivos são fabricados para atuarem como resistências fixas num circuito elétrico.
RESISTOR
O resistor é um dispositivo cujo valor de resistência, sob condições normais, permanece
constante.Comercialmente, podem ser encontrados resistores com diversas tecnologias de
fabricação, aspectos e características, como mostra a tabela seguinte:

Obs.: . Essas características podem variar em função do fabricante de resistores.


. SMD (Surlface Mounting Device) significa Dispositivo de Montagem em Superfície.

Das características dos resistores, duas merecem uma explicação adicional:

1- Potência: Podemos dizer que ela está relacionada ao efeito Joule, isto é, ao aquecimento
provocado pela passagem da corrente pela resistência. Por isso, o fabricante informa qual é a
potência máxima que o resistor suporta sem alterar o seu valor além da tolerância prevista e sem
danificá-la.

11- Tolerância: Os resistores não são componentes ideais. Por isso, os fabricantes fornecem o seu
valor nominal RN acompanhado de uma tolerância r%, que nada mais é do que a sua margem de
erro, expressando a faixa de valores prevista para ele. Assim, o valor real R de um resistor pode
estar compreendido entre um valor mínimo Rm e máximo RM, isto é, Rm = < R =< RM, sendo
essa faixa de resistências dada por R = RN :t r %.
CÓDIGO DE CORES
Os resistores de maior potência, por terem maiores dimensões, podem ter gravados em seus
corpos os seus valores nominais e tolerâncias. Porém, os resistores de baixa potência são muito
pequenos, tornando inviável essa gravação.
Assim sendo, gravam-se nos resistores anéis coloridos que, a partir de um código de cores
preestabelecido, informam os seus valores nominais e suas tolerâncias.
Existem dois códigos de cores: um para resistores de 5% e 10% de tolerância, formado por
quatro anéis; outro para resistores de 1 % e 2% de tolerância (resistores de precisão), formado por
cinco anéis.

Obs.: Há também os resistores com 20% de tolerância, cujo código de cores é formado por
três anéis. Atualmente, esses resistores não são mais fabricados em grande escala.

8.4 - Associação de Resistores


Até agora aprendemos a trabalhar com apenas um resistor. Na prática teremos circuitos com vários
resistores ligados entre si, constituindo o que chamamos de uma associação de resistores. Portanto
a partir de agora iremos trabalhar com dois tipos básicos de associação: a associação em série e a
associação em paralelo. Após o estudo minucioso desses dois tipos passaremos a resolver
problemas com associações mistas (série mais paralelo).

Estaremos preocupados em determinar o valor da chamada resistência equivalente a uma


dada associação; entende-se por resistência equivalente a uma única resistência que submetida à
mesma tensão da associação deverá ser percorrida pela mesma corrente
Associação de Resistores em Série

Um grupo de resistores está associado em série quando estiverem ligados de tal forma que
sejam percorridos pela mesma corrente elétrica.

Consideremos três resistores, associados em série:

Os três resistores serão percorridos pela mesma corrente elétrica e portanto cada resistor
possuíra uma d.d.p. correspondente ao valor de sua resistência.

Nomenclatura: i = intensidade de corrente elétrica que atravessa os resistores U = tensão elétrica


total R1, R2, R3 =resistência elétrica 1, 2 e 3 U1, U2, U3 = tensão elétrica 1, 2 e 3
Para determinarmos a resistência equivalente Req , ou seja, aquela que submetida a mesma tensão
U é atravessada pela mesma corrente i, devemos proceder da seguinte maneira:

Sabemos que a intensidade de corrente elétrica é igual nos três resistores, ou seja:
i1 = i 2 = i 3 = i As tensões U1, U2, U3 correspondem às resistências R1, R2 e R3,

respectivamente. Portanto:
U = U1 + U 2 + U 3 Aplicando a 1a Lei de Ohm nas resistências

da Figura 17, temos:


U1 = R 1 .i U 2 = R 2 .i U 3 = R 3 .i Substituindo as expressões
R eq .i = R 1 .i + R 2 .i + R 3 .i
anteriores na equação de tensão elétrica, obtemos: Portanto para
associações em série, calculamos a resistência equivalente da seguinte forma:
R eq = R 1 + R 2 + R 3
Exercícios

1- Na associação de resistores dada a seguir, a d.d.p. entre os pontos A e B é igual a 120 V.

a)determine a resistência equivalente entre os pontos A e B;


b)determine a intensidade da corrente no trecho AB;
c)qual a d.d.p. em cada resistor ?

2- Têm-se 16 lâmpadas, de resistência elétrica 2 Ω cada uma, para associar em série, afim de
enfeitar uma árvore de Natal. Cada lâmpada suporta, no máximo, corrente elétrica de
intensidade 3,5 A.
a)o que acontece com as demais lâmpadas se uma delas se queimar ?
b)qual a resistência elétrica da associação ?
c)qual a d.d.p. máxima a que pode ser submetida a associação, sem perigo de queima de nenhuma
lâmpada ?
d)qual a d.d.p. a que cada lâmpada fica submetida nas condições do item anterior ?

Associação de Resistores em Paralelo

Um grupo de resistores está associado em paralelo quando todos eles estiverem submetidos
a uma mesma diferença de potencial elétrico (d.d.p.).
Consideremos 3 resistores associados em paralelo:

A intensidade de corrente elétrica é dividida para cada resistor de acordo com o valor de
cada resistência elétrica, mas a d.d.p. é igual para todos os resistores.

Nomenclatura: i = intensidade de corrente elétrica total. U = tensão elétrica total. R1, R2, R3 =
resistência elétrica 1, 2 e 3. i1, i2, i3 = intensidade de corrente elétrica para os resistores 1, 2 e 3.
A resistência equivalente Req , seria a representada abaixo:
Para determinarmos a resistência equivalente neste tipo de associação deveríamos proceder da
seguinte forma:

Sabemos que a intensidade de corrente elétrica total no circuito é a soma da corrente elétrica em

cada resistor, ou seja:


i = i1 + i 2 + i 3 As tensões U1, U2, U3 correspondem às resistências R1,

R2 e R3, respectivamente. Portanto:


U = U1 = U 2 = U 3 Da 1a Lei de Ohm sabemos que
U U U U U
i= i1 = i2 = i3 = i=
R R1 R2 R3 R eq
, portanto:
Substituindo as expressões anteriores na equação de tensão elétrica, obtemos:
U U U U
= + +
R eq R 1 R 2 R 3
Portanto para associações em paralelo, calculamos a resistência
1 1 1 1
= + +
R eq R 1 R 2 R 3
equivalente da seguinte forma:

Exercícios

1- No circuito esquematizado a seguir, a tensão entre os pontos A e B é 120 V.

Determine:
a)a resistência equivalente;
b)a corrente elétrica total;
c)a corrente que atravessa cada resistor.

2 - Três resistores de resistências elétricas R1 = 5 Ω, R2 = 8 Ω e R3 = 10 Ω são associados em


paralelo. A associação é percorrida por uma corrente de intensidade de 20 A. Determine:
a)a resistência equivalente;
b)a d.d.p. a que está submetida a associação;
c)a intensidade da corrente que percorre cada um dos resistores;
d) d.d.p a que está submetido cada um dos resistores.
3- Para a associação esquematizada na figura, determine:

a)a resistência elétrica R1;


b)a intensidade de corrente i3;
c)a intensidade de corrente i2;
d)a resistência elétrica R2;
e)a resistência equivalente da associação.

Curto-Circuito
Em algumas associações de resistores, poderemos encontrar um resistor em curto-circuito;
isto ocorre quando tivermos um resistor em paralelo com um fio sem resistência

Como o fio não possui resistência, não há dissipação de energia no trecho AB, portanto:
• Potencial Elétrico em A é igual em B, portanto a diferença de potencial elétrico é
igual a zero e a intensidade de corrente elétrica no resistor também será zero:

VA = VB ⇒ U AB = 0 ⇒ i R = 0
• Como a corrente no resistor é zero a corrente no fio sem resistor será a corrente
total:

iR = 0 ⇒ iF = i

Importante: Havendo curto-circuito, toda a corrente elétrica do circuito se desvia pelo


condutor de resistência nula. Para todos efeitos práticos é como se o resistor não estivesse
associado no circuito. Num novo esquema do circuito, podemos considerar os pontos ligados
pelo condutor (A e B) como coincidentes, deixando de representar o resistor.

Associação de Resistores Mista

Na maioria dos exercícios e na prática do dia-a-dia encontraremos associações em série e


paralelo no mesmo circuito, este tipo de associação é chamada mista. Faremos vários exercícios
com este tipo de associação a partir de agora.

Exercícios
1- Determine a resistência equivalente entre os pontos A e B em cada caso abaixo:
Dado R = 12Ω

Desafio:
No circuito a seguir, F1 é um fusível de resistência 0,3 Ω e que suporta uma corrente máxima de 5
A e F2 é um fusível de resistência 0,6 Ω que suporta uma corrente máxima de 2 A. Determine o
maior valor da tensão U, de modo a não queimar nenhum fusível.

Amperímetro e Voltímetro - Medições Elétricas

Na prática são utilizados nos circuitos elétricos aparelhos destinados a medições elétricas,
chamados de forma genérica galvanômetros.
Quando este aparelho é destinado a medir intensidade de corrente elétrica, ele é chamado de
Amperímetro. Será considerado ideal, quando sua resistência interna for nula.

Ligação do Voltímetro

Devemos ligar um amperímetro em série no circuito, fazendo com que a corrente elétrica
passe por ele e então registre o seu valor. É exatamente por isso que num amperímetro ideal a
resistência interna deve ser nula, já que o mínimo valor existente de resistência mudará o resultado
marcado no amperímetro.

Quando o aparelho é destinado a medir a d.d.p. entre dois pontos de um circuito, ele é
chamado de Voltímetro. Será considerado ideal, quando possuir resistência interna infinitamente
grande.

Ligação do Voltímetro

Devemos ligar um voltímetro em paralelo ao resistor que queremos medir sua d.d.p.,
fazendo com que nenhuma corrente elétrica passe por ele. É exatamente por isso que no caso ideal
devemos possuir resistência elétrica infinita, fazendo com que a corrente elétrica procure o
caminho de menor resistência.

Exercícios
1- No circuito dado a seguir, determine a indicação no amperímetro e no voltímetro (considere
dispositivos ideais). Dado que a tensão entre A e B é igual a 120 V.

2- Considerando todos os dispositivos ideais, determine o que marca cada amperímetro e cada
voltímetro a seguir:
Potência e Energia Elétrica
O conceito de potência elétrica P está associado à quantidade de energia elétrica τ
desenvolvida num intervalo de tempo ∆t por um dispositivo elétrico.
Matematicamente : P = τ/∆t
Por essa expressão, a unidade de medida de potência é joule/segundo [l/s].
Num circuito elétrico, a potência pode também ser definida como sendo a quantidade de
carga elétrica Q que uma fonte de tensão V pode fornecer ao circuito num intervalo de tempo Lit.
Matematicamente:
P= V.Q
∆t

Mas Q / Lit corresponde à corrente elétrica I fornecida pela fonte de alimentação ao circuito.
Assim, a expressão da potência se resume à fórmula abaixo:

Embora as três expressões de potência acima sejam correspondentes, por motivos práticos,
utilizamos a terceira expressão (P = V. /), já que tensão e corrente podem ser medidas facilmente
com um multímetro.

A Seguir quando analisarmos a potência em circuitos indutivos e capacitivos operando em corrente


alternada, veremos que, além das unidades watt [W] e volt.ampere
[V A], é também usada a unidade volt.ampere reativo [VAR].
Analisemos agora uma fonte de tensão alimentando uma carga resistiva R.
A fonte E fornece ao resistor uma corrente I e, portanto, uma potência PE = E. I. No resistor, a
tensão é a mesma da fonte, isto é, V = E. Assim, a potência dissipada pelo resistor é P = V.I.

Isso significa que toda a potência da fonte foi dissipada (ou absorvidá) pelo resistor, pois PE
= P.
De fato, o que está ocorrendo é que em todo instante a energia elétrica fornecida pela fonte
está sendo transformada pela resistência em energia térmica (calor) por efeito Joule.
No resistor, a potência dissipada em função de R pode ser calculada pelas expressões:
Conceito de Energia Elétrica

Inicialmente, vimos que P = τ / ∆t. Assim, a energia elétrica desenvolvida em um circuito


pode ser calculada pela fórmula ao lado:

Por essa expressão, a unidade de medida de energia elétrica é joule [J] ou watt.segundo
[W.s).
Essa expressão é utilizada para calcular a energia elétrica consumida por circuitos eletrônicos,
equipamentos eletrodomésticos, lâmpadas e máquinas elétricas.
No quadro de distribuição de energia elétrica de uma residência, prédio ou indústria, existe
um medidor de energia que indica constantemente a quantidade de energia que está sendo
consumida.

Porém, como a ordem de grandeza do consumo de energia elétrica em residências e


indústrias é muito elevada, a unidade de medida utilizada, no lugar de [W.s], é o quilowatt. hora
[kW.h].
No caso da quantidade de energia elétrica produzida por uma usina hidrelétrica,
termoelétrica ou nuclear, a unidade de medida utilizada é megawatt.hora [MW.h].

Exercícios Propostos

Conceito de Potência Elétrica


1 - No circuito da lanterna, sabendo que a lâmpada está especificada para uma potência de 900mW
quando alimentada por uma tensão de 4,5V, determine:

a) A corrente consumida pela lâmpada;

b) A resistência da lâmpada nessa condição de operação.

c) Que potência P' ele dissiparia caso a tensão aplicada V' fosse metade de Vmáx?

2- Considere um resistor com as seguintes especificações: 1 kΩ - I/2W.


a) Qual é a corrente lmáx e a tensão Vmáx que ele pode suportar?
3- Os dois resistores abaixo são de 100.Ω.

5W
¼w

Quais são as tensões e correntes máximas que podem ser aplicadas nesses resistores?
Conceito de Energia Elétrica

1- Uma lâmpada residencial está especificada para 110V I 100W. Determine:


a) a energia elétrica consumida por essa lâmpada num período de 5 horas diárias num mês de
30 dias.
b) o valor a ser pago por esse consumo, sabendo que a empresa de energia elétrica cobra a
tarifa de R$ 0,13267por kWh mais um imposto de 33,33%.

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