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Resumo TGE 06/03/2011

Sociedade: Agrupamento humano dotado de continuidade, ordem e objetivo comum.

Agrupamento humano: Relações humanas (intersubjetivas)

Continuidade: Pretensão a uma convivência eterna

Ordem: Toda sociedade tem um conjunto de regras que devem ser seguidas.

Objetivo Comum: Bem estar da sociedade.

Origem:

Natural: A associabilidade humana e habilidade natural, vontade natural de se associar (ligado a teoria
organicista, tom divino ou propriedade inerente ao ser humano).

Contratual: A sociedade nasceu em função da vontade humana, o homem quis se associar (premissa:
autonomia da vontade, mecanicista).

Rousseau e Hobbes falam do estado natural e social, com explicações distintas sobre contrato social:

Tomas Hobbes: (1588-1679) Afirmava que o estado natural é de guerra constante. “O homem é o lobo
do próprio homem”. Este opta por perder uma parte de sua liberdade para poder viver com outro ser
humano e sair desse estado de guerra constante.

Jacques Rousseau: (1712-1778) Afirmava que no estado natural existia a paz, antes da sociedade era
pacífico, tinha tudo para todos sem necessidade de brigas. Optou pelo contrato para alcançar outros
objetivos e perde a parcela de sua liberdade.

Classificação: Organicista e mecanicista (ver acima).

Sociedade e Estado:

Sociedade Civil: É a visão que a sociedade está fora do Estado.

Sociedade civil Organizada: É o conjunto de entidades (sociais) que se reúnem para defender ou
alcançar determinados interesses. Ex. ONG’s, sindicatos, associações, partidos, estatutos, etc..

Sociedade Civil Desorganizada: É o povo de modo geral, mobilização de espontaneidade Geral sem
qualquer tipo de controle por associações ou algo parecido.

Estado como espécie de sociedade:

Sociedade de Fins Gerais: É aquela sociedade de admissão compulsória com objetivos relativos ao
bem comum. Prevalece a solidariedade. Ex. Estado, família.

Sociedade de Fins Particulares: Sociedade de admissão voluntária, com objetivos individuais.


Prevalece a vontade de seus interesses. Ex. Empresas, associações.

Estado: (Conceitos)

Formação originária: Quando se cria um estado onde não há um.

Formação derivada: Quando já existe um estado e dele se origina outro.

Estado de Formação Derivada:


 Fracionamento: Independência(pacífica ou não) ou acordo democrático(acordo de paz);
 União: Constituição (01 estado) ou Tratado (Conjunto de Estados=Confederação).

A Constituição de um Estado pode ser:

 Federação: União de estados membros através de uma constituição, sem direito a secessão.
(não pode separar).
 Confederação: São estados que têm sua independência, há direito de secessão;
 Unitário: Não há divisão. Ex Argentina, França.

Reconhecimento Internacional pode ser:

 Expresso: Quando formalizado, escrito.


 Tácito: Através de atos, onde a vontade é determinada por atos implícitos.

Históricos dos Estados:

Cidades Estados: (restrito ao local) Autossuficiente (Elitista, cidadania, democracia direta) Reis,
filósofos com conhecimentos da ciência, filosofia, tecnologia etc.

Civitas Romanas: Cidadania Romana (Poder centralizado em Roma,Idéias expansionistas, direito.

Estado Medieval: Fragmentação política (feudalismo) exercito próprio, Reis, Nobreza, Pequena
Burguesia. (O aliciamento do Rei junto a Nobreza e a Burguesia para acabar com o feudalismo).

Estado Moderno: (tratado de Westfália).

Introduziu a Soberania(Princípio da autodeterminação dos povos); território; laico.

Paz de Vestfália é apontada como o marco da diplomacia moderna, pois deu início ao sistema moderno
do Estado-Nação- a primeira vez em que se reconheceu a soberania de cada um dos Estados
envolvidos. As guerras posteriores ao acordo não mais tiveram como causa principal a religião, mas
giravam em torno de questões de Estado. Isto permitiu que potências católicas e protestantes
pudessem se aliar, provocando grandes inflexões no alinhamento dos países europeus.

Absolutismo: É uma teoria política que defende que uma pessoa (em geral, um monarca) deve obter
um poder absoluto, Iniciou com a unificação dos estados e findou com os Déspotas Esclarecidos.
(forma de governar que partilha com o absolutismo e animada pelos ideais de progresso, reforma e filantropia do
iluminismo).As idéias iluministas queria, a divisão dos pooderes.

Estado de Direito: É assim ligado ao respeito da hierarquia das normas, da separação dos poderes e dos
direitos fundamentais.

Antecedeu ao estado de Direito:

 Mágna Carta (1215) Em 15 de Junho de 1215 João I assina Carta Magna) frente a pressão da
Burguesia e dos barões insatisfeitos com seu reinado, houve um comprometimento em manter a
monarquia.
 Revolução Gloriosa (1688) Devido a repulsa dos nobres britânicos ante a insistência de Jaime
II em reconduzir o país no rumo da doutrina católica. Assim, as tropas abandonam o rei Jaime e
em junho de 1688 Guilherme de Orange é aclamado rei com o nome de Guilherme III. É
estabelecido assim um compromisso entre os grandes proprietários e a burguesia inglesa. A
população em geral, que foi marginalizada pela nova ordem. Não era necessário eliminar a
figura do rei para acabar com um regime absolutista desde que este aceitasse uma completa
submissão às leis ditadas pelo parlamento. Assim, a Revolução Gloriosa iniciou a prática
seguida até hoje na política britânica, que é a da Monarquia Parlamentar, em substituição ao
absolutismo
 Bill of Rights (1689) declaração dos direitos Documento feito pelo parlamento inglês
determinando a liberdade a vida e a propriedade privada e assegurando o poder do parlamento
na Inglaterra e visando proteger o indivíduo da esfera do Estado.
 Habeas Corpus (act) A origem do habeas corpus possuí diferentes correntes, entre as duas
mais fortes esta a origem no Direito Romano, e a Carta Magda da Inglaterra de 1215. Garantir
a liberdade do indivíduo e protegê-lo das arbitrariedade do Estado.
 Revolução Francesa (1789) Nome dado ao conjunto de acontecimentos que, entre 5 de maio de
1789 e 9 de novembro de 1799, alteraram o quadro político e social da França. Ela começa com a
convocação dos Estados Gerais e a Queda da Bastilha e se encerra com o golpe de estado dos 18
Brumário de Napoleão Bonaparte.
 Constituição de 1791 Foi promulgada a primeira constituição da França, implantada uma
monarquia constitucional com a separação dos poderes legislativo, Executivo e Judiciário, Além
de conceder direitos civis completos aos cidadãos. (1º movimento constitucionalista).
 Brasil 1891 Elaborada a primeira constituição republicana e que vigoraria durante toda a Primeira
República, tendo como principais autores foram Prudente de Morais e Rui Barbosa.
 Brasil 1888/1889 Em 1988 a Abolição da Escravatura e Em 15 de novembro de 1889,
aconteceu a Proclamação da República, liderada pelo Marechal Deodoro da Fonseca.

Revolução Burguesa: Costumava dizer que o componente social dominante em um movimento


revolucionário é a classe burguesa (Marx)

Estado Liberal de Direito:

O Direito está acima do poder (por isso a expressão Estado de Direito).

Há de existir a intervenção mínima, que preconiza o Estado “Guarda Noturno”, garantir a ordem interna
e externa, além da realização de obras.

Liberalismo: (Político, econômico e religioso).

Direitos Fundamentais 1ª Geração: (protege as pessoas das arbitrariedades do estado)

Direito contra o Estado, direito fundamental que afasta a intervenção do estado na esfera jurídica do
indivíduo. (liberdade, propriedade, igualdade).

Crise de 1929 Excesso de mercadorias produzidas e o escasso poder aquisitivo dos consumidores.
Configurava-se assim uma conjuntura econômica de superprodução capitalista.

Socialismo: Alguns socialistas defendem a nacionalização completa dos meios de produção,


distribuição e troca, outros defendem o controle estatal do capital no âmbito de uma economia de
mercado.

Social Democracia: Propõem a nacionalização seletiva das principais indústrias nacionais nas
economias mistas, mantendo a propriedade privada do capital da empresa e de empresas privadas.

Direitos Fundamentais 2ª Geração

São direitos a prestações fáticas (o estado com dever dessas prestações). Enquanto o Direito de 1ª
geração era conhecido como liberdades públicas, na segunda forma de Estado de Direito prevalece o
estado de bem estar social, conhecido como Estado-Previdência, tipo de organização política e
econômica que coloca o estado como defensor social, garantido serviços. (originado da grande
depressão de 1930).

México 1917: A importância histórica da Constituição do México de 1917 enquanto pioneira na


consagração dos direitos sociais com o status de direitos fundamentais.

Rússia 1918 O Conselho dos Comissários editou uma série de medidas que transformaram a ordem
antiga. Decidiu suprimir a grande propriedade fundiária e confiaram as terras aos 'Comitês agrários',
instituiu nas fábricas um controle operário.

 Weimar 1919 Foi o marco do movimento constitucionalista que consagrou direitos sociais, de 2ª
geração/dimensão, embora tenha levado a Alemanha ao nazismo.

Crise Econômica 1929 A Grande depressão só acabou com a segunda guerra mundial.

Brasil 1934 A constituição de 1934, no que compete à legislação trabalhista, é bastante progressista,
com influências claras das idéias socialistas pré—revolução de 1930.

Elementos de Estado

1. População: Agrupamentos humanos (do ponto de vista demográfico, quantitativo/qualitativo,


independente de qualquer vínculo);
2. Nação: As relações variadas que tem entre si agrupamentos humanos classificados por meio
de suas relações sociais, econômicas étnicas etc.(vínculos que os tornam individualizados,
poder ser no presente ou passado.
3. Povo: É o agrupamento segundo vínculos jurídicos e políticos entre seus componentes e o
Estado. (A Constituição forma o Estado).

- Todos que tem a nacionalidade formam o povo que valida o vínculo jurídico entre seus componentes
e o Estado.

- Vínculo Jurídico: É a existência de sujeito de direitos e obrigações.

- Vínculo Político: É o vínculo da cidadania (cidadania= votar e ser votado).

Princípios das Nacionalidades: É uma norma, segundo a qual todas as nações têm que ter um
Estado correspondente.

a) - Efetividade e) – Fidelidade c) – Continuidade d) – Soberania e) – Direito à Nacionalidade

Território: Espaço Físico em que se exerce a Soberania.

1-Bases: terra, água e ar

Água: Águas interiores, Mar territorial, ZEE e Plataforma Continental.

 Terra;
 Ar: Espaço acima onde houver terra e mar;
 Mar Territorial: Antigamente medido pelo alcance do tiro de canhão, hoje 12 milhas (uma
milha equivale a 1.852metros);
 Z.E.E.: (Zona Econômica Exclusiva) 188 milhas + 12 milhas do mar territorial;
 Plataforma Continental: A ONU estipulou a distância máxima de 350 milhas. (caso do Brasil).
2-Natureza Jurídica: Patrimonialista, Direito Real, Espaço Soberania, Competência.

 Espaço Soberania: Todo território físico. Onde quer que o Estado exerça soberania, estará
diante de um território. (Essa premissa sobreviveu até o advento da Embaixada).
 Competência: Âmbito da validade do ordenamento jurídico;
 Direito Real: O Estado é mai uma pessoa (jurídica), território;
 Teoria da Competência (Hans Kelsen) O Estado exerce sua soberania no âmbito da validade do
seu ordenamento jurídico (Estatal);
 Patrimonialista: Na Inglaterra toda ilha é patrimônio da Coroa.

3- Exceções: Extraterritório de Lei e Imunidade Diplomática.

 Extraterritoriedade: Aplicação da Lei fora do território. Ex. Embaixadas.


 Imunidade Diplomática: Onde a Lei de um país não atinge o Diplomata.

Soberania: Se fundamenta na multiplicidade de poder que brigam pela hegemonia.

A história confirma a hegemonia do poder inicialmente pela força e depois pela política. Na
idade média existia a instabilidade política entre a monarquia, igreja e o feudalismo, a
monarquia e a igreja, em detrimento do feudalismo, se uniram e formando um estado (com a
unificação do poder num determinado território), com a justificativa do nacionalismo e poder
divino do rei.

Conceito de Soberania conforme:

 Jean Bodin (Absolutista 1530-1596) Poder supremo (divino) e perpétuo do monarca e seus
dependentes. Caráter de pessoalidade, poder pessoal.
 Jacques Rousseau Iluminista (1712-1778) Soberania é o exercício da vontade geral (bem
comum) participação popular na vontade do Estado.
 Hans Kelsen Positivista (1881-1973) A competência não pode ser extrapolada nem desviada.

Síntese: É o poder de auto organizar-se politicamente e juridicamente e fazer cumprir as decisões


legais e éticas sobre um povo em um mesmo território. (Poder Executivo, Legislativo e Judiciário). Após
a II Guerra Mundial houve uma tendência a incutir a questão ética na soberania (direitos humanos).

Característica da Soberania:

 UNA única
 Indivisibilidade: A soberania não se divide (um estado não pode ter soberania independente,
assim a soberania do país se dividiria, também);
 Irrenunciabilidade: A autoridade não pode dispor do que não é dele. Ex. o imposto;
 Incaducabilidade: A soberania mesmo quando não exercida, se mantém potencialmente ativa.
Ex. a retomada do morro do Alemão no RJ;
 Inalienável: Não se transfere a titularidade;
 Coativa: A vontade do estado pode ser efetivada com o uso da força.

Classificação:

 Externa: É o poder do estado nas suas relações internacionais (Estado com outros Estados);
 Interna: Não pode exercer a soberania interna contra as leis de seu país ou contra os direitos
humanos.

Soberania: É o poder que o estado exerce sobre seu povo e dentro do seu território, divide-se em:
- Ato de Império: É o ato que o estado exerce sobre seu súdito. (ex. cobrar tributos, prender etc.).

- Ato de Gestão: É o ato de Governar. (vai gerir o patrimônio público e o administrativo.

Positivação:

 Tratado de Westfália;
 Declaração de Estocolmo (1972); A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente
Humano, reunida em Estocolmo de 5 a 16 de junho de 1972, e, atenta à necessidade de um
critério e de princípios comuns que ofereçam aos povos do mundo inspiração e guia para
preservar e melhorar o meio ambiente humano,
 Constituição de 1988 (art. 1º e art. 4º) (fala da soberania, igualdade dos homens etc.).

O conceito de soberania do Estado moderno foi elaborado por Jean Bodin, em 1576, e como o
Tratado de Vestfália (1648) foi importante para a consolidação do aludido conceito,pois
reafirmou o poder do Estado, colocando-o como o detentor do monopólio do poder, dentro do
seu território, bem como, também, foram definidas fronteiras territoriais dos Estados. O referido
tratado restaurou a paz na Europa, e inaugurou uma nova fase na história política do
continente ao propiciar o triunfo da igualdade jurídica dos Estados. Ainda como
conseqüências, destacam-se a eliminação do poder universal da Igreja, e a permissão para os
Estados se relacionarem livremente. Com isso, este conceito passou a fazer parte das
relações internacionais, e tornou-se preponderante para entender as origens dos conflitos.
Após a Segunda Guerra Mundial, a elaboração da Carta da ONU (1945) e da Declaração dos
Direitos Humanos (1948) contribuiu para relativizar o emprego do conceito de soberania do
Estado, fazendo com que os Estados não tivessem os fundamentos tradicionais de soberania
observados, pois além dos documentos citados anteriormente, existem, no nosso presente, o
combate ao terrorismo internacional, a opinião pública mundial, a globalização e outras
preocupações internacionais que justificam a intervenção de um Estado(s) em outro, visando
manter a segurança e a paz internacionais. Por isso, podemos concluir com o artigo exposto
que o conceito de soberania do Estado moderno surgido em 1576 (Bodin), e consolidado em
1648 (Tratado de Vestfália), está em transformação nos dias atuais.

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