Você está na página 1de 47

REANIMAÇÃO CARDIO RESPIRATÓRIA E

CEREBRAL – RCRC

SUPORTE BÁSICO DE VIDA

PROTOCOLO 2010
Felipe Resende– Acad: 9° semestre
Letícia Cintra – Acad: 9° semestre
Lucas Brum– Acad: 9° semestre
Tiago Tibana– Acad: 9° semestre

CAMPO GRANDE - MAIO 2011


HABILIDADES MÉDICAS I
Parada Cardiorrespiratória
• É a interrupção súbita da respiração e da
atividade mecânica ventricular útil e eficiente,
o que acarreta inconsciência, ausência de
movimentos respiratórios e ausência de pulso.
(Vieira & Brauner, 2002)
Parada Cardiorrespiratória
• No Brasil as mortes por doenças cardiovasculares
encontram-se em 1º lugar e as mortes por acidentes
encontra-se em 2º lugar.

• Aproximadamente 90% das mortes súbitas ocorrem fora


do ambiente hospitalar.

• É uma emergência médica extrema;

• Na maioria das vezes o atendimento é tumultuado e


estressante.
REANIMAÇÃO OU RESSUSCITAÇÃO
CARDIORESPIRATÓRIA E CEREBRAL
• São manobras destinadas a manter a circulação
de sangue oxigenado para o cérebro e órgãos
vitais, de forma a prevenir ou atenuar lesões
neurológicas isquêmicas associadas a Parada
Cardiorrespiratória.
SUPORTE BÁSICO DE VIDA

• As manobras de RCRC podem ser iniciadas


por leigos treinados fora ou dentro do
hospital.
IMPORTÂNCIA DO TEMPO
• As chances de sobrevida
caem drasticamente a cada
minuto.
• O prognóstico é
EXTREMAMENTE
dependente do intervalo de
tempo entre o início da PCR
e a oportunidade de
instituição de intervenções
básicas e avançadas.
COMPROMETIMENTO
NEUROLÓGICO X TEMPO DE PCR
• Até 4 min. – excelente
chances de recuperação
neurológica;
• De 4 a 6 min. – pode
ocorrer dano neurológico;
• Após 6 min. – esperam-se
danos neurológicos;
• Após 10 min. – espera-se
morte cerebral.
RCPC
• Como é o prognóstico e
evolução de pacientes que
evoluem para PCR?
RCPC
• A sobrevida a longo prazo oscila
ente 18% a 30%.

• Depende:

 Tempo de início das manobras


SBV

 Uniformidade e perfeição das


manobras

 Condições clínicas do paciente

 Causas que determinaram a PCR


Sinais Comprobatórios de PCR
• Perda súbita de consciência
• Ausência de pulso central (carotídeo e femural)
• Ausência de movimentos respiratórios ou
respiração agônica.

Outras manifestações: dilatação pupilar (45” a 3’),


cianose de extremidades, palidez.
Quando está indicado RCRC?

• Todos os indivíduos que apresentem os sinais de PCR.

• Não se deve em hipótese alguma retardar a RCRC com

ausculta cardíaca, exame pupilar e pesquisa de outros sinais.


Sinais Premonitórios de PCR
• Taqui ou Bradipnéia

• Alteração do nível de
consciência

• Alterações do ritmo
cardíaco
MEDIDAS DE REANIMAÇÃO BÁSICAS
E AVANÇADAS

QUAL A DIFERENÇA?
RCP – Básico

• Realizada por qualquer


pessoa treinada, podendo
ser executada em
qualquer local, com uma
ou duas pessoas – SBV.
RCP – Avançado
• Realizada por médicos e
equipe de enfermagem
treinados, fora ou dentro
dos hospitais.
• No mínimo 4 pessoas,
idealmente 5 pessoas.
• Deve possuir uma forma
de acionamento rápido –
SAV.
SUPORTE BÁSICO DE VIDA SBV
adulto
• São medidas iniciais que devem ser realizadas em
indivíduos em PCR.
• Realizadas por profissionais da saúde ou qualquer
cidadão devidamente treinado.
ETAPAS FUNDAMENTAIS SBV

A – Avaliação da cena
A – Avaliação da consciência
A – Ajuda
C – Circulação
A – Abertura das vias aéreas
B – Respiração
D – Desfibrilação
MUDANÇAS NA DIRETRIZ (AHA)
• Em 2005:

A - Vias Aéreas
A BC
B – Respiração
C - Circulação

• Em 2010:

A - Vias Aéreas
C A B
B – Respiração
C - Circulação
1º A:
AVALIAÇÃO DA RESPOSTA
2° A:
AJUDA
C – CIRCULAÇÃO

5 a 10 segundos
• Procurar pulso
central –
CAROTÍDEO OU
FEMURAL

• Delicadeza
SE AUSENTE OU NA
DÚVIDA

• Iniciar compressão
torácica externa.
LOCALIZAÇÃO
ÊNFASE EM COMPRESSÕES
TORÁCICAS EFICAZES

• FORTE, RÁPIDO E SEM


PARAR (100 compressões
min)
• Permitir que o tórax
retorne totalmente
• Mesmo tempo de
compressão-relaxamento
• Minimizar o número de
interrupções das
compressões
• Deprimindo o tórax de 3,5
a 5 cm
3° A:
ABERTURA DE VIA AÉREA
A – ABERTURA DAS VIAS AÉREAS

• Manobras de desobstrução: elevação do mento,


extensão da cabeça, elevação do ângulo da
mandíbula
A – ABERTURA DAS VIAS AÉREAS

• Observar cavidade oral


na suspeita de
presença de corpo
estranho– aspirar,
retirar corpo estranho
A – ABERTURA DAS VIAS AÉREAS
• Chin lift
• Jaw-thrust
• Lembrar: vítimas
inconscientes =
queda da base da
língua = cânula de
Guedel
B - CHEQUE A RESPIRAÇÃO

O QUE EU FAÇO
NESTA ETAPA

VER
OUVIR
SENTIR
B - SE RESPIRAÇÃO AUSENTE

2 ventilações

1 seg
PRODUZIR
VISÍVEL ELEVAÇÃO
DO TORAX

SE NÃO EXPANDIR ?
B - SE NÃO EXPANDIR
NOVAMENTE LIBERAR VIA AÉREA
B – Métodos de Ventilação
• Boca a Boca – 16% FiO2

• Boca mascara – 16% FiO2

• Máscara facial e ambú sem


O2 – 21% FiO2

• Máscara facial e ambú com


O2 – 100% FiO2
CICLOS COMPRESSÃO/VENTILAÇÃO
• 30 compressões (17 a 23
segundos)
• 02 ventilações

• 05 ciclos ou
• 02 minutos

• Trocar o compressor
a cada 2 min ou 5
ciclos
IMPORTANTE
• TODA VENTILAÇÃO DEVE PRODUZIR ELEVAÇÃO DO
TORAX
• EVITAR APLICAR NÚMERO EXCESSIVO DE
VENTILAÇÕES OU VENTILAÇÕES MUITO LONGAS E
FORÇADAS

• As ventilações a pressão intratorácica a


quantidade de sangue que chega ao coração e
o fluxo de sangue gerado na próxima
compressão.
• HIPERVENTILAÇÃO – não é necessária e pode
ser prejudicial.
DESFIBRILADOR EXTERNO
AUTOMÁTICO
DESFIBRILADOR EXTERNO
AUTOMÁTICO
ALGORITMO - SBV
Ausência de movimento ou
resposta

SAMU + DEA

Ausente Checar CIRCULAÇÃO

Iniciar COMPRESSÕES
TORÁCICAS

Sem resposta Ventilação +


SIM
Pulso central? reavaliação de pulso
5-10 seg a cada 2 min.

Não
RCP 30:2 até DEA ou SAV RCP 5 ciclos
ou Movimento NÃO

Ritmo chocável SIM Choque + RCP 5


ciclos
OBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS
POR CORPO ESTRANHO
(OVACE)
INTRODUÇÃO
• MAIS DE 90% DAS MORTES POR ASPIRAÇÃO DE CORPO
ESTRANHO NA FAIXA ETÁRIA PEDIÁTRICA OCORREM EM
CRIANÇAS MENORES DE CINCO ANOS.

• 65% DAS VÍTIMAS SÃO LACTENTES.

• CAUSADOS POR LÍQUIDOS, BRINQUEDOS , BALÕES ,


PEQUENOS OBJETOS E ALIMENTOS COMO BALAS ,
CASTANHAS , ETC .
INDICADORES
• DESCONFORTO RESPIRATÓRIO SÚBITO

• TOSSE

• NÁUSEA

• ESTRIDOR

• CHIADO
CLASSIFICAÇÃO DA OBSTRUÇÃO

• Leve: vítima ainda consegue respirar, tossir e


emitir alguns sons ou falar

• Grave: vítima não consegue respirar, falar,


tossir ou emitir qualquer som.
OBSTRUÇÃO LEVE: CRIANÇA CONSCIENTE

• Procedimentos
– Acalmar a vítima
– Incentivar tosse vigorosa

– Observar atenta e
constantemente
– Se evoluir para obstrução grave
intervir
OBSTRUÇÃO GRAVE: CRIANÇA CONSCIENTE

• MANOBRA DE HEIMLICH
– Compressões e força adequadas
– Saído do objeto ou inconsciência
– Após expulsão -> Avaliação Primária
+ O2
OBSTRUÇÃO GRAVE: CRIANÇA INCONSCIENTE

• Procedimentos
– Checar responsividade
– Checar respiração: ausente ou
Anormal (gasping)
– Iniciar RCP (não checar pulso!)
– Antes de ventilar: Verificar cavidade
– Ventilar novamente e se o ar não
passar… 30 com pressões torácicas
– Avaliação Primária + O2
OBSTRUÇÃO GRAVE: LACTENTE CONSCIENTE

• Procedimentos
– Inspecionar a cavidade oral
– 5 Golpes e 5 compressões
OBSTRUÇÃO GRAVE: LACTENTE INCONSCIENTE

• Procedimentos
– Checar responsividade
– Não checar pulso e iniciar RCP
– Inspecionar a cavidade oral
– Ventilar 1x
– Reposicionar a cabeça
– Ventilar novamente e se o ar não passar…
• 30 compressões torácicas

– Avaliação Primária + O2
IMPORTANTE

• A PROCURA COM O DEDO SEM VISUALIZAÇÃO NÃO


DEVE SER FEITA.

• ABERTURA DA VIA AÉREA: INCLINAÇÃO DA CABEÇA


E ELEVAÇÃO DO QUEIXO, QUANDO VISUALIZADO O
CORPO ESTRANHO DEVE-SE REMOVE-LO COM O
DEDO
OBRIGADO

LET

Você também pode gostar