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Câncer de Pulmão

Fisiopatologia e Diagnóstico
 O carcinoma brônquico é o tumor maligno
primitivo de natureza epitelial mais comum do
trato respiratório inferior 30% dos óbitos
causados por doenças malignas.
 Tumores no pulmão: 85-90%
 Fator de risco mais importante: TABAGISMO
Câncer de Pulmão
Fisiopatologia e Diagnóstico

Probabilidade de desenvolver câncer nos fumantes:


 30 vezes maior nos que consomem 25 cigarros/dia por 20
anos ou mais.
 Ex-fumantes, abstêmios há mais de 10 anos, têm ainda 3
vezes mais chances.
 Fumantes passivos 1,5 vez em relação aos nunca
expostos.

 Outros fatores de risco: características genéticas e


exposições ocupacionais e ambientais (radiações
ionizantes, materiais radioativos, clorometilação)
Câncer de Pulmão
Fisiopatologia e Diagnóstico
 Substâncias contidas na fumaça do cigarro de
maior poder carcinogênico: hidrocarbonetos
policíclicos aromáticos e as nitrosaminas
(ação direta produzindo alteração no genoma)

 Descendentes em primeiro grau de indivíduos


que tiveram este tumor têm de 2 a 3 vezes
mais chances de tê-lo também (suscetibilidade
familiar)
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Fisiopatologia e Diagnóstico

INCIDÊNCIA
 No Brasil: 20.000 casos novos/ano
 Pico de incidência aos 60 anos de idade
 Homens: mulheres 4:1
 Homens: 15.000 Mulheres; 5.000
 É o tumor mais freqüente em homens e o sexto em
mulheres
 Nos últimos 20 anos, a incidência vem aumentando
em mulheres
 Incidência maior na região Sul
Câncer de Pulmão Classificação
 Carcinoma de células escamosas (carcinoma epidermóide), variante:
1. - Carcinoma escamoso de células fusiformes
 Carcinoma de pequenas células
1. - Avenocelular (oat-cell)
2. - Papilar
3. - Carcinoma avenocelular combinado
 Adenocarcinoma
1. - Acinar
2. - Papilar
3. - Alveolocelulado (bronquioloalveolar)
4. - Carcinoma sólido com formação de mucina
 Carcinoma de grandes células
1. - Carcinoma de células gigantes
2. - carcinoma de células claras
 Carcinoma adenoescamoso
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Fisiopatologia e Diagnóstico
Diferenças básicas na forma de apresentação dos diversos
tipos histológicos
 Carcinoma escamoso: brônquio central, tem crescimento
endobrônquico, sintomas clínicos locais (tosse,
hemoptise). Dissemina-se para linfonodos regionais,
cavitação em 10% dos casos
 Carcinoma indiferenciado de pequenas
células:crescimento central. Metástases à distâncias é
comum
 Adenocarcinoma e carcinoma indiferenciado de
grandes células: localização periférica. Metástases à
distância mais comum
Câncer de Pulmão
Fisiopatologia e Diagnóstico

Manifestações clínicas mais comuns


 Crescimento local do tumor

 Metástases intratorácicas ou à distância

 Síndromes paraneoplásicas
Câncer de Pulmão
Manifestações Clínicas
Manifestações clínicas nas lesões centrais
 Lesão endobrônquica: tosse (75% dos
casos),hemoptise, sibilos localizados, pneumonite
obstrutiva
 Invasão de estruturas vizinhas: esôfago (disfagia), N.
laringeo recorrente (rouquidão), veia cava superior (S.
veia cava superior), duto linfático (quilotórax), estruturas
cardiovasculares (palpitações síncope), plexo braquial
(dor no ombro), gânglio estriado linfático (S. de Horner)
 Tamanho da lesão: necrose com cavitação
Câncer de Pulmão
Manifestações Clínicas

Manifestações clínicas nas lesões periféricas


 Lesão endobrônquica: assintomático ou com sintomas
tardios
 Invasão de estruturas vizinhas: pleura (assintomático
ou com tosse seca e dispnéia quando derrame pleural
extenso)
 Tamanho da lesão: necrose com cavitação (muito rara)

Manifesções sistêmicas
 Astenia, anorexia, perda de peso, diminuição da libido,
febre.
Câncer de Pulmão
Manifestações Clínicas
Tumor de Pancoast
 É o tumor que se localiza posteriormente no ápice do
pulmão, junto ao plexo braquial. Infiltração neoplásica
das raízes nervosas (oitava cervical e primeira e
segunda torácicas). Dor intensa, alteração na
temperatura cutânea e atrofia da musculatura do ombro
e da mão. Incidênica : 4% Geralmente são carcinomas
escamosos de crescimento lento. Podem invadir pleura
e extravasar para parede torácica
Câncer de Pulmão
Manifestações Clínicas
S. veia cava superior
 A obstrução da veia cava superior pode ser um
processo agudo ou subagudo causado por tumor
maligno intratorácico. Ca de pequenas células em 46 a
75% dos casos. A obstrução se deve a compressão ou
invasão da veia cava ou pela formação de trombo
intraluminal.
 Edema e pletora da face, dilatação das veias do
pescoço, do ombro , da parede torácica e dos membros.
 Tratamento é feito com radioterapia
Câncer de Pulmão
Metástases
 Ganglionares no mediastino – 80%. Todos tipos histológicos.
Quando maciço e extenso considerar Ca de pequenas células
 Ganglionares supraclaviculares

Metástases à distância – disseminação hematogênica


 SNC – é acometido em20-50% dos casos. Mais comum no Ca de
pequenas células. Cefaléia, náusea, vômito, alteração no nível de
consciência, crise convulsiva e faqueza.
 Ossos – até 25% dos casos. Coluna, bacia, costelas e os fêmures.
Dor, fratura patológica e hipercalcemia. Rx lesões líticas
 Fígado – tardios. Anorexia, dor epigástrica e hepatomegalia.
Enzimas hepáticas elevadas
 Supra-renais – 2 a 21% em geral assintomático.
Câncer de Pulmão
Síndromes Paraneoplásicas
 Osteoconjuntivas – Hipocratismo digital, osteoartropatia hipertrófica
 Endócrino-metabólicas– produção ectópica de ACTH, secreção
inapropriada de HAD, S. carcinóide, hipercalcemia, ginecomastia
 Neuromusculares – encefalopatia cerebral, degeneração cerebelar
cortical, mielopatia necrosante, neuropatias periféricas, Miastenia-
símile, polimiosite
 Cardiovasculares – tromboflebite migratória, endocardite trombótica
não bacteriana
 Hematológicas – coagulação intravascular, trombocitose, púrpura,
reação leucemóide, eosinofilia
 Cutâneas – acantose negra, penfigóide, dermatose psoriforme,
hipertricose lanuginosa adquirida, dermatomiosite, esclerodermia,
herpes zoster
Câncer de Pulmão
Diagnóstico
 Anamnese e exame físico
 Exame citológico de escarro – Depende
da localização do tumor.
 Radiografia de tórax
 Tomografia computadorizada de tórax
Câncer de Pulmão
Diagnóstico
 Broncoscopia – diagnóstico, estadiamento e decisão
terapêutica. Contra-indicações: hipoxemia intratável com
oxigênio suplementar, diátese hemorrágica, hipertensão
pulmonar grave, instabilidade cardiovascular e
hipercapnia aguda. Mais de 70% dos tumores são de
localização central e a combinação de lavado, do
escovado e da biópsia brônquica (3 a 5 fragmentos)
estabelece o diagnóstico em mais de 90% dos casos

 Punção aspirativa percutânea com agulha fina


Câncer de Pulmão
Tipo histológico X apresentação radiográfica
Escamoso Adenocarcinoma Pequenas células Grande células

Massas volumosas Nódulo solitário (72% Massas hilares ou Nódulo periférico


(cavitação em 22% dos casos) parahilares volumosas (maioria dos casos)
dos casos) (78% dos casos)

Linfadenomegalia Invasão mediastinal Invasão mediastinal


mediastinal e massas precoce com precoce com
hilares linfoadenomegalia linfoadenomegalia
mediastinal grosseira mediastinal grosseira
Câncer de Pulmão
Pesquisa de metástases
Investigação de rotina em doentes assintomáticos:
 hemograma, eletrólitos, cálcio, fosfatase alcalina e gama
GT
 Cintilografia óssea e/ou radiografia : dor óssea ou
fosfatase alcalina 
 Ultrassonografia hepática: gama GT 

 Tomografia de crânio e/ou ressonância magnética:


sintomas ou sinais sugestivos de metástase cerebral (perda
motora, alteração de conduta, cefaléia e convulsões)
 Todos os pacientes tomografia do andar superior do
abdome– avaliar fígado e supra-renais. As adrenais > 3 cm
 punção aspirativa com agulha fina.

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