Você está na página 1de 6

FACULDADE OMNI

CURSO: Administração

TURMA: ADM. 2009-II

DISCIPLINA: Introdução à Administração

PROFESSOR: Pando Angeloff Pandeff

TEMPOS MODERNOS
Análise das Teorias apresentadas no filme

Alunos:

Evellyn Santos da Silva

Fabiana da Fonseca Soares

Felipe Silva de Araujo

Luiz Almeida Jr.

Thaís Cardoso Pinto


Itaboraí, 23 de março de 2009

1 – ANÁLISE CRÍTICA COMPARANDO AS TEORIAS APRESENTADAS EM SALA


E REALIDADE DA PRÁTICA DEMONSTRADA NO FILME.

O filme de Charles Chaplin traz uma série de críticas referentes ao


tratamento à classe trabalhadora (termos da teoria de administração científica:
Fayol) e aos burgueses (donos dos meios de produção que “exploravam” essa mão -
de- obra, que era miserável, que trabalhava muito para cada vez mais aumentar a
produtividade nas suas empresas). Cargas horárias extensas, compromisso de
estarem produzindo mais e mais, além das condições sobre-humanas em que se
encontravam. A luta por melhores salários (que eram baixos), por melhores
condições de trabalho (os recintos eram imundos, as máquinas de manuseio
perigoso etc.) e por uma carga horária menor, sempre foram uma constante, desde
a Revolução Industrial. Mas a crítica de Chaplin no filme é com relação a essa
exploração, se traduziria, por exemplo, num caso em que um operário trabalha muito
para fabricar um automóvel ou eletrodoméstico, mas com o dinheiro que ele, com o
suor do seu rosto, ganha no mês, nem poderá comprar o mesmo. Assim, vê-se que
a crítica ao modo capitalista nesse fato se justifica. O mesmo ocorre hoje, sem
grandes diferenças.

De acordo com o conceito de capacidade tecnológica, podemos perceber


o quanto se buscava de inovações para que os trabalhadores mais produzissem
sem menor perda de tempo, com o aparecimento de uma engenhoca que fosse
usada pelos operários para suas refeições (com certeza, o momento do filme que
mais arrancou gargalhadas de quem assistia). Com aquela espécie de inovação,
que mais deu problemas do que soluções. Percebe-se a preocupação dos senhores
proprietários dessas fábricas em diminuir o tempo do almoço e utilizar o tempo
economizado para que os trabalhadores imediatamente voltassem ao trabalho, com
a responsabilidade de aumentarem a produtividade.

Naquele período, tinha-se a preocupação, por parte dos proprietários, de


sempre buscarem inovações. Seria, nesse momento, uma pequena ajuda para que
o homem fosse substituído por máquinas. Máquinas essas que teriam que ser
controladas por uma mão-de-obra específica, mais qualificada, fazendo com que
muitos trabalhadores, que antes usavam a força e velocidade dos movimentos das
mãos, fossem dispensados. Nos tempos de hoje, essa mudança está quase que
2
promovendo uma revolução, em que, quem não for qualificado o suficiente para
trabalhar em um computador, ficará de fora do mercado de trabalho, uma vez que
sem esse requisito, que se equipara ao fato de saber ler e escrever, tais indivíduos
seriam considerados analfabetos, estariam excluídos das possibilidades de trabalho
que hoje se manifestam.

Os senhores burgueses representavam uma categoria privilegiada que


necessitava de uma mão-de-obra disciplinada que produzisse mais e mais. Não
pensavam eles que produzir demais levaria a uma crise de superprodução (A
Grande Depressão), onde ninguém iria querer, nem de graça, seus produtos e
serviços, uma vez que toda a sociedade estava saturada. O que fazer?
A crise de 29 balançou as estruturas do mercado internacional, as fábricas fecharam
as portas, decretaram falências e não podiam mais conduzir negócios. A bolsa de
New York esteve em estado de coma, culminando em quedas e crises em vários
países, entre eles o Brasil.

Enfim, este filme faz critica aos modos de produção capitalistas, as


ambições dos burgueses e, principalmente, as condições de trabalho em que se
encontravam esses trabalhadores. Esses problemas passados ainda, em parte, se
manifestam: no Brasil ainda se tem o trabalho escravo escondido por aí, ainda têm
empresas em que os superiores usam e abusam do lucro retirado em detrimento dos
funcionários e ainda convivemos com a triste realidade dos baixos salários.

2 – DESTACAR PARTES RELEVANTES DA TEORIA MOSTRADA NO FILME:

No filme a empresa não visava o bem físico e mental do funcionário.

Enfoque mecanicista: a organização é comparada com uma máquina que


segue um projeto pré-definido.

A partir desta visão, cada funcionário é visto como uma engrenagem na


empresa desrespeitando assim sua condição humana.

Tem uma cena no filme que chama bastante atenção, onde o chefe usa
um de seus funcionários como cobaia para uma experiência em uma de suas
máquinas. Não se preocupando nem um pouco com a vida do mesmo. Olhando para
ele como se fosse uma máquina e não um ser humano.

3
Taylor falava sobre a super especialização do funcionário:

Com a divisão de tarefas, a qualificação do funcionário passa a ser


supérflua.

O funcionário deve executar, tarefas repetidas e monótonas gerando


assim a desarticulação deste no processo como um todo.

O filme retrata bem sobre esse assunto: o funcionário fazia a mesma


função repetidamente, sem poder descansar. Não havia nenhuma qualificação com
respeito as funções exercidas na empresa, comprometendo assim o bom
funcionamento e crescimento da empresa e dos próprios funcionários.

Fayol já dizia: “O aumento da produtividade dá-se pela especialização dos


operários e dos executivos da empresa.”.

A teoria de weber destacava a formalização do trabalho, hierarquia,


impessoalidade, profissionalismo e competência técnica dos funcionários totalmente
o oposto do que o filme nos mostrava.

3 – CRÍTICAS QUE O FILME FAZ SOBRE O MODELO ECONÔMICO E A


SOCIEDADE DA ÉPOCA:

Em 1930 foi lançado o filme com o objetivo de criticar a crise da bolsa de


valores de Londres ocorrida em 1929.

Mediante análise pode-se observar que:

• As fábricas buscavam produzir cada vez mais, sendo assim,


aceleravam o ritmo da produção impondo aos funcionários agilidade, não podendo
nem mesmo abandonar o posto.

• Foi gerada a busca incessante por criar recursos tecnológicos que


trariam praticidade e rapidez na produção, tendo em vista que: Produzir mais em
menos tempo = mais lucro.

4
• O funcionário executava tarefas de forma repetida e monótona. Sua
qualificação era supérflua. Para o patrão só o que importava era a execução de
ordens.

• O operário não tinha qualificação e para o patrão isso não tinha a


mínima importância, pois as funções são limitadas e repetitivas.

• Foi demonstrada a desigualdade social onde o operário fruto de mas


condições de trabalho e renda viu-se sem saída das condições de miséria.

• Como sustentar a casa e a família encontrando as dificuldades em


adquirir ou até mesmo permanecer no emprego.

• A crise desestabilizou a economia agindo como um terremoto que


abalou as estruturas de toda uma sociedade que de mãos atadas apenas voltou
pensamentos para o futuro.

4 – DESTACAR AS RELAÇÕES DE TRABALHO E ASPECTOS SOCIAIS


ENVOLVIDOS.

O filme mostra que até o final do século XIX novas técnicas de produção
foram criadas permitindo elevar a capacidade produtiva das fábricas aos patamares
inconcebíveis até o momento. Entre essas novas técnicas de produção destacam-
se:

a) TAYLORISMO: Sistema produtivo onde os operários dispostos ao


longo de uma esteira de produção móvel ficam fixos executando de maneira cada
vez mais especializada uma mesma tarefa na produção de mercadorias que passam
por eles através da esteira. A principal conseqüência da adoção dessa técnica foi a
perda por parte dos operários do controle sobre o ritmos da produção. A partir de
então a burguesia passou a controlar quase que totalmente o processo produtivo,
pois se quisesse acelerá-lo bastava aumentar a velocidade da esteira.

b) ESTANDARDIZAÇÃO: Refere-se à padronização crescente ocorrida


na produção. Para que se pudesse aumentar a velocidade da esteira da produção

5
era imprescindível que os operários realizassem sempre a mesma tarefa da mesma
forma, o que seria impossível se tivesse que produzir modelos diferentes de uma
mesma mercadoria.

Com isso, operários ficavam cansados e não tinham tempo para


descansar. O trabalho era intensivo e cansativo, muitos eram demitidos por não
conseguirem alcançar a meta que os patrões traçavam.

5 – RELATÓRIOS DE ATIVIDADES E CONTRIBUIÇÕES DE CADA


COMPONENTE DO GRUPO:

Evellyn Santos da Silva participou da produção do trabalho elaborando o item 4 e


revisando os demais itens.

Fabiana da Fonseca Soares participou da produção do trabalho elaborando o item


2 e revisando os demais itens.

Felipe Silva de Araujo participou da produção do trabalho digitando, formatando,


elaborando a capa, produzindo o item 5 e revisando s demais itens.

Luiz Almeida Jr. participou da produção do trabalho digitando, formatando,


elaborando o item 1 e revisando os demais itens.

Thaís Cardoso Pinto participou da produção do trabalho elaborando o item 3 e


revisando os demais itens.

REFERÊNCIAS:

» Escolas de administração – Aula 2 (Itens 5 e 6)


http://www.slideshare.net/ALevy/escolas-de-administracao-aula-2

» Introdução à Administração – 2009


Profº. Pando Angeloff Pandeff

» Revista Tela Crítica, nº 1, 2004, de autoria de Marco Santana.


Artigo homônimo.

Você também pode gostar