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wilton cardoso

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pre bem vindo
vida !
marjnau
(guelras pra poesia)
Copyright by © zé pelota (vulgo wilton cardoso)

Capa do Capeta

É expressamente proibida a NÃO reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio e
sistema (principalmente internet), sem o prévio (con)sentimento do (muito dengoso) autor.

Todos os direitos perfurados por


Plágius Editora ILtda.
Rua Toda Banda, n. 666.
São Caos - Capetão
marjnau
diluição da diluição da diluição
da diluição da...

beatnik poesia?
batpoesia?
não mil vezes não
romão
bytepoesia
uma baita azia
troka
dicklhesca
trotski tropel troqueu?
trote trepada traço
imune às traçàs trocas
(de)ge(ne)ração xerox
autor: pirata
baitpirataria
pois ia...

¿por quê parou?


¿parou por quê?
¿se não chegou?

erre guerra guerrilha


no mar de Un$zeru$
feixe de Zeros & hums!

guelras pra poesia


perdi-me do mistério
derrotado me perdi
do desterro deste sério
falar
de sereia
perdi-me dos cemitérios

voltei-me teia desfeita


falta valsa meio
perdi-me do profundo
perdi-me
na superfície
do mar do riso no ar

eco vácuo sonar


ego fátuo
perdi-me
perdiz
serei-o?
curto grosso caroço ¿sol?
trouxeste o transe?
esta tela agora
no centro das horas
todas
no meio do universo
inteiro
sem meios sem por cento
escuro
dentro
o qual

trilha este branco vácuo


brilha este negro traço
briga esta breve cinza
sombra
de tanto querer quebrar
quebramo-lo quebramo-te
quebramo-nos
não amo mais ninguém
não amo
ninguém mais benze
quebranto
benzinho
bem zen
benzeno
nosso nada ameno amor
amar-te a menos
de um segundo
luz
do a

bis

mo
seu sorriso é o sol
que me faz só
seu sorriso é o sol
que me faz seu
seu sorriso é o sol
que me faz sou
seu sorriso é o sol
que me faz sol
teus olhos são tão sol
que molhas meu sol
quando me olhas farol
que ilumina[s] meu sol
dar umas lambidas
nas lambanças
da lembrança

só p’ra ver
p’ra q’rer
amigos mortos
tortos
na porta
da ’sp’rança

soprar a vela
d’além branca
um banzo um abraço
por teu leve/breve
traço
à margem
você não estava
você foi a margem
mais que a imagem
do pássaro à margem
da paisagem
você foi a viagem
a que não volta
aqui nas margens
de mim
rio da minha vida
amarga sina amargurada
rio do meu caminho
ninho de escombros dados tombados
rio da minha boca
oca à míngua despedaçada
o poeta que sou
escolha? acaso? escolhos
resto manifesto em versos
quem saberá dos mil olhos?
dos mil piolhos
de molho no podre
de que broto?
quem saberá da peste
que me infesta?
um miolo mole circundado
por uma dura carapaça
algo informe um verme
a sós
pedra moldada a dados
a espasmos raros de saber-se
raso ver-se impuro
poro
transtornado
ar
(um feixe de peixes
guelras destroçadas
pelo pesca
dor)
não sirvo pra
nada sirvo
só pra pre
textos sirvo a
penas pra
poesia
(bem ser
vida?)
sábado tarde
os meninos brincam
um tucano passa
a tv tagarela
um motor motoca

numa toca do espaço


esta tarde
mínima harmonia
no turbilhão do sempre
estreita
linha
tênue filamento
duma neurose

greta que se agita e grita ao vácuo
um mar de lua
pálido sol

captar o tempo transe
unte
trans
tornado
uni
verso
trans
forma
do caos
DOS NUNCAS...
Bem pensado, bem
pontuado, nem
todos os pontos estão
fechados, nem todas
as pontas aparadas, sem a-
restas de-
flagradas. Sempre uma rota
que-
brada,
um rosto, roto, distorcido;
sempre uma frota nau-
fragada: perdida fragata
vencida.
Sempre uma dor renovada,
uma nota perdida,
um último e só riso,
sempre: uma merca-
doria de-
vol-
vida.
É BOM LEMBRAR
que um dia
é bom fartar-se de noite
e sol é bom
que o dia renasça-me a
furto
nas telhas centelhas de noite e
gatos
desfilam-se cores
tons de tarde nos terraços
fardos de um foi-se
embora brote o dia
desfia-se em nuvens
de silêncio
e pó
zzzzzz
zzzzzz
zzzzzz
zzzzzzé pelota
zé pilota
zé piroca
zé biruta
AMOR UNIVERSITÁRIO
(com ismos e cismas)
quem sabe o seu amor não saiba
que caiba o seu amor sem jeito
bem justo na poesia pobre
de uma música sertaneja urbana
tal qual rio e copacabana
como se casa arroz com feijão
como se rende à fé a razão
a exegese do exegeta
(froidando)

— quem ele é?
— ele é o exegeta
o exigente sujeito que faz a exegese
— bobage
pra mim ele é o cara
que não comeu a buceta
da tieta e vive
de batê punheta
teatro cósmico
(e gósmico)

poça: posso?
mar: me amar?
poça: posso?
mar: vem cá!
poça: aonde?
mar: ó a onda!
poç
poçamar
en
volve
a
vulva
o
falo
da falta

de palavras

poesia
rluzarluzarluzarluzarluzarluzarluzarluzarluzarluzarluzarluzarluzarluzarluzarluzarluzarluzarluzarluzarluzarluzarluzarluzarluzarluzarluzarluzarluzarluzarluzarluzarluzarluzarluza
TUDO divisar
saber tudo
até o fundo
mais p’ro
fundo
de tudo

NUNCA
voltar
para respir

AR
SEMPRE
A VOLTA
DE TALVEZES
NEM TAO TAO
SEMPRE
A VOLTA
DE ATIMOS
SOIS PEQUENOS
TAO

QUE AS VEZES
quase
NUNCA
LUZ
MINAM planetas frios
(fios de vida)
UM ATO
AO ACASO
UM CAOS
ISOLADO
UM ÁTOMO DES
GARRADO
UM QUANTA UMA CORDA
ROMPIDA
OU UM TROPICÃO
NA CALÇADA
(PODE) GERA(R)
UM MOVI
MENTO
DE AR
QUE VAI DAR
NUM TUFÃO
NUM AUMENTO DE MASSA
NUM A
FUN
DA
MENTO
EM SI MESMO
UM BURACO ESMO
(ermo)
FIM
DO SISTEMA
SOLAR
rluzarluzarluzarluzarluzarluzarluzarluzarluzarluzarluzarluzarluzarluzarluzarluzarluzarluzarluzarluzarluzarluzarluzarluzarluzarluzarluzarluzarluzarluzarluzarluzarluzarluzarluza
se te encontro como
te faço um dia
te fiz

se te acho
como (te) faço sempre
se refaço
o teu sorriso

se te busco
se a cada passo
enlaço uma lembrança
e a recorto

se te abrigo
no limite (que) mudo
a cada segundo
te construo

se tudo o que digo


de você
é você sem ser
você dita

(se) rodeio as palavras que te cercam


atinjo a margem que é você
mensagem (dentro de mim?
ou) fora de tu
do

você muda
olhávamos nos olhos
calmos orvalhos
céus em retalhos
enquanto
deus
faz as contas
de quantos
entrarão
no céu
em silêncio
os sons fazem
de conta
com os riscos
do papel
posfácil

”eu não sou doido!!”


“um texto deve ter
letras grandes o bastante
e comprimento pequeno o suficiente
para ser lido
de uma golfada
na tela
de um computador

hoje em dia, qualquer coisa


menor ou maior
é uma insanidade”
z.p.
<Esc> para sair
SETAS para nave gar
NEUR ÔNIOS para lem brar
para lendar
para lindar
para nau
fragar
no ex
que
ci
mento

ESQUEÇAM-ME !!!

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