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Modalidades controladas e ventilação

assistida/controlada
-volume e pressão –
Ventilador: é uma máquina automática desenvolvida para
suportar de forma parcial ou total a quantidade de energia
necessária para fazer entrar e sair o ar dos pulmões
(trabalho respiratório).
VENTILADORES
DE DE DE ALTA
PRESSÃO PRESSÃO CONVENCIONAIS FREQUÊNCIA
NEGATIVA POSITIVA
Aplica pressão Gera pressão Produz padrão Atinge
negativa sobre positiva nas respiratório frequências
o tórax. vias aéreas semelhante ao padrão respiratórias
normal muito superiores
às conseguidas
voluntariamente.
Factores essenciais para o funcionamento
automático do ventilador sem intervenção
contínua do operador:

• Interface estável entre doente/ventilador ( circuitos e


humidificadores)
• Fonte de energia para gerar trabalho ( electricidade ou
gás comprimido)
• Unidade de controlo que regula a forma como a pressão
, volume e débito de gás são fornecidos ao doente
produzindo um determinado padrão ventilatório –
modalidade ventilatória
• Fornecimento de pressão, volume e débito de forma a
substituir parcial ou totalmente o trabalho respiratório
• Sistemas de monitorização e alarmes (pressão, volume
e débito).
Princípios gerais
O ventilador produz uma pressão que vai gerar um débito nas Vias
aéreas e assim levar ao aumento do volume pulmonar. A pressão
em cada instante da inspiração depende da partilha de trabalho
respiratório entre o doente e o ventilador.
Ignorando a pressão desenvolvida pelos músculos do doente, como se
este estivesse sedado, obtemos a seguinte equação de movimento:
P = Po + (1/Cs x Vt) (R x V)
Em que:
Po →pressão alvéolar no fim da expiração.
Cs →compliance estática
Vt →volume corrente
R →resistências
V →débito

Diferentes tipos de variáveis que constituem


modalidade:
• VARIÁVEIS CONTROLADAS, suportam total ou parcialmente o
volume/minuto do doente. Tem 2 tipos de abordagem possíveis:
Controlo do volume ou do débito e controlo da pressão
• VARIÁVEIS CONDICIONAIS, iniciam operações lógicas do género
“se…então…” e permite alternar entre duas formas de ventilação,
por exemplo, assistida e controlada.

• VARIÁVEIS DE FASE, definem as quatro fases do ciclo respiratório


( passagem da EXP → INSP; Inspiração; passagem da INSP →
EXP; Expiração). Estas variáveis são as seguintes:

► Trigger: faz a passagem de Exp para Insp e pode ser de tempo,


pressão, volume ou débito.
► Limite: quando uma variável não sobe acima de um determinado
valor programado, esse valor é atingido antes do fim da Insp e não
influencia a ciclagem chama-se variável limitada, pode ser a
pressão, volume ou o débito.
► Ciclagem: feita por uma variável que quando atinge um determinado
valor estabelecido, faz a passagem de Insp para Exp e pode ser o
tempo, pressão, volume ou débito.
ESTRUTURAS OPERACIONAL DA MODALIDADE VOLUME
CONTROLADO:
Os ventiladores só podem controlar uma variável de cada vez. O
volume e o débito estão acoplados pois são funções inversas, pois
o volume é integral da curva de débito em relação ao tempo e o
débito é a derivada da curva volume em relação ao tempo. Durante
o tempo da Insp qualquer alteração do volume implica alteração do
débito e vice-versa.
Em volume controlado (VC) a variável controlada é o débito. A forma
como o débito inspiratório é ministrado ao doente está relacionada
com a forma da curva de débito.
Nas variáveis de fase pode-se definir o trigger. Supondo que o doente
está sedado sem qualquer movimento respiratório, sabe-se que
deste modo os ciclos vão depender somente da freq.resp
programada no ventilador. Se se seleccionar uma freq.resp de 10
ciclos/minuto, então em cada 6s o ventilador inicia uma inspiração,
neste caso o trigger chama-se tempo.
O limite em VC também é o débito, uma vez que o débito
não ultrapassa um determinado valor durante toda a
Insp, valor esse calculado dependendo do ventilador em
causa. esse valor é atingido antes do fim da Insp e não
influencia a ciclagem, nem a ciclagem é feita por débito.

A variável condicional é a que permite ao ventilador


funcionar em VC na modalidade assistida/controlada. Se
o doente não faz esforço inspiratório o trigger faz-se por
tempo, mas se o doente faz esforços inspiratórios
suficientemente amplos para serem sentidos pelo
ventilador e desencadear o trigger, inicia-se um novo
ciclo ventilatório. Podem existir trigger de pressão,
volume ou débito capazes de sentir os esforços
inspiratórios, porém os mais usados são os de pressão
e de débito.
O trigger deve ser programado pelo operador consoante o
que ele deseja, e denomina-se de mandatório quando
os ciclos são iniciados por trigger de tempo e assistido
quando desencadeados pelo próprio doente.

Os ventiladores mesmo quando programados não ventilam


estrictamente em VC, pois na modalidade VC tradicional
a freq.resp era programada no ventilador e se o doente
fizesse esforços inspiratórios o ventilador só fazia essa
freq. Actualmente, nenhum ventilador funciona assim,
quando programado para ventilar em VC o que faz é
ventilar na modalidade assistida/controlada e não só em
controlada, assim permite que certos ciclos sejam
desencadeados pelo doente.
ESTRUTURA OPERACIONAL DA MODALIDADE
PRESSÃO CONTROLADA:

Nesta modalidade a variável controlada ou independente é


a pressão com uma curva de pressão rectangular ou
quadrada. Trigger de tempo, limite de pressão e
ciclagem por tempo. A variável condicional permite
alternar entre ventilação controlada e
assistida/controlada por reconhecer o trigger do
ventilador e do doente.
Uma vez que a pressão é constante durante a insp, o
débito é exponencialmente decrescente e o volume
sobe mais rapidamente no inicio da insp do que no fim.
Parâmetros variáveis são Vt e débito influenciados por
variações da R e da Cs.

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