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ENCONTRO COM A VIDA

Somos emoção qundo vemos de crianças,agrupadas alegremente ,a


parar frente a uma loja cantando as “janeiras “na tradição cá dos
nossos sítios Alegres lá vão rindo ,com o seu tesouro na mão e vem
outros e mais outros ,doiradas ao sol de Inverno que os reis aí estão
atirando-se a mim ,este pequeno ser no meio de tanta vivacidade e
alegria em vida.
Somos emoção quando mais abaixo julgamos ver ,ou naão queremos
ver,ou não devemos vermas vemos :mãe solicita carinhosa a
lembrarnos ndaquele verão atrás em que seu bebé ainda memando ,se
ajeitava,prtocurando a mama~que ali na paragem do autocarrao e
poiso para conversa deoois ou antes de trabalho e naquele dia quente
ainda de primavera o seu vestido cor de rosa ,por hora curto e
sabemos que o corpo ainda não se afoitou ao tempo que era antes e
assim se apertava um poucu subindo soldava-se a ele como bebé aos
mamilos daquela jovem mãe.
Somos emoção quando dali fomos ao futerbol(lá estou eu com o
futebol)e a imoção já é diferente é dinâmica evolui e por vezes precisa
de freio ,como endinheirado que se abancou na bolsa e hoje ganhou e
amanhão perdu.Somos vida que está ali a viver o “diabo “ do golo que
nunca mais abana as malhas
Somos descontração qundo entramos no fórum,sentimos o calor agora
que está frio ou antes o fresco quando está calor.Ali9 nos vão
enganando com ofertas e mais ofertas luzes e gente bonita já que os
ditos feios bonitos ali se tornam como em conto de fadas.Até nem
andamos muito ,logo vem uma escada que é rolante e andar a pé faz
bem ao colestrol e nós (eles) não queremos estar de mal com
ninguém..Também é vida que queremos e de certo modo até o
desejamos.-pelo menos uma vez por mês não sei onde está escrito mas
quase que o afiançava que está escrito).
No fórum as pessoas encontram-se e é suposto que nós todos somos
moderninhos e estamos a gozar todos os nossos sete sentidos .Será que
são todos ou só o que eles querem?Seguimos que a larica aperta e hoje
(eu)vou acumular colestrol e porque não.Devagarinho
Um restaurante daqueles que existen nos fóruns e parecem todos
iguaie.Bufet.tabuleiros ,ferramentas necessárias .è servir deslizar até
ao fundo que a menina simpática espreeita solicita .Pagar e sentar ná
mesinha ecostada á pqrede ,para melhor ouvir a música e espaiar os
olhos pelos casalinhos e e menos casalinhos que vão entrando
A comida etá boa ?
O que disseste estava distraído
.Sim .Este sistemo e simpático porque poiodemos fazer umas
rebaldarias culinárias?
Estavas com fome e só vai isso?...chegam dua meninas sem idade
,meninas u.Uma fazendo desloar o carrinho da que persegue em
conversa amena ,mesmo alegre na escolha que o seu corpinho,de mão
sem mãos .Os pun hos sem mão abordam sem apontar ,com delicadeza
o arroz que solicita as batatinhas que aprecia e a salada que dá cor ao
seu prato .Vai indo vestida no seu casaquinho leve que lhe adivinha as
“não mãos a sainha ou saia calça que lhe veste as pernas que o não são
Vai indo .. linda é ela ,os olhos são puros e matreiros ,quando se atiram
ao “vigilante que as observava.que se estsia fica bloqueadfo sequer
envergonhdo Desculpe-me aquelea menina mas era emoção
Perguntei-te se a comida estava boa?
Não viste ?
O quê ?
Deixa estar ?Está boa a comida.

Surdina do 2008
Ou ano na Bolsa

Ano que é tempo pousa dança e corre


Pousa em noites de neve brilha: dia de sol
Neve que cai no pobre e rico como lençol
Da Primavera espere, o Outono chore

Carregou-o o homem, no seu tempo: espaço


Espaço a bomba a rebentou no segundo
No minuto de verão que desabrochou em flor
Flor que cheira, menina se chora em regaço
A fugir do minuto trovão, silva de esplendor
Menino : elite sem bombas sobre fundo

Amou o sol , já tinha amado trilha de terra


Trilha o financeiro sua vela segura :queimado
Viu ano ,como vento emprego espanta coitado
Pobre o perseguiu e a ele tudo aconteceu
Aconteceu convulsão que natureza encerra
Trouxe impaciência fome: tapou com véu

Trouxe esperança no mês que depois vem


Segundo a minuto a bonança de volta
Não trouxe espaço para o bem nem emprego
Também nada trouxe para quem não tem
Segurou o que muito tem :questionado apego
Por tudo isso se inflamou esta revolta

Este sabe quão forte e dura : natureza reclama


Aquele não sente que podre foi esbanjada
Da ementa de senhores: elite poderosos
Rebentou em sua mão
Mão que responsabilidade agora sente chama
Vida que tinham já são saudosos
nos bolsos (bolsa) Natureza expropriada:
poderoso sente o chão

Ficou assim ano : na plena desorientação


e mesmo assim:
Vem ano: Espero : equilibrada a solução
Espero que sim!!!

NATAL

A Neve, os caramelos,luminosos
O sol mais fulvo do mais claro dia,
A Serra os céus, os mares alterosos,
A gota esplendorosa, a serrania,
Os corações cristãos,
Irmãos
Trazem suspensa em luz de amor, intensa,
A síntese do Bem - Palavra imensa -
Harmonia
Berço de Amor
Sideral
Verbo e Flor
-Natal

Natal - anda no peito a borbulha


A música sinfónica da cruz…
E a fantasia vai a palpitar,
Ver as palhinhas onde está a nanar
Tenrinho - um Deus menino ,o Bom Jesus…

Noites e medos - procissões negrais -


Jamais, jamais
Ondas revoltas, vão materialismo,
Vagas de abismo, negro paganismo
Porque voltais

………………………………………..

Trevas, fumaça, nuvens pomposas,


Rostos macabros, eras do mal:
Já vejo rosas, já vejo rosas
Rosas de neve silenciosas, - para o Natal!!
-castelos de ilusões, - Mitologia: desponta o dia!

Do escombro da barbárie e do Islamismo,


Emerge ,redentor ,o Cristianismo!


…Eis o Sol no poente: - quadro divinal!!
Fala-no ndo Amor concebido em Luz,
Ou de reticência ponto virginal
Para Abril ao longe na canção #Natal”
A Epopeia eterna do Mar Alto :A Cruz.

Retirado de
A ALDEIA

Padre Joaquim Rodrigues da Cunha

Pai Natal

Como justificação deste apontamento ,em dia que a neve caiu e hà


muito tempo, não sentia as pessoas desta vila ,usufruí-la com tanta
gratidão que se reparava em cada gesto olhar e sorriso .Apedrejava-se
(tratamento de gelo/neve) pai ,mãe, avós e família Lda.
Apareceu agora um casal jovem a rolar (quem avolumava a roda
rolando-a sobre a neve era o jovem - ela tentava equilibrar-se na neve)
Vai dai:
-Para que é isso ?
-Já vais ver?
O garoto um pouco afastado aceitou o desafio e lá vem ele A rolar um
torrão de neve
-Vai pela neve que não foi pisado!!! :aplica-se o instrutor ai com os
seus 82-20 =___.
-Porque a neve é branca ? pergunta o rapaz
-Agora ajuda e veste um casaco para ficares quentinha? -dá-me a
impressão que esta nova personagem é a mãe
O pequeno ,com a agilidade um pouco “embrulhada” deve ter para aí
uns dez anos .Mas a roda anda aproxima-se da outra
-Porque não juntamos as duas ?-a mãe da jovem mais crescida que
na diferenciação peitoral(já) deve te uns dose ou treze
-Fazemos um Pai Natal ?
A “guerra de neve acabou:

E fizeram :
- o pequeno acabou de rolar a sua roda mais pequena que a anterior;
- o jovem casal agora em apoio mutuo colocou-a por cima da outra
- a mãe e filha ajeitaram uma bola ,para se moldar a cabeça
-o vizinho ofereceu o seu carapuço vermelho é do Benfica e ferrenho
-a avó da neta do casaquinho uma cenoura
-Leva para fazer o nariz do Pai Natal?
-E os olhos avó? alvitra o neto
-Tenho aqui uma batatinha!!! apresenta-se a vizinha do segundo
andar
O rapaz lá vai buscar. Já vinham ,cortadas e tudo.
Os escultores, em grande perícia e mestria ,corta a borda ,arredonda o
pescoço; afeiçoou a cintura e molda o pescoço
Nesta altura aparece um cinto das mão de alguém sabe-se lá quem que
os intervenientes já era mais que dúzia. Apareceu mais um cachecol
para o pescoço
O dito pai natal está na fotografia
A noite veio e o pessoal começou a retirada. Até porque a noite
chegava…
…os flocos de neve continuavam a cair, na sua forma cristalina, macios
e brancos, provocadas pela condensação no ar ,do excesso de vapor de
água a uma temperatura inferior ao ponto de congelação(que
sabedoria???).
A bebé não quer entrar em casa ,faz birra.
- Então ?Estava tão contente a ajudar a fazer o Pai Natal!!!
-O que foi agora?
-O Pai Natal vai ficar com frio?
-Não filha .Em segredo :ele agora vai sair para visitar outra casas e
levar prendas!!!
-O…m e ..u..cobertor…?- o cobertor dela tinha vindopara não
macular o banco do carro(por sinal era novoe está fora da história)

Olha …olha..!!!
Olha o teu(Pai Natal) já está aqui :salva, a avó, com um pai Natal :
este boneco que canta e tudo …é natal é natal tudo tem …mais luz…
A criança ,como criança convenceu-se e lá entrou em casa dançando
com o seu Pai Natal…(as crianças são tão simples).

Sai pela noite lá estava o pai Natal, o benfiquista acabava de recolher a


carapuça vermelha .Outro Pai Natal bem maior figurava a praça da
vila e vários pelo menos dois ali feitos no parque teriam sido atingidos
pelos ramos caídos sobre eles
O nosso Pai Natal ,ficou com o seu agasalho ao pescoço ainda com o
seu nariz vermelho e os olhos pareciam vasculhar ao fundo.
Entretanto, tinha caído flocos e duas folhas assentavam a sua bainha
afundando-se , recortando os seus rebordos em escultura profunda na
neve nova, caída mais leve, que as folhas que por aí caíram e
pareciam fazer vigia a este Pai Natal e se reflectiam à luz do candeeiro
amarelo ,por esta noite.
A bébé tinha razão, a chuva persistia e o Pai Natal iria levar suas
prendas a outras famílias e crianças.
_______________XXX______
Ps:O rapaz perguntou :
Então, porque a neve é Branca ?
O puto não se esqueceu e ainda bem (vou pô-lo a trabalhar?!).
Ouve não tenho bem a certeza Vamos procurar nesta livro sobre
Ecologia Cá está:
a Luz que se reflecte nos cristais, que se apresentambásicamentenuma
Geometria hexagonal, confere à Neve a sua aparência branca.
A àgua é um líquido, incolor, inodoro e insípido???diz o saber recente e
fresquinho do rapaz
È um oxido de hidrogénio(H2O)resvala o avô –para aproveitar a nova
atensão deste jovem .

(apontamento em canto de revista)

Vi
Vi Neve a cair o que não acontece á pelo menos umas duas décadas. Estou a aldrabar só
um bocadinho ,pois por aqui tem caído algumas vezes; assim com esta é que de certeza
que já passou esse tempo todo

O branco cobre os telhados abafa as folhas de Outono, curva as árvore ; os melros


activos vão andando por aí ,a petiscar algum grão e a defenderem-se num amieiro que
em frente de casa mora .As famílias inteiras e mais corajosas fazem bonecos ,volteia-se
a neve em rolos a crescerem com forme são impulsionados e se avolumam ,enormes e
açoitam-se uns aos outros ,crianças ,novos e velhos ,num divertimento e até os mais
pequenos se motivam e lá vão tentando também participar ,para preocupação dos mais
velhos .Está frio. Os que saem fazem-no com alegria. É um abraço da natureza e agua a
se acumular na necessidade, pela falta dela em toda a região.

Fada encantada

Calça a ajustar-se de azul em tom forte


Casaqueta castanha ao sol de plátano secular
Cor do mar frescas folhas a seus pés se espelham
Justas ás formas ressaltar
Sussurra-a da agua ao lado se liberta
Saltos curtos equilíbrio estende o porte
Soltam curvas e carnudas pernas onde esgalham
Sol decora Outono escondido (ele )dela esperar
Cintura vermelho acastanhado entardecer
Olhos desfrutam fogo e sangue aperta

Plátano verde, cruzeiro e fonte


Puxa sol ao centro se ilumina
Azul calça corpo sinuoso descreve e mima
Sonho aperta sua cintura menina
Ali está (não pode estar)se não esteve
Plátano esconde ,olhar sombra respira
Tina agua junta (4) forma-se sobe pira
Cai forte se ondeando, serpentina
Encontro secreto sob amilar esfera encima
Triangulo alvo,a paixão é fonte

Triangulo se alonga em banco se deixa


Amores e paixões ali se devaneiam
Veio, surpresa, passa segura não baixa
Olhos exprimem prazer que criam
Donde veio tanta alegria e encanto
Como mosto ferve no quente estigma
Fica-se em si este seu (dele)recanto
Tão perto brilho, encantado se anima
Resvala no disfarce de criança assim apanhada
Alinha olhos, assume encontro - bela encantada

AH!!! não diz olhos Castanhos azeviche


Viram orgulharam tal o desplante
Aquele velho garoto qual infante
O ar ficou morno no perfume se sentisse

Cheguei e ouvi e vim:


Teus olhos Castanhos
De encantos tamanhos
são pecados seus…s…seus
Melhor que tudo fica assim
cuidados são empenhos
Esconder seus olhos dos teus.

Velho Confesso

Eu Velho me confesso

Desta vez vou começar com título já escolhido e tema assegurado ,o


que não sei se será uma vantagem mas vamos a isso. Não é, para muitos, o
melhor tema para se abordar - a maior parte das pessoas tem preconceitos em
pronunciar a palavra velho ?! Vou fazê-lo para reflectir nesta na altura de espírito
,também, e ao fim o saber porquê
Iº- falhei pela primeira vez ao 5º Passeio de BTT ”NA ROTA DO PAIVA”organização
impecável decerto do MALHADINHAS-.Barrelas: 28/09/08
Parece que não e, não é por nada ,tive alguma influência nas primeiros passeios e esta
experiência que a Associação de jovens, tem para estes eventos .Sou apologista da
concentração destas iniciativas em poucas associações e não haver dispersão de esforços
e de pessoas(!) num concelho onde as disponíveis e motivadas e experientes nunca
poderão ser muitas Há quem ache que ,pelo contrário , quanto mais associações melhor
é para o concelho .Continuo a duvidar ,também, não ser objectivo, nem democrático que
se concentre tudo .Como bons portugueses continuamos a não acertar termo médio.
Com esta conversa toda ,estou é a inconscientemente ,julgo eu ,a fugir ao assunto:
Afinal porque não fui ao 5º Passeio “ Na Rota do Paiva “?

2º-Não fui porque, como já estão a topar me esqueci ou fui-me esquecendo. Este passeio
já estava marcado para o fim de Setembro (28) á bué de tempo(como dizem os mais
novos e faz-me jeito agora)razão pele qual me vou auto interpretar ,sem estetoscópio
mas com a ” razão”.
3º-Para já, como não é do meu jeito, estou a ser muito formal, provoca em mim alguma
preocupação e ao fim concluir que este é um dos sintomas: o que não tem que ser
obrigatoriamente mau.

Porque me esqueci,tem que se lhe diga. Será que quando começamos a não conseguir
cumprir certas rotinas a nossa mente começa a abstrair-se e a transportar esses
movimentos para outras causas? Isso é com a gerontologia .Ciência que nos preocupa e
deve preocupar os nossos governantes ,sabendo-se que cada vez vamos ficando por aqui
mais tempo.

Ter sabido desde o princípio do mês e como sempre que este evento se iria realizar. ;
saber que costumava preparar-me para ele ;que não é de ânimo leve que se vão fazer 42
ou 46 Km por estes motes e vales subidas (de subir mesmo) e descida (de travar e
travar mesmo);precisa-se de motivação e tempo de preparação.
Vinha de férias e nos primeiros dias do mês, aproximou-se sorrateiramente a
preguiça e se calhar não era(?),mas ia fazendo a minha voltinha São só duas ou três
voltinha por semana e manter os níveis mais ou menos .Nos anos anteriores começava a
trabalhar mais intensamente -não muito, muito, porque estas coisas cansam. Não tinha
desculpa, o clima e as temperaturas foram sempre agradáveis (é subjectivo chamar-lhe
treino) . Fui, não cumprindo, por mim próprio e os momentos de intensificação foram
ficando para a secção seguinte.
Agora começo a duvidar se o meu cabedal iam mandando mensagens secretas ao
meu cérebro - tivesse cuidadinho, que esse velho aí está tão convencido e nem sequer
precisa de se preparar -ou ; está o corpo a dar-lhe a volta e já não pode satisfazer o que o
pensamento está a preconizar. Será também outro sintoma ;sabemos que sim e ainda
bem ;com esta sabedoria se vai regulando a vida.

3º-Não intensifiquei a preparação sobre a que costumo fazer habitualmente e fiquei-me


nas encolhas . Uma vez, e parece que o digo com orgulho e foi só por volta do dia 17
deste mês, durante o “treino”tive a intenção ,como quem diz ,é agora ?.Correu bem com
os tempos e os quilómetros na sua melhor intensidade, para os tempos mínimos que
precisava e tentar vir bem entre os últimos.
Foi sol de pouca dura e nas situações seguintes este corpo começava a mostrar
cansaço e sabiamente, comecei a ter dúvidas se próximo treino seria aproveitável.
No dia 26 já comecei a pensar fazer os mínimos com os mais novos, o que para o meu
orgulho de “esperança olímpica” foi o golpe final. Acreditar que foi uma das boas
razões para me safar e chegar á conclusão - ser velho, é ser sábio e saber quando deve
parar e mudar de carril, entrar numa nova via ,menos desgastante e mais calma.
Saber ser velho, é isso mesmo ;estar atento;,saber que a sua atenção e outras
“rotinas” vão diminuindo - sempre sem as deixar nos degradar .

Hoje 28 acordei “meio acordado” eram 8 horas ;sabia que estava a malta a concentrar-se
ali no largo da feira ligo o rádio e o locutor do lado de lá reportava-se aos 100 anos da
morte do escritor , poeta, romancista….Machado de Assis. Estão a ver é o carril que me
sai desta rifa da vida; e ainda mal acordei Há por aí, mais nova, uma vintena de anos e
também não vai!!! … lembrar poder aproveitar para dizer que li dele. É desta frase de
Dom Casmurro, história da paixão de Bentinho por Capitu ,a jovem de «oçlos de
ressaca»«oblíquos e dissimulados»cujo adultério com o seu melhor amigo é ainda um
enigma; revi algo sobre esse polémico escritor que andou ás avessas com o nosso Eça
de Queirós.a)
Preciso eu, agora, ir para ali estafar-me e porque não tornar a ler o capitulo CVII
Ciúmes do Mar pequenino que cabe no espaço de uma a6. Estou a abstrair-me do que
gostaria de fazer; era estar lá fora ;era ir com eles;era subir troncos e barrancos…era
respirar a nossa serra.
Aqueles, os da rádio a querer convencer-me que ,chegar atrasado por vezes é bom
Qualquer coisa do género de um cantor ter produzido um single ; que não saiu na hora
e diz o fulano que foi bom porque provocou ansiedade dos que gostam e isso só trás
vantagens .Tenho a impressão ou melhor a certeza, mesmo mal acordado, que estou
em Portugal Tornar o atraso em propaganda e sofrimento “lindo”Esta não me
seduz(estou exigente!!!)São quase nove horas vou ouvir um CD e saiu…I Can Dream
about Yous….b)
o meu rapaz acordou, vem ai e também sabe da minha falta de presença. E logo Porque
não vais? Já viste estou com esta mancha por cima da sobrancelha, vês ;, isto é do
fígado pá .Sabes muito bem que me dói aqui e a nuca (cerebelo ou se calhar bolbo
raquidiano ,para ti) è sinal de cansaço . Abrimos a janela e a malta está a passar..Alguns
com mochilas e tudo .Devias ir ? não sei se foi ele que disse ou eu .Não me preparei …
as disseste que podias fazer a mais pequenina ?Para o ano preparamo-nos e vamos os
dois.

5º- É boa altura para passar o testemunho, quando este neto arranjar mais estofo para
me acompanhar e é preciso prepará-lo.Mas…
Não tenho qualquer desculpa e não è que está uma rica manhã para se andar por aí no
montes e vales devem estar quase a arrancar .Vão passar naquelas pedras (poldras ) que
passámos á dias, lembras-te? È por ai …
L’a vem a netita toda trauliteira , lampeira e feliz. E…olha ?!...não me liga nenhuma.;só
quer o Ddjzé, como ela bem pronuncia e nem sequer me liga. Bom dia.
.Pode parece que estou sofrido Não!!! velho tem sabedoria; sabe que aquele
momento não é dele; é do encontro, fraternal ,no carinho e excitação. Divinal ,sublime-
lá está a sabedoria do bom senso … é bom ser velho :

Assim

a)-ripei do livro esses pormenores .Suponho que é batota ou estou a querer mostrar
sabedoria!!??
b)fui mesmo ver como a música se chamava à capa do CD.

CHINELO da MORENA

Do uso normal dos objectos depende como se sabe o bem estar de qualquer individuo,
e necessário e usados anos e anos é: o chinelo. As pessoas usam-no pela sua estrutura
simples e se recuarmos aos primeiros homens a começarem a usar protecção para os
pés, decerto na sua simplicidade de feitura, manejo ,materiais usados e na forma como
foi idealizado , provocou bem estar nunca sentido a esses primeiros utentes.
Recuamos mesmo aos primórdios da indústria do sapato. O que sentiriam aqueles
indivíduos, ao ouvir aquele cantar levezinho ou mais duro,;sem mordidelas nem picadas
quando a atravessar prados ,carreiros ou matagais. Gosto prazer e bem estar Seria
música para eles E tiveram sorte porque não estavam a ouvir nem Marco Paulo nem o
Tony Carrera (são gostos!?)
Hoje o chinelo bate no tabuado soa a David King…no seu Jazz ou Soul, suave a levar-
nos aos estado “alfa”.Deixamos de pensar só ouvimos.
Seguimos da chinela à perna traçada. No chão é equilíbrio e segurança a espalmar-se
em soalho.,tapete ou pedra de calçada numa qualquer explanada A sua harmonia sobe
ao redondo, articulado e cheio joelho a alimentar tendão anterior resguardado na
delicadeza delicada de caboco a engrossar no edifício da anca -aberta em ligeiro arquear
espalmada contra saia cor de laranja, de duas “pernas” de prega longilínea a sobressair
robusto fémur.
Na perna solta se adivinha ,no sacudir nervoso da chinela ,o momento em que como
penas o baterista roça o pratos e os ferrinhos em sons ondulantes deste momento
jazzista que o trompete se avoluma(já há por aí más interpretações) e o tilintar dos
copos se aproximam.

E depois do fim de festa. Olhar aqui para os meus companheiros de todas as


tardes/noites e bem necessárias(as chinelas) pela madrugada a abafar umas
rechonchudas meias ,no avanço para a satisfação das necessidades nada virtuais, mas
urgentes ; no prolongamento da sesta no temperado sono em estado alfa e em resposta á
trompete que nos soou de aviso e abre-se em resposta que o clarinete nos deu ao soar a
torneira nos pingos de água a torneira jorrou .Verteu-se na chuva que a bateria agora
rejubila e avança : A menina Dança está aí o José Duarte e traz-nos a nossa Jacinta,
para s seus 5 minutos com Jazz
Oiço e vejo e sinto a palmilha suave de estrutura excitante na sua cor amarelo sujo, leve
a sugerir calma O balanço da sola em verde esbatido de pelo menos uma polgada a
encaminhar as alças a envolver o pé, de dêdos de falanges e falangetas, a meterem-se
de mimos de seu brilho a fazer inveja á fivela cintilante no metal encrostado em tábua
na imagem de flor a acariciar o peito do pé no aveludado “frutal” de um precioso vinho
Estala do oboé que lá ao fundo discutia outra nova melodia e a bateria vinha e o contra
baixo e o trompete e mais o clarinete e ; as rimas se agruparam e :

Morena

Ombros roliços luzido -macios


Cabelos em busto firme de menina
Caídos no suave negro fulgente de cor
A esvoaçar com movimento coleante
Do ramo de salgueiro ao efeito da brisa
Cinta torneada em mata de cerne rubicor
Altas lianas cúrveas no andar felino
Pisar num suave deslizar de fogo brasa
De cobra no esplendor fugidio
Na magia de um nobre semblante
A madrugada vinha chegando e o som da noite vinha discutir com o chilrear
namoradeiro da passarada e o sol que nesta cor laranja se tingia ;na magia de um
nobre semblante.

Ps :inspirado nos meus chinelos novos que reproduzo

E sito : Leves, silenciosos (é mentira) eficazes e discretos (dúvido que seja verdade).
a forma especial destes chinelos exercita todos os músculos do corpo ,proporcionando
uma sensação de pernas leves ,coxas e corpo tonificado. Pela minha “atilada” reflexão
anterior e no texto –acredito .Pudera!.

18/5
Ali vi “ bondade”

Seu gesto meigo impressão vê sensorial carinho


Aos dedos acaricia cabelos lenço idosa cobre
No porte digno ali presente dessa causa nobre
Da solidariedade do amor suave a quem disse
Afaga o quente aconchego sedutor da velhice
No frio chuvisco outonal do tempo ali desavindo

Rosto de sorriso na nova postura vi mensagem


Olhar motor na rua da vida resiste
São bebidas as sensações da nova que ombro deu
Andar vibrante na hora que postura reapareceu

Olhos que viram marejaram


Restou registo sensual da vida na imagem .

Norte: fundo de água borbulhou/


Este: flauta em canto no parque
leste :pomba branca enquadra/
Sul: artista vorazmente pinta/
Sem pincel :A “Beleza”.
Praça sem violência

COM ASTROS

Vou ,não vou, devo ir e tenho que ir ; entretanto vou comprar o Jornal de

Domingo, aqui à entrada da Praça da Restauração que dá para o auditori0 e

Museu “ Carlos Paredes “,onde vai continuar o III Festival de Astronomia

.Indeciso ,a desfolhar o jornal ; se me tivesse decidido na sexta –feira - data do seu

início - ;se fosse á Câmara saber como era; se me tivesse inscrito; se…Com tanto se

,escudei-me na circunstância de me tomar o fim de semana todo e; a motivação;

não era para tanto.

Com o jornal de domingo aberto, observei as primeiras pessoas que entravam

,tudo bem ;estas até me cumprimentavam como se me tivessem viso no dia anterior

ou mesmo antes. Será que toparam que estou indeciso, nota-se assim tanto. Estão-

me a querer convencer-me ? O jornal fica para depois, vou ver o final, para me

curar da “pulga que aqui anda”. Vai disto: Vou. Sempre vou entrar. Logo se vê e eu

sempre gostei de saber mais sobre os astros .

O jornal ficou para outro momento e eu deixei de ouvir o aspergir da água que

rompe o sistema de furos, naquele vi..s..zuup sincopado, que sai e a aperta e na

pressão obriga-a a saltar em “gleys” de metro e meio. A lassidão de quem desfolha

o jornal e a quase certeza que não trás crimes; nem jet-set; um pouco de

futebol. Artigos em carteira e as sugestões turísticas e um ou outro artigo sobre

ambiente .o que me justifica uma paragem e uma passagem menos vertical. A cozinha

também tem o seu cantinho e a agricultura (vejam só) ocupa pelo menos duas folhas,

é obra.
Juntam-se nas paginas do meio 4 cronistas pelo menos e ai, vasculho opiniões ,

normalmente diversas e interessantes. Por fim fico a saber que a produção de tabaco

tinha diminuído em Portugal. Também era de esperar (sem subsidio não vai).Os

empresários deste país são assim e os que não vão por aí são poucos. Não é só na

agricultura. Amanhã vão-me dizer que o número de tractores aumentou !!! os

vendedores estão medianamente satisfeitos.

Porque os Jornais de Domingo não trazem crimes. ?Violência? assaltos

?:Fico aqui o ouvir falar sobre astronomia e no outro lado do cérebro ,aquele problema

a preocupar-me

Na praça desta Vila, fica-se bem : o sol a bater nas costas ;a agua a compassar a

leitura; algum movimento de pessoas atarefada(outras não)ao fundo é outro

domingo qualquer e como estas obras , foram caras é preciso apreciá-las. Vieram

abrir a vila ainda mais ao astro rei(por vezes o ventinho também aperta) .Não pode

ser tudo bom e, eu sem ler o tal jornal de domingo ,sem crimes nem violência.

Ali dentro não me saia da mente o porquê dos Jornais não trazerem crimes ao

domingo. Jornal equilibrado para um domingo em que o sol se regozijava por entre

aqueles muros das construções em pedra da nossa ou a imitar a nossa. .E continuo eu a

pensar em crimes vandalismos ou outras situações desse género ..Será que os

criminosos também entram em fim de semana ? Ou dos Jornais e os seus shares

(valência em escudos) ?

Agora entrou-se na altura das perguntas e respostas. Se eu tivesse menos 40 anos

perguntava ao palestrante se os ASTROS, têm a ver com os crimes ;assim como a

lua tem influências nos amores? Ou desventuras ? Ou estado de espírito…


Com estes anos todos , já sei que o tema (meu) seria para a astrologia Respeitinho

menino e aproveita para aprenderes alguma coisa já que faltaste ás primeiras

lições. Este pessoal todo esteve ontem à noite no Parque Botânico Arbutus do Demo

.A lua estava quase cheia ;o luar era imenso e os outros astros só ali poderiam ser

vistos - sem as luzes da ribalta ; na escuridão do Parque ,no ponto mais alto ,a

explorar todo o céu aberto.

Ps .A minhas respostas sobre o não haver crimes nos jornais ao domingo também

ficaram na escuridão e eu no outro dia ,segunda, fui á cidade :com pouco dinheiro ,a

carteira junto ao peito, o relógio era o velho ; as pulseiras de ouro ficaram e… não

levei o carro mais velho porque não tenho .Pudera é que no sábado e domingo não

houve nada de crimes e violência muito menos e grande calmaria. Quem me garante

que ,hoje, a insegurança não anda por aí e os policias estão em folga de fim de semana.

Se me faltasse imaginação não tinha escrito isto. Anda lá vai ,vai…do..so

Assim estamos
Angola em 4 L

(reportagem em ubiguidade)

Angola desperta para as eleições e logo pela s5/6 horas da manhã se


começa a circular pelos bairros de Luanda , mais populosos numa
azafama e alegria usual para os grandes acontecimentos. Se fosse
repórter certamente iria começar mais ou menos assim . As filas
começaram a engrossar frente aos locais de votação. Locais ao ar livre
em Luanda e nas cidades do interior em qualquer escola ou edifício
preparado para o acto.

Na presença da chefe da Comissão Europeia a considerar que aquilo


era uma balbúrdia ,havia mesas que nem sequer tinham os cadernos
eleitorais ;não abriam a horas ;não havia o mínimo de condições para
a votação e por aí a diante. Esqueceu-se que estava num pais africano e
por ali as “coisas” resolvem-se e o tempo veio a confirmar.

Atento esta situação ,comecei a pensar no pior porá aquela terra.


Merecia mais e se não era desta vez quando seria ?

Afinal foi lá que nasci e vivi durante os meus 30 primeiros anos e em


parte sou o que sou e devo aquela grande terra .senti que certamente
nem tudo poderia correr bem, mas dai ao descalabro como se começa a
situar nas primeiras notícias .Não acreditava porque como já disse
aquela terra vai provar e provou que apesar de tudo venceu.

E o interior alguém sabia alguma coisa :Claro que a maior parte dos
jornalistas europeus não saiu de Luanda.E o interior rural e citadino
lá estava a cumprir como os luandenses as suas 2ºs eleições em 33 anos
..

Eles queriam e assim o conseguiram e a pensar nisto ,depois de


consultar os jornais e informações via Internet ,lá me convenci que
Angola tinha ganho com esta eleição e a saber que o grande vencedor é
o MPLA (como não podia deixar de ser) .Era preciso dar uma volta
como que a festejar tal feito
Procurei tanta informação sobre Angola que a local passou-me
despercebida .Para festejar sem o saber sou invadido por uma centena
e meia de Renault 4 L ,que em marcha vieram em entrada
“monumental “ atravessar-se á minha frente mesmo a entrado do
nosso centenário parque, aqui da Vila.

Estava tudo programado pele Associação dos amigos da Renault 4 L ali


se arrumaram ,bem estacionadas e com brilho e dignidade
mostravam-se em parada á sua 4L mais velha que a sua frente
limpinha limpa e lavada brilhava.

Não é que fiz muitos Km durante anos em Angola com essa


“bichinhas”por chana ,montes e lamaçais. Não havia nada que ela não
ultrapassasse .De vez em quando lá a bóia se encravava mas remédio
santo: chave de rodas duas porradinhas e era seguir em frente. Motor
simples comodidade mais que suficiente (para a altura)altura de eixos
para todos os buracos e primeira bem engatada e “qué “dos jeep;s?

Sabia que o bispo Zacarias Kamwenho no Lubango inaltecia a


civilidade dos Angolanos, na maianga as eleições estavam a decorrer
em força;em Ndalatando e Malange os governadores mostravam a sua
satisfação no Huambo o MPLA a UNIT e a FOFAC ,estavam atentas e
na Huila a maior praça eleitoral depois de Luanda tudo corria bem e
os 220 deputados para a Assembleia de Angola estavam a ser
escolhidos.O PRS e o MD pontificam…

Vim da Boavista ,passei no Kinaxixie na Maianga e enquanto espero


pelo sinal do sinaleiro, ouvia: – sábià na gaiola fez um buraquinho;
vuô vuô vuô; …-e a menina que gostava tanto do bichinho chorou,
chorou, chorou…

Manda-me avançar:

Vou para a Praia do Bispo ou directamente para a Vila Alice ?...

Voltei para me despedir de algumas famílias que acabavam as suas


merendas e felizes regressavam. Boa Viagem em 4L

Descida do Botão (Arganil)


A condução de um carro de um carro ligeiro com 24 anos e bem
coservado deu-me um tremendo gozo .O sentir as mudanças; .no ouvir
o acelerador, no leventar a embraiagem e fazer entrar a mudança no
momento certo ,no sentir o óleo a esfregar-se na cremalheira, e por fim
na resposta suave ao acelerador e o carro avança suave. Tudo isto
inspirado no evento traduzido na rampa do inserido no Campeonato
Português de montanha Caramulo e o rally Histórico Luso-Caramulo.

Essa saudosa manipulação desse carro com os tais anos,fez-me também


sentir a forma como aquele condutor de autocarro expresso em que
resolvi me fazer transportar;na descontracção que comecei a sentir
passado alguma dezena de quilómetros resvendo a paisagem em altura
,coisa uq epoucas vezes a um individuo vai a conduzir por essas
paragens. Aproximamo-nos da descida do “botão”os olhos entram na
penumbra, ainda oiço o brasileiro em amena cavaqueira com o pessoal
do lado e começo a sentir o ar a entrar suave pelonariz subir a invadir
o cérebro.Ali prou parecia encomodado mas fi-lo entrar e a brisa foi
limpando aquela massa vibraram os neurónios .será uqe estava a fazer
uma limpeza .não sei qual o instrimento que aquele ar usava mas o
meu cerebrosentia-se descançar:o Autocarro bem conduzido la ia de
mansinho;o seu barulho filtrado pela brisa cerebral começacva a
desinfetar todo aquele intrincado de ligações ,proteínas….processos
químicos iam-se desenvolvendo …e o vento com o ar a deslocar-se ia
consolidando aquelas produções quimocas comutadas com a vida .A
vida que ia passndo .tempos bons vinham afastavam-se .Surgiam os
mau e mais recetes confundidos com os antigos.os segundos passavam
seguiam-se minutos estava em ómega 3 e ia aproveitando .tudo me
parecia limpo e a limpar-se em belas e coloridas cores.

Sai desta sorna e ainda na peumbra o que vejo são aqueles pés
descalços de dedoe longos proporções normais a parecerem bem
tratados gosto de tratar dos pés que afinal t~eem que sustentar cerca
de 75 Kg .è obra e não são assim tão grandes.Teem-se que aguentar e a
maior parte das pessoas tratm-nos tão mal .Deois queixam-se da dor da
costas das lombargias e essas molezas todas da sociedade
moderam(estou a ser enflu~enciado pelo Brazileiro.Oas Pés eram dele
e eles pelo menos devem-no tratar bem para o pontapé.nós por aqui
neste nosso mundo pequenino convencidos que somos grandes não
temos tempo para essas pequenas coisas.

Vá lá uma boa massagem nos pés antes de deitar e depois de uma


viagem desta soube tão bem como a viagem.
OBSERVATEUR BEACH

Barca de ré e vela alta se espreguiça ,estendida no baloiçar soluçante


frente ás águas, espumadas na praia aproada. Velas soltas, pintam o
azul e se estendem na corrente que a brisa forte as faz escorregar na
leva de ondas que as deixam passar.

Assim vejo chegar ,resto da minha tribo ; também se vão fazer ao mar
o que me fez distrair da contemplação, daquele gigante de água , hoje
de céu limpinho. Tínhamos surfistas a arrumar-se, naquele ar
transcendente de quem sabe da coisa e, do grupo queriam a nossa
atenção à preparação de aquecimento :preparação ,aquecimento,
planeamento e rectificação de posições da arte de surfar Tornavam
num espectáculo de Yoga e eles soberbos faziam render o “peixe” Arte
marcada, sincopado na paragem certa ,em poses de bailarina, perna e
braços em equilíbrio e esticados enquanto ao fundo os papagaios dos
kitsurfistas pintavam o céu.

Cai ao lado desta frente tribal, um casal e respectiva filha. Destaca seu
chapéu de sol cor raiado vermelho bandeira. Mede o sol e posiciona-o
no azimute certo da sombra; instala-se, sobre a observância de esposa
e apoio proverbial da filha. Sombra e banquinho ia condizer, pólo não
sai, vá lá o sol queimar .Rapa-se de um livro em pose de quem sabe
bem ler á sombrinha do ar que vem quente. Esposa não se fica na
espera porque o calor é forte, é já para a água que o sol está quente .
A menina, olha-a embevecida de admiração, quase infantil e como
bicho amestrado estende-se(havia areia numa das pontas da toalha)
depois de assentar a marca dos seus óculos, escondendo os olhos á
imaginação.

Observador vejo ali um “conde”sua esposa fidalga ,filha para tia se apresenta,pela
forma como seu peso molestou a areia quando assentou: fato de banho azul
diamante(brilhante)pescoço de ondas em branco ,peito rebordo a azul marinho,
enlaçado a meio em chave de bocas apontada ao umbigo; e filho primogénito deve
andar a”lutar” em África por algum biscate ,onde possa arrumar umas
“massas”.Deve adorar a mana que com menos 12,5 Kgs(alqueire) podia ser a Ana
Rente(a olímpica do trampolim

A fidalga volta alegre ,fresca e bem disposta e sempre a falar vai


dizendo que a água estava boa,o mar limpo ; por ali a diante, o marido
na resposta paternalmente vai dizendo com sabedoria e com
observações curtas ,seja o que for… sempre na pose de livro a mostrar
que o tempo e momento deste conde é de leitura.

Atenção… há movimento no homem dos auscultadores ,ali ao nosso


lado esquerdo, libertação e desobstrução de todos aqueles fios do seu
mp3 Aconchegado na respectiva bolsinha ,estica-se e vem com o andar
de quem vai para o mar com barbatanas e dificuldade em alguma
delas. Parou para ver passar quatro jovens ,já devidamente tonalizadas
pelo sol, certamente em visita de alegre prospecção envolvendo-o com a
sua graça ,tanga de panos e andar desportivo.

Observador: não ví mas da minha tribo arrancou uma bola bem direccionada (queria
dizer direitnha) mas agora só me encolhi:??!! Safardana??!!

A fidalga aqui ao lado continuava a debitar vogais e consoantes


,entrelaçadas como algumas paragens para consentir o assentimento
,monocórdico da filha ou do marido .Agora era com o marido, tinha a
ver com o ir à agua porque o mar está bom e em resposta lá veio um
grave, em tom de sabedoria e decerto tinha a ver sol / horas

Observador: suponho que só ás seis segundo mandam os canhanhos de uma saudável


presença em praia

É conde de Leiria ,foz do Arelho conforme se apresenta o seu bigode? Não é do Minho
se foram para as galés Dançam e andam em bicos dos pés

Nem de trás os Montes e suas matracas Não há nada pelo mundo não faças. Será
beirão que se fica onde pode?

O observador está a virar poeta ,mas eu ali á frente estou a ver uma
bela “caravela”,estendida na areia de vela redonda de ré alta, bikini
laranja debruado a branco .Proa de balões injectados de toco em
folhelho de espiga protegidos. A nossa rapaziada lá enfrentou as ondas
e vão dar vazão há sua imaginação, no aproveitamento do vento e das
ondas. O resto da tribo entra, que gozo lhes dá, na provocação para os
condes :…que horas são mano ?...São seis “irmão”…vamos ás
sandes…

O sereno leitor espevitou-se (não deve ter acabado o capitulo ),com suplesse aranca o
pólo,dobra o livro perante o assentimento e regozijo da esposa. Neste momento ,os
expert da tribo chegam à obvia conclusão que o conde tem algum “minister”e é
decerto ribatejano baixo e troncudo.

A filha acordou ou não ,ou continuava nas suas artes do imaginável ;ali
simplesmente a gastar algumas calorias a respirar o que o seu
volumoso corpo aceitava. Uma coisa é certa ,levantou-se ou melhor
soergueu-se apoiada no braço direito(o esquerdo devia estar dormente)
e os olhos riram para o pai (bom os olhos estavam atrás do óculo) ,a
credito pelo seu sorriso de gordinha simpática e educada.

Vem de lá o homen dos auscultadores depois de forte exercício de natação,reaparece


das aguas em estilo vencedor olímpico, balanceando-se lateralmente parecendo que vai
cair . Procura do ponto gravitacional na inclinação que o sustente e faça andar.

A secção de desporto da tribo em terra,(futebol de areia)deve ter


topado algo,pela forma como passaram a jogar com”banga “e estilo;
no passe curto e toque soberbo,vem gente. Alguém engraçou com eles
ou eles pensaram que sim .A esbelta ,agora está a virar-se na areia,
elevam-se ligeiros os meios limões que a natureza lhe deu e suas
colinas num jeito de pé leventado no triangulo com as coxas, a
enquadrar seu fundo. Na maré uma ilha tinha aparecido no rectângulo
“ocular”a espumar-se no fundo azul que se começava a avermelhar
.Seria aquele quadro o mesmo que o meu pessoal estava a ver, ou
outro. Havia por onde escolher; era o”vazar” os olhos á imaginação.de
um belo fim de tarde.

Não iria terminar sem voltar ao meu”conde ribatejano”,mal se


demorou na água. Quando voltou quase foi aplaudido, tal o estilo e a
satisfação (para nosso pesar) que demonstrava. A esposa já estava
pronta a filha tirou os óculos para aplainar o vestido. Todos
arrumaram o pouco trazido e devem ter saído da praia dentro de
um volvo preto 80 ,a caminho do banho em casa de “taipa e taboado,
por entre bosque ajardinado

Obeservador : ou mania a prestações….

quase que não vos levava notícia do tal moreno dos auscultadores .Puxou a sandoca
,armou os auscultadores atarraxados aos ouvidos por baixo da haste dos óculos.
Entrou em período de refexão e ia bater uma bela sorna para o resto da tardinha que o
ar vinha de brisa fresca.

O ar estava ameno e os nossos mareantes começavam a regressar ;era


armar as pranchas e velas ; os futebolistas da “esbelta senhora” iam
aproveitar um lance final e exibir o seu mergulho estudado.Que
amanhã há mais .

Quarto de Hotel
…para cá de uma insónia

Encontramo-nos num quarto diferente em qualquer hotel; casa


particular ou alugada. Isto são férias o local é estranho, estamos
nervosos sequer ansiosos. Os móveis estranhos. Será que a cama faz
barulho? agradecemos a quem nos conduziu aos aposentos .Passamos o
olhar pelo quarto os nossos lhos cruzam-se .É preciso identificar os
arredores ,a cidade a noite .Por hoje não. Vamos beber uma coisa
fresquinha e eu vou cheirar um charuto ,estava para aqui guardado
para o momento.

O pequena ?! deixa lá as malas vem ver as vistas.(bem em segredo não


é assim que os casais fazem todos -afinal não inventei nada)Sigo na
varanda a insuflar com garra o tal charuto.

Noite vai e lá para o fim da mesma e isso também está escrito nos
livros, a satisfação das necessidades habituais e liquidas. Liquidados
esses líquidos apercebo-me, ficar, e ameniza-se a habituação ao breu do
desconhecido A procura de qualquer identificação esperada naquele
meio novo. O aparador sei onde está ,o espelho sempre reflecte algo
que neste momento me faz respirar de alívio; a varanda fica para
aquele lado, entrevêem-se as luzes da cidade ou talvez vila Tudo é o
meu consciente a necessitar de algo reconhecível, ganhar lucidez e
calma. Lá está e é inconfundível em qualquer lugar que exista recolha
de lixo.

Olha os homens do lixo estão a fazer algum barulho? Estás a dormir?

Agora!?!?...

Os homens do lixo ?(como se tivesse feito uma grande descoberta).A


insónia pesava o barulho, na noite silenciosa, daquela recolhe lixo e na
oportunidade que o meu pensamento teve para mudar de ficheiro e
entregar-se à divagação para o problema da recolha dos óleos de
cozinha, na comunidade e até no pais.

Ora ! Dorme? Sempre deitamos o óleo pelo ralo e ele é tão pouco?

A conversa vinha porque decerto a figadeira estava pouco habituada


aquele óleo do nosso jantar. Para aproveitar a insónia e dar-lhe
“alguma qualidade”vale a pena arranjar um esquema ,de o recolher
para as garrafas de plástico que lá temos em casa .

Houve temos para lá umas garr..

Esquece! deves ter conduzido de mais ou deu –te alguma pancada?

Não achas boa ideia e dávamos utilização ás garrafas?

Onde ias levar as garrafas ?ó menino esperto?

Só faltava encher a casa com garrafas de óleo queimado, aquilo “baba-


se por todo lado e a”menina é que ia limpar. Não ?!

Também é verdade Só o que se gastava em água e detergente ainda se


poluía mais

O esperto .Basta teres cuidado ,um funil e passares o óleo com cuidado
para as garrafas. Ou também tinha que fazer isso?

Afinal não gastamos assim tanto óleo para fritos?

Gastamos algum …

a menina acabou de aceitar e está a alinhar no esquema

Agora é só…..Já estás a dormir?

Os homens do lixo já se tinham perdido não silêncio da noite .Podiam


ter feito menos barulho mas aquelas veículos têm que rodar os
tambores e isso faz barulho. Num gesto de civilizado aceitei esta
desfeita , os homens estão a trabalhar e eu não vou aproveitar o sua
actividade para a adaptar à esta insónia.

A manhã vem aí e não são iguais aos habituais. São passos, é gente que
fala é o carro que buzina, o menino que berra e o eléctrico que tilinta.
Chegam donas e donzelas no falar já ofegante, moto troveja no peso
da gasolina nos seus giglers nervosos. Sensações diferentes. Leveza dos
nervos se sentem de férias descanso e macieza no ouvir o “ver” se
desperta a manhã ai vem Porta que fecha d o carro que arranca :

Aquele vai trabalhar? Com aquela pressa toda…

O quarto começa a mostrar-se Desvenda de luz a penumbra. O


candelabro rejubila lá no teto a mostrar o seu último efeito, cintilar e
edescansa lá em cima .Cores rosa breve, irrompem penumbra fugidia
na vastidão das paredes; o armário se alinha na horizontalidade da
vista; sensações reencontradas ,do quadro na parede me atrai. Não o
tinha visto na parede de frente para a varanda.

Deixa ? o tapete do chão também é diferente é mais felpudo, menos


frio, acolchoado e macio ,ao tacto a demonstrar-se.

Onde estão as chinelas ? Digo para mim…

Estão por baixo da cadeira ?

Já acordaste? Deixa-me ver o quadro. É o Saut de Lapin , pintado em


1911 (enciclopédia)

é do Amadeo Souza -Mendes. Um ribeiro ladeado de gramíneas altas


de folha labiada, rastejantes ervas rosáceas de flor silvestre,um
salmonídeo (lampreia) um…

O quadro deu brilho á nossa conversa noctívaga !!! Não e truta do rio
Paiva porque não tem a pintas cor de rosa. É pena e è porque não teve
tempo de as provar.

Vale a pena conservar isto? Natureza

Fica bem não salão de recepção do Parque Arbutus do Demo ?

Deve ser um quadro caro. Logo do Amadeo

Pela conversa já temos onde reciclar a garrafas.

E onde as vais depositar? oh menino?

Ahh Ah …já tinha avançado para a varanda, cheiro de ar gorduroso


entra que penumbra ,pomba e andorinha volteiam. Luz invade o
quarto, trás consigo tosse do cigarro de breve apneia espanejada de
homem abafado; sino da igreja que toca em tons que se gladiam e brisa
de rio se cheira ao vento, na madrugada que sol aproveita para reinar

No Eco pontão a 1,5 Km da Vila ?Menina…

Porque não!!! se resulta?

Já fazemos as recolhas todas , até as pilhas para pilhão e agora vem aí


o bidão!?...Diz cheia de convicção para aquela cidade.
O quadro é mesmo antigo o rio ainda não vai poluído?

Boa Piada’Bom é melhor prepararmo-nos para o reconhecimento


periférico e atacar o mata – bicho

A sogra de alguém, soca o seu andar ,já pesado, no andar de cima;


estalam talheres contra copos; arrasta-se cadeira para a mesa já
composta.

Estrada ou auto-estrada ?

Voltar ao início do tema que se está a escreve,r quando se tem uma ideia, com algum
fundamento, conhecimento, actualidade e principalmente uma forma idealizado de o
terminar é a : frustração. Explico:.Já estava a fazer “os finalmentes”(forma literária
pouco académica ,o que não deixa de ser interessante).Para melhorar e afinar ficou
para o outro dia ,Neste intervalo e ainda bem dou com o artigo:

”Mais Betão ou mais Pão (eis a questão) de Sérgio Andrade Jornalista J.N.

O que ele escreve ali melhor do que eu (ele que me desculpe a veleidade,
desta afirmação ).O exemplo da Irlanda era focado e a forma como os
seus governos fizeram o aproveitamento do dinheiros da CEE .As
estradas não precisaram de ser grandes auto –estradas, bastou que
fossem bem feitas e funcionais .Concordo na totalidade com o artigo de
hoje 16/07/08 e peço que o leiam que eu vou partir para
“outra”.Sublinho que era precisamente este o tema, porque tinha estado
com um colega meu ,de escola ,á a viver nesse país e por ele soube da
admiração e alguns pormenores de vivência e evolução desse país .Um
dos exemplos era o das estradas, comparativamente com as nossas.

Para não deixar de ocupar este cantinho .Agarro no jornal deixo as


primeiras páginas passo por elas lendo as gordas, avanço para os artigos
das folhas interiores e vou aqui explorar alguns títulos que me
chamaram a atenção para além de alguns outro .

TITULO Primeiro:

“Inflação ataca os bens essenciais”


Comentário :Sempre se fez assim neste nosso regime económico porque
se os intermediários não estão a ganhar o que acham suficiente á que
aumentar para que o consumidor continue a pagar os ganhos daqueles
para que se aguentem o seu status. Para isso são eles próprios
considerados elites e consideram-se autorizados a receber
essa”manteiga”

Onde estão as tais elites porque suponho que não são estes
“intermediários”.

Outro: Galegos criticam ,silêncio luso quanto á candidatura à Unesco


Património Imaterial Galêgo-Português,

dos ministérios da cultura de ambos os países.; diz-se: nova tentativa de


fazer vingar a candidatura de um conjunto de saberes e tradições do
Norte de Portugal e Da Galiza. Não precisa nem de um pequeno
comentário É a nossa cultura

Também “ gostei” deste:

Portugueses satisfeitos com aos Telemóveis .

Certinho como em são Martinho como diz cá o pessoal em telemóveis


somos os maiores. Tem a ver com “paleio”porque se, se refere a soluções
práticas objectivas e económicas já não é connosco .Há responsabilidade
;não é bem assim; é preciso estudos ;a seguir comissões e é preciso ter
cautela.

Já agora só mais um (título, não sei se ,se lembram):

Governo lança vias rodoviárias já pedidas há 20 anos

Boa ,é para o Distrito :Lance de estrada Sátão- Viseu. Já era cá precisa


porque a 229,já o estava a degradar-se bastante de há algum tempo para
cá, mas…fazer uma com características de IP e (como sempre )a não se
aproveitar nada da anterior!?Estamos em Portugal não estamos na
Irlanda e afinal lá para o oeste(A8) deste pais também se fizeram duas
auto-estradas quase paralelas(A1) e a antiga ficou a meio(antiga
A1).Porque não nós também .Certinho.

Mais perto ainda : nova variante de Vila Nova de Paiva (4 Km)

a atravessar o vale, arquitectura cara ,movimentos de terra e


atravessamentos de águas e mais uma ponte E principalmente a afastar-
nos do nosso exlibris que é o Rio Paiva pelo atravessamento desta
estrada. Também para ser um pouco mais cara também precisamos de
mais uma ponte. Porque não pelo Norte da Vila - á rotunda norte e dali
já parte uma bela estrada de três vias bem medida .Certinho e direitinho
á ponte que já lá está e tem dimensões suficientes.

Vou pedir a vossa desculpa mas como sou daqui .Estive durante estes
momentos que escrevo ,se calha, meio ausente. Ou totalmente.

Tenho que voltar(mentalmente) para este pais. Apesar de tudo, vai


continuar a ser o meu e sempre com esperanças de melhoras. O
tratamento dos seus males já me fogem e novas gerações virão para dar
uma volta a isto .Será?

Porque estás triste

Só meus olhos os teus me têm

Triste fico que tens na tua tristeza

Ali passas

Outras também , não sem beleza

Olhar de olhos baixos

Triste fico

Porque passa folhas vão

Olhos no ciúme no respeito

Passar viste

Alheia toda esta, ia paixão


Anos passam fica aqui peito

Mansa flor a esvoaçar passava ontem

Por trás da vidraça olhava a quem!!!

Hoje também manas ,são as outras

Longe de mim dar-lhes atenção

Queria ser impressão, por são saídas

Acho que vi tristeza sem razão

Abraço o ar; olho baixo ,mãos caídas

Não são elas á janela ,o do meu olhar

Assim me desfaço olhar se esfume

Brincas com esta paixão

Acredito, esperança, beleza e ciúme

Nem o fosse minha razão

Hoje olhar triste teus olhos baixam

Telefone trim esperança ,vêm, me toca

Não é ninguém , gozo trespassa

Olhos marejados, raiva se queixam

Coração bate respiração cola, seca boca

Fica quedo, nem olhos aqui se mexam

Aguenta, respira devagar a tua dor

Quando a indiferença sempre espaça

Fica ali calmo, é arfar olha em redor


Vergonha paixão, em velho se desfaça

PARQUE ARBUTUS DO DEMO

…COM o SOM (in) ORELLHA

EM TOM DE BRINCADEIRA

( Edição de som: neta)

Este espírito de Verão atira-nos para o sol da barata ,essa estrela carregada de
energia barata que por infelicidade dele não :

- trabalha a petróleo ou derivado(se fosse a derivado ainda era melhor);

-não entra no sistema económico internacional;

-não ajuda a sustentar os estados e países;

-não enriquece os que apostam na bolsa;

não trabalha com mão de obra barata

-não suga os povos das terras dos outros;

e não é suficientemente caro para ser vendido (á %)

É se olharmos bem para o mapa da terra e respectivos países salvo


raras excepções (que confirmam a regra), a sua maior actividade em países
ditos subdesenvolvidos ou em desenvolvimento e nas últimas duas
décadas deixaram-se de se guerrear e a saber o que tinham em casa e
não querem desbaratar.

Como a temperatura começa a subir e a amplitude térmica começa


cada vez mais a separar-se e os países mais frios são os mais nos dão o
bem estar ,vamos futuramente ter a tendência a rentabilizar a sombra.

Sem especulara sombra vai ser a aposta no futuro. Daqui a alguns anos como isto
anda as sombras vão ser mesmo muito poucas.
Com a sombra aparece-nos convida-nos com a sua frescura; o chilrear
dos pássaros; árvores frondosas ao lado de outras menos frondosas e
arbustos de flores delicadas

Novamente sem nova especulação sou levado a pensar que humildemente podemos
estar a decifrar algum interesse Botânico, ligado ao estudo ao divertimento e
porque não ao lazer.

Deixámos a especulações para trás e agora avançamos ,para o problema


do tempo ,que muita gente julga que não tem para pequenos
prazeres(sempre resta se houver qualquer motivação).

A motivação leva-nos assim a problemas de alargar os conhecimentos botânicos e


porque não e não há conflito de ligação; um pouco de bem estar em descontracção
em bom Ambiente

Estou a levar-vos (bem de mansinho) ao

PARQUE BOTÃNICO ARBUTUS DO DEMOS


http://www.arbutusdodemo.eu/mapa.htm

Bom não foi assim tão de mansinho e lá vai a “estória”:

(só conto com Bicicletas não sei outras)

Ataque: ameixoeiras

Objectivo: Três das ditas

Local –Antigos viveiros da Queiriga: Coordenad

Norte: 40º 49`18 - Oeste 7º 45`16”-altitude 732m

Hoje –Parque Botânico ARBUTUS DO DEMO

Hora:19,30

Partida 17h

Foi assim : em vez de avançarmos directamente para tal objectivo .Havia


que fazer o aquecimento o que nos levou a andar de bicicleta (não podia
ser outro veiculo os outros são poluidores )para ai uns 25 Kms até
chegarmos á verdadeira investida(necessidade de desviar as atenções
.Rumamos no sentido 90º a Sudoeste ,jusante do belíssimo Rio Paiva
(altitude 625m) para assim subir e descer a desanimava os adversários e
íamos transpirando e com isso nem os mosquitos se atreveriam a
aproximar-se Saltámos a Casais do Monte(altitude 793m) . Para nosso
gáudio (eu descansava)deparámos lá mesmo no siminho do monte, com
um miradouro vale a pena .Bela panorâmica e com parque infantil
novinho e de madeira ;junto á casa florestal(coord. 40º 50´45,65” N e 7º
51´41,64 W)e já tínhamos subido aos 744m .”Granda” presidente de
Junta de freguesia!!!

A pedalar ,descemos com a juventude sempre a abrirá cautela vou como


posso cota 310ºnordeste EN 323 _,deixamos para trás na “estilha”
saídos de Sanguinhedo –Vale de Cavalos a frescura da estrada quase
túnel, juntam-se as sombras das árvores ,respira-se ar puro em pleno,
pulmões recuperam - vida boa?!! .E lá está subidinha , curva suave á
direita, desce objectivo á vista travões; perpendicular á esquerda ,tanque
parque de estacionamento Entrada frontal

Ameixoeiras á vista o ataque especializado e ; despojos naquela água


fresquinha que brotava do chão; nascente em espiral a convergir para o
centro e, em alguns segundos era o delírio desfeito em algumas ameixas
de árvores velhinhas ,a lutarem pela vida, mas de sabor e cheiro “mesmo
a ameixa”.Não se podia demorar muito; a cavalo nas bicicletas era
preciso fazer os últimos 5 quilómetros; parque industrial; rotunda á
vista. Casinha que são horas do banho.

Hoje elas (as ameixas ;quem queriam que fosse? )lá estão e as ameixoeiras já
receberam cuidados.

Agora dentro do PARQUE ARBUTUS E saudosamente lá fomos vê-las, Agora


rodeadas de floridos canteiros e arruamentos paralelos e travessas longitudinais.
Um bom pedaço de terra arrumadinha, para estudo, conservação de algumas
espécies antigas e autóctones e sabe mais o:

WWW.Arbutusdodemo

Pode entender-se com ele (parque) porque as informações estão lá e são


bastantes È só clicar. Espere: tem que escrever www.arbutusdodemo e
depois é consigo Tem tempo venha .Não se deixe só pelo Sol ,olhe que
aquelas sombras já esconde muitos segredos e palavras…e..Não sabia
mas pode ficar a saber Os parques são assim e os Botânicos não iam
fugir á regra. Era o que faltava!
FATALIDADE

Fui por aí

Este pais também é lindo e com a entrada do Verão tudo começa a


ficar mais alegre, a natureza vitaliza-se e as pessoas estão também nais
descontraídas e naturais . Ea frase sugere o tal de, politico,que ia
andar por ai ,voltando de boleia e nada representou nem fez. .Esse
nunca foi ; parece que esteve, só por lá e passeava-se em carro de farta
potência .É matéria pouco interessante, repetitiva; o que veio a seguir
fez o mesmo e; o que virá também o fará - de tanta repetição o Zé Povo
já começa a considerar uma fatalidade

Essa da fatalidade pode ser um bom tema e como este país não é só
paisagem, também agora ,de alguns tempos para cá ,se inventou “essa
“das bandeiras. Aceitamos boas ideias; com agrado praticâmo-las e
infelizmente ficamos só por ai todos orgulhosos. Não deu repetimos
ficamo-nos na repetição e de tanto repetir lá vem a fatalidade.
Continuo a ver a nossa bandeira e pior é que algumas agora
debutadas conseguiram resistir á ilusão da desilusão anterior ;em que
os Gregos velejaram enfunados nos nossos vigorosos ventos e de sua
experiência (organizativa)em belas águas e levaram um precioso
“caneco”(taça dos campeões Europeus).

Jogado em casa, era “trigo limpo farinha amparo” até porque os


grandes inventores dos jogos olímpicos foram recuperar o”gene “, bem
guardado dos seus antepassados e a nós pouco valeu pensarmos que
eles treinavam com os paralelos das calçadas(também as fazem por lá)
; em casa na grande ilusão também muito provocada não sei porque
interesses -éramos os maiores. Vendia-se
Passaram-se as bandeiras que ali poucos tiveram coragem de as tirar.
Pergunto-me porquê ? Elas foram ficando debutadas á chuva ; sol ,
calor e gelo Foram-se aguentando como puderam e os gloriosos donos
sem saberem como actuar, vão-nas deixando como que abandonadas ,
a exemplo de qualquer infortúnio, culpadas do acontecido. Depois de
tanta esperança decerto modo mal fundamentada num pais
futebolisticamente pequeno e em que os protagonistas são facilmente
“endeusados “ e alguns muito bem pagos ,comparativamente aos
Gregos.

Pois ali ficaram a bandeiras na esperança (novamente esperança a


lembrar como sempre o D. Sebastião ) não havia a humildade
necessária de a retirar. Não para a próxima ,será!!! Assumirmos que
não fomos efectivamente os melhores ,seria de facto demonstrar com
neste momento os alemães(festejam dignamente e com orgulho o
segundo lugar) o fazem . Devíamos ter verdadeiro orgulho de ter ido
até onde fomos Humildade que não assumimos publicamente (a
bandeira ali continuou)disfarçados na vitória que vinha
proximamente.

Repetiram-se as bandeiras por tudo que era árvore ,quintal varanda e


sítios difíceis no imaginário a ilusão feita cá por “casa”,dos excessos
bem compatíveis da nossa forma de estar no quotidiano

Se não conseguimos retirar até agora as bandeiras da gloria na ilusão


da mesma deixamos irresponsavelmente que o tempo as desbarate. O
não continuarmos a assumir, as não vitorias (não considero que fomos
derrotados).

Atitudes dos verdadeiro organizadores, estruturadores estudiosos,


conhecimentos físicos e técnico de competição e espírito de equipa-os
vencedores. Será que por orgulho as vamos deixar apodrecer como as
anteriores ou; como sempre, repetimos, não resulta, vai aparecer uma
nova fatalidade e vamos todos continuar a assobiar para o ar…

Algo se deveria tirar destas situação e mesmo hoje o que já deveria ter
sido ontem: preparar os nossos jovens para a realidade do desporto,
com preparação da atitude individual perante os outros ;a humildade e
responsabilidades na equipa como colectivo e a dignidade de
servir(missão) ao representar a sua escola o seu concelho o seu distrito,
o seu pais

Ilusão á espera de outra...


FLASH

Acredito que levitei

Fracção de tempo

De sentir a corrente

De porta a abrir

Porta abre varanda a suster

Imagem que vem bamboleante

Estendido fiquei extasiado

levitei

Esbelta, passo seguro

Em marcha provocante

Levitei bem sei

O coração leve em alma subiu

Fui com ele, torrente de calor se abriu

a respirar ,rotação em redondas ancas

estendidas , em pernas de elástico fio


Levitei , mesmo assim no ar continuei

Era forte o desejo de afagar, eu saberei

Cintura estreita: abrindo para os seios:

espetados ; barriguinha: cama perfeita

Caia da varanda não fora o parapeito

levitei

Meu palpitar respirava com defeito

Desejo ardente de amor de verdade

Suspenso no peito na vacuidade do ar

Ela :suave alçar, na mudança do andar

Cheiro deixado em noite filtrado

Relevo compassado voltear pujante

Saia ao fundo, olhar não chega

Brilho a nascente de estrela cadente

Certamente não era nada, era saudade

Fui com ela na noite …levitei

ABELHA MESTRA e o 10 de Junho

Pensamento em nosso cérebro ocupam-nos todos os momentos e quando queremos


que nos apareça alguma ideia supostamente brilhante(para o próprio e não para
todos)o click não se dá ,ficamos com a caneta incomodamente agarrada á mão.neste
caso não foi a caneta que se fixou mas o pensamento que não sai do dia de hoje -10
de Junho: Dia de Portugal ,de Camões e das Comunidades.

Dia da” Raça”também ,no meu tempo e porque não andarmos a


pensar um pouco nessa história da raça. Menino e moço não sabia
porquê. Raça humana só havia uma e era aquela em que eu vivia na
mestiçagem cabo verdiana sendo eu bem branquinho e ainda com
muitas sardas e por isso tinha uma certa superioridade com vantagens
mesmo que não as quisesse

Conheço-me a mim próprio em Cabo Verde a disputar com os meus


mergulhos no porto da Praia as moedas que atiravam ao mar.

Conheço-me no morro, de barro de lava escurecido a empurrar com


tantos outros ,o carro de arame com rodas de maçaroca de milho
,cortado a jeito, tampinha de garrafa ou rolha de algum barril de
vinho que por ali tinha ancorado. Havia nesse colina uma saliência
especial tipo contra forte, onde apareciam as estradas ,curvas
,desfiladeiros, pontes e outros…

Conheço a primeira bicicleta, ou melhor tomo posse poerque ela já


vinha do meu irmão mais velho e que passou por todos nós e pelos
vizinhos que também iam aparecendo. Foi para Angola e ainda
acabou por viajar para Moçambique ,com o mais novo casal que dali
se mudava. Dava outra estória .

Estive na metrópole como se dizia ,apanhei muita reguada ,porque a


minha especialidade era o crioulo. Aqui e que tive a ideia “lúcida” de
raça ,porque na altura só via brancos á minha volta.

Conheço-me a fazer uma viagem no Rita Maria (barco de carga) para


Angola 1956.nele ia toda a comunidade ou quase e pelo menos muitos
dos meus amigos de então. Não era um barco fantasma mas não parou
durante 12 dias em lado nenhum vimos Luanda e foi ao longe.
Atracamos em Benguela após 15 dias de viagem, Aquela baia ,a
humidade ,a chuva que nos recebeu a potes .Era outro mundo para
todos nós e já havia negros bastantes mestiços e brincalhões.

Subimos com CFB ao Bié onde o negro era a maioria e isso não
impedia de ter passado maus bocados com as notas de Português ,mas
na Matemática e nas Ciências não era mau.
Nessa altura talvez tivesse aparecido as minhas primeiras dúvidas
sobre raça ,porque ali os negros tinham e têm algumas características
diferentes e como andavam na escola conjunta, as brincadeiras eram
partilhadas e rapidamente acabou a minha confusão sobre o
significado de raça.

Conheço-me das nossas cargas de espadachim em dois morros de salalé


,para nós autênticos castelos, subidas e corridas em autenticas cargas
de espadachim com canas e caniços ajeitados á maneira.,nas perdas e
ganhos daqueles “fortes”construídas pelas termitas que nós nos
intervalos íamos apreciar e admirar a sua labuta- estas abraçavam a lama
amarelo - avermelhado, carregando; movendo-se como ondas do mar, atirando espuma
no montículo que enche e vai subindo moldando-o em chaminés de despoluição.

Conheço-me a depois deste despejo de energia a avançar para a


batatas fritas da nossa Abelha Mestra. Que deliciosas “batatas fritas
“que ela nos fazia. Cabo verdiana de gema ,pouco mais velha que nós
já tinha que fazer o almoço para os irmãos que não eram poucos e
quando calhava para nós também e já éramos mais do que muitos. A
Teresa sempre pronta a fazer-nos lamber os beiços.

Fomos conhecer Benguela e a sua famosa calema e suas praias Eram os


anos idos de 1958 .Sei-o porque não havia esquina que não aparecesse
a fotografia de um senhor ,que depois fui saber que era general e
explicaram-me (verdade) muito ao de leve o que eram as eleições e
aquele individuo acabou por perder ,ganhando. Não percebi bem mas
as pessoas andavam eufóricas, mesmo cá para o interior.
Soube posteriormente que o tal sujeito não ganhou, porque e um
zumzum pairava de ter sido por batotice e criança ainda fiquei com
pena. Nas carta fazia batota quando calhava e depois também ficava
com pena do parceiro que perdia . Ainda por cima era bom na
canastra e tive que jogar durante a viagem (2 dias de comboio, com
tudo) com tias e primas. Suponho que também ia a nossa Abelha
Mestra que desta vez não nos podia fazer goloseimas. Era preciso
passar o tempo. *atenção o conceito de primas também era lato,
acabávamos por ser todos primos o que é muito característico até
agora dos Caboverdianos .

O que me atraia ás tiazinha que por ali havia e me convidavam a


bordo para a canastra .Ai não tinha hipótese de fazer batota.O
problema da raça já era por vezes ali mais escutado e os laivos de
racismo apareciam. Por essa altura também aquele senhor aviador
,aparecia como a Abelha Mestra pois juntava á volta dos seus cartazes
montes de gente - acho que não dava pipocas!!!.
Conheço-me dos primeiro baile e lá vinha a Teresa mais velha que nós
a convidar-me para a dança.Teresa dançava,leve como lianadevolvendo
som de vento na asa de pombo verde,circulando em pernada alta de
mulemba Lá ia ,pois já me mexia bem no tango ea já cachopa dançava
pelos vistos bem e ali sai com ela no passo largado e na volta travada
sobre mim. –Aí benjamim –quem se lembra?

O caboverdiano pai baterista atacou a valsa e o menino lá vai


volteando, levezinho .Tão levezinho que se estatelou numa que calçado
não aguentou;a dama veio já estava em pé,sapato abandona,assim bem
vermelhinho que nem pitanga,em arbusto fogoso de fruta chispando em
Sol de Fevereiro Africano ;vibrou - a coladera já espreitava na sua
trompete e era preciso torcer o corpo na aproximação e no ritmo bem
marcado.daquela bateria :…Aí Benjamim…era para acabar porque o
motor do tio Júlio tinha que apagar. E todos de laterna para casa. Era
até á última.

Para muitos de nós raça era aquela mistura de saberes ,tradições a


viver a nossa hora da puberdade. Não era o dia chato ,vestidinhos á
Mocidade Portuguesa, debaixo de um sol abafadiço de bivaque virado
que todo o sol retinha e ali alinhadinhos á espera de um senhor que
faziam um discurso e depois ia-se embora. Percebia-se que era um dez
de Junho um pouco complicado para os mais velhos, pelo ar pesado
que se sentia em quase todas as conversas. Era desanimo estou em
acreditar.

Genebra

GENEVE

Hoje inicia-se o campeonato da Europa de Futebol, podia ser de outro


desporto ,aproveito bem, gastar um pouco de tempo e aumentar os
meus horizontes, no que respeita aos locais onde se vão realizar os
jogos.
Não é surpresa que uma quantidade de compatriotas sem problemas
financeiros para estas deambulações .o problema é deles e esta coisa de
poupança ,fica para outras alturas. Dou com uma cidade antiga mas
não antiquada ,particularmente nunca entrou em nenhuma guerra e
não sofreu qualquer sismo ou grande desastre natural, conservando
todas as características do ontem e dando sempre sintomas que não se
esquece do amanhã .Numa federação de regiões 65% de alemães,18%
de franceses;10%de Italianos e os restantes nas línguas regionais.
Religiões católicas e protestantes em percentagens mais ou menos
iguais com um percapita superior á média europeia e um forte
desenvolvimento industrial especializado .

A água é para mim e para nós todos um elemento preponderante desde


a nossa gestação e á quantidade de água que equilibra e veicula no
nosso organismo. Isto para justificar a grande satisfação e
apaziguamento quando estamos perto de grandes superfícies líquidas
.Esta cidade a envolver todo o lago…… deverá ter todas as cambiantes
de luminosidade durante as melhores fases de sol garantindo só por aí
qualidade de vida.

Acompanho a nossa televisão enquanto escrevo e depara numa


situação engraçada e vai para aqui mesmo em directo. A senhora ou
menina que faz a reportagem queixa-se do frio e da humidade e sei lá
mais quanto sem dar conta que logo a seu lado circula um casal
desportivamente vestido e pelos vistos sem se queixar. Salva-se a
atitude, com o aparecimento ao fundo do Cristiano Ronaldo de
camisola desportiva e casaquinha amarrada á cintura.

Volto ao lago e ao rio e sem dúvida somos convidados a dar um bo


passeio de bicicleta .(já me esquecera da minha quase nova com 24
velocidades ,amortecedores e pneus não sei o quê? e bastante leve e já
com alguns quilómetros nas minhas pernas)aquelas pedaleiras que eles
usam ,com não sei quantos reflectores ,luz frontal e da retaguarda
porque ali o pessoal não brinca os suíços são exigentes e com grande
atitude cívica. Por outro lado vêem-se uma quantidade de
estacionamento ,preparado e planeado que nos convida a andar de
bicicleta .como iria dar uma volta por toda aquela extensão do lago
genebra até a noite aparecer e gozar aquelas luzes a nele reflectirem e o
casario eu por ali certamente se espalha.

Nesta altura que o petróleo anda tão caro e eles não o produzindo não
só poupam como a poluição não é nenhuma e assim a industria
turística com a dos relógios são quase imbatíveis, porque procuram o
bem estar social dos trabalhadores.
Não vou dizer que os nossos atletas passem a jogar de bicicleta ,mas
que joguem com muita humildade saber e atitude desportiva e que
ganhem e que pensem que os adversários são também 11 e o futebol é
um jogo de Equipa. Ainda bem que falo em Equipa pois parece que a
generalidade dos nossos relatores e comentadores só existem dois ou
três nomes e os outro E os que não têm nome nem ganham balúrdios
,estão fisicamente preparados ,tecnicamente estudaram e vão
certamente trabalhar em Equipa.

Lá dentro a nossa equipa está unida e são onze os que daqui a pouco
vão entrar. Que vençam, mas se não o fizerem não vai “cair o Carmo
nem a trindade”,queremos que o façam até onde puderem com todo o
crer.

Ps. como não podia deixar de ser hoje é quinta –fera e eu sempre gostei
deste dia ;acabei de fazer 25 Km de picadas em bicicleta e estou aqui a
oxigenar ,olhar a Ursa menor que daqui se vê ,por cima das luzes
amarelas da rua vagueando-o até ao fundo da vila.

“Adeus Malandro”

No fado da vida, fumo do descanso

Solta-se no ar na leveza do teu tempo reflectido

Sopro de vida que cavou o suave ritmo da tua vivência

Asas esvoaçando a sabedoria percorrida do vento

Peso das partículas na eleição do fim e fonte de pranto

Dor de separação no chão ficaste escondido

Selecção em cinza desfeita na poeira em verde manto

Juntas-te com as raízes, vigor do chão da tua existência


Levaste a vida percorrendo a pulso, digno sem vaidade

Exemplo de paz em vida na conduta , ficam-nos demais

Filhos e netos no costume de trabalho por ti deixados

Em nós de mesmas raízes crescemos de berço irmanados

Teus e nossos amigos choramos teu mansinho apaziguador

Malandro!!! deixaste-nos, foste, deixando-nos em nossa dor

Ficamos aqui lembrando ,bons tempos passados no nunca mais

olhos que com os teus tantas coisas em comum viram e repetimos

imensidão tão pequenina que em qualquer pedaço terra sentimos

Ficas sempre connosco ,como combinámos, a enraizar nossa saudade

QUINTA - FEIRA

(mesmo)

Fecho os olhos penso em ti…tão perto….meu amor eras tu…Estava eu a


pensar em ti…a..qui…a… minha mão segurava outras mais frágeis d
cinco longos dedos, junto ao lago ,ou melhor aos lagos artificiais neste
belo e arranjadinho parque. Uma “turma“de pessoas, que pelo sua
forma de vestir ,andar, voz dignamente pousada e frágil; alguma
pequena tremura de mão, necessidade de algum apoio e atraso de
movimento de uma das pernas - não poderiam ter muito menos de 70
anos e alguns ,poucos mais de oitenta - e se sentiam divertidos a
entreter-se a lançar bolachas (creio eu porque depois me foi dito?)
desviadas da sua merenda. Ofereciam com gestos alegres de verdadeira
boa disposição , aos pequenos e recém nascidos patinhos bravos -
agradecidos sacudiam seus rabinhos ainda desajeitados, gingando
desajeitadas patolas, iam disputando aquelas migalhas a alongar
plumagem do pescoços ,no farfalhar do palmo bico a “abicanhar”
aquela autêntica guloseima.

O parque verdejava envolvendo dois ou mesmo três espelhos de agua


riquíssimos em peixes vermelhos, amarelos e outros acastanhados , que
ainda se viam a servir-se das sobras(na natureza nada se perde !!!)
daquela meia centena de patos bravos que por ali andavam.

A concentração desta bicharada , movimentação dos mesmos voos


rasantes , aterragens aladas, patinagem aquática e ali assistíamos os
vários pontos do parque a estas acrobacias aerodinâmicas no circulo
nervoso da natureza puramente feliz; provocavam o gáudio daqueles
septuagenários/as que ali se deliciavam voltando á sua juventude e
eram na nossa presença e no seu brincar tinham nomes :Maria do
Carmo ,Augusta Donzilias e Joaquinas discutiam metendo-nos ao
barulho:

Olha aqueles marotos è Primavera? eram patos e patas e é primavera


como provam estas “queridas”, na interjeição da idade ,a que têm
direito!!!

Olhe aquela pata .?Coitada !? se não o disse a Maria do Carmo foi a


Augusta (uma delas!!!)

Já está ali ,passando noites ao relento, á chuva, ao vento, e aguentando


firma a sua condição de mãe. Era para nós a observação e estava na
verdade uma pata enrolada em seu ninho ,ou melhor, estendendo o
corpo a abraçar decerto una dezena de ovos que chocava.

Deve estar prestes a acabar de chocá-los? dizia a Donzilia (talvez) Vejam


já tem uma boa quantidade de penugem e pêlos calafetando prejudiciais
entradas de ar ,de modo a conservar sempre quentes os seus ovos , na
sua saída breve para se alimentar.?!Ao lado e parecendo atento o macho
ali estava de olhar atento e olho convincente de vivo.

Na direcção da pata e a descer para o jardim aparecia o velho ,ainda


vigoroso Esteves no seu passo miudinho e rápido. Vinha lançado
direcção do ninho mas, escolhendo piso melhor derivou no caminho à
esquerda para a carrinha.

Falta ali o seu companheiro? É certo que vem o Salvador?


Este é mais vagaroso não sei se é mais letrado, mas tem “letra” Vão ao
seu passeio e decerto que o último passou pelas suas abelhas é um
“espert” das abelhas lá do Lar –

Passei-me? Sonhava eu!? Continuava a agarrar a mão da pequenita

Ai! E aquela criança? Uma das minhas vizinhas ,agitada

Percebo agora porque estão agitadas uma criança avança decidida em


exploração por aquele verde fresquinho em direcção ao ninho.avança
espreitando, metediça ,em exploração convencida

Vai espantar a pata do ninho? Dizem quase em uníssono

Agarro forte a mão da minha criança que no seu entusiasmo, com os


patos bravos, quase entra pela lagoa a dentro, barafustando com eles.
Queria que comecem também os outros mais fracos e que ficavam para
trás e no conjunto faziam crunch…grunt e splach na superfície liquida.

(estou a fazer batota :era pequena demais para pensar nisso)

Tento levantar-me, a humidade da borda do lago já me humedecia as


fibras dos joelhos e os sapatos já gelavam os pés e neste movimento a
outra menina continuava a avançar. Salvei a minha pequena (e não era
minha) em tempo de uma boa molha e mudas não havia por aqui.

Ah Boa !!! animam-se e é um bom final!!!?

Vejo o pai ,novo ainda ,aparecer ligeiro. Segurou a criança a tempo


Disse-lhe meigamente o que não ouvimos mas percebemos e as
fotografias foram tiradas Aprendemos o que a pequena também
aprendeu a respeitar - aquele ninho iria continuar a ser respeitado por
todos que por ali passavam:

Por aquele individuo de idade que por ali vinha de olhar no esplendor
do lago e a imitar os outros no desejo de contactar aqueles animais se
debruçou sobre a relva retirando da mesma um raminho folhinha ou
pedaço seco de erva - vi o gesto - e, também com enlevo, satisfação
prazer atirou o pedacinho á água. Os patinhos não reagiram, mas, a
minha menina, disse:

Ho..me nã… papa ?/(será que disse ou estou novamente a inventar,


Fica assim que a pequenita já vai dizendo, coisas bem pensadas )
A turma lá se juntou e alinhadinhos e algumas de mãos dadas lá
seguiram para a carrinha de 7 ou nove lugares . Subiram, conforme
puderam pelo mocho que as ajudava .O tal senhor já estava ao volante
e todas se viraram para nós - o seu adeus.

Era quinta –feira e o meu sonho era mesmo verdade : a revista que
comprei numa livraria ali perto era de quinta e estava ali ao lado no
banco carro. Quentinha, ainda fresca e sem ser lida como tanto tinha
planeado.

Tenho tempo e não sonhei As personagens eram outras mas aquele


jardim soube a paraíso para nós e estes e estas respeitadas jovens
Afinal naqueles momentos assim fizeram .

No mês seguinte (pudera) a pata já não estava lá . Andava uma , meia


vaidosa, com os seus cinco patinhos e deliciosamente activos.

Ps O parque está na Marinha Grande e vale a pena passar por ali e não
é preciso levar “liamba” ou “coisa que o valha “,porque “ essa”saiu
dali. Parabéns .

Ética/Conduta

“nós também podemos”

Escrever é um acto de produção para aqueles que o entendem e o


contrário para os se dizem muito dogmáticos; uma coisa é certa ,se for
por obrigação / necessidade - profissão não deve ser nada fácil. Estou
aqui na varanda e preciso de escrever, fazia-me bem .Em dia de feira
as pessoas circulam com ar feliz descontraído, as famílias aparecem aos
magotes em conversas amenas, alegres, os miúdos ficaram em casa a
felicidade do encontro patente. Vejo por ali alguns, ontem estive com
alguns e não estavam assim. Ontem mais contraídos, outros nervosos;
alguns muito apressados e de cumprimento sem qualquer emoção.
Conduta !!!
È uma questão de conduta humana de que todos sabem um pouco ou
mesmo muito e na minha ignorância ,tenho para aqui algumas,
dúvidas na definição de Conduta e Ética.

Neste meu aperfeiçoar, agora reparo, que seguro o dicionário com a


mão esquerda e não tem nada de politica já o estou a desfolhar com
a mão direita. E se não é politica è pelo menos ligado aos direitos
sociais, educação, maneiras. Ética é aquilo a maior parte das pessoas
sabe e diz :ciência da moral, moralidade. Fiquei ali apalpando a folha,
desconcertado, o papel e áspero, sensível nos meus dedos tacteando á
espera da minha própria decisão. Continuo olhando, agora sem ver,
passar algumas pessoas que por ali vinham da feira ,mais depressa pois
já é hora de almoça: é bom também ver as pessoas passarem os carros a arrancar
e as motorizadas a rebentarem com rateres de explosões algo desgovernadas ;
sentadinho baixa o stress de certeza e não é preciso ir ao psicólogo (a)…assumo o
que vem a seguir : ética de bens, ética sexual; ética social .Tudo bem,
melhorei, mas parece-me pouco: levanta o rabinho e vai á
Enciclopédia (prova que esta não foi comprada a metro)se queres
dourar, algo que te entusiasme?. O tema é interessante e pelo menos
fico a saber mais algo em teoria, porque educação e os bons princípios
julgo que os tenho,oi melhor, acho que tenho.

Já tinha acontecido,todo este entusiasmo (mesmo sem o saber!!!?),


senão não tinha escrito o que vai daqui para trás e “copiado” o que vai
acontecer deste parágrafo para a frente:

…só depois do chá Está bem? que tenho que aquecer as papilas e valorizar, com
gosto, o que vou escrever. E fui ,fui mesmo(não é possível acabei de escrever “pessoas
que por ali vinham mais depressa pois já é hora de almoçar”.(esplêndida contradição,
só na escrita).

Neste movimento ao contrário do dicionário,passei, rebolando as


folhas, pela palavra Etologia e por defeito profissional , meu gosto pela
Zoologia e por estar aqui á mão de semear e tentar espraiar um pouco
“a palavra aqui descripta"(António Lobo Antunes)e assim abordar
também a conduta dos animais .Merece fazer a ligação aos princípios
que nos conduziram aos procedimentos èticos e suas leis:

Por exemplo nos animais certos rituais regem a sua conduta por regras fixas válidas
para os confrontos; os animais socialmente fracos executam gestos para diminuir a
agressão; os cavalos no estabelecimento das lideranças de grupo ,ao se sentirem a ser
vencidos retiram-se da luta com dignidade…
Na conduta moral – Ética:

Diz: “pretende dar um fundamento ás exigências morais


estabelecendo, estabelecendo por si mesmo as leis que terão de
determinar a conduta moral da vida pessoal e colectiva “.

Nestes problemas éticos a igreja teve grande influência nas sua aulas
de “moral” mas deixemos isso, pois o que interessa é que hoje a ética
evoluiu para o colectivo e desta para o corporativo na defesa dos seus
valores morais.Começam a aparecer e a sentir alguns”codominios”
ético/corporativos que restringem e encravam o avanço para soluções
em situações imorais de conduta , num mundo em que os povos
começam a ser desviados do seu próprio caminho, expulsos da sua
própria terra, pela guerra e sequencias climáticas catastróficas ,a
morte a fome a insegurança Com tem sido o comportamento para com
estes homens mulheres e crianças?

O apoio em alimentação, saúde e segurança é sem dúvida essencial


para diminuir autênticas catástrofes humanas e posterior oferta de
somas avultadas de dinheiro, para solucionar tais problemas foi um
grande esforço de muitos países mas os resultados têm sido muito
fracos ou mesmo nulos ,para as gerações que se seguem. Tapa-se o furo
, a solução é fraca e novos furos vão continuar a aparecer é um circulo
que se viciou. Hoje felizmente já repetem "nós também podemos"
Todos sabem qual o remédio mas nenhuma organização ou países,
juntam os ingredientes e continuamos no cinismo dos fortes na
submissão dos mais fracos.

Porque não ensiná-los a pescar (aqui a palavra ensinar custa-me um


bocado porque não acredito que”eles”(povos)no seu fundo não o
saibam .não se sabem organizar e aproveitar os esforços porque estão a
funcionam quase como se tivessem tido um ataque de AVC .Umberto
Eco descreve em “A Misteriosa chama da Rainha Loana, ali :

“ Yambo perde a memória não reconhece a mulher e as filhas nem da


sua infância mas continua com a sua memória «autobiográfica» na
lent5a recuperação volta para casa e começa o grande trabalho de
rever os seus livros escolares ,os álbuns ao quadradinhos tudo feito
lentamente e com paciência.

Dêem instrumentos instrução, formação adaptada á sua condição em


que se encontravam e talvez posteriormente se vão podendo
introduzindo novas máquina nova gestão ,nova ciência e tecnologia
para que a fome, a pobreza e subdesenvolvimento sejam vencidos.
Entretanto os governos ali se vão solidificando a sua liberdade
democrática na imaginação das suas novas soluções, irão evoluindo e
fugindo ao ancestral paternalismo, dos países ditos mais desenvolvidos
e; aqueles, continuem a repetir e a praticar "nós também podemos".

Ética/Conduta

Escrever é um acto de produção para aqueles que o entendem e o


contrário para os se dizem muito dogmáticos; uma coisa é certa se for
por obrigação / necessidade - profissão não deve ser nada fácil. Isto
escrito porque estou aqui na varanda em dia de feira e as pessoas
circulam com ar, feliz descontraído; as famílias aparecem aos magotes
em conversas amenas e alegres. Eu ontem estive com alguns dos
mesmos e não estavam assim: mais contraídos, outros nervosos; alguns
muito apressados e o cumprimento sem qualquer emoção.
È uma questão de conduta humana de que todos sabem um pouco ou
mesmo muito e na minha ignorância tenho para aqui algumas névoas a
atravessar a mente e a aparecerem-me dúvidas sobre Conduta e Ética
Também agora reparo, que fui agarrar o dicionário com a mão
esquerda(não tem nada de politica ) e que estou a desfolhá-la com a
mão direita. E se não é politica è pelo menos ligado aos direitos sociais.
Ética é aquilo que vocês já sabem: ciência da moral, moralidade. Fico
com a folha espetada…Deixei passar algumas pessoas que por ali
vinham mais depressa pois já era hora de almoçar; é bom também ver
as pessoas passarem os carros a arrancar e as motorizadas a
rebentarem com rateres de explosões algo desgovernadas ; sentadinha
baixa o stress de certeza e não é preciso ir ao psicólogo (a)…assumo o
que vem a seguir : ética de bens, ética sexual; ética social .Tudo bem
melhorei mas sabe a pouco: levanta o rabinho e vai á Enciclopédia se
queres dourar, algo que te entusiasme. O tema é interessante e anda
muito em voga
Já tinha acontecido (mesmo sem o saber!!!?), senão não tinha escrito o
que vai daqui para trás e “copiado” o que vai acontecer deste
parágrafo para a frente:
…só depois do chá Está bem? que tenho que aquecer as papilas e
valorizar, com gosto, o que vou escrever. E fui ,fui mesmo(não é
possível acabei de escrever “pessoas que por ali vinham mais depressa
pois já era hora de almoçar”.(esplêndida contradição)
Vão apanhar um chá .È que passei pela palavra etologia e por defeito
profissional e meu gosto pela Zoologia e alegrar um pouco “a palavra
aqui descripta(António Lobo Antunes)e abordar a conduta dos animais
merece fazer a ligação ou animação:
Por exemplo nos animais certos rituais regem a sua conduta por
regras fixas válidas para os confrontos; os animais socialmente fracos
executam gestos para diminuir a agressão; os cavalos aos se sentirem a
ser vencidos retiram-se da luta com dignidade…

Na conduta moral – Ética –“pretende dar um fundamento ás


exigências morais estabelecendo, estabelecendo por si mesmo as leis
que terão de determinar a conduta moral da vida pessoal e colectiva “.
Nestes problemas éticos a igreja teve grande influência nas sua aulas
de “moral” mas deixemos isso pois o que interessa é que hoje a ética
evoluiu para o colectivo e desta para o corporativo na defesa dos seus
valores morais. Começa-se a sentir alguns”codominios”
tico/corporativos que restringem o avanço para soluções de situações
imorais de conduta no mundo em que os povos começam a ser
desviados do seu próprio caminho.
Com tem sido o comportamento para com eles ?

O apoio em alimentação, saúde e protecção sem dúvida essencial para


diminuir autênticas catástrofes humanas e posterior oferta de somas
avultadas de dinheiro, para solucionar tais problemas foi um grande
esforço de muitos países mas os resultados têm sido muito fracos ou
mesmo nulos ,para as gerações que se seguem. Tapa-se o furo , a
solução é fraca e novos furos vão continuar a aparecer é um circulo
que se viciou. Todos sabem qual o remédio mas nenhuma organização
ou países, juntam os ingredientes e continuamos no cinismo dos fortes
na submissão dos mais fracos.
Porque não ensiná-los a pescar (aqui a palavra ensinar custa-me um
bocado porque não acredito que”eles”(povos)no seu fundo não o
saibam .não se sabem organizar e aproveitar os esforços porque estão a
funcionam quase como se tivessem tido um ataque de AVC .Umberto
Eco descreve em “A Misteriosa chama da Rainha Loana, ali :
“ Yambo perde a memória não reconhece a mulher e as filhas nem da
sua infância mas continua com a sua memória «autobiográfica» na
lent5a recuperação volta para casa e começa o grande trabalho de
rever os seus livros escolares ,os álbuns ao quadradinhos tudo feito
lentamente e com paciência.
Dêem instrumentos instrução,formação adaptada á sua condição
primitiva e posteriormente se vão introduzindo novas máquina nova
gestão ,nova tecnologia para que a fome seja vencida .
Entretanto os governos ali se vão solidificando a sua liberdade
democrática na imaginação das suas novas soluções, irão evoluindo e
fugindo ao nosso ancestral paternalismo.

25/Abril/74/2008

Viagem

Neste data procura-se ,mesmo que não se saiba muito bem como
aconteceu ou que não se queira saber como muitos pretendem ,escrever
sobre o 25 de Abril. Não é o meu caso porque sempre desejei passado
algum tempo –digamos 15 anos - deixar escrito algo sobre esse dia, não
para os outros mas para mim e sentir essa sensação Fiz á quinze anos
num momento qualquer ;sei que o fiz mas deve ter ido parar a uma
gaveta qualquer .

Quinze anos depois -com mais quatro (34 anos)ao iniciar uma viagem
para o oeste deste pais certamente foi por isso, cada saída de casa é uma
aventura .Essa “aventura” para muitos que estiveram com ela a 25 foi
um golpe deveras ao regime e aos bufos e pides (com outro nome) que
andavam por aí e afinal de nada sabiam
Vai disto e enquanto a malta se aprontava , pus-me a escrever cheio de
ímpeto ,numa folhas de papel timbrado a servir de rascunho e esta
necessidade ,aparecida assim, como melodia de pássaro que cantava lá
fora e ensaiava estas palavras que diziam assim :
Dia 25 de Abril de 2008 programamos aqui em casa uma viagem para Oeste deste pais
.Sair ,ainda noite a caminhar para o dia e enquanto o outro pessoal se preparava, estes
olhos(avermelhados ainda), exploraram o esplendor de cores quentes do sol nascente
lá para os lados da serra da Lapa(não sei se estou a plagiar o Aquilino)Na saudação
áquele nascer do sol, a adivinhar um dia quente, a passarada agora se guerreava no seu
trinar competitivo ,a ver qual deles ganhava os melhor favores daquele disco a
incandescer .
Entrei naquele jogo com o meu assobio, a tentar alguns sons que tivessem alguma
dignidade, porque aquele sol fazia merecer o dia que iríamos passar -25 de Abril.
Aquele calor que começava a temperar o frio da manhã , levou-me a
Africa e ali devagarinho ainda o sol não atingia o seu vermelho na
imensidão da” chana “a lembrar a temperatura de brisa, que sempre
recordo: a de 25 de Abril de 1974 – Preparávamos a saída para a nossa
actividade nas aldeias, já que quando o sol raiasse teríamos que estar
bem perto do nosso local de trabalho .Os nativos do centro (umbundos)
esperavam-nos . Nós como sempre, cumprindo um dos nossos princípios de
que ninguém poderia ficar á nossa espera Lá estaríamos, eles não tinham
relógio mas tinham horas e não faltariam.

!!!Alguém me enterrompeu .

Oh Zé os teus Ténis , faltava sempre qualquer coisa e eu já estava a


aquecer a “carroça”e o pessoal já todo dentro e concertar posições -á
Salgueiro Maia :Lá vou eu a “galope” pela escada acima a pensar nos
capitães de Abril que á 34 anos ,que também andava pela madrugada em
correrias para alcançar Lisboa e a horas previamente determinadas
amarrar o dr Marcello Caetano no Carmo, bem ajustadinho ,para que os
gnrs e os pides não tivessem muito tempo para pensar?!
Oh Zé aperta a tua cadeirinha , arremeto a poupar nos degraus das
escadas, amarra-a bem e não faças como o outro chamado Salazar que
também caiu da cadeira ,quando parecia que nunca mais nos víamos
livres dele. Mas puto tem 9 anos e ainda estava a pensar no que a
professora lhe mandou fazer: um trabalho sobre o 25 de Abril .
Deve ter ficado toda a noite a arrumar as ideias. O que os pais tinham
feito na altura? perguntava-se ?. Ora os pais nessa altura ainda
estavam preocupados em não sujar as fraldas , a esgravatar alguma
carocha que lhes passava pela frente e a saber porque diabo o rabito
ficava quente; tinha que ser o avô a dar as dicas.
E quem não tiver avô ali á beirinha?
Também como está escrito naquele rascunho(de á 15 anos)saímos
ainda era noite e quando o sol começava a aparecer ,o capim (gramínea)
de metro, tomavam aquele violeta acastanhado que pouco a pouco as
tonalidades amarelo-rosa iam tomando conta, até atingir aquele verde que
só ali se via;os Land Rovers aqueciam e a aldeia ficava ao fundo na
direcção daquele morro de salalé(montículos esculturais, feitos por
pequenas termitas “salalé”)na base daquele morro de tons avermelhados.
Era preciso fazermo-nos á picada atravessar o rio ,que houve cheia e
chegar á aldeia e começar a guardar os milhos, no clube comunitário
Quase não seria assim desta vez quando um dos colegas Belgas
pertencentes ao grupo que ali no Andulo –Angola; se preparava ,comnosco
o curso de Supervisão na Extensa Rural de Angola, nos avisava cheio de
emoção(estava mais bem preparado politicamente) ter havido uma
revolução em Portugal :
os capitães do exercito Português (os Capitães de Abril) tinham
deitado abaixo a ditadura. Notícia escutada na rádio Paris, se não me
engano e nós afinal a 8ooo Kms éramos dos primeiros portugueses a sabê-
lo.
Apesar da notícia e perante o espanto dos estrangeiros, que ali estavam,
era preciso avançar e cumprir a nossa jornada ,devidamente planeada e
ate porque as populações estavam á nossa espera.

A nossa viagem de lazer também estava programada e lá ia vencendo a


estrada, num dia a dar para o quente sem ser desagradável e o puto ia
recebendo algumas conhecimentos sobre o antes ,o 25 de Abril e o
depois. O que era isso de liberdade e de fascismo? Pudera ele tem a
liberdade que deve ; o fascismo ainda é difícil ele perceber pois não
acredita que pudesse haver pessoas que não deixavam as outras evoluir
e ainda por cima tinha que fazer aquilo que lhe era mandado sem
poder responder?...olho o retrovisor:
o rapaz já não estava neste filme e como tínhamos parado no café
comprou qualquer coisa que a sociedade consumista explora :estou
marado as Super estrelas de Wrestling, aqueles matulões, só músculo
que dão para lá umas tapadas uns nos outros e o miúdo gosta daquilo.
Acabaram-se as explicações e como paga(não trabalho de borla) lá vai
um CD latino americano e o Guantanamêra estava ali e o condutor
vai cantado e como sabe e se não mais assobia - hasta Siempre
Comandante
Ao fundo deixamos de ver a serra da estrela e sua calva pouco
pronunciada, do brilho da neve ainda lá no cimo e não deixei de pensar
da nossa pequena serrinha da abelha que pelas 17 horas da tarde fica
agora vestida de amarelo e branco ,de fundo arroxeado a violeta
quando o sol lhe bate e o verde de algumas carvalhos que resistiram ao
grande fogo de á quase 6/8 .Pare olhe e escute( o comboio não passou
por aqui) mas veja ,abra os olhos é a hora – maravilhoso!!!.
Enquanto o miúdo inventa lutas os outros dormem e eu vejo a lua a
aparecer ora á esquerda ,ora á direita e nesta altura fica-nos de frente
que estamos a passar em Stº Comba e eu a ouvir “Longa se torna a
espera” Os Chutos e Pontapés”e lá vai mais um bocadinho de história
sobre o 25 de Abril.
Ele(o neto)) diz que me está a ouvir. tenho que ter paciência mas como
ele diz continua “marado” com os bonecos, e voltei:
ao luar, com cheiro de Africa ,o arfar dos batuques lá longe(já sabem da
notícia)o coaxar trombófilo das rãs e o restolhar de algum animal um pouco
maior ,que já anda, a fazer pela vida, na sua tarefa de caça, na surpresa do
lusco-fusco, em seus olhos estão adaptados .Um casal de catatuas adoçavas os
bicos de ave de rapina no beijo matinal(como mascotes do lugar estava em
gaiola bem espaçosa) e suas vénias ,em pompa e circunstância.

Feito o trabalho era preciso volta ,atravessar aquele rio caudaloso meter
uma bucha e avançar para outra comunidade As nossas rádios
continuavam sem dizer nada até que um dos lideres da comunidade nos
chamou a atenção para as rádios estavam a dar sempre aquela musicas de
funeral ou clássicas e era a hora de ouvir a nossa música bem batidinha.
Será que eles já o sabiam? Se o sabiam a nós não nos tocaram e havia por
alia muito material da lavoura e cortante e eram pelo menos uma meia
centena
Estamos quase a terminar a viagem e agora aparece-me aqui um
Quitério C…mente construtor Civil –Tetos falso, lido numa chapa na
carroçaria da camioneta ,daquelas desgastadas da vida que levam
andar devagar que vai carregada e eu a apanhar uma boa seca .
Deu-me tempo para reflectir sobre os serviços que eram prestados
.Aquela dos tetos falsos tem que se lhe diga, mas não digo,refere-se
talvez a alguns programas partidários ou não que andam por cá.
Quanto a construtores civis só o Ray Charles e que me anima” You are
my Sunshine. Soul a ouvir que a viagem está a terminar e a camioneta
pirou-se á saída d sinal :Good Bye “oh hapy day”

ps )ainda bem que não sei fazer a passagem da música para os meus
temas porque senão quem tiver a coragem de ler isto ia “gramar nos
intervalos com os latino americanos os Jaz/blues/ Soul e os ritmos
Africanos e ainda tenho tempo de ouvir “ oh Gente da minha Terra –
Mariza - do interior cheguei com as narinas e as orelhas vermelhas dos
cheiros do Sul.
Ah.para culminar posso dizer que o nosso trabalho ainda continuou
até Outubro e a independência de Angola foi a 11 de Novembro.
Verdade que encontrei ,na dita gaveta. parte deste “atabalhoado
planejado de palavras”
Cheguei e fico na satisfação da minha neta, da filha que naquela altura ,já
pontapeava na barriga da mãe.

Conversas em Perigo de Extinção

“Quiosque digital”
Nos dias de hoje em que tudo corre ; como em qualquer corrida há sempre
os que estão mais bem preparados ;outros mais ao menos e os que ficarão
ainda pior os sem preparação nenhuma. Os últimos tentarão contentar-se
em ser último e como ninguém quer ser último surgem as situações de
conflito : não temos tempo para parar aprender (treinar) os problemas são
resolvidos, de forma ligeira e sem lugar ao amadurecimento.
Amadurecimento neste mundo que corre quase que loucamente a tratar as
“coisas” tecnologicamente sem que o cérebro (consciência) tenha tempo de
memorizar (arquivar com substância) a resolução A resolução está aí vamos
em frente -a fila da materialização: o seguinte ?.
Assim em catadupa começa a faltar uma conversa pessoal, dirigida
,harmonizada com emoção ou “raiva”, inveja… (uma conversa das antigas
digo eu, a abraçar todos os condimentos)…a acabar na hora certa de fazer
qualquer outra coisa ,certamente mais útil
Faltam as conversas na barbearia ou na cabeleireira que como era sabido
(entrava-se num momento de letargia, descontracção relaxamento, (agora
vão para os spa sozinhos ou só com os eleitos)imposto pelo artista que no
seu “esperto” nos desperta ,valor acrescentado , a confiança da conversa:
Então seu Sporting? Esta semana a coisa foi feia?
É verdade os tipos cada vez jogam menos
Querem a sua massinha ao fim do mês, eles não estão ali para trabalhar é
para serem vedetas. sto de fazer oito ou 10 Kms duas vezes por semana
custa muito
É verdade E o seu pessoal ? O puto?
Está quase bom. Fez a tal operação e está muito melhor .Obrigado.
Agora a medicina já resolve e detecta muitas coisa em idades precoces …
vem a maquina ,entra a tesoura a adornar o acabamento,mais dois toques na
sobrancelhas
Acaba:
Está mais levezinho para as sua corridinha

Objectivo da conversa (para a maioria parece ser uma autêntica nulidade)


mas é por aqui por este conhecimento mútuo emocional quase sem
conteúdo ,mas sentida na emoção e no prazer do reconhecimento do
conhecimento partilhado.
Começamos a saber cada vez mais por outras vias que as comunicações
tecnológicas nos deram :as do porta de casa (hoje do portal da Internet);o
bater da roupa a lavar no rio (substituídas pelo morse)no banho na lagoa
,rio ou poço(agora na praia com uma playstation )… conversa abonatórias
de informação e transmissão de pequenos conhecimentos como este que se
passa na livraria, porque não quiosque(antigo a desaparecer)para na montra
moderna e futurista(presente). do quiosque digital:
O senhor senhora ou menina a confraternizar com um sorriso ,enquanto vai
alinhado facturas ,recibos, contas -Tem 90 anos está zangado com não sei
quem dos serviços de saúde
E porque não fizeram isto ou trocaram aquilo?
Tenha calma Foi um engano?
Engano? è só “canalha”!!! ao dona continuando a sua tarefa,puxa o cabelo
para ta esquerda e acaba de conferir a conta …
Deixe lá para a próxima vai ver que vão ter mais cuidado?
E a minha sobrinha ? não teve culpa….e nós á espera ,ar dar tempo aquela
velha senhora…e nós .então tia ...C…
Olhe que já foi resolvido Não foi?
Mas…a minha sobrinha…
Ela já sabe e vai ver que se resolve…
Olhou-nos deu-nos lugar ,na defesa dos seus. Saía com orgulho, na sua
altivez , dignidade e madureza sábia dos seus noventa anos…
Conversas assim ainda se ouvem mas que estão em perigo de extinção ao
que parece e sem isso começamos a não parar para pensar, alicerçar ideias,
discuti-las Corremos e os mais mal preparados vão ficando cada vez mais
para
Muitos começam a ir a reboque. O ir a “reboque”,desactivam-se elementos
cria-se a ferrugem, perde-se ligeireza e quando movimento recomeça
provoca mais desgaste, caos , erosão em processo de desaparecimento
mais rápido é o que nos diz por aí a “natureza”. Deviamos ter tempo de ser
felizes mais devagar e deixar o que é material esperar mais um pouco(já
que se aguenta mais tempo)
Estamos a perder pequenas “coisas”que vendo bem são bem grandes .
Serão assim tão necessárias que os cafés começam a ter uma mais valia que
é uma pequena biblioteca; as livrarias a terem a sua zona para o café e o
bate papo e por aí a diante .Formas novas de substituição mas que em
termos materiais poucos lá chegam e se souberem que existem serão como
sempre os últimos a chegar:
vão continuar a ter o estabelecimento vizinho ,cujo dono ou dona ,
conhece as minhas filhas ; por sua vez convida o meu neto para os anos do
filho ; afinal também toma conta deles e de vez em quando põe o dedo a
frente do seu nariz quando a coisa vai para o torto…
Nós até agradecemos e eu aproveito a boleia e como estou livre lá vai uma
corridinha. Boa Tarde.
Para os citadinos: como dizia o locutor da minha juventude BOA TARDE-
BOM TRANSITO
Transparência

Numa tarde soalheira para quem vive no paraíso que é uma Vila rural, quando o sol
aquece à que ir respirar alguma poluição de uma pequena ou grande cidade nosso
interior ou à beira mar .Precisa que não seja muito grande, com uma Sê alcandorada no
cimo do monte ; um escadario que nos leva até à Nossa Sra dos Remédios ,Penha Sta
Luzia ou Sameiro e tantas outras e normalmente têm ruas ,carros ,o comboiozinho
,alguns jardins e poucos parques, onde as crianças e os velhos se soltam no meio de
pombas e alguns pardais, tudo viradinho para o rio e/ ou melhor para o mar. Em poucas
palavras já temos uma cidade.
Andava por ali que o tempo estava bom a cheirar a dita civilização por uma
alameda a cima ,para os lados do cinema; a passar os olhos pelos filmes que por lá
estavam em exibição. .Pela transparência do vidro, sobressaia do outro lado do parque
vistosos com símbolos caligrafados «Teatro» – aqui reflectiram-se no vidro um
arrebatar mais vivo, no alargar os olhos de faces entusiasmadas - um teatro a
aproveitar uma construção antiga e ao lado um banco em construção recuperada( de
letras direitinhas a duas linhas) .Atravessar para o seu interior nas ruas mais estreitas
lojas ,montras cafés . Para quem vem dum chopping, hipermercado ou centro comercial
… não era mau andar pela baixa.(á sempre uma baixa nas cidades) e vaguear ao sabor
das montras que acabam por ser todas parecidas ,até iguais por essas cidades fora .A
imaginação começa a diminuir.
Circundantes a estas: pequenas ruas e ruelas avenidas mais amplas ladeadas de prédios
com cimento por aí a cima - grandes mas sem lugar para nada - e os mais modernos
com envidraçados quanto basta ,ou mais para que o sol no seu pouco chegue ainda a
aquecer aquelas almas ,que por ali estariam de trabalhar ,ou simplesmente no seu tempo
de “laser”.

Num mundo destes parar numa “boa” em frente a uma montra, vitrina de modelos
estilizados, roupas enquadradas, com suas cores da época (se não me engano este ano é
o laranja ou foi no ano passado)produzidas para aquele efeito e iluminadas em jeito
estudado Vi no vidro o relâmpago de um sorriso a virar para o malandro - seria
satisfação por estar a ver coisas bonitas e chamativas. Não gostei de ver aquela carinha
a “desfazer-se” por tanta luz ,reflexos sombras e cor .Mudei de posição e as luzes já
não “funcionavam” como eles queriam - transparência total - tão total que a cara que se
reflectia no vidro, já não era de um sorriso aberto , mas do amarelado até ao lóbulo da
maçã do rosto daquele menos experimentado citadino, deviam estar centradas no
vermelho - na transparência de um rural
Tudo que ali era transparente, á vista para aquilo que queríam que víssemos, ver
olhar e decidir .Isto ´e que é Transparência? O espetáculo figurado ali exposto convida-
nos a entrar e depois lá dentro decidir. Mas decidir o quê se quem entra já vai meio
enganado por tanta transparência. Transparência para os nossos olhos, a esbogalhar-se
quando quase tropeça com um espelho e sente a sua realidade e os outros sentidos e a
emoção de ter de decidir que por vezes quarta a inteligência e sem preparação lá vamos
sendo envolvidos nas politicas que aqui se entende ou não.
Afinal a transparência não é tão transparente assim, ela esconde e as pessoas mais os
políticos começam a aprender a esconder o que não deve ser transparente e só mostrar o
que querem que se veja. Na transparência tem entre o visado ,o visor e um intermediário
o vidro e aquele reflexo ajustou os olhos na informação que afinal mais precisava para
decidir- por detrás estava o preço que mal se via ,as zonas ocultas que se escondiam e as
artificialidades que tapavam o reverso da medalha que mesmo com todo o
profissionalismo em qualquer, coisa sempre existe.
Com as cidades quase se imitando umas ás outras, as pessoas a vestirem este ano tudo
em cor de roas a (para mim das cores mais bonitas o que quer dizer que isto não é tudo
mau)as montras ( a força material)as luzes ( espelho emocional) da vida, onde tudo já
tem regras deixa-se pouco espaço para se ver o reverso da medalha ,que valoriza a
transparência .Será que queremos desvalorizar a transparência para que as novas
ditaduras emocionais nos subvertam? Não vai ser fácil continuamos a ser seres
inteligentes

FERMENTOS de Páscoa

Passado que foi esta época de Páscoa : tempo de família; de encontro, de planificação
comum de férias, sempre atacando um dourado folar, simples bola e empadas Anda-se
próximo uma boa pinga (digo, andando, e digo bem ,porque nesta altura esse néctar não
para de ocupar a zona abaixo do nariz),vinhos de bons fermentados, a amaciar esse
alimento pesado com farinha ,ovos ,manteiga; pouco mais e, no pouco mais é que está o
segredo.
Um pouco mais de chouriço, salpicão, queijo; outras carnes às camadas, em às porções
grandes ou pequenas, manuseadas em mão que sabe emque a alturas as á de por a jogar
os seus valores e sabores entre si. Tudo na panela em lume brando, até bem quente a
ferver no bom azeite, em espera de tempo. Ao lado; farinha amassada, vai uma cafeteira
de leite que a cabra expichou pelas tetas esta tarde, já noite e a massa precisa de mais
uma volta e o leite vai dar mais consistência e abertura à massa Está no ponto Estirar,
acamar, todos aqueles acepipes. Mais uma e por aí adiante e vai acabar bem tostadinho
Mais fácil e prático: enrola a massa e em golpes cirúrgicos introduzir aquele gostoso e
escorregadio salpicão presunto ou queijo a babar-se pelo cavername, libertado e solto
do fermento no quente do forno, onde o molho em bom azeite se espalha e o forno actua
em bom grado para os que; se não vão poupar a tal sabor. Está acabado, quente
,levemente tostado, com tamanho; faces redondas e o ovo a dourar o seu acabamento em
pinceladas de artista que o põe que nem brilho. E vai á mesa que se enfeita em pintura
doirada de oiro do ovo que ao lhe tocar se escalda. e rebrilha, ou por que não em
mamilos mais queimados no golpe final e sensual do artista que o dotou .
Estou armado em cozinheiro e não tenho categoria para isso e não quero e nem desejo
ferir a sua dignidade, já que foram uns dos grandes artistas desta época.

Se falamos em artistas; nesta época crescem corruptos que continuam incólumes


;infelizmente crescem os desastres e os futebolistas crescem muito devagar porque nesta
época não trabalham;…. continua a fermentar a polémica dos professores que querem
ser avaliados mas afinal não querem assim….para a saúde o fermento parece ter perdido
a validade Aqui liquidou-se o objectivo “porreiro”vamos a outra “manchete”-não sei se
estaremos a viver em manchetes em demasia. A quem interessa ? vende-se bem.

Da corrupção a justiça vai pondo cá fora qualquer coisa mas o sumo é pouco, não há
ruído e quando a “coisa” é para cima pia-se mais fino. Felizmente sentem-se para aí uns
segredinhos e a intuição é que isto vai ( e não é só futebol).Para onde ? Só se espera que
não seja para o mesmo sítio que tantos outros

: para lado nenhum na táctica do esquecimento. Dos desastres, continuam a demonstrar


o nosso grau de civilidade - exemplo nas mortes nos caminhos de férreo em monte
Redondo, querer-se atravessar uma cancela bem fechada; do futebolistas já disse;os
professores suponho que sempre foram avaliados ou não?
Eu sempre o fui na minha promoção :_-a promoção horizontal onde os celebres dez
mandamentos estavam em vigor e as classificações a dar teriam que ser abaixo de
9.5nos dez máximos .Tem expressão estes 5% tão discutidos afinal hoje e até já
acontecia isso no início dos anos noventa do século passado (é digno dizer isto).Nas
promoções horizontais como sabem eram monetariamente pouco significantes Nas
verticais e quando havia vagas lá iam, uma série neste caso técnicos ,enfrentar-se com
um júri de três técnicos –e tinham que ser superiores - defender curriculum: trabalho
feito ,planos e projectos e cá o menino(cinquentenário) não era promovido porque havia
sempre um colega ,mais dado ,mais fino, mais …e porque não graxa ,lá entrava no lote
dos escolhidos e este ficou mais um tempo sem beneficiar daquela oportunidade Esperar
que o fermento aumentasse as capacidades do serviço e as vagas aumentarem e acabar
por ser promovido. A poucos tenho a certeza que isso aconteceu e toda a gente. Sabe o
que são as avaliações, só ficam satisfeitos os que passam. No nosso caso esta para cobrir
algumas daquelas causa até tinha, ou ainda tem,uma formula matemática em que vários
itens, tinha pesos específicos a influenciar os resultados para uma defesa final ,perante
tal juri . Por uma duas ou três dúzias de milésimos, este na altura já cinquentão ficou
fora dos 50 ou sei lá quantos eram.
E agora dizem-me que não é assim e que o que está a acontecer é uma novidade e só nos
privados é que isto acontecia. e trá lá…lá..será que se quer dar cabo do ministério de
Educação e entregar isto aos “ donos da sabedoria”os privados. Espero que nem tanto,
há lugar para todos e deixem os funcionários em paz. Os privados até há vinte anos atrás
não queriam outros. Funcionários bem acabados ,capazes e produtivos e baratos na sua
formação e capacitação. Como em qualquer profissão e lado também há dos maus
Agora não?
São todos mau!!!Tenhamos juízo
Ps)o que me vale e que a minha netota faz anos e a filha virtual que faz treze também
.tenho a certeza que amanhã é vinte e oito(num mundo de tão poucas certezas não ~e
mau.

Igreja e Seu Tenor

A torre serve a minha igreja


Ergue na colina prazenteira
cemitério erguido em beira
antigas carvalhas a bordeja

Suas pedras bem picotadas


em tempo, chuvas, temporais
Muito foram trabalhadas;
apara depois de alçadas
apontem óculo centro de frontaria
escolta duas torres e pontais
Pequenas a segurar o sino
nos saúdam tarde, em ave- maria
adornam dia toques vespertinos
sol vai, no regresso peregrinos

Pedra sólida chuva miudinha


Abraçam terra de “Barrelas” a acordar
Cores ténues amarelos se arranha
Trabalhadas: ferro, fogo, sol e esfera
Sinos tocam , manhã chuva banha
Tarde deu sol, no rebrilhar vitrais filtrar
Em nobres cores em trovões, céu guia
A explodir , aurora ali vinha
Suster na esperança reter o final dia
Noite chega e sempre vida retempera

Aborda dias em contemplo


Vigiando em seu óculo altar central
O solestício ao tempo de partida
Vestir efeitos a retábulos dá
Todos os anos vem bater espiritual
A natureza se resplandecerá
Brilhar no pequeno templo
Rico no alçado, pintar interior
Trovoada estoira á volta atraída
Glória no cantar do Seu tenor

O Gato é Testemunha

Gestos Simples
Era uma vez um gato que empoleirado numa árvore, carregadinha de flore
s de acácia, não tão rubras como aquelas que me habituei a ver e cheirar
na minha infância. Aquelas que via eram bonitas como não havia deixar
de ser ,mais pequenas a abrir-se nesta primavera que cedo começa. Este
bichano apreciava com inveja, as pombas que do pombal saiam em bandos
;pareciam treinar esvoaçando em formatura de seta ,volteando
rapidamente num looping gracioso ;passavam outra vez ,mais outra e
muitas outras, parecendo demonstrar aos aviadores da base aérea que
também estavam ai para as “curvas”.Estes lá em cima no alto do céu
,tracejavam o azul em linhas direitinhas e terminavam como rabinhos de
pomba nas nuvens que ao fundo se dispersava
Ora que vem uma menina, já de passito rijo de “mulher “ que sabe andar
pelo menos quase á um ano e trazia pela mão o velho avô - não era assim
tão velho mas gostava de chegar lá. O complicado era compreender o que
eles diziam ;ouvia o avô que lá ia respondendo não sei como, a tagarelice
da” menininha”Os decibéis iam aumentado conforme se aproximavam da
árvore lindíssima . Era mesmo conversa de gente crescida; noutra língua a
que o gato não atinava. A tagarelice continuava :chinesices destes bípedes
,que nem sequer quatro patas têm!!!

As pombas não deixam de dar voltas e eu cá (gatinho )estou a ficar tonto


:e o melhor meter-me com estes que vão todos pimpolhos e bem dispostos.
Fez-se ao “lance”:
Avõ: Olha o gato(ainda por cima tenho que ser artista!!!)
Nina:gatu…uu…miau…miau…miauuu
Avô :bssj.bssj.bssj-estalando levemente os dedos.

O gato de mansinho ; meio desconfiado ,leve quase que escorregando nas


patas, foi-se chegado enquanto os estalidos dos dedos ,lhe davam
confiança; sua boca e seus bigoditos humedeceram os dedos num farfalhar
acolhedor, daquele sujeito de muitos cabelos brancos:
Avõ: faz-lhe festinhas
Neta:gatuuu bjbjbj
Avõ :devagarinho Vez como ele gosta de ti?
Neta beej!!! E as mãozitas pasaram pelo seu pelo de felino peludo de
amarelo com riscas atravessadas acastanhadas.

O gatinho ,foi seguindo vinha, andando , metendo-se; flertando as suas


companhias ;subiu ao muro ,ligeiro de olhar felino, no agachar torcendo a
cabeça :viam-se ao fundo pastando em alinhamento de formação lateral:
três ovelhas: Olha - as invejosas –pelo menos pareciam. Avançaram:
Neta bjbjbj me´mé memé.
Já eram pelos vistos todos muito conhecidos, menos o avô que era intruso
naquela conspicuidade e provocava certo receio aos animais :
Avô .mémé quer papa
Neta mémé… pá…pa
Avô :vamos arranjar uma ervinha para elas?
Neta :com a erva na mão …pá pa papa
O gato recuado.de costas enroladas ,espreitava
Não foram nisso e o bebé ficava desiludido
Avô: amanhã trazemos-lhe uma pá…pa que elas vão gostar .Está bem?

Neta : pa´pa…p´pa:
–com direito a palminhas- me´me´…tá…avô (agora disse melhor)
méé méé méé mé ….a dirigir-se á cabra que ali pastava ,a esticar-se na
corda que a segurava correndo em circulo de sulcos na erva …meééé´…
O “anho” veio solto agarrou-se ás tetas com sofreguidão, em movimentos
,impulsos sincopados ,na massagem do têto de vai e vem a fazer vibrar o
leite e este ligeiro escorregava pela goelas do cabritito.
O gato ,recuado; dorso de espinha corcovada, espreitava!!!e percavia-se?
Mãe cabra, de olhos em orbita no êxtase abertos embevecidos, no deleite
deste acto maternal -a Natureza ,naturalmente estava ali-o bebé a
crescer e eu como testemunha (sem explicações e horas extraordinárias).
Neta :av..ô mémé…bébé …pápa- aproximou-se resoluta .Agachou-se
bastante perto:de ´cócoras ,atenta ,descobrindo ,espreitando …crescendo!

O dono forneceu uma beterraba bem vermelha cheia de caroteno


vitamina e proteína que mastigou ,orgulhosamente e com vagara dartempo
para agradecermos o leite que dava:
Vô.. mémé .bebé… papa!!?
foi a frase maior que ela disse .A emoção; a pose, o acto natural de mãe
amamentando , ali pretigiado e :
bébé ..mée… meé… papa.(foi a primeira vez que este bebé juntou estas
quatro expressões), ao que viu e nestes segundos o que aprendeu?....

O gato tinha-se deitado, a conversa não era com ele ,o sol aquecia a sua
espera; as pombas lá continuavam o seu treino :mais ,mais espaçadas
;sprint em esquadrilha….
Era altura de entrar em cena.
vôvô.. gato óh... óh
…fez menção de se deitar e deitou-se :
vô ó…ó(apontando o chão entre o gato e ela e não é que perante, isto
tudo, vontade não me faltava.
-“Bela foto e eu sem a máquina”-
Salvaram a minha dignidade duas pequenas ,com ar de artistas. De
máquina a tiracolo; sentaram-se no muro, tirando fotografias em
“estilo”sempre sorrindo, a controlar o sol, as sombra e as expressões
,copiadas em revista que terá saído esta semana. O bebé que o gato
perseguia também vai ser assim”vaidozita”e vai gostar da “passerelle”
Viram-nos; num adeus simpático tiraram mais umas poses ; tinham jeito e
as vestimentas estavam ao pormenor de bem escolhidas e cuidadas.
Avançaram
Avô ,p´ro nervoso:
Upa bé bé…upa..procurando atabalhoadamente sacudir o pó da criança
Avô :olá!? Bélézas ( no segredo… ascendência é brasileira, o que
afecta(de afecto) a expressão:
Olha ,nina, são primas
Neta:… dejzé…vô.. nes.. stá djé? A questioná-las?
Linda
Vô: Zé é o teu primo ,nina
FIM

Última hora(algum tempo depois)


Soube-se de fonte fidedigna

“O gatinho seguiu-nos até casa e até hoje ainda lhes vai fazendo sua
visita”
Também a fotografia apareceu
“Afinal o gato não a comeu”
Agora é que é o fim

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value="http://www.youtube.com/v/JErVP6xLZwg"></param><param name="wmode"
value="transparent"></param><embed
src="http://www.youtube.com/v/JErVP6xLZwg" type="application/x-shockwave-flash"
wmode="transparent" width="425" height="355"></embed></object>

Influências
Winston Churchill…40… Joe Louis;Charles Degaule 40/50…Juan Domingues
Peron;Charles Chaplin 50…Duque Ellington;Maria Callas…40/50 ...Jessie Norman;
FNL(Argélia)…50/60...Nikita Kruschev; Humberto Delgado…50/60…Fidel de
Castro; Batista Pereira…50.. Rocky Marciano

Foi na ideia da globalização que todo nos metemos a procurar uma solução ,por vezes
sem sequer o saber, ter conhecimentos suficientes, mesmo assim começamos a
idealizar um mundo melhor. A ideia do equilíbrio que depois da guerra de 39/45
transvazava num desenvolvimento , criatividade, liderança e harmonia –por
exemplo- tudo saia bem até aos anos 70/80
Hoje uma dita super potência manda ,pode e quer onde quase todas e mais algumas,
daquelas premissas desenvolvimento ,criatividade e harmonia não são
necessárias -eu quero posso e mando por isso aqueles que são a grande maioria
são inferiorizados ,desfavorecidos e desviadas a se desenvolverem em
autonomia económica, despertaram ;começaram a procuraras suas próprias e
outras soluções.
Quando as preocupações eram ocidente –oriente estávamos satisfeito com a nossa
superioridade .Agora quando se põe a questão do Norte –Sul ,a nossa
consciência começa a atravessar problemas –aqueles do Sul foram sempre
nossos subservientes, nós os desenvolvemos;
Nós lhes mostramos os caminhos
Nós os exploramos
Nós os entretemos nas suas guerras…
Nós lhes dávamos os nossos “rebuçado”
Nós estávamos ali pais protectores -ou exploradores?
Nós os do norte os sabichões
Situação facilitada o prato onde nos abastecíamos não tinha limites ou melhor(ou
pior)nós é que o impusemos e julgámos também nós que o mesmo seria infinito,
mas até a paciência tem limites e a paciência é treinada com a capacidade de
desenvolvimento.

Esta pressão que coabita neste planeta em que vivemos neste momento , as coisas do
norte e as do sul eram feitas baseadas no desequilíbrio tinham explicação na
inveja no egoísmo na prepotência; explicações que por não saber decifrar não
vou por aí.
Procura contudo as influências que estiveram comigo desde que me começo a
aperceber da minha existência para além dos pais, amigos ,colegas ,conhecidos
bairro e até a minha cidade.
Acredito do que ouvi e li de por exemplo Winston Churchil e Joe Louis. Porquê esses
dois um boxer, campeão de 37 a 49 (já cá estava)e um estadista Menininho
impressionava-me o homem do charuto de ar altivo a olhar para longe Ao lado
sabia das lutas que o boxer Joe Louis teve no tempo dos meus pais. Aquilo é que
deveriam ser lutas.Era sem o conhecer mas vendo a suas fotografias nas revistas
antigas que sorrupiava em qualquer sítio e os meus pais falavam neles
,certamente em situações de conversa diferentes mas sei que o meu cérebro
arrumou aqui os dois bem certinhos e sei lá porquê ?
Já agora continuando a explorar estas memórias (que não são minhas e só, podem ser
dos outro porque ainda não andava por cá) Alargando mais o zoom mais perto
de mim ,chega-se o general Charles de Gaulle e Juan Domingo Perón- um era
já estudado na História e o outro era ouvido na rua, o que me influenciava
bastante .Um estava longe, na Europa; aquela parte do planeta ficava longe e o
Perón ficava ali na rua, era só atravessar o oceano, que banhava o litoral.
Na fase do artístico, musical e emocional vem -me sem qualquer ideia de supremacia
intelectual Os meus iões neuróticos ( isto é mesmo falar bem meus
meninos)negativos e positivos do meu pensamento no resultado norte sul foi
ordenado cronologicamente temos Charles Chaplin e Duque Ellington Estão
aqui a descoberto a influência do cinema e dos Blues, um quase abandonei para
que os Blues ficassem bem dentro de mim como musica que o meu ouvido está
aberto a sempre se deliciar. Charles Chaplin,teve dificuldade em influenciar-me
,o dinheiro para ir ao cinema ,era logo embalado para outras coisas nessa altura.
O jazz e os blues, que apareciam podia ser ouvido na casa do S….que tinha um
irmão mais velho, natural e mestiço daquela terra e a estudar em Coimbra ,que o
abastecia(pelo meio aparecia um single(ou simples gravação) do Zeca
Afonso)Aqui faço um parêntesis para chamar a atenção e estamos – para os anos
60- os meus neurónios deviam chispar no negativo, na sabedoria dos “ velhos do
Restelo” já daquele tempo !!?andavam por lá. A coisa mesmo assim …ia.
Vem quando já estou a amadurecer xc não é para armar mas estes grandes com G
também tiveram a sua influência
Paro por aqui para tomar folgo e não aborrecer quem talvez sem nada que fazer esteja a
ler isto; se o estás a deves ter reparado(agora é por tu)que conjuguei sem ser
verbo a acção da influência social sobre mim e acredito que em tantos outras
pessoas - questão NORTE –SUL.
Vou mais longe que eu próprio não sei mas apercebo-me que na biologia do meu ser
essa questão do Norte e do Sul também se põe e não é que os nossos
hemisfériozinhos cerebrais accionam para todo o nosso corpo mensagens que
vêem do norte e do sul? Será? pelo menos ,li por aí, que sim Não é de loucos? E
aceito que eu sou sempre um pouco?
Para terminar e como não podia deixar de ser o social e politico Quem com a minha
idade não ouviu. leu e tentou perceber Nikita S. Kruschev e a FNL na argélia
Humberto Delgado e Fidel de Castro
Aquele tinha os cartazes estampados em tudo o que é sítio na cidade de Benguela
estava eu todo engessado a sair do velho “rita maria .Fidel de Castro já veio um
pouco depois e eu já era um menininho mais “grande” como dizia um colega
dali natural
Para o desporto (apesar de engessado ainda fazíamos no porão uma partidinhas) e aqui
vou por a descoberto os que me influenciaram e continuam a influenciar e foram
muitos ,mas este vou-vos dizer e sem vergonha: Baptista Pereira e Rochy
Marciano e no ginásio para sempre Tarzan e John Wess Muller ?.--oh ! as
minhas sessões de ginástica “sueca”enquanto os outros andavam a “batê-las .O
primeiro se calhar já poucos se lembram –recordista mundial na travessia do
estreito de Gibraltar, nos seus treinos era atravessar o Tejo se não me engano
entre o Barreiro e Chelas (agora querem fazer por ali uma ponte ,e não deve ser
em memória dele, decerto )
Já chega porque tenho o carolo a ferver (isto só se dá a quem não está habituado a
puxar por eles) de tanta emoção de ter chapado neste papel –não é papel é
computador - todos estes nomes ,recordações, movimentos e prazeres que tive ;
apreendido assimilado durante todo este tempo
Bem Hajam eles mais os outros e ponto final

O ar-ar da infanta

Lua cheia purpúrea brilhante


invade bebe a meu lado dormindo
De respirar tão perto vibrante
Do pulmão sai e oiço o ar vindo
2
Sente-se de tão apertado a infante
Passa escorrega ao pulmão
Corre laringe sobe obstáculo
Sai arfando de primeiro ofegante
Se assusta som em vernáculo
Acalmar-se na hora de dormir veio
no aconchego do edredom
Aquece seu corpo quentinho, cheio
mãozinha nesta minha mão
e afina-se suave seu som

3
O ar amansa na laringe alivia
Foi aquecido, voa não agride
passa ligeiro que pulmão enriqueça
sopra ninhos lábios faz vibrar
quente arfar a felicidade por inteiro
Aparece sorriso que nela envaideça
se aninha a dormir espelha a lua
Dormindo sono breve incide,
Sonho bom no seu sorriso matreiro
dardejam asas, tangindo libélua

4
Anjo volátil no espiral de santa
e sorrateiro meter vinha,
dedos na encaracolada cabeça
lianas , ruiva argolinha
dorme.. dorme esfinge de infanta
apertar abraços este velho canta
a vida renova na canção trautear
baixinho não vá a bela acordar:
“dorme dorme meu bébé
que mamã está qui
as estrelas ao de vir
a cantar também para ti”
dorme… dorme meu bebé…
velho dorme enquanto sorri

Suplemento (não pago) parece-me que o anterior também não

A gaivota substituiu a cegonha por se ter conseguido uma viagem “low


cost” mais barata e afinal a mesma viagem era inaugural e por isso o
transporte foi apanhado na varanda.
Na página dois o passarinho inspirou as asas de um anjo nas manobras
de aterragem nos cabelos da infanta
E ainda na três as libelinhas ou “libélua”arriscam-se nas zonas
húmidas, rios, riachos , lagunas etc. onde o zunir agradável do seu
voar, pertencem ao sonho da infanta que está na altura de tudo querer
aprender ,mesmo dormindo assim sossegada.
A outra que é de “fingimento”, com treze já começa a pensar que sabe
tudo, para o ano vai continuar a pensar que sabe ainda mais e sempre
em crescendo.
Até que lá para os 16/18 começa a descer á realidade, até o pés
atingirem o chão do tempo que é dela e da vida.
Por fim na página última termina-se com uma alusão á data em que foi
iniciado o rascunho - 28/3- e por sinal também foi deste ano.

dorme… dorme meu bebé…


velho dorme enquanto sorri

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br"></param><param name="wmode" value
Rosa

As rosas sao sempre Rosa

enfeitam o meu passeio

Se passo sinto-a na mâo

preza e assim cheirosa

recreio aqueces

Petalas labios leves

odor estigma bela formosa


se abre em seio breve botão

pureza te vestes

ès rosa no meio

ARISTIDES DE SOUSA MENDES: a desobediência do Justo!

“A partir de agora, darei vistos a toda gente,

já não há nacionalidades, raça ou religião”

(decisão do Cônsul em 16.6.1940, desobedecendo a Salazar)

Licenciado em Direito e Diplomata de carreira, Aristides de Sousa Mendes ocupou


diversas delegações consulares portuguesas pelo mundo fora, sendo Cônsul em
Bordéus-França, quando eclodiu a II Guerra Mundial e, apesar de, pela “Circular 14”,
lhe ter sido ordenado que recusasse vistos aos “estrangeiros de nacionalidade
indefinida, contestada ou em litígio; aos apátridas, aos judeus, quer tenham sido
expulsos do seu país de origem ou do país de onde são cidadãos”, aquele, perante a
perseguição e o extermínio nazi de que tinha notícia, com a ajuda de sua esposa e de
seus filhos, concedeu cerca de 30.000 vistos (1/3 dos quais a judeus), salvando-os de
uma morte certa.

Por isso e pelo seu exemplo de humanidade, força interior e respeito pelos valores da
igualdade, fraternidade e solidariedade, considero-o o maior herói português do séc.
XX. O Estado de Israel proclamou-o como um “JUSTO”.

Não vou aqui entrar em mais pormenores, pois outros e bem melhor do que eu já o
fizeram, mas, dois factos recentes, impeliram-me a escrever algo mais sobre Aristides.

O primeiro relaciona-se com o lançamento de um museu virtual sobre a vida do


insigne Cônsul, promovido pela Assembleia da República, 20 anos após esta o ter
reabilitado. Mas sobre isso, já a minha ilustre colega “Kiki Anahory” escreveu um
excelente post no seu blogue e que sugiro leiam, digitando:
http://sol.sapo.pt/blogs/anahory/default.aspx, a qual termina o seu texto com a frase
que sintetiza bem os valores humanistas dele e que cito: “… Aquele que salva uma
vida, salva a humanidade inteira”.
O Museu virtual é bom (podem consultá-lo em http://mvasm.sapo.pt), mas melhor seria
que o Estado Português ajudasse a edificar um Museu real e mais do que reconhecê-
lo como um dos nossos raríssimos JUSTOS, face à grandiosidade do seu amor ao
próximo, incondicional e universal, bom seria que a sua vida, eivada de virtudes e
princípios, fosse um exemplo para todos de uma vida Justa e Perfeita e que servisse
para em Portugal se multiplicarem os JUSTOS.

O segundo facto reporta-se a uma singela homenagem semi-privada em que tive a


honra de participar, reunindo familiares, amigos e admiradores de Aristides, onde tive
ocasião de privar com um dos seus netos, cujo nome vou omitir.

Este neto, como um dos membros da Administração da Fundação com o nome do seu
avô, que é presidida pela Srª Drª Maria Barroso, informou-me que a casa de Aristides,
em Cabanas do Viriato, continua em ruínas e que a Fundação continua também sem
qualquer subsídio do Estado e até sem ainda lhe ter sido atribuído o estatuto de
utilidade pública, estando, assim, incapaz de lá instalar o autêntico Museu, que há
muito lá deveria estar, com o que resta da sua biblioteca e restante espólio, mais as
condecorações atribuídas a título póstumo e tudo quanto familiares e amigos têm
guardado.

Ora, isto é uma vergonha!

E quando o seu neto me disse que o não reconhecimento governamental (a


competência agora é do Sr. Primeiro Ministro) se deve ao facto da Fundação não
reunir um património de 250.000€, não resisti a sugerir-lhe que perguntasse à
Presidência do Conselho de Ministros "quanto vale uma vida humana?". Seja qual for
a resposta, mais lhe sugeri que de seguida referisse que Aristides salvou seguramente
30.000 vidas humanas, pelo que reúne como património uma boa parcela da
Humanidade, seguramente superior aos miseráveis 250.000€uros...

Aristides foi demitido por Salazar, sem indemnização e proibido de exercer qualquer
função pública e de exercer advocacia, pelo que morreu pobre e ostracisado,
mas, honrando a memória deste grande português, verdadeiramente LIVRE e JUSTO,
transcrevo de seguida um belo poema, musicado e cantado pela primeira vez em 14-
2-2008, da autoria de Daniel Soeiro Ribeiro e com música de Nuno Varandas da
Costa:

“A desobediência do Justo

Levanta-te e vai salvar

os perseguidos da sorte

d’um visto vão precisar

para fugirem à morte.

O destino é obscuro

à mão do poder atroz

só o justo abre o futuro


e o liberta do algoz.

Aristides assentiu

à justiça do Eterno

agigantou-se e agiu

salvando-os do inferno.

Mas o cônsul na grandeza

d’obedecer só a Deus

viu levantar-se a vileza

contra si e os entes seus.

E nunca deixou de ser

a honra do imortal

na razão que fez viver

o Justo de Portugal.”

Publicação: Thursday, February 21, 2008 2:00 AM por JorgePaz

Cegueira ou árvore esquecida

Não te vi
Procurei-te toda a manhã
Tento desando e volto
Quinze dias é muito no meu afã
Pensamento eu esgoto
Não te vi
Não te vi ao sol nascer
Não te vi flor porque te chamo
Não te vi loira do teu pólen
Não te vi morena é também
Não te vi a mão, beijar reclamo
Não te vi á tua prol ceguei
Não te vi que ciúme me cega ter
Não te vi porque…não sei
Não te vi porque vendo me trai
Não te vi por este não pode ser
e aqui se esvai

Não te vi se calhar “acordei” tarde


Amanhã sonho em cama quente
Sonho diferente este coração arde
Mais, manhã há de vir e se sente
voltar a ver sombrear bem junto
ao jardim arde sol quente de Inverno
da árvore velha, cai serrada no termo
Genealogia, no castanheiro agora partilhado
Ramos não foram ficaram herdam nova geração
Filhas: morenas, loiras novinhas a recomeçarão
vida renovada

O castanheiro tem”castanho” o seu fruto


Recobre e protege, loira espinha
Abre-se em pernadas, folhas verdes alimenta
Seiva o esburaca morte adivinha
Não o vi cair onde namorados sentavam
na sombra escura corações aproximavam
Namoros protegidos nas suas pernadas
Sussurravam, na sua sombra planta ciumenta
A árvore caiu cortada estilhaçada, envelhecida
novas crianças, leves giram espevitadas
árvore esquecida

Destino á Sucata

Sexo: masculino ;Idade :+65; altura :cerca 1m ,70 Cabelo: razoavelmente


branco ,mas cheio; porte: sem defeito á vista.
O, acima identificado ,avança para a passadeira e eu paro .Olha-me sem me
ver, vejo que é branco de pele algo tostada pela idade , algum ar do campo
e os olhos mostram qualquer coisa de seguros no que está a fazer.
Tudo bem Vendo bem, nem tudo bem :
Avaliado de cima a baixo no passeio, reparo que o sobretudo é
enigmático e reboca uma mala relativamente pequena 35x60cms a rolar
atrás dele nas suas rodinhas, torneadas na calçada portuguesa de pedra
calcária ;o sobretudo que afinal me chamou a atenção é grosso castanho
amarelado e bastante usado, com sintomas bem evidentes que já foi
bastantes vezes á lavandaria
Dei uma volta a procurar estacionamento e o mesmo individuo lá estava a
rebuscar com os olhos qualquer referência, andar ou varanda que ali o
orientasse ao destino, se devia ter comprometido e sempre rebocando a
mala , suportando o sobretudo, lá ia a passo moderado vasculhando os
apartamentos, não acusando uma ponta de calor que ,por sina, o sol nos
dava num dia de Inverno
Estaciono um pouco longe do ponto onde me interessa ir : Direcção geral
de Viação ou melhor CENTRO DE ABATE DE VIATURAS
ACIDENTADAS e sem recuperação
Lá está ?boa ?...é dos livros: o sr fulano não está :Queira aguardar um
momento…momento…desculpe ….momento…desculpe se pudesse passar
por cá daqui a uma hora. E que ele foi avaliar um acidentado !!!...
Para não ficar ali a secar fui dar uma volta e ao virar da esquina ,passou por
mim o tal sujeito, do sobretudo com a mesma pose ,deveria estar
preocupado pensava eu, mas a sua expressão não dizia isso, continuava
calmo e suponho que se terá enganado no bairro porque continuava a
caminhar de forma decidida e ;a confirmar pela aparência e forma
descontraída que proporcionavam as suas faces , já teria encontrado o
destino. Será que ele sabia do destino? Estaria perdido e o destino: já o teria
achado? O destino encontra-se ? Será que estava destinado a não encontrar
o destino e seguia de forma a” ENGANÁ-LO”?
vendo bem ao tempo que andava por ali a suportar aquele casacão,
sapatos pesados e chapéu enterrado. Acredito, ele espera que chegue a
noite e então torna útil nessa altura ,aquele bom e estimável agasalho. Nas
noites deveras aconselhável Pernoitar em qualquer desvão de escada e
amanhã seguir viagem para o seu destino ,pois este dia já o terá passado
Fui até ao parque e dar a volta a mais uma cena (esta é de jovem)num
livro que trouxe ,afinal não nasci ontem , uma coisa que sei é que estou em
Portugal e é preciso esperar quando se pretende qualquer documento ou
mísera certidão. Uma meia parcela de hora deu para capitular alguns
capítulos, o tempo assim esmerou-se no seu avanço e recuperou bem para a
hora. Ainda havia tempo de ir ao café, um pouco abaixo do parque na
avenida junto ao parqueamento, rodeado ainda de algumas árvores
frondosas. Apreciar candidamente esse líquido escuro e preciosamente
amargo!!!.porque a seguir acho que não vai acontecer nada que eu já não
saiba, ou não tenho dúvidas que isto foi planeado ao milímetro.
Bom vocês já deduziram que eu vou encontrar o mesmo senhor (reparem
que digo senhor)respeitável que até ia tomar um café em local tão
aprasível:
Lá estava, sentado ,sozinho a um canto numa mesa ;procurei o seu
cafezinho na mesa”népia” .Nem um copo de água ,só a mala continuava a
seu lado bem arrumadinha e o sobretudo, agora via, enquadrava ao centro
uma gravata de cores que, não podia deixar de ser «enigmáticas».
Bom deixa lá o tal agora senhor e toma mas é o teu café e repara nos
frequentadores que pela sala se espalham em conversa amena ;outra um
pouco mais alta em galhofa; outra no ouvido do namorado ou “visita
paga”Vinte e cinco pessoas ali “pastavam”(desculpem-me) È que eu ia
efectivamente ruminado a dita hora e já passava .
O homem acordou da sua letargia agiu atacando o bolso e retirou um
telemóvel Falou e conversou abriu-se -lhe o sorriso Estava encontrado?
.Que destino era aquele? .Encontrou-se ou foi encontrado Não sei. Sei é
que o seu olhar era de felicidade Que lhe teria acontecido ?que destino teria
aquele “velho”(agora já lhe chamo velho).bom novo é que não é;
reformado sim e tem pinta de o ser:
Terá vindo do aeroporto? Não que neste interior não existe e o
aeródromo daqui só serve gente abastada ou candidata a…e o sujeito em
causa não parece melitar nessas mordomias e só lhe resta o centro de
camionagem cá do sítio e se agora me lembro fica aqui bem perto.
Agora chegam umas pequenas dirigem-se a ele È a sua alegria. Afinal
aquele senhor também tinha netas e bem lindas. Sai a pensar Que destino?
Com a “estória “ o tempo passou , valia a pena dar uma passagem pelo tal
representante do Centro de Abate de Viaturas Sinistradas .
Procurar o mais procurado representante da DGSV ,que não iria aparecer
de sobretudo,(não é o sobretudo do velho senhor, da estória)este: não
apanhava muito sol e o campo era para os “passarinhos”.
Pela “milésima” vez não estava. Será este o país que eu quero?

Já agora prometo-vos contar a história do abatimento de viatura


irrecuperável, devido a acidente que nos preocupou.
Espero que a história chegue ao fim e sobretudo (continua a não ser o de
cor castanho amarelado) para que o final seja feliz como este.
Fico sem saber quem vai para a sucata…
Regresso e vou ter cuidado para não me estampar….

http://www.youtube.com/watch?v=b-xFj5dx5VA
CONVERSA E JOGGING

Quem faz jogging para uma simples manutenção procura ter as


articulações minimamente lubrificadas, os músculos em acção e o sangue a
alimentar de forma equilibrada todo o corpo e cérebro bem oxigenado. Essa
manutenção periódica ( 3 vezes por semana)que irá facilitar os
movimentos , melhorar o tipo de vida ;saudavelmente ter boa disposição
e vontade de andar por cá.
Esse esforço é normalmente doseado e ao ritmo de cada um e a forma que
melhor se adapte para os fins em vista
.
Avaliar esse ritmo será(além das tecnicamente perfeitas) o da conversa.
correndo e conversando; sem ser preciso um treinador e/ou se for caso
disso que seja ; eu não sou contra os treinadores Motivar de entre aqueles
que gostam de desporto; por ai dois ou mais amigos - se fosse inimigos o
problema era maior mas também se ia lá. Não sei quem andaria mais
depressa e qual a “ respiração” necessária? continuo a acreditar ,apesar de
tudo, com o desporto desperta a harmonia da muita que anda para aí
escondida. Não é assim tão linear mas antes fosse?

Como vamos entre amigos a conversa é natural e necessária para


normalmente não se dizer; nada como este pirilampo ou seja preâmbulo.( o
cérebro pensou em pirilampo e ficou-se a saber depois de aturada
investigação, o caso era devido a essas corridinhas serem normalmente
feita á noite)A culpa não é minha é do cérebro, coisa que vou usando ainda
algumas vezes.
O telemóvel chama ( era mesmo pirilampo)-È um deles
-Sim Sou?
-está pronto?
-Sim!!! sentadinho aqui á frente da televisão.
-Então ,está na hora ?
-A vossa ou a minha?
-Dava-nos jeito agora ?
-O Portuga está ai ?

E eu que estava aqui a preparar-me para ver os putos sub qualquer coisa
contra outros sub –qualquer.(es)
-Já ou agora ?digo eu
-Oh …(doutor ,eng.ou o que sou)?...chantagem!!!
-Bom está bem ? Um quarto de hora e olha que é mesmo de quinze
minutos?
-No… (é com O não é com U )….não podia ser de outra maneira seria
um incomodo para os outros e com o frio que estava…e eu aqui no bem
bom quentinho.

Voltar a retirar a roupa ,camisola casaco por a ai a baixo


Qué!!!das meias mulher? Aí ?? calma e vai devagar?
Cá estão…Prontinho
É só uma hora!!! Vão jantando se for caso disso…
Está combinado?!

Cheguei e como sempre a rapaziada com é mais nova tem tempo para
chegar mais tarde, andam pelos,têm outro desgaste.(essa da “rapaziada” é
mesmo da idade-minha)
E eu ali ao frio. Lá vêem cheios de lata ,bem equipados e superiormente
tapados de vestimenta, com luvas tapa ventos e tudo
-Vão como o Miguel Veloso E eu aqui ao frio?
-Aquecimento !! Aquecimento!!!Não complique
-Ande lá ? estire aí?...Dobre acolá? Tá !!tá bom tá bom…vamos

Esta malta nova tem a mania que tem que ser tudo ,como mandam os
canhanhos É mesmo, senão apanha-se para ai uma lesão e eu já não tenho
tempo para isso.Lá estou eu com a mania do tempo. Ligo as pilhas ou
melhor o frequêncimetro e lá vamos.

-Então tudo bem?.sempre a andar que está frio ?


-Devagar Oh …(outra vez esta graxa)
-Subidinha boa ?
-Vão vocês que eu vou no meu ritmo?
-Não todos juntos? estes tipos sabem muito?
-Belo luar a estrada parece de dia?
-Estou a minha africa? Aqueles luares!!!Vocês não podem imaginar ?
Sempre a dar corda ás sapatilhas, porque era tema para uma horita e o
“local do crime” estava á nossa espera e era para calcar,toda a estrada até lá
-Olhe que no Brasil também vi bons luares
-Lindo –diz o segundo(portuga falava pouco) vê-se que estava entretido
a acertar a respiração e a chapiscar com os atacadores no asfalto
-você parece um relógio “oh velho” chimbundo?

Continuamos a bater as solas no chão? Cadência mais rápida que o piso é


bom Vou acelerar se não eles não vão? e vou …
-Uma estica…d ..i..nha… ?
-Vamos?
o coração pulsou –olho o frequêncimetro ,está ainda nos meus limites
-Esss…tta bom caraças?
-Para você está sempre bom? está para aí todo transpirado até parece
que lhe choveu em cima?
-È para isso que cá venho –o branco (tchindere)-ou pensas que deixava
de ver o golo do Vieirinha quer ele hoje vai marcar?
-E a passe de Miguel Veloso –diz o outro

Agora mais devagar que é a subir Vão ? digo eu e desta vez foram e eu
também miseravelmente também fui
Logo a seguir é a dexer e lá vou u
-Vou esticar ? estico como se fosse a estilar na praia que a paisagem
neste luar tem tonalidades que só as noites de luar têem

Chegamos á ponte o rio estava gelado


aqui é que me lembrei do Padre António Vieira .e o brasileiro tinha ouvido
falar desse individuo.
-Era jesuíta?
-Bem falante –diz o outro
Nós olhamos o rio Paiva e o olhar reflectia no rio aquele luar a chamar
mesmo á inspiração do padre António Vieira

Esse bom falante pensador, filosofo e guerreiro sonhador , mesmo profeta


,menos reconhecido pelos portugueses mas conhecido nos brasis … como
testemunhou aqui o nosso brásileiro:
“Vou pregar aos peixes ?.... peixes do Paiva .porque estais cheios de frio
Aconchega-vos o meu prato Truta Pintalgada? em molho de escabeche ?
Oh Bordalo lampeiro Porque o frio faz mal aos ossos e não ás espinhas!!!
Ele lá pregou…mas não foi muito e era preciso dar meia volta e gramar
todo o trajecto da volta
Com os nossos pais ,filhos e netos ,passávamos a ser uma tribo ,lá da
Amazónia que vinham por ali , arrepiar em Pernambuco os holandeses e
holandesas (que nós também por aqui as temos) que ocupavam,
comerciavam ,guerreavam, nos melhores portos, algumas cidades e
cidadelas ali estavam nos tempos de 1608 a desfazer a unidade daquele
grande país ;que o padre António Vieira antevia: não serem boas as
divisões que por ali se desenvolvia me todo o planeta poderia ficar sem
aquele grande e rico país e percebem-se os seus avisos pregados nos seus
sermões.

Atirámos duas boas pedra ás águas que bateram no gelo e saltitaram ,para
aquele molho de juncos ,que manchava no reflexo da água no gelo na
imensidão do luar, ali se abria pelo rio a jusante ;uma mais pesada estalejou
no gelo e atirou-se ao leito do rio ,num pouf… que ressoou na mensagem
de inspiração do tão nobre senhor padre António Vieira ;nascido á
precisamente 400 anos - 07/02/1608

Voltamos com aquela conversa de intelectuais/desportistas ,porque estava


mesmo frio e o Luar a bater-nos nas costa enfrentando a nossa sombra ,
matraqueando em boa passada o asfalto : era preciso voltar

-Vale a pena ? Bela passada ?


-Olha ali?Ouviu?
-Já te conheço queres é descansa. Vá ?!Vamos a isto?
-NÃO digas que são javalis?
-Jalavi como dizia o “pastor eremita de Fráguas?
-Quem Aquele individuo que vive no monte sozinho?
-Sim …Já morreu para aí ? …á muito tempo
-Twapâmndûla meu …quel bída é sô sabe?!
-Cá está este a falar Tcimbundo (preto em umbundo)
Dois bons berros para assegurar a respiração e afastar os ditos ,que o
brasuca parecia estar bem informado sobre a fauna cá do sítio, ou para ai
meio amedrontado o que não é defeito mas sim feitio
-Influência do padre António Vieira ? digo eu com a minha respiração
de intelectual,com injectores e platinados gastos; que depois do rio era
voltar a bom subir.
-vamos lá? vamos lá?
-Já se vê uma luz ali ao fundo? diz o tal outro:que é porruguês de
Portugal
-Estamos lá !!!abafado eu disse
Acaba o brasuca
-Grande homem aquele padre António Vieira
-Agora que estás a chegar até o padre jesuíta é grande –remato
-Foi mesmo.
Entrámos a acelerar pela rua acima, como autênticos campeôes na
sabedoria do Padre António Vieira
ps )bom só acelerei no principio para os espicaçar e quando eles saíram queixei-
me ao frequêncímetro, porque já era preciso desacelerar e a tarefa estava cumprida.

Cumpre-se ainda melhor com um bom banho quente ,num acabamento


aprimorado em água fria.
A minha tribo já está na janta.
Ao deitar não seria mau ler sabem quem .Adivinhem só .Quem será….
acertou …é certa padre António Vieira

Século XX
NORTE SUL

Winston Churchill…40… Joe Louis

Charles de Gaule…Juan Domingues Peron

Charles Chaplin …Duque Ellington


Maria Callas….Jessie Norman

FNL(Argélia)….Nikita Kruschev

Humberto Delgado…Fidel de Castro

Batista Pereira… Rocky Marciano

Foi na ideia da globalização que todo nos metemos a


procurar uma solução que todos nós ,por vezes sem
sequer o saber,começamos a idealizar um mundo
melhor.A ideia do equilíbrio que depois da guerra de
39/45 transvazava num desenvolvimento
,criatividade, liderança e harmonia –por exemplo
Hoje uma dita superpotência manda ,pode e quer onde
quaes todas e mais algumas daquelas
permissasdesenvolvimento ,criatividade e harmonia
não são necessárias-eu quero posso e mando por isso
aqueles que são a grande maioria são
inferiorizados,desfavorecidos e quartadeos a se
desenvolverem e autonomamente, procuram outras
soluções.
Quando as preocupações eram ocidente –orienteestavamos
satesfeitoscom a nossa superioridade .Agora quanod
se p+õe a questão do Norte –Sul ,a nossa consciência
começa a atravessar problemas –aqueles do Sul foram
sempre nossos subservientes,nós os
desenvolvemos,nós lhes mostramos os caminhosnós
os exploramos nós os entretemos nas suas guerras…
era faácil uqe o prato onde nos abastecíamos não
tinha limites julgávamos nos do
…Norte.
Esta pressão que coabita entre nos entre as coisas do norte
e as do sul devem ter explicação e eu por ai não vou
mas qundo começo a requar ás influências que
estiveram comigo desde que me começo a aperceber
da minha existência acredito do que ouvi e li de por
exemplo Wistoon Chrurchill e Joe Louis.poruqê esses
dois um boxer e um estadistaMenininho
impressionava-me o homen do charuto e também
menininho sabia das lutas que o boxer teve no tempo
dos meus pais.Eles falam-nos neles e a arrumação
neste cerebronesta altura junta-os e sabe-se lá porqué

Já agora continuando a especular e agora mais perto de


mim que ´eé o general Degaul e Juan Domuingues
Peron um era já estudado na História e o outro era
ouvido na rua,o que me influenciava bastante
este.Um estava longe e o outro era só atravessr o
oceano
Na fase do artístico ,musical e emocional vemme sem
qualquer ideia de supermacia intelectual ,mas para
que este pensanmento norte sul fosse ordenado
cronologicamente temos Charles chaplin e Duque
Ellington Esão aqui a descoberto a influência do
cinema e do jazz,um quase abandonei para que o jazz
ficasse bem dentro de mimcomo musica que o meu
ouvido está aberto a sempre se deliciar.Vem quando
já estou a amadurecer Maria Callas e Jessie Norman
não é para artmar mas estes grandes com G de grande
também tiveram a sua influência
Paro por aqui para tomar folgo e não aborrecer quemtalves
sem nada que fazer esteja a ler isto mas se o estás a
deves ter reparado(agora é por tu)que conjuguei sem
ser verbo a acção da influência social sobre mim e
acredito que em tantos outros a questão –NORTE –
SUL.vou mais longe que eu próprio não sei mas
aopercebo-me que na biologia do meu ser essa
questão do Norte e do sul também se pôe e não é que
os nossos hemisferiopzinhos cerebrais que atiram
para todo o nosso corpo mensagens que vêem do nrte
e do sul?será?pelo menos li por aí que simNão é de
loucos? E aceito que nós somos sempre um pouco?
Para terminar e como não podia deixar de ser o social e
politico Quem com a minha idade não ouviu leu e
tentou percber Nikiota Kuchev e a FNL na argélia
Humberto Delgado e Fidel de Castro Aquele tinha os
cartazes estampados em tudo o que é ´sitio na cidade
de Benguela estava eu todo engessado a sair do Rita
Maria .fidel de Castro já veio um pouco deepois e eu
já era um menininho mais grande como dizia o nosso
homen do sul
Para o desporto e aqui vou por a descoberto os que me
influenciaram e continuam a influenciar e foram
muitos ,mas este vou-vos dizer e sem vergonha batita
Pereira e Rochy Marciano e no ginásio para sempre
Tarzan e John Wess Muller e já chega porque tenho o
carolo a ferver de tanta imoção de ter chapado neste
papel –não é papelé computador-todos estes nomes
movimentos e prazeres que tenho tido e apreendido
durante todo este tempo
Bem Hajam eles e ponto final

Hoje quero ser malandro

Mãos nos bolsos ,cigarro no canto da boca,


o sapato de estria branca e vou gingão por aí
È tão bom dizer que gosto de ti? Alguém deste blogues da comunidade do sol,
sublinha a necessidade que todos nós podermos de dizer é tão bom gostar de ti? Será
pergunta ou afirmação ?!
Dizer é acção Gostar tem a ver com amar e se amar tem a ver com alma quer dizer que
amar é uma acção pura.(será que sei o que estou a dizer?)Experimento seguir,
escrevendo, sei lá o quê. E gostar tem haver com amar?Só ?acredito que não?Ou tenho a
certeza? O que isso tem haver com o malandro que quero ser também Não.-Mas sigo..

Gostar vai dar em gosto e o gosto vem das gustativas , que para aí uma pequenina
glândulas. Esta tem a ver com sensibilidade e tacto, língua , boca e lábio Humidade é
saliva por sua vez activada pela :pele pelo tacto o cheiro e o ambiente que já se respira.-
oiço os fados do Carlos do Carmo , entra no terceiro fado
Gostar é tudo isto:
É ar que se respira
È língua que se esconde
É lábio que a protege
É boca que inspira

É o fado de todos os dias.


Boca na língua e respirar dizer gosto de ti? Acelero entre o 5º e 6º fado e cada
contacto, ligamento ou cartilagem -orelha e volta trincando a dizer como gosto de ti
segue dedo e termina no mamilo ….chega
Chega …. É birra …
Se soubesse desenhar pintava duas mãos nos bolsos com o aspecto de quentinhas, um
cigarro esvoaçando num fundo de luz escura e um gira discos e deve haver uma pena de
gaivota num ponto qualquer –
…já não há cenas destas…
Amar é o estádio a seguir … até pode ser que seja…..ou é preciso que seja ?

Último fado termina e ainda oiço a noite é minha amante E mereço um cigarro na varanda
(pecado para muitos mas soube-me bem e a poucos)
Mesmo assim é bom dizer que gosto de ti? Bom .Ano

Tenho que rever “O Menino De Bronze de Sophia” Mello Brayner Anderso ,para
Ler á minha Neta
(para um malandro a pretender ser antigo não está mau e isto tudo na cama bem
instalado)
E voltar a gostar de dizer Gosto de Ti?
De respirar O que li, vi ,cheiro e sinto
Assim escrevo
PETTER PAN -Ahistória de um rapazinh ocriado por um
escocês.J.M.Barrie que não queria crescer suponho que terá sido o
primeiro filme matiné , isso lá para os anos de 56/57.Ficou-me na retina
aqueles primeiros momentos o seu dialogo ,as luzes e o musical que hoje
com agrado posso rever com os mais novos.
São estas as mensagens que nos trazem e são verdadeiras nas histórias
com principio meio e fim onde os valores ,o respeito pelos outros e por si
também .O espírito de aventura nas relações entre o bem e o mal.
Agora que estamos no período do Natal e este musical pode ser visto em
Gaia ,estou longe decerto não vou la mas fica aqui a minha intenção de
ver as aventuras do Petter Pan a fada Sininho
Podia-me dar para pior: dirão essas consciências ,mas que vos digo que
só ouvir a música se torna num acto saudável e revigorante .Vão por mim

Dialogo pela manhã do sonho

Sempre acordei
Dormi devagar mas acordei depressa
Sonhava : a ser perseguido, fugindo de alguém ,de modo que foi um
acordar: palpitante .
A ouvir (sei lá quem )andam por aqui(baixinho?)E pá eles só se podem ter
escondido aqui?
Qualquer coisa caiu!!! acho que fiz um disparate ,se calhar foram dois
-Um estava a dormir; dois, acordei. Fiquei sem perceber patavina.Com as
pulsações a cento e cinco e era preciso ter acordado ?
Safa fiquei sem saber da história ? As interrogações passaram-me pela
cabeça em catadupa , era cada uma que me fazia latejar as têmporas , por
ali abaixo até ao nó do pescoço. Sei lá se aquilo é nó? Na nuca era …
cagaço.

Saltar da cama:
abrir a janela ,respirar e ver passar - sempre a 40 Kms hora, não passa
daí faça chuva ou sol,mas tem pisca e não é grande Quem é ?Quem? -o
carro do sonhoé mesmo e passou . As pulsações baixam rapidamente para
os 54/56 normais e a calma vem.

Casa de banho e o malandro do espelho antes de eu chegar a desfiar


conversa com o lavatório Lá vem o peneiras !!!
Cala-te, seu húmido. Pareces cansado. Transpiras
Eu?
Deixa-me ver mas é a minha “fronha”e deixa-te de conversas
(passo a mão meigamente pelo espelho - podia ser pelo que vi-amancei-
, a retirar a humidade)
Um bom esticão numa espreguiçadela ritmada ao acompanhamento da
música que o rádio ali oferece .
Começo o dia
(Continua)

Dizem por ai?


Que não gosto de mim?

Dialogo em reversado(replay,talvez)

Eu disse que sonhei? Disse


Não sonhaste nada ó peneiras?
Certo que foi O coração batia desenfreado Só a passagem
do carro a 40Km/h me acalmou. Verdade !
Não .Foi o cinzeiro que caiu, seu cobardolas
Disparate :Vou a um bom banho …,bem quentinho
Uunmhaah…quentinho
!!!quentes e boas ….quen ..ti…nhas!
E o tipo não canta fadeja -lavatório
UM BOM GOLPE CHOQUE DE ÁGUA FRIA.e …
estou..ali!?!? pronto para outro belo dia (mesmo que seja
cinzento ou sem cor)Quero que seja um belo dia Ali na
muge…óh caretas!!!
..a água fria escorreu ,pelo tornozelo a baixo
Brrrssrrr,está fr…aa aa…caraças
e tu espelho ali estavas todo húmido embaciado que nem
espelhavas, sem brilho
Pudera –responde .Com os berros que tu deste
Está só a armar –diz para o lavatório .Áquele golpe de
água fria, fez cá um esgar na cara que, se tivesse mais
uma perna não estava seguro Zarpava.(o lavatório está com veia)
Só finalmente, ligeiro, com os nós dedos, faço aparecer
minha face Não?digo eu ,para bom acabamento foi de
papel higiénico. O embaciado suavemente com tanta
suavidade desaparecia ,que até parecia uma operação de
fotoshop :limpar as rugas encher os pés de galinha e
esvaziar os papos que andam por aí
O softwer do papel higiénico não me safou ,vi-me na
mesma Agora mesmo, com cara de frio
Bem sei ,espelho não era bem o carro .Seria?óh
lavatório?
Minha face de novo aparecia no espelho Mirei-me Fui
dizendo:
Estás-me a gozar ?!
Não é para ti .Nem sequer tens unhas para aquilo
Acto reflexo olhei como menino para as unhas .Estavam
de facto rentinhas.
E não foi, porque não poderá ser!!!Sempre não será
O sonho ficou-se pelo fim do sono
Mas foi como queria… um belo dia.
Amuadinho ,mas foi…

Artistas e Pintores com a Boca e o Pé

Conhecer estas pessoas que por qualquer razão são


diferentes de nós ,como nós têm toda uma vida pela frente
de alegrias e insatisfações; dias bons outros menos bom,
sobreviver vivendo com muita dignidade é esse esforço
que eles nos trazem.
O trejeito concentrado de olhar fixo, com o pé faz
avançar o pincel adaptado á sua condição ,vai fazendo
nascer a ideia na extensão direita do quadro. Olha,
acerta ,afina outro retoque e o pincel desliza mais um
pouco. Parece satisfeito; o olhar ao terminar aquele
braço na delicadeza das mão da linda mulher se desenha.
Recua ,olha o quadro, fica satisfeito a sua ideia sai-lhe
nos olhos agora a alegria a brilhar e no olhar meio
travesso que faz para nós ,como que agradecendo a nossa
admiração e termina “ a medida do amor é amar sem
medida”ou” a arte nasce sempre de alguma paixão”.
Para não ser chato só mais uma “a natureza criou os
prazeres o homem criou os excessos”.
Assim retalhamos o pouco do muito que vimos destes
Pintores com a Boca e com o Pé - sociedade dos artistas
deficientes manuais, Lda- das Caldas da Rainha.
Com uma boas festas para ainda trago mais esta
mensagem destes artistas que tanto admiro “todo o mal
provém não da privação mas do supérfulo
Bem Haja grandes artistas , a todos eles o meu obrigado

Dizem por ai
Que não gosto de mim

Dialogo em reversado(replay,talvez)

Eu disse que sonhei? Disse


Não sonhaste nada ó peneiras?
Certo que foi O coração batia desenfreado Só a passagem
do carro a 40Km/h me acalmou. Verdade !
Não .Foi o cinzeiro que caiu, seu cobardolas
Disparate :Vou a um bom banho …,bem quentinho
Uunmhaah…quentinho
!!!quentes e boas ….quen ..ti…nhas!
E o tipo não canta fadeja -lavatório
UM BOM GOLPE CHOQUE DE ÁGUA FRIA.e …
estou..ali!?!? pronto para outro belo dia (mesmo que seja
cinzento ou sem cor)Quero que seja um belo dia Ali na
muge…óh caretas!!!
..a água fria escorreu ,pelo tornozelo a baixo
Brrrssrrr,está fr…aa aa…caraças
e tu espelho ali estavas todo húmido embaciado que nem
espelhavas, sem brilho
Pudera –responde .Com os berros que tu deste
Está só a armar –diz para o lavatório .Áquele golpe de
água fria, fez cá um esgar na cara que, se tivesse mais
uma perna não estava seguro Zarpava.(o lavatório está com veia)
Só finalmente, ligeiro, com os nós dedos, faço aparecer
minha face Não?digo eu ,para bom acabamento foi de
papel higiénico. O embaciado suavemente com tanta
suavidade desaparecia ,que até parecia uma operação de
fotoshop :limpar as rugas encher os pés de galinha e
esvaziar os papos que andam por aí
O softwer do papel higiénico não me safou ,vi-me na
mesma Agora mesmo, com cara de frio
Bem sei ,espelho não era bem o carro .Seria?óh
lavatório?
Minha face de novo aparecia no espelho Mirei-me Fui
dizendo:
Estás-me a gozar ?!
Não é para ti .Nem sequer tens unhas para aquilo
Acto reflexo olhei como menino para as unhas .Estavam
de facto rentinhas.
E não foi, porque não poderá ser!!!Sempre não será
O sonho ficou-se pelo fim do sono
Mas foi como queria… um belo dia.
Amuadinho ,mas foi…

CÍUME
Ciúme é coração sem cérebro
Alma sem gratidão, certo desespera
tempo de velho e de mancebo ter
é agulha que pica gera solidão na sua dor
Nasce e cria quimera e a nostalgia
de quem vai por ai no soluço confrangedor
Sobressalto que vê o que não espera
quanto o amanhã olhá-la é severa
No próprio impossível do dia a dia
o leva a desviar o que havia de ser

É quando passa e vê
Quando não vê adivinha
Se adivinha imagina
Muda o rumo a fugir do quê?
Do olhar que outros lhe dão
Do chefe director ou patrão
do idoso que acarinha
Na menina que sua coxa segura
No beijo sua fadinha
Acabar vida assim se é tão dura
Bébe
Lua cheia purpúrea brilhante
invade bebe a meu lado dormindo
De respirar tão perto vibrante
Do pulmão sai e oiço o ar vindo
Sente-se de tão apertadoo
Passa escorrega ao pulmão
Corre a laringe encontra obstáculo
Por isso lhe dá este som vernáculo
Sai arfando com o tom a subir
Acalma na hora de melhor dormir
Aquece seu corpo quentinho
mãozinha na minha mão
no aconchego do edredom
o ar amansa na laringe
passa menos ofegante
aquecido o ar não agride
passagem ligeira sem som
sopra ninhos lábios faz vibrar
aparece sorriso que espelha e aninha
dormindo sono bebe inicia
sonho no seu sorriso matreiro
pai natal vinha sorrateiro
dedos meter na encaracolada cabecinha

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