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EXPLOSÃO
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O art. 251 contém o tipo penal de explosão: “expor a perigo a vida, a integridade
física ou o patrimônio de outrem, mediante explosão, arremesso ou simples colocação de
engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogos”. A pena é reclusão, de três a
seis anos, e multa.
Sujeito ativo é a pessoa, qualquer uma, que realiza a conduta. Sujeito passivo é o
Estado e também a pessoa que fica exposta ao perigo ou cujo patrimônio também tenha
sido afetado pela situação causada pelo agente.
30.2 TIPICIDADE
O agente deve atuar com dolo. É necessário que ele tenha consciência de que está
provocando uma explosão, arremessando ou colocando em determinado lugar um engenho
explosivo, sabendo que ao fazê-lo coloca em perigo bens jurídicos de pessoas
indeterminadas, e vontade livre de atuar nesse sentido, sem qualquer outra motivação
especial, senão a de criar o perigo comum. Admite-se a verificação típica também quando o
agente atua com dolo eventual, ou seja, quando, mesmo não desejando criar o perigo, nele
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Tais resultados mais graves devem ter sido produzidos por culpa do agente,
caracterizando, assim, crimes preterdolosos, nos quais o agente atua com dolo na produção
do perigo comum e culpa no resultado que não fora alcançado por seu dolo. Indispensável
a demonstração do nexo causal entre a situação de perigo causada pela conduta e o
resultado mais grave. Assim, incidirá a circunstância qualificadora quando a lesão corporal
ou a morte tiver decorrido do tumulto ou da confusão decorrente da explosão, do
arremesso ou da colocação do engenho. Não necessariamente da explosão em si, mas
simplesmente do fato, até porque o perigo pode ter-se instalado sem que tenha havido a
explosão.
Se a morte ou a lesão corporal tiver sido desejada ou pelo menos consentida pelo
agente, haverá concurso formal imperfeito entre o crime de perigo comum e o crime contra
a pessoa.
Se a explosão culposa der causa à lesão corporal – leve ou grave, porque a norma do
art. 258 não exige apenas a lesão grave como resultado qualificador do delito culposo –, a
pena será aumentada de metade. Se resultar morte, será aplicada a pena cominada para o
homicídio culposo, aumentada de um terço.