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Depois de consolidar sua presença em todo o território brasileiro através de uma estratégia
agressiva de aquisições, a Diagnósticos da América (Dasa), agora quer reforçar sua participação
no atendimento de baixo custo para pessoas que não possuem assistência médica privada. A
empresa, a maior da América Latina no setor, com mais de 10% do pulverizado mercado brasileiro
de exames em que opera com 15 marcas próprias, criou um projeto piloto instalado em São Paulo
a partir de junho de 2006 com sua marca Lavoisier. "Nas unidades em que temos o Laboratório
Popular esta operação já representa entre 10% a 16% do faturamento", explica Milton Zymberg,
diretor de medicina diagnóstica da empresa.
Neste tipo de operação, os exames como raio-x têm um custo de R$ 30,00 e papanicolau, por
exemplo, custa R$ 17,00. O de colesterol sai por R$ 4,20 e um teste de gravidez por R$ 19,50.
"Os descontos dos exames chegam 80% em relação aos custos normais dos exames", diz. O
grande objetivo da Dasa é incorporar entre os clientes parcelas do imenso contingente do SUS que
não podem esperar, às vezes, mais de um mês para fazer exames diagnósticos. "Há no Brasil
cerca de 37 milhões de pessoas que possuem planos de saúde. O nosso mercado, portanto é todo
o restante", acrescenta o diretor.
Depois do sucesso de São Paulo com o Lavoisier Popular, a Dasa encaminhou o projeto para outros
estados. No Rio do Janeiro, a empresa lançou o Bronstein Popular e o Pasteur Popular, e em
Curitiba o da Santa Casa. "Nosso projeto prevê a expansão do serviço para todas as regionais,
incorporando Salvador, Fortaleza e Florianópolis. No lugares em que não conseguirmos lançar o
projeto com as marcas já existentes, vamos comprar alguma unidade para o lançamento", diz
Zymberg. Atualmente o Laboratório Popular existe em 56 unidades em todo o país e atendeu mais
de 80 mil pacientes em 2007. "A grande vantagem para a empresa é a utilização da capacidade
ociosa para atender este segmento de mercado com exames que são processados com a mesma
qualidade do trabalho normal", completa o diretor. Em 2007, a Dasa obteve uma receita de R$
930 milhões, um crescimento de 32% sobre o ano anterior. No total, a empresa realizou 7,7
milhões de atendimento ou 26% a mais do que em 2006.
A 100ª unidade da Diagnósticos da América (Dasa), na região metropolitana de São Paulo, acaba
de ser inaugurada, sendo o imóvel reformado para receber o novo Delboni Auriemo. Foram quase
18 meses de obras até a abertura da unidade, que também marca a inauguração do primeiro Club
DA para atendimento à região dos Jardins e Itaim. O Club DA é um espaço exclusivo criado para
pacientes que buscam privacidade.
| 15/12/2004
Os paradoxos de um setor que se expande como poucos, mas onde só alguns têm
lucros
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Nesse cenário inóspito, existem algumas ilhas de eficiência que, até agora, vêm
conseguindo se manter saudáveis e em crescimento. Na área de planos de saúde, a
Intermédica, com mais de 1,2 milhão de clientes, faturou 528 milhões de reais e
lucrou 48 milhões em 2003. Com faturamento de 300 milhões de reais no ano
passado, o laboratório Fleury colheu um lucro de 37,5 milhões de reais. A
Sociedade Israelita Albert Einstein, dona do Hospital Albert Einstein, um dos
melhores do país, teve receita de 481 milhões de reais e lucrou 76 milhões no ano
passado. Todas essas empresas, de alguma forma, conseguiram escapar das
principais armadilhas do sistema brasileiro de saúde privada.
Retrato da crise
Desde a última década, o sistema privado de saúde brasileiro passa por uma
crise sem precedentes. Eis algumas das dificuldades enfrentadas pelo setor
As empresas desse setor lidam com uma agravante no Brasil. Vivemos num sistema
misto. Planos de saúde individuais têm seus reajustes regulados pelo governo.
Hospitais, centros de diagnósticos e fabricantes de equipamentos, não.
Pressionados pelo Estado, esses planos médicos tentam controlar os custos da
cadeia. O poder deles cresce na medida da dependência dos prestadores de
serviços. Isso explica, em parte, por que hospitais e centros de elite, como o
Einstein e o Fleury, conseguem condições melhores de preços. Graças à qualidade
do serviço prestado, conseguiram criar uma marca, garantir a fidelidade dos
usuários e escapar das imposições das tabelas dos planos de saúde. Empresas do
setor com menos poder de fogo dependem mais dos planos para atrair clientes,
sujeitam-se ao aperto das tabelas de preços e acabam levadas de roldão em
momentos de quebradeira. Por isso, a crise de um plano de saúde nunca é uma
crise isolada.
Para fugir do aumento dos custos, as empresas normalmente optam por duas
saídas. Uma delas é evitar ao máximo clientes de alto risco -- idosos e portadores
de doenças crônicas. Diante disso, a venda de planos de saú de individuais é, hoje,
um negócio em declínio. A outra é investir na prevenção e no monitoramento de
pacientes crônicos. No ano passado, a revista americana Fortune elegeu a empresa
American Healthways, especializada em monitoramento de clientes de alto risco
para planos de saúde, como a mais promissora em sua lista de novos negócios. Por
aqui, a AxisMed trabalha de maneira muito semelhante à americana. Sua equipe de
26 enfermeiras reveza-se em ligações e em visitas a cerca de 2 000 pessoas que
sofrem de doenças crônicas. Esses pacientes pertencem a sete operadoras de
planos de saúde, que têm suas carteiras de clientes rastreadas por um software.
Com esse programa, a empresa identifica os prováveis portadores de doenças
crônicas e estabelece um plano de monitoramento. Fundada há três anos, a
empresa mais que triplicou seu faturamento de 2003 para 2004, passando de 800
000 reais para 2,6 milhões de reais.
Estágios diferentes
Antes Depois
38% 55%
http://portalexame.abril.com.br/degustacao/secure/degustacao.do?COD_SITE=35&CO
D_RECURSO=211&URL_RETORNO=http://portalexame.abril.com.br/revista/exame/e
dicoes/0833/negocios/m0051486.html
O setor de saúde suplementar reúne mais de 2000 empresas operadoras de planos de saúde , milhares
de médicos, dentistas e outros profissionais, hospitais, laboratórios e clínicas. Toda essa rede prestadora de
serviços de saúde atende a mais de 37 milhões de consumidores que utilizam planos privados de
assistência à saúde para realizar consultas, exames ou internações.
A Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS é uma agência reguladora vinculada ao Ministério da Saúde
que trabalha para promover o equilíbrio nas relações entre esses segmentos para construir, em parceria com a
sociedade, um mercado sólido, equilibrado e socialmente justo.
http://www.ans.gov.br/portal/site/entenda_setor/entenda_setor.asp
10/09/2008 - 10h25
O grupo Fleury anunciou ontem a compra dos Laboratórios Campana, por valores
não revelados. É a 20ª aquisição do Fleury em seis anos e indica a tendência de
consolidação do mercado de medicina diagnóstica.
"Esse mercado cresce com a geração de empregos formais e a tendência é que ele
continue em alta", disse o presidente do grupo, Mauro Figueiredo. O faturamento
do Fleury, de R$ 581 milhões em 2007, deverá crescer 25% neste ano.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u443341.shtml
23/06/2005 - 09h54
"Todos os hospitais que querem melhorar dizem que desejam ser como hotéis.
Daqui para a frente, são os hotéis que têm que morrer de inveja dos hospitais",
provoca o arquiteto Lauro Michelin, sócio de uma empresa que trabalha com
empreendimentos de saúde há 18 anos. Segundo ele, é "uma loucura" o fato de
uma pessoa sadia ter todo o conforto em um hotel, enquanto um paciente que
chega debilitado ao hospital fica num ambiente hostil, sem estímulo visual e sem
ergonomia no mobiliário.
O arquiteto diz que os cuidados para projetar hospitais vão além dos que são
tomados nos hotéis. "Soma-se a complexidade de uma hotelaria à complexidade da
atenção médica. Até a luz, se não for adequada, interfere na visualização da cor da
pele do paciente, que deve ser a mais fiel possível", exemplifica.
Alta gastronomia
Vistos da rua João Julião, no bairro do Paraíso, os 51 mil metros quadrados de
terreno do Hospital Alemão Oswaldo Cruz não demonstram a suntuosidade intra-
muros, obtida, principalmente, pelo espaço verde --são 355 árvores, plantas, flores
e um carpete de grama minuciosamente cuidado, com casinha de beija-flor.
Escolhido como o hospital do ano pelo Top Hospitalar 2004, o destaque do Oswaldo
Cruz fica por conta da cozinha, que está mais para a alta gastronomia do que para
a tão estigmatizada "comida de hospital". No dia em que a reportagem da Folha
visitou o local, o prato servido aos pacientes era codorna assada, ovinhos da ave
sobre cenouras fatiadas, dispostas em formato de ninho, e arroz com legumes. Em
vez da gelatina de sempre, a sobremesa era um apetitoso merengue de morango.
Ferrari
Navajas define o Higienópolis Medical Center: "É como se fosse uma Daslu para os
médicos. É o top dos consultórios. Podemos dizer que fabricamos consultórios
"Mercedes" e "Ferrari'".
http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u3957.shtml
26/02/2001 - 03h44
Fazem parte de uma classe de funcionários que não podem perder o contato com a
empresa e, especialmente, não querem perder tempo. Também por conta desse
ritmo, estão entre os cidadãos mais estressados, mais sedentários e sem horários
para refeições.
A preocupação com o perfil desse paciente -e com o mercado que representa- está
levando os laboratórios e clínicas de diagnóstico a criarem um atendimento
diferenciado aos executivos. A regra comum é a concentração de todos os exames
numa única manhã. Outra é um check-up personalizado. Um detalhado exame
clínico permite que a equipe médica defina exatamente quais exames são
necessários.
Uma vez por ano, os cerca de 30 executivos da empresa passam por exames no
Check-up Fleury, como o serviço deste laboratório é chamado.
"Uma semana antes você recebe, por e-mail e com senha própria, um minucioso
questionário", diz Guimarães. Também por e-mail, o paciente é orientado sobre os
exames, alimentação, horário e medicação.
"O check-up bem orientado é fundamental, porque várias doenças, inclusive câncer,
são curáveis quando diagnosticadas precocemente", diz Nelson Carvalhaes Neto,
médico responsável pelo Check-up Fleury.
"Programa de saúde"
Os laboratórios e clínicas para executivos descobriram que esse tipo de
paciente não quer apenas conforto e rapidez no exame e nos resultados.
Quer também um acompanhamento "pós-check-up". "Constatar que estão com
colesterol alto não basta", diz Fábio Nasri, coordenador da Unidade Diagnóstica
Einstein, dos Jardins. "Eles querem que alguém os oriente, que acompanhe sua
alimentação e seus exercícios físicos. Que o oriente sobre seus hábitos."
Boa parte dos fatores de risco estão relacionados aos hábitos de vida, dizem os
médicos. Logo, nada mais necessário do que investir na mudança desses hábitos.
Para executivas
Outra preocupação na área de diagnóstico é o check-up específico para a mulher
executiva. Até os anos 70, as mulheres se submetiam a exames ginecológicos,
nada mais. Com sua entrada no mercado de trabalho e a ocupação de cargos de
chefia, as mulheres passaram a sofrer com o estresse, alimentação irregular e
consequentes problemas cardíacos.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u23237.shtml