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Briefing Criativo

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1. Porque precisamos de comunicar?

A Soup é uma revista bimestral relativamente recente (vai


apenas na 12ª edição) sobre surf, mas não só. É sobre música,
sobre cinema, sobre a noite, sobre viagens, sobre pessoas, enfim,
sobre o que a vida tem de melhor. No entanto, e dada a crise que o
mundo e o nosso país em particular têm vindo a passar, todos os
bens que não são de primeira necessidade têm notado uma quebra
de procura e consequente baixa de vendas.
Não é o caso da Soup, que a cada número sobe nas vendas,
mas continua sem grande notoriedade e, ainda, sem muitos e
grandes anunciantes que permitam a melhoria do projecto.

Daí a necessidade que o nosso cliente sente em fazer alguma


coisa para estimular os anunciantes no sentido de impulsionar e
catapultar definitivamente a Soup para o Top of Mind dos
consumidores e, consequentemente, dos anunciantes e planeadores
de meios.

2. O que queremos comunicar?

A Soup é uma revista de culto. Pode até desaparecer, mas


quem teve contacto com ela, ainda que tenha sido apenas por uma
vez, conhece-a bem e não se esquece. É daquelas marcas que
marcam. Uma vez lida uma primeira vez, vicia. Espera-se pela
próxima, como quem espera, impaciente, a carta de um amigo.

Queremos distanciar-nos das revistas de surf puro e duro, que


pouco mais têm que fotos de página dupla, uma ou outra viagem e
muita muita muita publicidade.

Queremos dizer ao nosso target, que há muito mais para ler,


ver e desfrutar numa revista como a Soup do que simplesmente ver
fotos de surfistas profissionais em praias maravilhosas.

3. A que tipo de pessoas nos dirigimos?

Consumidor final: essencialmente a pessoas que estão de


bem com a vida. Que não vivem obcecadas com a imagem a
transmitir aos outros, mas antes com o seu bem-estar interior e com
a sua realização pessoal. Dos 14 aos 40, com paixão pelo ar livre,
pela liberdade de espírito, mentalmente curiosas e aventureiras.
Pessoas que viajam, que conhecem, que mexem, que
experimentam, que fazem. Pessoas, no fundo, com gosto pelos
pequenos prazeres da vida. Mas também:

os planeadores de meios, que no fundo, têm o poder de


escolher os meios onde os anunciantes vão inserir a sua
publicidade.

4. Qual o insight (ou nervo-sensível que devemos tocar)?

Quando gostamos verdadeiramente de uma revista, sentimos


que o facto de a desfrutar é muito mais que simplesmente lê-la. É
usufrui-la, calmamente, sem pressas e no final, guardá-la junto dos
números anteriores, como se parte de uma colecção especial se
tratasse.

5. Qual a ideia (mensagem) que queremos transmitir?

A Soup alimenta o espírito. Estimula a imaginação, abre os


horizontes. Leva-nos a viajar, com a mesma calma com que um
decano nos conta uma história. Mostra-nos, como disse o velho
cigano espanhol à jornalista que o entrevistava enquanto os seus
netos brincavam e corriam como loucos à roda de uma fogueira
improvisada no meio do nada: “mira como somos felices con
tampoco...”.

6. Em que nos apoiamos para dizer isso?

Soup é... a sensação de andar descalço na areia molhada, o


prazer de conhecer novos sítios, as aventuras e desventuras, as
imagens que não se esquecem... as caras que marcam... as vidas
daqueles que sentem, vivem e sonham... as ondas.

A Soup também é... uma fogueira na praia, uma noite de


verão, uma viagem à montanha, uma guitarra... as cores de um fim
de tarde, um copo de vinho, uma boa piada, uma longa viagem de
carro... uma praia deserta... uma praia de inverno... o calor do
verão, o sal no corpo... um bom filme, a boa música, uma boa
conversa... uma forma de expressão... a mulher, o homem... o
corpo, a cara... a alma... o bom que é viver...a natureza, o mar... o
surf.

7. Qual é a melhor maneira de passar essa mensagem?

Estimulando os potenciais leitores. Aguçando-lhes a


curiosidade, desvendando a ponta do véu, sugerindo o que pode
estar lá dentro, criando uma aura de culto em redor desta revista.
Fazer cada leitor sentir-se especial por poder usufrui-la. Quase, no
limite, dando a sensação que é difícil encontrá-la e por isso, se a
virmos à venda em qualquer lado, devemos comprá-la logo e
guardar o nosso exemplar. Porque podemos não ter outra
oportunidade.
Eventualmente criando uma promoção específica (ex: oferta
de um DVD, de um conjunto de quilhas, de uma “meia” para as
pranchas, de um bilhete de cinema ou de uma exposição, de um
gorro muito louco, enfim, qualquer coisa que sugiram ou se
lembrem e seja pertinente), para instigar à compra e à
experimentação.

8. Em que tom devemos comunicar?

A comunicação deve transmitir os valores que norteiam a sua


razão de ser. Deve ser próxima, informal, empática com quem a vê,
quase falando ao ouvido.

9. O que temos, então, para fazer?

Criação de uma ideia criativa forte que derive do conceito


genérico “...cause there’s much more in surfing” que se demarque
da concorrência, que se associe claramente aos bons momentos da
vida e possa ser declinada numa campanha above the line que
inclua Outdoor, Mupis, imprensa e rádio 30”.
Obrigatória também a proposta de outras formas de
comunicação, desde tryvertising a acções de praia, neve, campo ou
no meio da cidade, de autocolantes em skateparks, nos semáforos
das zonas com praia a folhetos nas esplanadas, de balões de ar
quente a media criativa, enfim, o limite é a vossa imaginação.
Surpreendam-me.

10. Timings, budget e mandatórios.

Para enviar por email para ale@kanguru.pt até ao dia


27/Março impreterivelmente!

Embora haja – obviamente - um determinado budget


disponível para a comunicação, não vamos revelar já para não
“limitar” as ideias. Sendo que, claro está, ideias inexequíveis, só
porque sim, não valem a pena.

Uso obrigatório do logo, que não pode ser mexido.

Mais informações, como capas e logótipo em


www.soupthemag.com.

Bom trabalho.

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Alexandre Duarte
Prof. Assistente Convidado IADE
Colaborador da Unidcom
Senior Copywriter na BrandiaCentral

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