Você está na página 1de 3

>- /•}

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO


ACÓRDÃO/DECISÃO MONOCRÁTICA
ACÓRDÃO^ REGISTRADO(A) SOB N°
7 llllllllllllilllllllllllllllllllllllllllllllllllll
- '" " .' *02181265*

Vistos, -relatados è discutidos estes' autos de

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO ri° 556.585-4/5-01, da Comarca de SÃO

' PAULO, " em que ~ê embargante COOPERATIVA HABITACIONAL DOS

BANCÁRIOS DE SÃO PAULO - BANCOOP sendo embargada CINTIÁ DE


i
ALMEIDA VICENTE: "" . . .

ACORDAM, em Oitava Câmara de Direito Privado,, do

Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, proferir a


Q

seguinte decisão: "REJEITARAM OS EMBARGOS, V.U.", de

conformidade com'o voto do Relator, que integra este acórdão.

D julgamento teve ã participação dos

Desembargadores CAETANO LAGRASTA (Presidente), RIBEIRO DA

SILVA. - " " ".

São Paulo, 18 de fevereiro de 2009.

JOAQUIM GARCIA
Relator

_d de pauta)
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

VOTON0: 16.537
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO N°: 556.585.4/5-01
COMARCA: SÃO PAULO
EMBARGANTES: COOPERATIVA HABITACIONAL DOS BANCÁRIOS DE
SÃO PAULO - BANCOOP
EMBARGADA: CÍNTIA DE ALMEIDA VICENTE

Embargos de declaração - Omissão - Inocorrência - Pretensão à


rediscussão de matéria apreciada imprimindo nítido caráter infringente ao
recurso - Embargos rejeitados.

Embargos de declaração opostos a v. acórdão que negou


provimento a agravo de instrumento contra decisão que indeferiu concessão de
liminar em autos de reintegração de posse (fls. 201/203).
Alega-se omissão, à medida que a decisão embargada
não apreciou o documento que comprova o débito e o esbulho praticado pela
ora embargada (fls. 206/211).
É o relatório.
A embargante, sob o pretexto de omissão existente no
julgado, pretende, na verdade, rediscutir as questões debatidas no recurso. E
sua insatisfação ao reavivar matéria já apreciada imprime nítido caráter
infringente ao recurso.
O acórdão está claro e fundamentado, não havendo
omissões a serem sanadas, à medida que apreciou as questões suscitadas, e,
nelas, a existência de débito subjudice, o que inviabilizaria a medida pleiteada.
Não o fez, é certo, como pretendia a embargante, mas, nem por isso, deixou de
oferecer jurisdição.
Nesse passo, decisão judicial é resposta fundamentada a
um pedido, não se prestando a fins doutrinários ou argumentação pontual a
cada um dos motivos listados pela parte para obter a prestação jurisdicional.
Outrossim, e conforme dispõe o artigo 535 do Código de
Processo Civil, os embargos de declaração só podem ser manejados quando
houver no acórdão embargado, obscuridade ou contradição (inciso I), ou
omissão (inciso II); se a intenção for manifestamente protelatória, caberá a
imposição de multa de 1 % (um por cento) sobre o valor da causa (parágrafo
único do artigo 538).
O Colendo Supremo Tribunal Federal já decidiu que: "Em
embargos de declaração só se admitem as alegações de obscuridade, dúvida,
contradição ou omissão, não se podendo, portanto, por meio deles, se atacar
exegese dada pelo acórdão embargado." (MS n° 20.839-2/DF, Relator Ministro
Moreira Alves, j . 9-8-1989, DJU, 168:13.904 de 1°-9-1989).
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

A obscuridade, a contradição, ou a omissão passíveis de


serem solucionadas em embargos de declaração devem estar presentes no
próprio texto da decisão embargada, não desta com elementos dos autos, ou
da doutrina, ou da jurisprudência. Se a decisão embargada diz uma coisa e a
parte entende que deveria ter dito outra porque assim autorizaria o conteúdo do
processo, não cabem embargos de declaração, mas outro recurso qualquer.
E, para evitar a insistente repetição e o futuro oferecimento
de mais embargos impertinentes, acrescenta-se que: "O magistrado, ao
sentenciar, não está obrigado a debater ou rebater, ponto por ponto, as razões
das partes. Cumpre-lhe colher delas apenas o que é relevante para
fundamentar o julgado e até as desprezar de todo, sem que se increpe nulidade
"jus novit cúria" (RT 570/102). O Colendo Superior Tribunal de Justiça também
já decidiu que: "O juiz deve resolver as questões postas pelas partes, não
estando obrigado a reportar-se especificamente a cada um dos argumentos
invocados." (RESP n° 73.543/RJ, Relator Ministro César Asfor Rocha, j .
15/02/96; v.u.; Boi. STJ, de 15-4-1996, p. 46); ..."o órgão judicial, para
expressar sua convicção, não precisa aduzir comentários sobre todos os
argumentos levantados pelas partes. Sua fundamentação pode ser sucinta,
pronunciando-se acerca do motivo que, por si só, achou suficiente para a
composição do litígio" (cf. Theotonio Negrão, 34a ed., nota 2 ao artigo 535).
Posto isso, rejeito os embargos.

JOAQUIM GARCIA
Relator

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO N° 556.585.4/5-01 - SÃO PAULO/FORO REG. LAPA- VOTO 16537


50 18 025

Você também pode gostar