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História

O esporte conhecido como é hoje, ou o Esporte Moderno, toma forma nas escolas da
Inglaterra do século XVIII, berço do capitalismo.
Cercados pela ideologia capitalista, a qual prega a ordem, o racionalismo, a competição e
a iniciativa individual, os alunos das escolas inglesas desenvolvem um novo formato para
os jogos populares de então, dando origem ao Esporte. Surgem os campeonatos entre as
escolas, os clubes e depois as confederações, instrumentos que paulatinamente vão
legitimando a prática esportiva.
Após a consolidação do capitalismo e sua dispersão por todo o mundo, a instituição
esportiva, antes restrita ao mundo europeu, vai ganhando espaço nos outros continentes.
Seguindo a mesma lógica da voracidade capitalista, o Esporte imiscui-se às culturas e
toma o espaço de práticas populares, veiculando a ideologia capitalista mundialmente.
Entre outros fatores, pelo seu potencial catártico, que possibilita ao espectador um bem
estar através do processo de transferência de seus próprios problemas ao ambiente de
jogo, o Esporte passa a ser um grande aglutinador de massas. Aproveitando essa
potencialidade do fenômeno, empresários apropriam-se das diferentes esferas
relacionadas ao Esporte: vestimentas, clubes, acessórios, redes de televisão, dentre
outros. E por sua vez, o Estado também passa a usar do Esporte em busca de
popularidade e projeção internacional.
Unido à mídia corporativa, interessada em mais espaço e lucro para seus patrocinadores,
o esporte sofre intensas transformações, sobretudo na forma como é transmitido.
Acentua-se o caráter espetacular das competições, o que se torna visível através da
presença de telões nos estádios, existência de canais de televisão especializados no
assunto, aumento da prática de “esportes da moda” e extrema valorização e influência
social dos atletas mais bem sucedidos. Conceituando essa nova fase do esporte, surge a
expressão “Esporte Espetáculo”, modelo atual do fenômeno aqui tratado.
Para o Doutor em antropologia social Arlei Damo, uma competição esportiva é "até certo
ponto" uma ilusão, pois não impacta na vida ou dia-a-dia das pessoas, exceto daqueles
diretamente ligados à prática do esporte[1].

Luta

A luta greco-romana é considerada pela Federação Internacional de Lutas Associadas


(FILA) como uma das quatro principais formas de luta amadora, e está presente nos
Jogos Olímpicos modernos desde 1896.
Semelhante ao pancrácio, a luta greco-romana também era um esporte importante nos
festivais gregos. Era parte do pentatlo na Grécia Antiga, um campeonato atlético que
também incluía corridas, saltos, lança e lançamento de discos. Os gregos reconheciam a
luta livre como uma excelente forma de desenvolver a destreza física e mental.
Em sua versão moderna, a luta greco-romana é mais um esporte que uma arte marcial, e
deve mais ao estilo de luta livre francesa do século XIX do que ao pancrácio antigo. Não
se deve confundi-la com a luta livre, pois a luta greco-romana segue um estilo
rigidamente centrado na parte superior do corpo, em que o competidor pode usar somente
os membros superiores e atacar o oponente acima da cintura. O objetivo é imobilizar os
dois ombros de um adversário até a rendição. A luta greco-romana tem estilo e técnica
únicas, quando comparada a outras formas de luta; uma característica da luta greco-
romana são a luta com as mãos – a habilidade de controlar e manipular as mãos e braços
do adversário para ganhar vantagem durante uma contração dos membros superiores, são
movimentos empregados pelos lutadores greco-romanos durante uma disputa. Como o
estilo proíbe ataques abaixo da cintura os competidores são encourajados a ataques de
projecção do adversário ao chão, desde que os competidores não podem usar as pernas
para prevenirem serem atirados.
A luta greco-romana têm entrado em declínio nos últimos anos. Muitas escolas e
faculdades retiraram o esporte do currículo, e a técnica corre o risco de ser eliminada dos
Jogos Olímpicos devido à modificações em sua estrutura. Em contraste com a
popularidade das Artes Marciais Mistas, Vale-Tudo "mixed martial arts" (MMA) que
estão cada dia mais popular.

Organismo humano, movimento e saúde


Cinco motivos para não fugir da atividade física no
inverno
Você está pensado em parar de malhar ou praticar atividades físicas porque o termômetro
baixou? Basta dar uma “resfriadinha” e seus objetivos podem “ir por água a baixo”?
Saiba que todos os benefícios conquistados tanto para saúde quanto para o corpo podem
ser perdidos.
Ao deixar de “malhar” por dez dias, começa a haver perda de massa muscular. O
problema é causado pela interrupção da produção de enzimas responsáveis pela
manutenção ou aumento dos músculos, processo relacionado à musculação.
1) Após 15 dias, a capacidade aeróbica diminui. Isso significa menos disposição para
trabalhar ou estudar.
2) Como o inverno abre o apetite para alimentos mais calóricos, o treino deve ser mantido
para que gordurinhas extras não apareçam.
3) A prática de exercícios regulariza funções fisiológicas, como sono e apetite, além de
tornar o coração menos vulnerável a doenças. A interrupção brusca fragiliza o organismo.
4) Se a produção de endorfinas – responsáveis pela sensação de bem-estar e liberadas
durante os exercícios aeróbicos – for insuficiente, você poderá se irritar mais facilmente e
também ter dificuldades para dormir bem.
5) A falta de treino de musculação, prática de esportes, caminhada, corrida e alongamento
deixa o corpo mais tenso, dificultando as tarefas mais fáceis do nosso dia-a-dia, como
colocar a meia, calçar o tênis, pegar algo no chão ou subir escadarias.
Com tudo isso, ainda pensa em parar de se exercitar? Essa é a hora de por o corpo em
movimento, logo virá o verão e você poderá desfilar mostrando o seu corpo “sarado”, e
ainda por cima, um corpo muito mais saudável e bem cuidado, preparado e cheio de
disposição para enfrentar as altas temperaturas e o ritmo de final de ano.
Acredite nisso. ”Mente sã em corpo são”, esse sim é o grande segredo de uma boa
QUALIDADE DE VIDA!
Referências:
Howley, E. Manual do Instrutor de Condicionamento Físico para Saúde.
American College of Sports Medicine. Programa de Condicionamento físico da ACSM
Powers, S; Howley, E. Fisiologia do exercício aplicada ao condicionamento e ao
desempenho
Escrito por Rafael Fuck
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Obesidade - Doença ou descuido?

Também denominada como excesso de peso corporal, aumento do peso corporal,


aumento da gordura corporal localizada ou total.
Pode ser denominada como uma enfermidade caracterizada pelo acúmulo excessivo de
gordura corporal, associada à problemas de saúde, ou seja, que traz prejuízos à saúde do
indivíduo, porém muitas pessoas no mundo sofrem com a obesidade em função
principalmente da falta de atividade física regular ou maus hábitos alimentares.
Já existe uma série de conhecimentos científicos referentes aos diversos mecanismos
pelos quais se ganha peso, demonstrando cada vez mais que essa situação se associa na
maioria das vezes, com fatores genéticos, nutricionais e psicológico/emocionais. O
excesso de gordura corporal não provoca sinais e sintomas diretos, salvo quando atinge
valores extremos. Independente da severidade, o paciente apresenta importantes
limitações estéticas, acentuadas pelo padrão atual de beleza, que exige um peso corporal
até menor do que o aceitável como normal.
Pacientes obesos apresentam limitações de movimento, tendem a ser contaminados com
fungos e outras infecções de pele em suas dobras de gordura, com diversas complicações,
podendo ser algumas vezes graves. Além disso, sobrecarregam sua coluna e membros
inferiores, apresentando em longo prazo degenerações (artroses) de articulações da
coluna, quadril, joelhos e tornozelos, além de doença varicosa superficial e profunda
(varizes), podendo comprometer artérias caso haja alta concentração de LDL (low
densidy lipoprotein) em circulação no sangue, causando entupimento parcial ou completo
da artéria (aterosclerose), o quê ainda pode desencadear um infarto de miocárdio, caso o
entupimento seja em uma artéria que irriga o coração, ou à um AVC (acidente vascular
cerebral) caso o entupimento seja numa artéria que irrigue o cérebro.
Uma forma de estar acompanhando a sua massa corporal e estar atento aos índices de
obesidade e sobrepeso é o acompanhamento através do cálculo de IMC (Índice de Massa
Corporal). Calcula-se o IMC dividindo o peso do paciente em quilogramas (Kg) pela sua
altura em metros elevada ao quadrado (quadrado de sua altura): Massa Corporal (Kg) /
Altura (m) X Altura (m). O valor assim obtido estabelece o diagnóstico da obesidade e
caracteriza também os riscos associados conforme apresentado a seguir:

IMC (kg/m2) Grau de Risco Grau de obesidade


18 a 24,9 Peso saudável Ausente
25 a 29,9 Moderado Sobrepeso (Pré-Obesidade)
30 a 34,9 Alto Obesidade Grau I
35 a 39,9 Muito Alto Obesidade Grau II
Obesidade Grau III
40 ou mais Extremo
(”Mórbida”)

Também deve-se atentar para não reduzir seu índice de massa corporal para menos de 18,
pois o quadro pode se inverter para desnutrição ou baixo indice de massa, o quê também
pode representar riscos à saúde.
Mas, em adição ao acompanhamento de sua massa corporal através do IMC, busque
realizar atividades físicas regularmente. É importante considerar que digo “atividade
física” como qualquer movimento corporal produzido por músculos esqueléticos que
resulta em gasto energético, ou seja, que exercício é uma atividade física planejada e
estruturada com o propósito de melhorar ou manter o condicionamento físico, bem estar
pessoal e interpessoal, aliando um ganho positivo interno ao organismo e outras
condições alheias a uma qualidade de vida ideal para cada indivíduo. O exercício
apresenta uma série de benefícios para o paciente obeso, melhorando o rendimento do
tratamento com dieta. Entre os diversos efeitos se incluem:
· Diminuição do apetite;
· Aumento da ação da insulina (essencial para diabéticos também);
· Melhora do perfil de gorduras (redução dos níveis de LDL e aumento do HDL,
considerado bom colesterol);
· Melhora da sensação de bem-estar e auto-estima.
O paciente deve ser orientado a realizar exercícios regulares, pelo menos de 30 a 40
minutos, ao menos 3 vezes por semana, inicialmente leves e a seguir moderados dentro
de algumas semanas. Esta atividade, em algumas situações, pode requerer profissional e
ambiente especializado, sendo que, na maioria das vezes, a simples recomendação de
caminhadas rotineiras já provoca grandes benefícios, estando incluída no que se
denomina “mudança do estilo de vida” do paciente.
Porém, antes de sair por aí correndo, pedalando ou praticando exercícios sem estar
habituado com a intensidade e a prática, procure um profissional da área da saúde e
realize exames de níveis glicêmicos (açúcar no sangue), colesterol total e fragmentado,
pressão arterial sistólica e diastólica em repouso sentado e em atividade leve, e caso tenha
interesse, peça para que realize a conferência das medidas antropométricas gerais
(circunferências e dobras cutâneas), para poder comparar esses resultados iniciais depois
de algumas semanas ou meses e acompanhar seu processo de evolução com o
treinamento. Isso pode ser um ponto chave para a continuidade da prática de exercícios
pelo indivíduo, pois visivelmente através dos resultados colhidos nas amostras o paciente
ou aluno terá condições de se auto-avaliar e buscar vencer cada vez mais barreiras que
antes o impediam de realizar a(as) atividade(s) do presente.
Referências:
PDAMED - Dicionário Digital de Termos Médicos 2007 (pdamed.com.br)
Mapa da saúde do brasileiro - Portal da Saúde - Governo federal (portal.saude.gov.br)
World Health Organization (who.int/en/)
Escrito por Rafael Fuck
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A arte do Movimento Humano…


É com grande emoção e prazer que começo a escrever no site sobre aquilo que mais
admiro na minha área de atuação: o Movimento Humano.
Já na antiguidade se valorizava e respeitava o culto ao corpo, sendo geralmente por
desenhos ou esculturas que se demostravam as diferentes maneiras de expressão corporal
e maneiras de movimentar-se, comunicando-se para com o mundo e à cada um que
observava sua imagem, de uma maneira diferente.
Ao homem foram concedidas certas diferenças anatomicas e neurofuncionais de grande
importância para o seu processo de evolução, constante, de maneira que ele pôde sonhar,
visualizar, criar, utilizar, refletir, aperfeiçoar e re-utilizar em prol de beneficio próprio ou
alheio.
Este blog tem o objetivo de propor um diálogo com o estudante, profissional e
pesquisador das áreas da saúde e do movimento humano, discutindo temas comuns,
dúvidas e pareceres acerca do ser humano e suas possibilidades.
Já que iniciei comentando sobre o ato de sonhar,visuaizar, criar e evoluir, convido-os a
assistir o vídeo de um violonista chamado Andy Mckee, numa performance em seu
próprio estúdio, indo além da compreensão de “domínio das habilidades e capacidades
motoras”.

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