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Prof. Dr.

Luiz Henrique Amarante

• Farmacêutico-Bioquímico
• Especialista em Toxicologia
• Ph.D. em Farmacologia e Fisiologia

Farmacologia Clínica dos Antiparasitários

Prof. Dr. Luiz H. Amarante

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Os protocolos de tratamento sugeridos neste
curso foram extraídos de

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O QUE SÃO
PARASITAS?

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2
mistertube.blogspot.com/2009/07/vai-uma-pizza...
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PARASITAS

São seres que vivem em associação


com outros (hospedeiros), dos quais retiram os
meios para a sua sobrevivência,
normalmente prejudicando-os

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CLASSIFICAÇÃO: localização no hospedeiro

Piolhos
Pulgas
Ectoparasitas Carrapatos
Ácaros
Sanguessugas

Helmintos
Endoparasitas Protozoários
Hemoparasitas (tripanossoma, plasmódio)

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CLASSIFICAÇÃO: número de hospedeiros

Monoxenos/monogenéticos Ascaris lumbricoides


(Realizam o seu cicio evolutivo em um
único hospedeiro) Enterobius vermicularis

Heteroxenos/digenéticos Shistossoma mansoni


(Precisam mudar de hospedeiro para
completarem o seu ciclo evolutivo) Tripanossoma cruzi

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CLASSIFICAÇÃO: número de células

Pluricelulares Infestação

Unicelulares Infecção

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Bactérias, Fungos, Vírus e Prions são parasitas?

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EPIDEMIOLOGIA DAS PARASITOSES

DOENÇA DE POBRE? 11
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MORTALIDADE INFANTIL. BRASIL, 2009

“A taxa atual (19,3/1000 nascidos vivos) é


semelhante a dos países desenvolvidos no
final da década de 60, e cerca de três a
seis vezes maior do que a de países como
o Japão, Canadá, Cuba, Chile e Costa
Rica, que apresentam taxas entre
3 e 10/1000 nascidos vivos”
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações
Programáticas. Saúde da Criança e Aleitamento Materno, 2009
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MORTALIDADE INFANTIL. BRASIL, 2009

Mortalidade infantil: 0 a 365 dias de vida


Mortalidade neonatal: 0 a 27 dias de vida (70%)
Mortalidade neonatal precoce: 0 a 6 dias de vida (50%)
Primeiro dia de vida (25%)

As doenças infecciosas e parasitárias ocupam a


terceira colocação como causa de óbito em crianças
com até um ano de vida

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações


Programáticas. Saúde da Criança e Aleitamento Materno, 2009
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MORTALIDADE INFANTIL. BRASIL, 2009

Região Mortalidade Infantil


(por 1000 NV)
Sul 12,9
Sudeste 13,8
Centro-Oeste 16,9
Norte 21,7
Nordeste 27,2
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações
Programáticas. Saúde da Criança e Aleitamento Materno, 2009
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DOENÇA DO TERCEIRO MUNDO?

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Três bilhões de humanos apresentam


algum tipo de parasitose

Constituem-se no maior problema de


saúde pública mundial

São as doenças mais desprezadas


pelos órgãos públicos e
pelas indústrias farmacêuticas
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DOENÇA DE CHAGAS

Carlos Chagas

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Evolução da Doença de Chagas Aguda. Brasil, 2000-2008

Fonte: Boletim Eletrônico Epidemiológico • SVS/MS 17. Ano 9, número 1, junho 2009.
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Doença de Chagas Crônica

“No Brasil, atualmente, predominam os casos


crônicos decorrentes de infecção por via
vetorial, com aproximadamente três milhões
de indivíduos infectados”.

Fonte: Boletim Eletrônico Epidemiológico • SVS/MS 17. Ano 9, número 1, junho 2009.
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LEISHMANIOSE VISCERAL

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http://www.veludo.net/site/imagens/saude/leishmaniose.bmp

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LEISHMANIOSE VISCERAL

500 mil novos casos/anuais/mundo de


Leishmaniose Visceral,
com 59 mil óbitos

Fonte: Boletim Eletrônico Epidemiológico • SVS/MS 17. Ano 9, número 1, junho 2009.
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Casos de LV, segundo região de residência. Brasil, 2000-2007

Norte Nordeste

Sudeste Centro-Oeste

Fonte: Boletim Eletrônico Epidemiológico • SVS/MS 17. Ano 9, número 1, junho 2009.
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Casos de LV, segundo idade e sexo. Brasil, 2007

No ano de 2007 foram confirmados 3.204


casos de LV no Brasil

40,2% dos casos (1.287) ocorreram em


menores de 5 anos

61,9% do total de casos (1.984) ocorreram


no gênero masculino

Fonte: Boletim Eletrônico Epidemiológico • SVS/MS 17. Ano 9, número 1, junho 2009.
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Estratificação dos casos de LV. Brasil, 2005-2007

Classes (número de municípios)


Sem transmissão (4.484)

Transmissão esporádica (1.058)

Transmissão moderada (127)

Transmissão intensa (132)

Fonte: Boletim Eletrônico Epidemiológico • SVS/MS 17. Ano 9, número 1, junho 2009.
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Taxa de letalidade de LV. Brasil 2000-2007

Fonte: Boletim Eletrônico Epidemiológico • SVS/MS 17. Ano 9, número 1, junho 2009.
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MALÁRIA

Red blood cell bursting after infection of malaria


scienceblogs.com 26

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MALÁRIA

Infectados:
2,4 bilhões de humanos (90% na África)
40% da população mundial

Óbitos:
3.000 crianças por dia na África Subsaariana
(1 milhão por ano)

2,7 milhões humanos por ano, no mundo

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ASCARIDÍASE

25% da população mundial (1,5 bilhão)

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DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS COM TENDÊNCIA
DECLINANTE

Varíola → erradicada em 1973


Poliomielite → erradicada em 1989
Sarampo → interrupção em 2000 (57 não autóctones até 2006)
Tétano neo-natal → menos de 1/1.000 NV
Tétano acidental
Raiva
Difteria e Coqueluche
Febre tifóide
Doença de Chagas
Oncocercose
Filariose
Leshimanioses Tegumentar e Visceral
Peste 29

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DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS COM QUADRO DE


PERSISTÊNCIA

Hepatites virais → de evolução grave (óbito)


Tuberculose → 40/100.000 habitantes
Leptospirose → de evolução grave (óbito)
Tétano neo-natal → menos de 1/1.000 NV
Meningites
Meningites meningocócicas B e C → letalidade > 10%
Meningite Haemophilus influenzae tipo B → queda relativa
decorrente da vacinação em crianças com menos de 1 ano a partir de 1999
Malária → 99% dos casos na Amazônia
Febre amarela → com ampliação da área endêmica e
alta letalidade

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DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS EMERGENTES E
REEMERGENTES

AIDS → 17,2/100.000 habitantes

Cólera

Dengue → 2,5 bilhões de humanos correm risco de se


contaminar.
50 – 100 milhões novos casos/ano.
21 mil morte/ano/mundo

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Quer saber mais sobre as epidemias?

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PESTE E EPIDEMIAS VIRAIS:
História e Tratamento

www.amaranteconsultoria.com.br

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PRINCIPAIS
ENDOPARASITOSES

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INFESTAÇÃO
POR HELMINTOS

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HELMINTOS PATOGÊNICOS

Helmins (grego) = vermes, apresentam tecidos e órgãos complexos

Nematódeos

HELMINTOS Trematódeos

Cestódeos

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HELMINTOS PATOGÊNICOS
Ascaris lumbricoides
Enterobius vermicularis
Strongyloides stercoralis
Nematódeos
Intestinais Ancylostoma duodenalis
Ancilostomídeos
Necatur americanus

Toxocara canis (larva migrans)


Trichinella spiralis
Nematódeos Wuchereria bancrofti e outras filárias
Teciduais
Onchocerca volvulus
Trichuris trichiura
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HELMINTOS PATOGÊNICOS

Schistosoma manzoni
S. japonicum

Trematódeos S. haematobium
Paragonimus westermani

Fasciola hepatica

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HELMINTOS PATOGÊNICOS

Taenia saginata → bovinos

T. solium → suinos
Cestódeos Hymenolepis nana → roedores e insetos

Diphyllobothrium latum → peixes e crustáceos


de água doce

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FARMACOTERAPÊUTICA DAS
HELMINTOSES

www.colegiosaofrancisco.com.br

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FÁRMACOS ANTI-HELMÍNTICOS

Albendazol
Mebendazol Benzimidazóis
Tiabendazol
Piperazina
Dietilcarbamazina
Ivermectina
Oxamniquina
Praziquantel
Pirantel
Derivados da tetrahidropirimidina
Oxantel
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BENZIMIDAZÓIS

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ALBENDAZOL: Farmacocinética

Irregular – de 5% a 10% por VO


Absorção
Aumentada com alimentos gordurosos

Hepática

Metabólitos ativos:
Biotransformação Sulfóxido de Albendazol e Sulfonas,
com alta ligação à albumina e ampla
distribuição, inclusive no SNC
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ALBENDAZOL INJETÁVEL

Sulfóxido de Albendazol - SC

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ALBENDAZOL: Farmacocinética

Excreção Urinária e biliar

CPMM: 3 horas

Biodisponibilidade t ½: 8 a 12 horas

100 x maior que o mebendazol

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MEBENDAZOL: Farmacocinética

Irregular – 5% a 10% por VO


Absorção
Aumentada com alimentos gordurosos

Hepática
Biotransformação
Metabólitos Inativos

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MEBENDAZOL: Farmacocinética

Excreção Urinária e biliar: 24 a 48 horas

Biodisponibilidade 100 x menor que o mebendazol

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TIABENDAZOL: Farmacocinética

Rápida

Absorção CPMM: 1 à 2 horas

t ½: 1,2 horas

Absorvido pela pele

Hepática
Biotransformação
Excreção em até 48 horas
48

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BENZIMIDAZÓIS: Farmacodinâmica

Liga-se à β-tubulina livre, inibindo a sua


polimerização e a formação de microtúbulos
o que diminui a captação de glicose
dependente de microtúbulos e de proteínas
motoras pelo verme

Redução na formação
de ATP, necessário
para a sobrevivência
Paralisia e
e reprodução do verme
morte do
verme
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BENZIMIDAZÓIS: Farmacodinâmica

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BENZIMIDAZÓIS: Toxicidade

Diarréia
Náuseas
Vômito Não usar
Dor abdominal
Anorexia em grávidas – Embriotóxicos
Alucinações - Teratogênicos
Convulsões
Menores de 2 anos de idade
Agranulocitose - convulsões
Alopécia
Embriotoxicidade
Teratogenicidade
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BENZIMIDAZÓIS: Uso Clínico


Doença Hidática
Cisticercose
Ascaridíase
Ancilostomíase
Enterobíase

Tem efeito ovicida em:

A. lumbricoides
A. duodenalis e
T. trichiura 52

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BENZIMIDAZÓIS: Uso Clínico

Devem ser administrados com estômago


vazio para combater parasitas intraluminais e
com alimentos gordurosos para combater
parasitas teciduais

53

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BENZIMIDAZÓIS: Uso Clínico

O tiabendazol é fármaco é alternativo para o


tratamento da strongiloidíase, com índices de
cura de 93%

Pode ser usado topicamente no tratamento da


larva migrans cutânea, porém prefere-se o
albendazol por via oral, por ser menos tóxico
54

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BENZIMIDAZÓIS: Uso Clínico
Ascaridíase, Ancilostomíase, Enterobíase, Teníase

Mebendazol:
100mg, 2 vezes ao dia, durante 3 dias consecutivos
Não é recomendado seu uso em gestantes.
Essa dose independe do peso corporal e da idade.

Albendazol:
1 comprimido de 400 mg mastigável, em dose única
10ml de suspensão (5ml=200mg)

Tiabendazol (não preconizada Ministério da Saúde):


25 mg/kg de peso corporal, 2 vezes ao dia, durante
2-3 dias consecutivos.
A dose máxima é de 3 g (6 comprimidos). 55

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BENZIMIDAZÓIS: Uso Clínico

Neurocisticercose

Albendazol:
15mg/dia, durante 30 dias, dividida em 3
tomadas diárias, associado a 100mg de
Metilpredinisolona, no primeiro dia de
tratamento, a partir do qual se mantém
20mg/dia, para reduzir a resposta
inflamatória, conseqüente à morte dos
cisticercos
56

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Neurocisticercose: Outros Fármacos

Praziquantel:
50mg/kg/dia, durante 21 dias, associado
à Dexametasona

O uso de anticonvulsivantes, às vezes,


se impõe, pois cerca de 62% dos
pacientes desenvolvem epilepsia
secundária ao parasitismo do SNC

Na teníase usa-se Praziquantel, VO, dose


única, 5 a 10mg/kg de peso corporal;
57

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PIPERAZINA

DIETILCARBAMAZINA
58

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PIPERAZINA: Farmacocinética

Absorção e Absorção rápida e quase completa


Biodisponibilidade CPMM: 2 à 4 horas

A maior parte da droga é


Biotransformação excretada na sua forma
e Excreção inalterada na urina,
entre 2 à 24 horas
59

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DIETILCARBAMAZINA:
Farmacocinética
Absorção rápida e quase completa
Absorção
CPMM: 1 à 2 horas
e Biodisponibilidade
t ½: 2 a 3 horas em urina ácida
t ½: 10 horas em urina alcalina

É necessário o ajuste da dose em


pacientes com alcalose persistente
ou com nefropatia 60

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PIPERAZINA: Farmacodinâmica

Paralisa a junção neuromuscular do verme:


1- Efeito anticolinérgico
2- Mimetiza GABA

Desprende os vermes do intestino, que são


expelidos vivos pelo peristaltismo normal

61

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DIETILCARBAMAZINA: Farmacodinâmica

Imobiliza as microfilárias e altera a sua estrutura


superficial, deslocando-as dos tecidos e as
tornando mais susceptíveis à ação dos
mecanismos de defesa do hospedeiro.

Sua ação sobre o verme adulto não é


compreendida

62

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PIPERAZINA E DIETILCARBAMAZINA: Toxicidade

Diarréia
Náuseas
Vômito
Dor abdominal
Caimbra abdominal
Cefaléia Não usar
Vertigem
Em grávidas
Letargia
Pacientes com doença renal
Pacientes com doença hepática
Em epilépticos ou com doença
neurológica crônica
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PIPERAZINA E DIETILCARBAMAZINA: Uso Clínico

Ação contra nematódeos


Uso suplantado pelos benzimidazóis

A dietilcarbamazina tem bom efeito contra


microfilárias de W. bancrofti na circulação
sanguínea, mas pouco efeito sobre
os vermes adultos na circulação linfática
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IVERMECTINA

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IVERMECTINA

Potencializa a neurotransmissão GABAérgica

Ativa canais de cloreto regulados pelo glutamato,


presentes apenas em invertebrados

Ativação nicotínica intensa

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IVERMECTINA: Toxicidade

Pouca afinidade pelo SNC em doses baixas

Doses altas:

Letargia
Ataxia
Midríase
Tremores
Morte

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IVERMECTINA: Uso Clínico

Fármaco de escolha na oncocercose,


que provoca a “cegueira dos rios”
(80% de redução)

Tem ação sobre W. bancrofti

Tem atividade contra:


A. lumbricoides, T. trichuris, E. vermicularis, S. stercoralis
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DERIVADOS DA TETRAHIDROPIMIDINA

PIRANTEL

OXANTEL
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PIRANTEL E OXANTEL:
Farmacocinética

Pouco absorvidos pela via oral

CPMM: 1 à 3 horas

50% excretados inalterados nas fezes

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PIRANTEL E OXANTEL:
Farmacodinâmica

Bloqueio neuromuscular que paralisa o verme:

1- Aumento da liberação de acetilcolina


2- Inibição da colinesterase

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PIRANTEL E OXANTEL: Toxicidade

Reações adversas incomuns, leves e transitórias:

Distúrbios do TGI
Cefaléia
Sonolência ou insônia
Exantema
Febre
Fraqueza muscular
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PIRANTEL E OXANTEL: Uso Clínico

Eficazes contra os vermes luminares,


Mas não contra os vermes teciduais ou contra os ovos

Ascaridíase, Oxiurose, Ancilostoíase:


11mg/kg, em dose única repetida após 2 semanas

Ascarical®
Frasco com 45 ml; caixa com 3 comprimidos de 500 ou 750mg
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ESQUISTOSSOMOSE
300.000.000 de infectados no mundo
10.000.000 de infectados no Brasil

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ESQUISTOSSOMOSE

Cercária de S. mansoni
Ovo de S. mansoni

Fêmea dentro do canal ginecófaro do macho 75

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ESQUISTOSSOMOSE

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Tenho que fazer
A minha monografia.
Por onde começo?

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39
79

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80

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40
81

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ESQUISTOSSOMOSE: Tratamento

Praziquantel
Via oral, em dose única.
Crianças a partir de 2 anos: 60mg/kg
Adultos: 50mg/kg.

CESTOX ®

Embalagens com 12 comprimidos de 150 mg

CISTICID ®

Embalagens com 50 comprimidos de 500 mg 84

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ESQUISTOSSOMOSE: Tratamento

Oxamniquina - segunda escolha

Via oral, em dose única.


Crianças a partir de 2 anos: 20mg/kg
Para adultos: 15mg/kg
MANSIL ®

Cápsulas: embalagens com 6 cápsulas de 250 mg

Suspensão Oral 50 mg/ml: embalagem contendo


frasco com 12 ml
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PRAZIQUANTEL

86

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PRAZIQUANTEL: Farmacocinética

Absorção rápida e quase completa


(aumentada na presença de alimentos
ricos em carboidratos ou associada
Absorção e à cimetidina)
Biodisponibilidade

CPMM: 1 à 3 horas

t ½: 0,8 à 1,5 horas

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PRAZIQUANTEL: Farmacocinética

Hepática

Biotransformação
Produtos hidroxilados inativos
e Excreção

Excretados pelos rins (até 80%)


e pela bile (até 35%)

88

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PRAZIQUANTEL: Farmacodinâmica

Aumento da permeabilidade ao cálcio, causando


contração na musculatura do verme, paralisia e morte

Paralisa e desloca o verme das vênulas terminais do


mesentério, que migram para o fígado onde são mortos

Modifica o verme tornando-o mais susceptível ao


sistema imune
89

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PRAZIQUANTEL: Toxicidade

Em doses clínicas os efeitos são raros e leves


Distúrbios do TGI
Dor muscular
Vertigem
Erupções cutâneas
Febre baixa

90

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45
PRAZIQUANTEL: Uso Clínico

Esquistossomose

Teníase

Neurocisticercose

91

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Praziquantel na Neurocisticercose e
Teníase

Neurocisticercose
50mg/kg/dia, durante 21 dias, associado
à Dexametasona

Teníase
Dose única, 5 a 10mg/kg de peso corporal

92

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46
OXAMNIQUINA

93

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OXAMNIQUINA: Farmacocinética

Absorção rápida e quase completa


Absorção e
Biodisponibilidade t ½: 1 à 3 horas

Metabolizada no fígado e
Biotransformação Parede intestinal a metabólitos
e Excreção Inativos, que são excretados
na urina até 12 horas
94

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OXAMNIQUINA: Farmacodinâmica

Seu mecanismo de ação é incerto.


Existem sugestões de ação tóxica seletiva
sobre o DNA do verme, que concentra o fármaco
É certo que paralisa e desloca o verme das vênulas
terminais do mesentério, que migram para o fígado
onde são destruídos
As fêmeas que sobrevivem retornam ao mesentério,
mas perdem a capacidade de por ovos
95

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OXAMNIQUINA: Toxicidade

Cefaléia e vertigem em 30 a 95% dos pacientes


Rachaduras na pele
Distúrbios neurológicos
Reações alérgicas que se manifestam vários
dias após o tratamento e, por isso, podem estar
relacionadas à liberação de partes do trematódeo morto

96

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48
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INFECÇÃO POR
PROTOZOÁRIOS

98

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49
PARASITISMO INTRACELULAR COMO
MECANISMO DE DEFESA AO SISTEMA IMUNE

99
LINFÓCITO
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Sistema Imune

Reconheceu Não-Reconheceu
Como Invasor Como Invasor

Resposta Imune Tolerância

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50
RESPOSTA IMUNE CELULAR

LT CIT
CAA LT CIT

IL-1

LTaux
Célula ativada

LT proliferação
LT CIT
Lise
Celular LT

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RESPOSTA IMUNE CELULAR

Agentes: Linfócitos T citotóxicos,


Linfócitos NK,
Linfócitos T Helper
Macrófagos (CAA)

Modulação: Citocinas – IL1, IL2, TNF-β, INF-ζ

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51
DOENÇAS CAUSADAS POR

PROTOZOÁRIOS E SEU

TRATAMENTO FARMACOLÓGICO

103

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MALÁRIA

Agente Etiológico Febre Hipnozoíta


Exoeritrocitário
Hepático
Plasmodium Terçã Maligna NÃO
falciparum

P. vivax Terçã Benigna SIM, por vários


anos
P. ovale Terçã SIM

P. malariae Quartã NÃO

104

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Ciclo Hepático

1- Formação do Merozoíta
2- Desenvolvimento do
Hipnozoíta (forma
latente da doença)

Ciclo Eritrocitário

105

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Fármacos Antimaláricos

1- Esquizonticidas Sanguíneos (ataque agudo)


2- Esquizonticidas Teciduais (cura radical)
3- Profiláticos causais
4- Fármacos que impedem a transmissão

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53
1- Esquizonticidas Sanguíneos

Impedem o desenvolvimento do Esquizonte

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Esquizonticidas Sanguíneos

São úteis para o tratamento do ataque agudo


(cura clínica ou supressiva)

Por atuarem nas formas eritrocitárias do plasmódio,


promovem a cura da malária por P. falciparum e por
P. malariae, que não apresentam estágio exoeritrocitário

Em P. vivax e P. ovale, suprimem o ataque


agudo, mas os hipnozoítos podem causar recidivas

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Esquizonticidas Sanguíneos

- Artemeter (erva qing hao chinesa)


- Lumefantrina
- Quinina
- Mefloquina
- Cloroquina
- Halofantrino
- Sulfonas
- Pirimetamina
- Proguanil
- Atovaquona
Os antibióticos tetraciclina e doxiciclina são úteis quando
associados aos esquizonticidas sanguíneos

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2- Esquizonticidas Teciduais

Impedem o desenvolvimento do Hipnozoíta

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Esquizonticidas Teciduais

Produzem cura radical da malária por


P. vivax e P. ovale,
porque atuam sobre as formas hipnozoítas
no fígado (exoeritrocitária)

Também destroem os gametócitos do plasmódio e,


por isso, também reduzem a disseminação de todas
as espécies de plasmódio

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Esquizonticidas Teciduais

CLOROQUINA, PRIMAQUINA e TAFENOQUINA

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3- Profiláticos Causais

Bloqueiam a ligação entre os estágios eritrocitário e hepático

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Profiláticos Causais

Matam os Merozoítos quando emergem do fígado

- Mefloquina
- Cloroquina
- Proguanil
- Pirimetamina
- Dapsona
- Doxacilina

São utilizados como quimioprofiláticos em indivíduos que


Pretendem viajar para regiões endêmicas

Nenhum esquema quimioprofilático é 100% eficaz


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4- Fármacos que impedem a transmissão

Destroem o gametócito

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Fármacos que impedem a transmissão

- Proguanil
- Primaquina
- Pirimetamina

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Fármacos antimaláricos preconizados
pelo Ministério da Saúde do Brasil
e disponibilizados gratuitamente pelo SUS

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infecções por P. vivax e P. malariae


Cloroquina
Crianças e adultos, devem receber 1 dose total de 25mg de
base/kg, administrada no transcorrer de 3 dias e não ultrapassando
a dose total de 1.500mg.

Um regime farmacocineticamente adequado consiste em


administrar 1 dose inicial de 10mg de base/kg, seguida de 5mg/kg,
6 a 8 horas após, e 5mg/kg, em cada 1 dos 2 dias seguintes.

Primaquina (somente para P. vivax)


Para a infecção por P. vivax, deve ser administrada juntamente com
um esquizonticida sangüíneo ativo, tal como a Cloroquina, a partir
do primeiro dia de tratamento, na dose de 0,50mg de base /kg de
peso, diariamente, durante 7 dias, ou na dose de 0,25mg/kg/dia,
durante 14 dias.

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infecções por P. falciparum

Esquema com Artemeter + Lumefantrina (Coartem®)

Comprimidos contendo uma combinação fixa de


Artemeter 20mg e Lumefantrina 120mg.

É o esquema de primeira linha para o tratamento do


P. falciparum

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infecções por P. falciparum

Esquema com Quinina + Doxiciclina

É utilizado como opção de segunda linha para o


tratamento do P. falciparum

Para reduzir efeitos colaterais, propõe-se o esquema de


Quinina associada à Doxiciclina:

30mg do sal de Quinina/kg/dia durante 3 dias e


3,3mg/kg/dia de Doxiciclina, de 12 em 12 horas
(exceto para crianças com menos de 8 anos de idade,
durante a gravidez e para hepatopatas), durante 5 dias

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Tratamento em grávidas

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AMEBÍASE

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AMEBÍASE: Complicações

Granulomas amebianos (amebomas) na


parede do intestino grosso

Abscesso hepático, pulmonar ou cerebral

Pericardite

Colite fulminante com perfuração

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AMEBÍASE: Tratamento Formas Intestinais


• 1ª opção: Secnidazol
Adultos: 2g, em dose única.
Crianças: 30mg/kg/dia, VO, não ultrapassando o máximo de
2g/dia.

Deve ser evitado no 1º trimestre da gravidez e durante a


amamentação.

• 2ª opção: Metronidazol
Adultos: 500mg, 3 vezes/dia, durante 5 dias
Para crianças: 35mg/kg/dia, divididas em 3 tomadas, durante 5 dias

• 3ª opção: Tinidazol
Adultos: 2g, VO, após uma das refeições, durante 2 dias 124

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AMEBÍASE: Tratamento Formas Graves

Amebíase intestinal sintomática ou Amebíase extraintestinal

Metronidazol:
Adultos: 750mg, VO, 3 vezes/dia, durante 10 dias.
Crianças: 50mg/kg/dia, durante 10 dias.

Tinidazol:
Adultos: 50mg/kg/dia, durante 2 ou 3 dias, a depender da clínica.
Crianças: 50mg/kg/dia, durante 2 ou 3 dias.

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AMEBÍASE: Tratamento

Não usar bebidas alcoólicas 1 dia antes do tratamento


e até 4 dias após o tratamento (efeito antabuse)

Medicamentos contraindicados em gestantes


126

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GIARDÍASE

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GIARDÍASE
Atinge principalmente a porção superior do intestino delgado.

A maioria das infecções é assintomática e ocorre tanto em


adultos, quanto em crianças.

A infecção sintomática pode apresentar-se de forma aguda


com diarréia, acompanhada de dor abdominal (enterite aguda)
ou de natureza crônica, caracterizada por fezes amolecidas,
com aspecto gorduroso, fadiga, anorexia, flatulência e
distensão abdominal.

Anorexia, associada com má absorção, pode ocasionar perda


de peso e anemia.

Não há invasão intestinal.


128

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64
GIARDÍASE: Tratamento

Não usar bebidas alcoólicas 1 dia antes do tratamento


e até 4 dias após o tratamento (efeito antabuse)

Medicamentos contraindicados em gestantes


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TRICOMONÍASE

Utilizar metronidazol
em dose única de 2g

Trichomonas vaginalis 130

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CONSIDERAÇÕES SOBRE OS FÁRMACOS

São bem absorvidos por via oral, com CPMM de 1 à 3 horas


e t ½ de 7 horas.

Matam os trofozoítos de E. Histolytica, mas não os cistos.

Podem deixar um gosto metálico no paciente.

O metronidazol é útil no tratamento da gastrite por H. pylori e


na rosácea

Podem causar o EFEITO DISSULFIRAM

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NADPH
Etanol
NAD

álcool desidrogenase
MEOS Catalase

Acetaldeído
oxidase aldeídica
aldeído desidrogenase

Acetato

Ciclo Krebs Acetil CoA Outras vias


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NADPH
Etanol
NAD

MEOS álcool desidrogenase Catalase

Acetaldeído TÓXICO

aldeído desidrogenase

Taquicardia
Hiperventilação
Pânico
dissulfiram Acetato Angústia

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TOXOPLASMOSE
Doença causada pelo Toxoplasma gondii.

Estima-se que 70 a 95% da população mundial esteja contaminada


Apresenta quadro clínico variado, desde infecção assintomática a
manifestações sistêmicas extremamente graves.

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TOXOPLASMOSE

135

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Manifestações da Toxoplasmose

1- Toxoplasmose febril aguda:


Assintomática ou com acometimento pulmonar, miocárdico,
hepático, cerebral, pneumonia difusa, miocardite, miosite,
hepatite, encefalite e exantema maculopapular.

2- Linfadenite toxoplásmica:
Linfadenopatia localizada, especialmente em mulheres e, em
geral, envolvendo os nódulos linfáticos cervicais posteriores ou,
mais raramente, linfadenopatia generalizada.

3- Toxoplasmose ocular:
Atinge de 30 a 60% dos doentes e pode levar à cegueira por
lesão na retina.

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Manifestações da Toxoplasmose

4- Toxoplasmose neonatal:
Infecção intrauterina, variando de assintomática à letal.
O feto pode apresentar a tétrade de Sabin: microcefalia com
hidrocefalia, coriorretinite, retardo mental e calcificações
intracranianas.

5- Toxoplasmose no imunodeprimido:
As lesões são focais e vistas com maior freqüência no
cérebro e, menos freqüentemente, na retina, miocárdio e
pulmões.
As condições mais comumente associadas a essa forma são
AIDS, doença de Hodgkin e uso de imunossupressores.

6- Toxoplasmose na gravidez:
Iniciar terapia quando a mãe estiver na fase aguda da doença.
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TOXOPLASMOSE: Tratamento

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TOXOPLASMOSE: Tratamento na Grávida
Espiramicina: 750 a 1.000mg, VO, a cada 8 horas

Clindamicina: 600mg, VO, a cada 6 horas.

Prednisona (na forma ocular da doença): 40mg/dia


de Prednisona, por uma semana, e 20mg/dia por
mais 7 semanas, para reduzir a necrose e a
inflamação e minimizar a cicatriz.

Está contra-indicado o uso de Pirimetamina


no 1º trimestre de gravidez, pois é teratogênica, e
de Sulfadiazina, no 3º trimestre, pelo risco de
desenvolver kernicterus.
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INFESTAÇÃO POR
ECTOPARASITAS

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PEDICULOSE

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PEDICULOSE

Doença parasitária causada por piolhos,


insetos da ordem Phthiraptera, que
compreende mais de 3 mil espécies.

No couro cabeludo: Pediculus humanus

Nos órgãos genitais: Pthirus pubis


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PEDICULOSE: Tratamento Tópico

Deltametrina
Loções e shampoos a 0,2 mg/ml ou sabonetes: uso diário por 7 a 10
dias.

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PEDICULOSE: Tratamento Tópico

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Sarcoptes scabiei

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ESCABIOSE: Complicações

Infecções secundárias pela “coçadura”, que, quando causada


pelo estreptococo ß hemolítico, pode levar à glomerulonefrite.

Em pacientes imunocomprometidos e idosos, há risco de se


estender como uma dermatite generalizada, com intensa
descamação.

A forma intensamente generalizada é denominada de sarna


norueguesa.

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ESCABIOSE: Tratamento Oral

Ivermectina:
Dose única, VO, obedecendo a escala de peso corporal:

15 a 24kg: 1/2 comprimido


25 a 35kg: 1 comprimido
36 a 50kg: 1 1/2 comprimido
51 a 65kg: 2 comprimidos
65 a 79kg: 2 1/2 comprimidos
80 kg ou mais: 3 comprimidos

A dose pode ser repetida após 1 semana.

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ESCABIOSE: Tratamento Tópico
Permetrima
Creme a 5%, uma aplicação à noite, por 6 noites

Deltametrina
Loções e shampoos a 0,2 mg/ml ou sabonetes: uso diário por 7 a 10
dias.

Enxofre a 10% diluído em petrolatum


Usado grávidas e crianças abaixo de 2 anos.

Pode-se usar antihistamínicos (Dexclorfeniramina, Prometazina),


para alívio do prurido. 149

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Está garantido na Constituição Federal:


“A Saúde é um direito de todos e um dever do Estado”.
E de acordo com os princípios que regem o SUS, a assistência
deve ser universal, igualitária e equitativa.
Ou seja, além de oferecer o atendimento indiscriminado, a
pessoa deve ser tratada na sua individualidade.
Não basta acolher a todos para que o tratamento seja bem
sucedido. Há que se levar em consideração as especificidades
de cada paciente.
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