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Objetivos da unidade
Apresentar algumas possibilidades de exploração de mídias digitais como suporte a atividades
pedagógicas.
Apresentar algumas novas possibilidades pedagógicas que trazem as mídias digitais.
Apresentar os repositórios de mídia da Internet, em particular, os do MEC.
Apresentar o portal do professor como ambiente em que podem encontrar sugestões de uso de mídias,
debater formas de uso bem como colocar disponível para terceiros as experiências que vierem a
desenvolver.
Estimular o uso de recursos de autoria em mídias digitais (programas, equipamentos e linguagens).
Objetivos de aprendizagem
Espera-se que ao fim desta unidade que os cursistas sejam capazes de:
Planejar aulas e atividades escolares que incluam o uso de material digital em mídias diversas.
Criar produtos digitais que incluam alguns outros meios além do textual.
Propor atividades em que os alunos criem produtos mesclando mídias diversas.
Conhecer parte do que têm disponível em meios além do exclusivamente textual nos computadores de suas
escolas e saber como acessá-los.
Conhecer parte do que têm disponível em meios além do exclusivamente textual em repositórios da Internet
e saber como acessá-los, em particular os oferecidos pelo MEC e pelos sistemas públicos da região em que
atua.
Buscar no Portal do Professor sugestões de uso de produtos em multimeios.
Postar no Portal do Professor suas sugestões de uso de produtos em multimeios.
1ª Semana Conhecer alguns ambientes que disponibilizam materiais em meios diversos (Portal do Professor, P ortacurtas, Youtube, os
DVDs da TV Escola que estão copiados no Linux Educacional).
Atividade 3.2: navegando por vídeos e outras mídias – navegação e registro de comentário em hipertexto sobre arquivos
que contenham vídeos, animações, áudio ou qualquer mescla destes (inclusive com texto) e lhes pareçam interessantes.
Atividade 3.3 :Compartilhando a atividade – apresentação a colegas do que conheceu e da classificação dos objetos
considerados interessantes pelos critérios do Portal do Professor.
Leitura obrigatória: Entrevista com Lucas Ciavatta.
2ª Semana Criar um projeto de atividade com alunos para uso de objetos em mídias digitais.
Atividade 3.3: apresentação hipertextual com esboço de atividade utilizando um dos produtos que encontrou.
Atividade 3.4: planejando uma atividade usando mídias digitais.
3ª Semana: Autoria de objetos hipermídia: criar um objeto multimídia incorporando algum ou alguns objetos que tenham analisado e
sua proposta de uso.
Atividade 1: executar a atividade planejada com uma turma, analisá -la e avaliá -la com sua dupla e registrar a avaliação
com as propostas de reformulação cabíveis.
Atividade 2 : criar um produto hipermídia em editor de apresentações. Perceber que a interface muda no que é
característico de cada programa ou produto que estará sendo criado mas não muda muito nas coisas que são gerais. Isto é,
aprendendo sobre um programa, começa-se a dominar vários.
Sugestões: Animação com texto e poucas imagen s (fazendo transição automática de slides com tempo 0), hipermídia em
que se clicando em uma imagem apareça um texto e depois outra imagem e depois um som.
Baixar e instalar o Audacity. (Não vimos comentários sobre o Audacity no conteúdo)
PRÁTICA PEDAGÓGICAS E MÍDIAS DIGITAIS
Você imagina uma música que seja tocada com o corpo humano? Bem, agora imagine uma música que, para ser
tocada, precise do corpo humano em movimento. Agora pense em como seria uma música que para ser tocada
precise de muitos corpos em movimento. Sim, sim, só os corpos, os únicos instrumentos são corpos em
movimento. Mas é de música que estamos falando, portanto não podem ser corpos em qualquer movimento,
precisam ser movimentos coordenados, um trabalho... Vamos deixar essa conversa para lá, veja o vídeo e
depois conversamos.
ATIVIDADE 3.1:
Saltos no tempo do Bloco do Passo: http://br.youtube.com/watch?v=L3XlxbNxjqg ou
http://www.opasso.com.br/
(cerca de 45 min)
2. Conversem sobre isso um pouco. Em casa, poderão ler uma entrevista com Lucas Ciavatta, professor de
música, maestro e criador do grupo Método do Passo, sobre como foi compor e executar esta obra. Ele
conversa conosco sobre como foi a criação da obra e por que fez a partitura desta forma como vocês a viram. Por
falar nisso, você consegue entender a partitura? Ou será que é preciso algum treinamento, alguma
aprendizagem para isso? Fica claro que o suporte tecnológico permitiu criar uma linguagem, uma forma de
expressão que permite comunicar esta partitura incomum? Antes de ler a entrevista que o Professor Lucas nos
deu para apresentar seu trabalho a vocês neste curso, faça uma visita ao site para conhecer um pouco mais do
trabalho deste grupo. Fica em http://www.opasso.com.br.
Reflexão:
Esse trabalho do Prof. Lucas com o Bloco do Passo inspira alguma idéia de como trabalhar na escola?
E para o trabalho com tecnologia, traz alguma idéia?
Considere o seguinte aspecto: cada um dos participantes do Bloco do Passo faz um movimento
diferente para que o trabalho seja o que é. Será que com computadores podemos fazer coisa semelhante,
delegando a cada membro de um grupo uma tarefa diversa e chegando a um trabalho que é de todos e de cada
um? Será que faz sentido desenvolver na escola um trabalho que resultará em aprendizagens e experiências
diversas para os diferentes alunos? Quase a mesma questão colocada sob outro prisma: será que alguma vez
todos os alunos de um mesma turma aprendem as mesmas coisas?
PRÁTICA PEDAGÓGICAS E MÍDIAS DIGITAIS
Quando trabalhamos com a produção de produtos sonoros (músicas, programas de rádio), de vídeos ou
animações, essa é uma implicação quase obrigatória. São trabalhos complexos, que exigem muitas atividades
complementares. Se for essa a opção que fizerem em seu trabalho, levar suas turmas a criar efetivamente
produtos como esses, precisarão organizar-se de forma que as tarefas sejam distribuídas e a cada um atribuída
uma função diversa.
Veja que, assim, podemos garantir que não vão todos aprender as mesmas coisas, pelo contrário, terão
experiências e vivências diversas, da mesma forma como acontece no mundo real, seja no trabalho seja com
produções amadoras. Mas algumas aprendizagens serão comuns. Um projeto assim pode levar ao
desenvolvimento, por todos, das seguintes aprendizagens, competências ou saberes:
1. capacidade de compreender o desenvolvimento de um projeto complexo por inteiro, tendo, cada um, a
visão do todo e sabendo como sua parte integra este todo;
2. capacidade de trabalhar em cooperação;
3. capacidade de atuar de forma interdependente na execução de sua tarefa, o que leva ao desenvolvimento
de autonomia;
4. domínio de processos básicos como, por exemplo, a expressão escrita, planejamento, capacidade de
análise, avaliação e organização. Esses são conhecimentos e práticas inerentes a todas as atividades
como fazer relatórios relativos à execução de suas tarefas, avaliar erros cometidos, prever soluções etc;
5. ampliação da autonomia intelectual e da auto-estima.
Vamos adiante, experimentar como isso pode funcionar para depois de vivenciar, analisar como se dão
essas relações e como se aprende ao participar de um projeto assim.
Esta atividade inclui um passeio por alguns sites na Internet e pelo material que está nos
computadores em sua escola para explorar o que há em forma de vídeos, arquivos de som e de imagem nesses
lugares. Se você tem acesso à Internet na escola, ótimo, poderá conhecer já estes sites ricos em material para
nós professores e, em seguida, compartilhar com seus colegas as descobertas.
A sugestão é que cada um permita a si algum tempo para navegar livremente por estas páginas. Clique
nos links, procure coisas que possam ser interessantes para você ou para seus colegas. Depois sentem juntos e
mostrem uns aos outros o que descobriram. Para isso, como a memória é fraca para guardar tanta informação
nova, não se esqueça de ir anotando os endereços das coisas interessantes que encontrar. Se o fizer em um
editor de textos em vez de fazer com lápis e papel, cada endereço será um link direto para a página. Com isso
você não precisará digitar esses endereços complicados a cada vez que quiser visitar uma página. Além disso,
já vai produzindo o material para o seu portfólio.
Para os que ainda não têm acesso à Internet na escola,anotem os endereços de sites interessantes e
voltem a eles assim que chegar a conexão com a Internet. Ou, se tiverem possibilidade de acesso em outro
lugar, visitem estes sites, vão encontrar ali diversão para todos os gostos. E muito o que aprender e ensinar
também, sem dúvida. Enquanto a Internet não vem, vamos dedicar mais tempo ao material que está nos
computadores de sua escola e conhecê-lo ainda melhor. Neste material, você encontra boa parte do que está nos
sites do MEC que vamos visitar.
PRÁTICA PEDAGÓGICAS E MÍDIAS DIGITAIS
Lembrete
Se não tiver acesso à Internet neste momento, leia as orientações da atividade para saber em que
contexto se situa e passe a fazê-la a partir dos passos 5 e 6 a seguir – Explorando o que há na escola.
2. Vá ao link “Recursos Educacionais”. Escolha as categorias que mais interessam a você (Nível de ensino,
Componente curricular, etc). Escolha alguns vídeos e animações para assistir, escute alguns dos arquivos de
áudio.
3. Crie um documento no editor de textos. Coloque como título “Produtos e Objetos do Portal do professor”.
Salve em sua pasta de trabalho com o nome unidade_3_Atividade_3.2_seu_nome
4. Anote, no documento, o título de cada produto de que gostar e coloque junto o endereço da página e um
comentário seu. Isso servirá para trocar com seus colegas. Esse documento deverá constar de seu portfólio.
Veja que este é um hiperdocumento, mas nem vamos mais fazer referência a isso: muitos serão assim daqui por
diante.
Eu, por exemplo, gostei da entrevista e do poema do escritor e professor Cesar Magalhães Borges que encontrei
nos arquivos de áudio do Portal do Professor. Na curta entrevista, ele fala sobre como vê a combinação entre
música e poesia. O poema “Mosca”, de sua autoria e declamado por ele, é interessantíssimo. Este arquivo eu
encontrei na página http://portaldoprofessor.mec.gov.br/resourceView.action?resourceId=9893. Eu já
coloquei meu comentário lá. Coloque você também os seus comentários para as peças que encontrar e gostar.
Coloque não só no Portal do Professor como no texto que está produzindo. Quer saber qual foi o meu
comentário? Avalio que o poema “Mosca” como dito (declamado) pelo autor na gravação pode ser uma forma
interessante e divertida para provocar alunas e alunos a trabalharem com onomatopéias em seus textos. É um
belo exemplo da riqueza comunicacional que há na poesia falada. Parece-me mais adequado para ser
trabalhado com estudantes do segundo segmento do ensino fundamental ou do ensino médio.
5. Explorando o que há na escola. Depois de conhecer o que há no pPortal do pProfessor, sugerimos que explore
um pouco do que já está na sua escola. Há três conjuntos de materiais que estão em cada computador que esteja
com o Linux Educacional: Domínio Público, Vídeos da TV Escola e Rived. Nesta atividade, vamos explorar
um pouco os vídeos da TV Escola (veja Iilustrações 1 e 2).
6. Passeie pela lista de vídeos, escolha alguns para assistir. Registre em seu documento os vídeos que você
imagina que possam ser úteis para alguém em sua escola. Você vai usar isso logo a seguir quando for trabalhar
com seus colegas.
7. Salve seu registro na pasta de documentos que você tem em sua escola e, a seguir, publique na Biblioteca, no
tema "Avaliações de produtos multimídia”.
Lembrete:
Se estiver fazendo o curso com acesso à Internet e usando o e-Proinfo, será na Biblioteca. Se estiver
trabalhando em rede local na sua escola, será na pasta que o formador definir com os cursistas.
PRÁTICA PEDAGÓGICAS E MÍDIAS DIGITAIS
1. Reúna-se com alguns colegas e apresentem uns para os outros os objetos que descobriram.
2. Ao fazer isso com os produtos da TV Escola, vão classificando esses objetos usando o padrão do Portal do
Professor. Isso vai ajudar vocês quando quiserem procurar os mesmos objetos em outro momento. A
finalidade de fazer isso em conjunto é para que idéias novas possam surgir: ao se reunirem educadores que
tenham interesses diversos e atuem em diferentes disciplinas e séries distintas, devem aflorar muitas e
diferentes visões. A diversidade, neste caso, pode trazer aumento de qualidade e de profundidade para as
análises que fizerem.
3. Vocês podem fazer um documento único reunindo as observações de todos. Se fizeram seus registros no
editor de textos, não terão muito trabalho para isso agora: basta copiar de cada um dos documentos individuais
e colar em um coletivo. Será boa idéia, provavelmente, formatar o documento para seguir um mesmo padrão
de organização em todos os comentários e registros.
Façam assim, coletivamente, a classificação do que encontraram. Depois salvem esse registro na pasta de
documentos de cada um para que todos tenham sempre acesso a uma cópia. A seguir, publiquem na Biblioteca,
no tema "Avaliações de produtos multimídia”.
Se estiver fazendo o curso com acesso à Internet e usando o e-Proinfo, será na Biblioteca. Se
estiver trabalhando em rede local na sua escola, será na pasta que o formador definir com os
cursistas.
PRÁTICA PEDAGÓGICAS E MÍDIAS DIGITAIS
O Portal do Professor e os materiais da TV Escola devem ser visitados por todos. A visita aos outros
sites deve ser feita de forma compartilhada e colaborativa. Combine com seus colegas de escola e
dividam entre vocês a tarefa de visitar alguns dos seguintes sites: Porta Curtas Petrobrás, Youtube ou Google
Vídeos, Cineduc, Programa Cine-educação, Kinema, Mnemocine e Beatrix.
Youtube http://br.youtube.com/
Google vídeos http://video.google.com/
O Youtube e o Google vídeos são muito parecidos em sua estrutura e na interface e a maior parte do
acervo é integrado. Acessar este acervo pelo endereço brasileiro do Youtube tem, para nós, a
vantagem de ser uma página com interface em português. Outro aspecto interessante do Youtube é
que ele permite que usuários cadastrados criem listas com os vídeos em que tem interesse.
PRÁTICA PEDAGÓGICAS E MÍDIAS DIGITAIS
Cineduc: http://www.cineduc.org.br/
Programa Cine-educação: http://www.cineedu.com.br/
Kinema: http://www.valeapena.org.br/kinema/
Mnemocine: http://www.mnemocine.com.br/
Beatrix: http://www.beatrix.pro.br/
Este texto de Graziela Giusti Pachane afirma que as inovações tecnológicas por si sós não produzirão as
mudanças e melhorias que desejamos na educação. A questão central está no que fazer com elas. Como
devemos nos preparar para que sejam nossas parceiras na busca por uma escola a cada dia melhor? É uma boa
leitura para nos ajudar a orientar nossas ações. O fascínio inicial (de alguns) pode motivar e seduzir para o uso
da tecnologia. Mas as mudanças em educação só virão se formos capazes de usar as tecnologias para fazer o
que não conseguíamos fazer sem elas. Vamos ao texto. Ele está disponível em
<http://143.106.58.55/revista/viewarticle.php?id=146> (acesso em 13/08/08) (PACHANE, Graziela Giusti.
O mito da telinha – ou o paradoxo do fascínio da educação mediada pelo computador. Educação Temática
Digital, Campinha, v. 5, n. 1, p.40-48, 2003. Disponível em
<http://143.106.58.55/revista/viewarticle.php?id=146>)
Foi uma semana cheia? Então descanse que semana que vem temos mais. Que tal ler um pouco para descansar
de tanta tecnologia? Escolha um texto no Domínio Público, há literatura para todos os gostos.
Para quem gosta de contos curtos, tem lá um livro delicioso do Lima Barreto: “ O Homem que Sabia Javanês e
Outros Contos”. Para quem gosta de cordel, tem alguns bem divertidos. Veja, por exemplo, “A chegada de
Lampião no Céu” de Guaipuan Vieira. É curtinho e divertido. Tem ainda poesia, histórias da música e de
músicos brasileiros e muito mais.
PRÁTICA PEDAGÓGICAS E MÍDIAS DIGITAIS
2. No primeiro slide, coloque um título (pode ser provisório) para a atividade que vai propor. Pode ser baseado
no produto em mídia digital que escolheu utilizar.
Reflexão:
Uma apresentação eletrônica é um produto em que colocamos só o essencial do que estamos
trabalhando. É um espaço de síntese e, por isso, contribui para o desenvolvimento desta capacidade
por quem o usa. Ao criar a apresentação, na medida em que ela vai sendo desenvolvida, vai-se
compreendendo cada vez melhor o que se pretende apresentar. Por isso, muito do que se escreve ali, em um
primeiro momento, é provisório, especialmente o título inicial. Depois, com a apresentação quase pronta,
volta-se a ele e dá-se forma final.
Esta é uma das características importantes de um programa de criação de apresentações para a educação.
Assim, mais do que colocar os alunos a assistir apresentações prontas, interessa levá-los a produzir as suas.
Quando assistem a uma apresentação, entendem o que seu criador pensou e como pensou. Quando criam as
suas, pensam por si e constróem a sua própria compreensão do tema tratado, constróem seu conhecimento. E o
fazem em interação com outros na medida em que incorporam produções de terceiros (imagens, sons, textos,
etc).
Aqui, mais uma vez, usar o que os outros fizeram dentro da sua síntese é uma forma de aprender em interação
com a produção intelectual dos outros, diferentemente da cópia cega, automática, sem reflexão nem análise
crítica.
PRÁTICA PEDAGÓGICAS E MÍDIAS DIGITAIS
3. Em um segundo slide, cite o(s) produto(s) em mídia digital que vai utilizar e, a seguir, os outros recursos
materiais que podem ser necessários. Não esqueça de citar onde se encontra(m) o(s) recurso(s) digital(ais)
que escolheu.
4. No terceiro slide, faça uma breve descrição da atividade que imaginou. Não deixe de incluir a série ou séries
para as quais pode ser proposta a atividade. Junto, faça referência ao que espera que os alunos aprendam com
ela. Se ajudar, pode citar os componentes curriculares envolvidos e competências que deve desenvolver.
Lembre-se, este é um produto em tópicos, rápido. Apenas cite os requisitos que parecerem mais importantes.
Para uma discussão aprofundada, usamos um espaço de textos ou hipertextos.
5. No último slide, insira o produto em mídia digital que pretende usar. Se for muito grande, coloque só um link
para ele.
6. Marque um encontro com alguns colegas de escola para apresentar sua idéia e colocá-la em discussão. Faça
isso junto com outros cursistas para que possam ver mais de uma proposta ao mesmo tempo e, assim, frente a
um panorama mais amplo de possibilidades, possam oferecer contribuições mais ricas.
Assista aos dois vídeos que se encontram no CD “Negros no Porão” e “Pau-Brasil”. São bem curtinhos e
podem trazer boas idéias.
PRÁTICA PEDAGÓGICAS E MÍDIAS DIGITAIS
Gostou dos vídeos? Essas duas peças foram concebidas e criadas pelo Videomaker Fernando Mozart
para serem exibidas nos intervalos da programação da TV Educativa.
Veja que, sem ser didático no sentido tradicional, cada um dos dois ensina na medida em que traz um
olhar interessante sobre um ponto da história brasileira. Em “Negros no Porão”, o autor aponta para a ligação
entre a escravidão e o tráfico de seres humanos da África para o Brasil em séculos passados e um aspecto que
resultou dessa imigração na criação de parte da genialidade deste povo. Neste vídeo, ele faz interferências em
uma gravura famosa de Rugendas, “Negros no Porão” (1840), e o mescla com imagem ainda mais famosa, do
Pelé fazendo uma bicicleta. A interferência que faz na imagem, animando e trazendo-a para uma imagem de
nossos dias, faz da peça, em minha opinião, uma aula de história sobre a formação de nossa cultura.
No outro, “Pau-Brasil”, com a animação feita sobre a pintura de Cândido Portinari, Fernando nos alerta
para onde leva o processo de desmatamento. Diz, de forma pictórica, que o preço pelo desmatamento
pagaremos nós mesmos; primeiro se vão as árvores e depois os humanos.
Mas o que nos interessa principalmente aqui é o trabalho de interferência concebido pelo Fernando e
realizado pelos animadores Henrique Olifier (Pau-Brasil) e a dupla Mauro Heitor e Marcelo Ferreira (Negros
no Porão). Veja que eles não se limitam a mostrar uma imagem e falar dela, eles fazem interferências nas
imagens, modificam-nas de forma a oferecer outra leitura.
Este é um tipo de atividade que podemos levar para nossas escolas com os recursos disponíveis nos
laboratórios de informática. Muito mais rico do que apenas apresentar produtos já existentes (vídeos, imagens,
textos) é interferir sobre eles, modificá-los, produzir novos objetos digitais que reflitam a visão e a
compreensão a que chegam os alunos.
Fica aqui como sugestão para incrementar as atividades que vocês vão planejar em pequenos grupos, a
seguir, para serem realizadas com suas turmas.
Bem, vamos agora ao mais interessante de tudo: criar a atividade prática que vão realizar com os alunos.
O encaminhamento é o mesmo que fizeram na unidade anterior, mas desta vez trabalhando com outro tema, as
mídias digitais.
1. A primeira tarefa será montar os grupos de trabalho (duplas ou trios). Sugerimos que formem os grupos
entre professores que tenham a oportunidade de se encontrar com freqüência e que tenham interesses
similares. Reunir o maior número possível de colegas e eleger os temas sobre os quais gostariam de
trabalhar é uma forma interessante de eleger as duplas.
2. Escolhida a dupla ou trio, voltem a mostrar uns para os outros as apresentações que fizeram na atividade
anterior. Incorporem, na medida do possível, as sugestões que tenham sido trazidas pelos colegas
quando a atividade foi discutida em grupo.
Elejam uma das atividades para ser planejada em maior detalhe e ser desenvolvida com os alunos. Podem
também criar uma inteiramente nova em decorrência das trocas havidas com os colegas.
PRÁTICA PEDAGÓGICAS E MÍDIAS DIGITAIS
O importante é que seja uma atividade que seja factível com os recursos de que vocês dispõem na escola. Para
planejar esta atividade podem e devem usar todos os recursos a que têm acesso como:
l usar e adaptar atividades que já tenham experimentado antes e que, com o uso da tecnologia possam ser
melhoradas;
l pedir ajuda a colegas com sugestões de atividades que possam ser úteis a outros grupos;
l pesquisar, no Portal do Professor e no Porta Curtas, atividades já desenvolvidas e experimentadas por
outros;
pesquisar na Internet e procurar atividades desenvolvidas em outras escolas.
Lembrete
O que buscamos aqui não é que vocês sejam capazes de desenvolver tudo, sozinhos, desde o zero, mas
que sejam capazes de planejar uma atividade, criticá-la com ajuda de colegas para aperfeiçoá-la, em
seguida, experimentá-la com seus alunos, avaliar o seu desenvolvimento para aprimorá-la e, por fim,
publicar a experiência para que outros possam lançar mão da criação de vocês.
4. Descrevam a atividade com tanto detalhe quanto possível. Coloquem essa descrição em um texto no
BrOffice.org Writer, salvem em suas pastas e, depois, publiquem na área de compartilhamento de produções
para que seja acessível a seus colegas. Preparem, a partir dele, uma apresentação no Impress para ser utilizada
como suporte à apresentação de vocês no encontro presencial.
Se estiver fazendo o curso com acesso à Internet e usando o e-Proinfo, será na Biblioteca. Se estiver
trabalhando em rede local na sua escola, será na pasta que o formador definir com os cursistas.
Objetivos
l de aprendizagem (ao completar a atividade o aluno de ser capaz de...), isto é, listar o que
pretende desenvolver com os alunos, o que pretende que os alunos venham a ser capazes de fazer após a
atividade ou venham a saber após a atividade.
l As etapas das atividades devem ser claramente definidas.
l Definir e listar os recursos necessários. Eles estão disponíveis para serem usados?
l Quais os pré-requisitos em termos de competências e conhecimentos dos alunos?
Formas de avaliação: como verificarão se a atividade atingiu seu objetivo?
5. Em seguida, os grupos vão analisar o trabalho de uma outra dupla. Esta troca deve ser útil para:
Lembrete -
Neste momento, é importante pensar em uma estratégia para que todos os grupos tenham seus
trabalhos analisados por outra dupla. Uma sugestão pode ser, quando houver mais de duas duplas, que
façam uma troca circular: o grupo A analisa o trabalho do grupo B, este analisa o trabalho do grupo C e
assim por diante até o último, que analisará o trabalho do grupo A. Assim, todos terão planejado uma atividade
e analisado uma outra.
PRÁTICA PEDAGÓGICAS E MÍDIAS DIGITAIS
6. De posse dos comentários dos colegas, os grupos devem dar uma forma final ao que planejaram.
7. Este trabalho será levado para o encontro presencial para ser discutido por todos, ser aperfeiçoado em
coletivo e, finalmente, ser experimentado concretamente com seus alunos na semana seguinte. O grupo deve,
portanto, publicar o trabalho na área de compartilhamento de produções: se fazem o curso usando a plataforma
e-Proinfo, no ambiente de troca; se fazem o curso sem acesso à Internet, no ambiente de troca definido pelo
professor-formador no início do curso.
Se estiver fazendo o curso com acesso à Internet e usando o e-Proinfo, será na Biblioteca. Se estiver
trabalhando em rede local na sua escola, será na pasta que o formador definir com os cursistas.
Essa orientação deve constar do manual do professor cursista para ser feito antes do início do curso. É
lá que todos colocarão seus textos, no primeiro encontro presencial, que serão lidos e comentados
pelos colegas.
8. Não se esqueça de incluir na sua página inicial do portfólio (criado na unidade 2) uma referência a este
planejamento e um link para ele. Lembre-se, cada coisa nova que produzir deverá ter referência no portfólio. É
a partir dele que o formador poderá acompanhar seu trabalho e fazer suas avaliações para poder auxiliá-lo em
sua caminhada.
PRÁTICA PEDAGÓGICAS E MÍDIAS DIGITAIS
O foco central deste encontro será a análise coletiva das atividades produzidas ao longo das
semanas anteriores. Algum tempo deve ser dedicado perante as dificuldades que tenham
enfrentado com o uso do computador e do material. Deve-se dedicar, também, algum tempo à
discussão do texto eleito como leitura obrigatória (entrevista com Lucas Ciavatta).
Proponha uma atividade integradora sobre o tema da unidade. Pode ser escolher um vídeo curto de que
goste e que seja leve, bonito, engraçado ou de alguma forma instigante. Aqui vai a sugestão de alguns
deles do Youtube:
Apresentação das atividades para o grupo como um todo. Discussão em grupo sobre cada uma delas.
Destine a cada grupo cerca de cinco minutos para que apresentem sua atividade e outros 5 minutos para
que sejam comentados pelos colegas e por você. Como montaram apresentações com o Impress, devem utilizá-
las agora para apresentar o projeto aos colegas de turma.
Este é o momento para apresentar sugestões, acréscimos, lembrar os riscos que possam vislumbrar e os
cuidados que devem tomar.
Lembre-se, este não é um momento de avaliar o que foi feito. Veja a discussão a esse respeito na unidade
2.
Pontos a observar:
O planejamento
l tem um foco, tem um objetivo de aprendizagem claro? O que pretende desenvolver
com os alunos? O que pretende que os alunos venham a ser capazes de fazer após a atividade ou venham
a saber após a atividade?
As etapas das atividades estão claramente definidas?
l
Reformulação dos planejamentos à luz das análises e sugestões dos colegas. Deve ser feito no editor de textos,
modificando os documentos que hajam produzido na semana anterior.
possam voltar a conversar informalmente com colegas de curso na medida em que forem fazendo as
l
modificações; e
para que possam revelar a você as dificuldades que têm ao reformular o planejamento no editor de
apresentações ou editor de textos e demais recursos computacionais.
PRÁTICA PEDAGÓGICAS E MÍDIAS DIGITAIS
Como antes, devem sair do encontro com a turma, a data e o horário em que vão experimentar esta atividade já
definidos. Lembrem-se: marquem para o mais breve possível, para que tenham tempo de avaliá-la e colocar os
resultados e sua avaliação nos portfólios de vocês, na área de compartilhamento de produções, para ser
consultada e comentada pelos colegas.
Com qual turma vão realizar a atividade? Os dois (ou três) professores do grupo podem estar presentes neste
dia e horário? Isso é muito importante porque, desta forma, poderão ter um ambiente em que, enquanto um se
ocupa de conduzir e orientar a atividade, o outro pode observar e registrar como é a participação dos alunos.
Quarto momento: apresentação, pelo formador, dos temas que vão trabalhar e explorar na semana
seguinte.
Avaliação do encontro.
Esta é uma atividade para os alunos mas é também uma atividade para estudo por vocês, professores.
Portanto, é importante acompanhá-la de forma cuidadosa para que possam todos aprender com ela tudo o que
ela tem para ensinar, tanto a professores como a alunos.
Nesse sentido, nossa sugestão é que ela seja realizada com todo o grupo de professores que a planejou em sala
de aula. Se quiserem e puderem ter ainda outros colegas em sala acompanhando para contribuir com suas
observações, melhor ainda.
O professor da turma conduz a atividade enquanto o outro professor da dupla ou os outros professores
do trio devem estar em sala como observadores, anotando como a atividade se desenvolve, como é
recebida pelos alunos, como é conduzida pelo colega, como os equipamentos e programas se
comportam, etc
Reflexão:
Equipamentos mal comportados são um problema, porque em vez de ficarem eles de castigo, deixam a
nós de castigo. Por vezes, eles funcionam mal mesmo, outras, o mal comportamento deles é só uma
questão de comunicação, de sabermos dar as ordens corretas, apertar os botões necessários e na ordem
em que eles entendem.
Como é com os alunos? Você os põe de castigo quando não fazem o que você deseja? Quando será que é
possível entender “alunos que não funcionam como previsto” como um problema de comunicação? Só para
pensar um pouco.
Cuidados do professor observador: ele é um observador ativo, que precisa ver e compreender tanto
quanto possível o que ocorre com toda a turma e com cada aluno. Espera-se portanto, que caminhe
pela sala para observar de perto como participa da atividade cada grupo de alunos, que dificuldades
apresentam, que descobertas fazem etc. Eu prefiro fazer isso com uma prancheta na mão e andando
pela sala. Cada um de vocês vai encontrar a forma que parece mais adequada para si.
Outra sugestão que pode ajudar é ter na mão uma folha de papel com os nomes dos alunos
(organizados em suas duplas ou trios) com espaço ao lado para poder anotar com agilidade algum
processo ou intervenção dignos de nota de uma dupla ou de um aluno. Tenha também algumas folhas
em branco. Eu, quando faço isso, costumo precisar de muito papel, são muitas coisas acontecendo ao
mesmo tempo em sala.
Se puderem tirar fotos para registrar com imagens, elas podem ser muito úteis depois para ajudar a
analisar o que aconteceu.
Depois de feito o registro da atividade ele deve ser salvo na área de cada um dos professores e na área
de compartilhamento de produções para que outros professores do curso e da escola tenham acesso a
ele.
Se estiver fazendo o curso com acesso à Internet e usando o e-Proinfo, será na Biblioteca. Se estiver
trabalhando em rede local na sua escola, será na pasta que o formador definir com os cursistas.
Em seguida, se vocês têm acesso à Internet, e avaliam que a atividade está pronta para ser compartilhada com
muitos, este registro deve ser colocado no Portal do Professor.
Para que a descrição da atividade criada por vocês seja encontrada por quem possa ter interesse por ela, é
importante que ela esteja classificada e suas possibilidades de uso bem descritas. Anote junto a ela as seguintes
características: