Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
‘Primeiro aprenda a ser um artesão, isso não o impedirá de ser um gênio’ (Anônimo)
O fato da necessidade de uma constatação de aumento persistente faz com que seja
inadequado o diagnóstico de Hipertensão na primeira consulta ( exceto para pacientes que
estejam apresentando urgência/emergência hipertensiva, ver Diagnóstico).
CLASSIFICAÇÃO
Há varias diretrizes e protocolos e,portanto, diversas maneiras de classificar a
Hipertensão Arterial. Nesse texto, será utilizada a Classificação do The Seventh Report of the
Joint National Commitee on Prevention, Evaluation, and Treatment of High Blood Pressure.
The JNC 7 report. JAMA 2003.A escolha dessa classificação foi preferida pela simplicidade dos
seu dados, que dividiram a Hipertensão em quatro estágios: Normal, Pré-Hipertenso e Estágio 1
e Estágio 2, facilitando assim a memorização e o aprendizado.
HDA:
Caracterizar bem o a queixa do paciente, se é que ele tem queixa.Como sabemos a HAS
é uma doença insidiosa e ,muitas vezes, o seu diagnóstico é feito em Pronto-socorros ou em
consultar ambulatoriais onde o paciente comparece por outros problemas. Esse é um dos
grandes problemas.Procurar por Causas Secundárias por exemplo: Hiper ou Hipotireoidismo,
Síndrome de Cushing, Acromegalia, Coarctação da Aorta, Arterite de Takayassu,
Hiperaldoteronismo primário, dentre outras.( ver Causas Secundárias e quando supeitar).
Medicamentos em uso:
Diabetes: Além de ser fator de risco para eventos cardiovasculares e doença renal
crônica, o paciente diabético irá necessitar de controles pressóricos ainda mais rígidos se
comparados a pacientes não diabéticos com a pressão alvo abaixo de 130x80 mmHg ou ainda
menor (ver Grupos Especiais)
Insuficiência Cardíaca: Deve ser questionado e pesquisada no exame físico uma vez que
há drogas anti-hipertensivas indicadas nesse grupo de paciente que resultaram em melhora da
Mortalidade ao Longo do Tempo(ver Grupos Especiais).
História Fisiológica:
Deve-se questionar sobre Gravidez ou Possível Gravidez, uma vez que a gestaçãoé
contra-indicação para Inibidores da Enzima de Conversão da Angiotensina e Bloquadores do
Receptor da Angiotensina.
História Familar:
Pesquisar, principalmente, os fatores de risco para Doença Coronariana uma vez que
pessoas com mais de 3 fatores de Risco se encaixam em um grupo especial onde algumas
drogas mostraram melhor a mortalidade. Portanto, deve-se questionar sobre: Alcoolismo,
Tabagismo, Stress, Sendentarismo, Obesidade, Dislipidemias, Diabetes,
Geral:
Cabeça/Pescoço:
CardioVascular:
Abdome:
Extremidades:
Coração:
Retina:
O diagnóstico de doença vascular periférica pode ser feito em nível ambulatorial através
da medida do índice tornozelo-braquial. Essa relação é facilmente obtida com a Aferição da
Pressão no Membro Superior e da Pressão no Membro Inferior correspondente. São feitas duas
medidas no Membro Superior e Quatro no membro inferior (Duas em topografia de artéria
pediosa e Duas em topografia de tibial posterior). Após a realização da medida, se pega a maior
média da PA Sistólica do Membro Inferior e divide-se pela media da PA Sistólica no membro
Superior. Em pessoas sem acomentimento vascular periférico observar-se-á uma relação entre
1,3 e 0,9. Pessoas com entre 0,9 e 0,5 tem um grau leve a moderado e abaixo de 0,5 um grau de
moderado a grave de obstrução arterial. Podem ser solicitados exames, como um ultra-som com
dopller para melhor avaliação da DVP.
Rins:
Cerebrovascular:
1ª Consuta:
2ª Consulta:
Ou
2ª :Paciente apresenta com níveis pressóricos entre 140-179 x 90-109 mmHg associada
a lesões de órgão alvo ( vistas no exame físico e nos exames solicitados na primeira consulta) ou
Diabetes Melitus ou Doença Renal Crônica.
Caso o paciente não satisfaça nenhuma das duas condições acima o médico terá 3
opções a se tomar. A escolha será influenciada pela disponibilidade da Realização da MAPA
(Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial)ou da possibilidade da MRPA (Medida
Residencial da Pressão Arterial).
Se houver condição da realização da MAPA ou da MRPA elas devem ser feitas, caso
contrário, serão agendadas mais 3 consultas com o paciente e o diagnóstico será feito apenas
com as medidas no ambulatório.
3ª consulta:
Há três possibilidades:
3ª: paciente selecionado para o seguimento clínico com PA maior que 160x100 mmHg
Caso o Paciente da terceira situação continue com níveis pressóricos acima do normal mas
abaixo de 160x100mmHg é agendada mais uma ou duas consultas.
4ª-5ª consulta:
Nesta consulta se o paciente se apresenta com PA maior que 140x90 mmHg é feito diagnóstico.
Visto isso, os exames de triagem devem obedecer a regra básica de serem baratos, não
lesivos ao sistema e ao paciente e que as suas alterações possam trazer benefícios importantes a
morbi-mortalidade do paciente e otimizar o tratamento do mesmo. O CHEP 2009 recomenda os
seguintes exames inicialmente:
1) Sumário de Urina
2) Sódio e Potássio séricos
3) Creatinina sérica
4) Glicemia de Jejum
5) Perfil Lipídico ( Colesterol total, HDL, LDL e Triglicerídes)
6) ECG
7) Ácido úrico *
Esses exames são os padronizados para todo o paciente com hipertensão e servem
apenas de guias, o julgamento clínico é que irá melhor avalia a necessidade de outros exames a
serem pedido, inclusive métodos de imagem, logo inicialmente.
2) Sódio e Potássio: Um potássio abaixo do seu nível sérico ( < 3,5mEq/L) ocorrendo de
maneira espontâna associado,ou não, com aumento do nível sérico do sódio (>145 mEq/L) deve
levantar a hipótese de um possível hiperaldosteronismo primário e a pesquisa por essa patologia
deve ser iniciada ( ver Causas de Hipertensão Secundária)
(140 – idade (anos)) x Peso(kg) /72 x Creatinina Sérica e multiplicado por 0.85 para mulheres.
>126md/dL: Diabetes
<140mg/dL: normal
Entre 140 e 200 mg/dL: tolerância a glicose
- Avaliar pacientes Normotensos, mas que apresentem lesões em Órgãos-alvo (ver Lesões em
Órgãos-alvo) que podem ser explicadas pela HAS.
Feitas as devidas ponderações, cabe ao médico decidir pelo melhor seguimento do seu
paciente.
- Quando o diagnóstico de Hipertenso ou Normotenso do paciente não muda, mas sim a sua
classificação. Por exemplo, em casa as médias pressóricas do paciente giram em torno de
150x93 mmHg ( Estágio 1), mas no consultório elas situam-se por volta de 165x100 mmHg (
Estágio 2)
Hiperaldosteronismo:
Feocromocitoma
1) Fácies Hipertireoidea
Hipotireoidismo
1) Fácies Hipotireoidea
Coarctação da Aorta:
1) Sopro Abdominal
Para mais informações recomenda-se a leitura do VII Joint, das V Diretrizes, da CHEP , etc.
individual data for one million adults in 61 prospective studies. Lancet 2002;360:1903–13.
*The Seventh Report of the Joint National Commitee on Prevention , Evaluation, and
Treatment of High Blood Pressure. The JNC 7 report. JAMA 2003; 289:2560-72.
*Coelho, O.R. Comentários sobre o VII Joint. Revista Brasileira Hipertensão vol 10(2):
abril/junho de 2003