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Após a geração desse estímulo, ele caminha por células especializadas e ativa todo o coração,

permitindo que ele exerça sua principal função: a de bombear o sangue para os vários órgãos
de nosso corpo. No entanto, nem sempre as coisas acontecem assim tão bonitinhas. Em
alguns casos, por diversos motivos, esse estímulo não é gerado na freqüência correta
(podendo ser para mais ou para menos) ou nasce em locais não habituais. Esses estímulos
anormais também podem ser conduzidos pelo coração, causando ou não sintomas e podendo
levar à morte.
As arritmias cardíacas representam esse grupo de distúrbios do ritmo cardíaco, que inclui um
grande número de doenças, algumas bastante comuns e outras extremamente raras. É
importante saber que podem ocorrer em qualquer idade, independente do sexo e da etnia,
estando ou não associadas a outras doenças do coração.
Quais são os sintomas?
Muitas arritmias são completamente assintomáticas, e a grande parte da população apresenta
alguns episódios arrítmicos durante o dia e nem se dá conta disso. A verdade é que existem
alguns tipos de arritmias que estão mais associados à ocorrência de sintomas do que outros. E
vai depender também de vários outros fatores: freqüência dos episódios, freqüência cardíaca
atingida durante a arritmia, presença de doença cardíaca prévia, entre outros.
O sintoma mais comum é a palpitação (ou "batedeira"), que pode ocorrer tanto nas bradicardias
quanto nas taquicardias. Algumas pessoas são bastante sensíveis e apresentam grande
desconforto na presença desse sintoma. Outro sintoma comum é a síncope (ou desmaio)
caracterizada pela recuperação imediata e espontânea. O indivíduo pode sentir também falta
de ar, mal-estar, e outros sintomas que vão depender da presença ou não de outras doenças.
Algumas vezes, quando a arritmia é mais grave, o paciente pode apresentar confusão mental,
fraqueza, hipotensão (pressão baixa), dor no peito (angina), caracterizando uma emergência
médica e levando à aplicação de tratamento imediato para evitar a morte do paciente.
Sintomas
A consciência do próprio batimento do coração (palpitações) varia muito de uma pessoa para outra. Algumas pessoas podem
distinguir os batimentos anormais e outras são capazes de sentir até os batimentos normais. Por vezes, quando se está
deitado sobre o lado esquerdo, a maioria das pessoas sente o batimento do coração. A consciência dos próprios batimentos
pode tornar-se incómoda, mas habitualmente não provém de uma doença subjacente. O mais frequente é isso dever-se a
contracções muito fortes que se manifestam periodicamente por diversas razões.

A pessoa com um certo tipo de arritmia tem tendência para sofrer desta mesma arritmia repetidamente. Alguns tipos de
arritmias provocam poucos sintomas ou nenhuns, mas podem causar problemas. Outras nunca causam problemas
importantes, mas, por outro lado, provocam sintomas. Muitas vezes, a natureza e a gravidade da doença cardíaca subjacente
são mais importantes que a arritmia em si mesma.

Quando as arritmias afectam a capacidade do coração para bombear sangue, podem causar enjoos, vertigem e desmaio
(síncope). (Ver secção 3, capítulo 23) As arritmias que provocam estes sintomas requerem atenção imediata.

Causas da arritmia cardíaca

Arritmia pode ocorrer quando os sinais elétricos que controlam os batimentos cardíacos
ficam atrasados ou bloqueados. Isso pode acontecer quando as células nervosas especiais
que produzem o sinal elétrico não funcionam apropriadamente, ou quando os sinais
elétricos não viajam normalmente pelo coração. Uma arritmia também pode ocorrer quando
outra parte do coração começa a produzir sinais elétricos, adicionando aos sinais das
células nervosas especiais, e alterando o batimento cardíaco normal.
Estresse, fumo, grande ingestão de álcool, exercício físico muito forte, uso de certas drogas
(como cocaína e anfetaminas), uso de alguns medicamentos, e muita cafeína podem
ocasionar arritmia em algumas pessoas. Um ataque cardíaco, ou outras condições que
danificam o sistema elétrico do coração, também podem causar arritmia. Essas condições
incluem pressão alta, doença da artéria coronária, insuficiência cardíaca, hipotireoidismo,
hipertiroidismo, e doença reumática do coração. Para algumas arritmias, como a síndrome
Wolff-Parkinson-White, o defeito cardíaco que causa a arritmia está presente no nascimento
(congênito). Algumas vezes a causa de uma arritmia não pode ser encontrada.
Sintomas da arritmia cardíaca

Muitas arritmias não ocasionam nenhum sinal ou sintoma. Quando os sinais e sintomas
estão presentes, os mais comuns são:
* Palpitações cardíacas (sensação de que o coração pulou uma batida ou está batendo
muito forte).
* Batimento cardíaco lento.
* Batimento cardíaco irregular.
* Sensação de pausa entre os batimentos cardíacos.

Sintomas e sinais mais sérios incluem:


* Ansiedade.
* Fraqueza.
* Tonteira e dor de cabeça leve.
* Transpiração.
* Falta de fôlego.
* Dor no peito.

Arritmia cardíaca :
A freqüência cardíaca não responde só a ação do exercício e ao estado de repouso , mas
também a estímulos como a ação de medicamentos e a situações fisiológicas , como por
exemplo, a dor, ansiedade ou excitação sexual (taquicardia sinusal ). Apenas quando a
freqüência cardíaca é inadequadamente elevada (taquiarritmia) ou baixa ( bradiarritmia)
ou ainda , quando os impulsos elétricos são originados ou transmitidos por vias
anormais , é que consideramos a presença de um ritmo anormal , chamado de arritmia
cardíaca .
As arritmias cardíacas podem ser regulares ou irregulares. As bradiarritmias são
anormalidades da geração ou propagação do estímulo elétrico do coração , podendo
afetar o nó sinusal (doença do nó sinusal) ou o nó atrioventricular (bloqueios
atrioventriculares de primeiro , segundo e terceiro graus).Estas condições podem cursar
com lentificação excessiva do batimento cardíaco , fadiga , queda de pressão , tontura ,
sensação de desmaio , desmaio (síncope) e insuficiência cardíaca.
Causas:
As arritmias cardíacas podem ser resultado da ação de medicamentos ( anfetaminas
para emagrecer , descongestionantes nasais , certos antidepressivos e broncodilatadores
para a asma) , certas substâncias ou drogas ilícitas (cafeína , nicotina , álcool e
cocaína).Podem ainda ser resultado da descarga excessiva de adrenalina , como em
situações de estresse psíquico .
A influência de doenças não-cardíacas sobre o coração como anemia , doença pulmonar
crônica , doenças da tireóide (hipertireoidismo) , supra-renal (feocromocitoma) ou em
distúrbios do sono , como a síndrome da apnéia obstrutiva do sono , também poderão
levar a presença de uma arritmia cardíaca .
Em todos estes exemplos citados , o coração poderá ser estruturalmente normal. As
arritmias cardíacas ainda podem ser fruto de anormalidades exclusivas do sistema
elétrico do do coração , como por exemplo feixes elétricos anômalos (como síndrome de
Wolf-Parkinson-White), circuitos elétricos anormais (taquicardia supraventricular por
reentrada do nó atrioventricular) ou doenças hereditárias que afetam a atividade elétrica
cardíaca (como a síndrome do QT longo congênito ou a síndrome de Brugada).
Praticamente todas as doenças cardiológicas , como a hipertensão arterial , a doença
arterial coronariana (angina do peito e infarto do miocárdio), as doenças das válvulas
cardíacas , as doenças do músculo cardíaco (cardiomiopatias), entre outras , poderão
cursam com diversas modalidades de arritmias cardíacas.
Neste grupo de pacientes , as arritmias cardíacas poderão ser mais graves ,
principalmente se associadas a redução da força de contração do coração (insuficiência
cardíaca).
Prognóstico (gravidade):
Dependerá em parte do local de origem da arritmia cardíaca : os átrios , nó
atrioventricular ou nos ventrículos . Em geral, as arritmias cardíacas originadas nos
ventrículos são as mais graves, apesar de muitas delas não serem prejudiciais. A maioria
das arritmias cardíacas não provoca sintomas e nem interfere na força de contração
do coração e, conseqüentemente, seus riscos são pequenos ou inexistentes.
Apesar disso, as arritmias cardíacas podem acarretar uma ansiedade considerável
quando o indivíduo tem consciência de sua existência. Geralmente, a compreensão de
que essas arritmias cardíacas são inofensivas tranqüiliza suficientemente o indivíduo
afetado.
Muitas vezes, quando o médico muda os medicamentos, ajusta suas dosagens ou quando
o paciente evita álcool ou exercícios vigorosos, as arritmias cardíacas passam a ocorrer
menos freqüentemente ou podem mesmo desaparecer. O aspecto fundamental nas
arritmias cardíacas, é saber se estas são benignas (maioria), potencialmente malignas ou
malignas.
Estas últimas , em geral ,apresentam correlação com a presença de uma doença
cardíaca mais grave.

Eletrocardiograma
de arritmia
Ventricular

Eletrocardiograma
de arritmia
Supraventricular

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