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JORNAL COMUNIDADE – EDIÇÃO NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2008

Projeto organiza atividades preventivas com idosos


Por Raquel Reckziegel

O projeto de extensão Atenção Interdisciplinar à saúde do idoso reúne-se com vinte e cinco
idosos do bairro Kephas, visando seu bem-estar

Considera-se “idoso” o indivíduo que tem 60 anos ou mais. Segundo o Instituto


Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os idosos correspondem, hoje, a 8,6% da
população total do Brasil. Por estarem em uma idade mais avançada, as pessoas que se
encontram nesta faixa etária necessitam de uma atenção especial. Por isso, o projeto
Atenção Interdisciplinar à saúde do idoso realiza ações na comunidade do bairro
Kephas, em Novo Hamburgo.
No ano passado, foi feito um levantamento sociodemográfico dos idosos, e, no
início deste ano, o projeto passou em cada uma das casas e deixou convites para os
encontros. O número de participantes foi aumentando conforme os encontros iam
acontecendo, e, hoje, mais de vinte idosos são beneficiados pelo projeto.
Segundo a líder do Atenção Interdisciplinar à saúde do idoso, Magali Pilz
Monteiro da Silva, são feitas ações como medição de pressão, questionamentos sobre
dores, avaliação do equilíbrio, da memória e discussões sobre temas pré-determinados.
No dia 8 de maio, foi feita uma atividade na igreja São Pedro, localizada no bairro
Kephas. Acadêmicos e professores participantes do projeto se dividiram em três grupos:
um deles para medir a pressão, o outro para avaliar a intensidade da dor e o outro para
montar um circuito de equilíbrio.
Os idosos apontaram que a maior causa de suas quedas ou tropeços, ao
caminharem nas ruas, é a falta de calçadas, ou lajotas levantadas. Dos presentes, quatro já
haviam caído na rua pelo menos uma vez, seis já haviam tropeçado e uma havia caído e
quebrado o pulso.
Para evitar situações como estas, foi montado um circuito para treinar o
equilíbrio e auxiliar a enfrentar as dificuldades do dia-a-dia, como escadas ou solo desigual.
Também foi discutido o tema dos medicamentos. A maioria dos idosos não tem
conhecimento de que toma os remédios em excesso ou de forma errada.

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A questão dos genéricos também foi abordada durante a reunião. A maioria dos
idosos presentes na ocasião ingeria medicamentos genéricos, receitados pelo médico, e os
adquiriam na Farmácia Popular. Após a conversa, foi possível perceber a quantidade de
medicação ingerida por eles, e quanto isso pesa no orçamento no final do mês. “Acredito
que venha a beneficiar nesse sentido, principalmente a medicação que o governo oferece
para os idosos”, diz a coordenadora do projeto, Magali Pilz. “Isso, no montante do mês,
faz diferença. Nós tivemos o relato de uma senhora que compra a medicação. Para ela,
esses R$ 72,00 por mês fazem diferença no orçamento”, completa.
Com as atividades, foi possível perceber a melhora do bem-estar dos idosos, além
de aliviar as tensões e trazer um benefício físico. “Nós sempre realizamos um
questionamento em relação ao nível de dor e ao desconforto, e, na maioria das vezes, nós
temos uma diminuição, mesmo não focando naquela dor específica, mas esse bem-estar, o
exercício por si só já auxilia”, conta Magali, que também é professora de Fisioterapia.
Além disso, ações como estas não trazem benefícios apenas para os idosos. Os
acadêmicos participantes do projeto têm a oportunidade de vivenciar um contato direto
com o paciente. Eles conhecem um pouco o idoso, ouvem e aprendem com as histórias de
vida.
Convivendo, fazendo piadas, brincadeiras e exercícios, os idosos aprendem e
ensinam, provando que velhice está na cabeça e que nunca é tarde para recomeçar.

Dicas de ordem genérica

- Atenção! Medicamento genérico não é a mesma


coisa que similar! O genérico é controlado pelo governo, que
se certifica de que o laboratório está utilizando a dosagem
correta. O similar não é controlado.
- Ao comprar a medicação, deve-se conferir se ela
possui uma tarja amarela na caixa, com os dizeres
“Medicamento genérico”. Deve, também, constar a Lei nº
9.787/99.
- Como os genéricos não têm marca, o que aparece
na embalagem é o princípio ativo do medicamento.

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- Quando seu médico receitar um remédio,
pergunte a ele se existe um medicamento genérico
equivalente e peça para incluí-lo na receita.
- Deve-se ingerir o medicamento de acordo com
freqüência recomendada pelo médico.
- Não se deve parar de tomar medicamentos sem
consultar um médico – especialmente quem tem pressão alta
e/ou diabetes
- A auto-medicação pode ser perigosa,
especialmente se você já estiver tomando um remédio.
Algumas substâncias podem não coincidir e gerar outros
problemas.

Fiquem atentos!

Enquete

“Quando passei mal – tive princípio de infarto –


me levaram no posto e o médico deu receita para tomar um
remédio todo dia. Tomo genérico, porque ele receitou e
porque são mais vantajosos, até pelo preço.”
Marlene Geni Breier, 58 anos

“Os médicos mesmo que receitam os genéricos pra


gente. Tomo três remédios há oito anos e pego todos na
Farmácia Popular.”
João Soares, 75 anos

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“Tomo o remédio original, receitado pelo médico.
Comecei a tomar há sete anos.”
Anisia Isabela Batista da Silveira, 67 anos

“Faz dez anos que tomo dois remédios, um para o


coração e outro para o pulmão. Eu costumava comprar o
original, mas agora compro o genérico. A diferença de preço
é bem grande.”
Selanira Foss, 70 anos

“Eu fazia tratamento para a diabetes, há quatro


anos atrás. Há quatro meses, parei e comecei somente com a
dieta. Agora, quando preciso de um remédio, sempre
procuro o genérico. É mais barato.”
Mara Regina Alves Modoe, 44 anos

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