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CRENÇAS

Mesmo vivendo em pleno século XXI pessoas há que se deixam enganar


facilmente acreditando em tudo que lhe dizem sem atinar que tal assertiva deve ou não passar
pelo crivo da razão. Embora dotado de todas as ferramentas necessárias ao entendimento das
coisas da vida, o homem ainda crê em coisas que o bom senso repele por agir
impensadamente, por impulsos ou por desinteresse de estudar o assunto com maior zelo, o
que o leva à superstição, ao misticismo e ao pior de todos os males da fé, o fanatismo.
Ainda somos bastante fracos, muito imperfeitos moralmente e por esse motivo nos
permitimos envolver com pessoas de grande poder de persuasão que nos transmitem os mais
absurdos sistemas que, por desconhecimento e indiferença em conhecer melhor aceitamos e
nos deixamos convencer e esta é uma das razões de existirem tantos credos, em sua maioria
derivados do Cristianismo.
Falo Cristianismo, por se tratar do tema principal deste estudo, embora mesclado
de textos complementares, quando se fizer necessário um melhor esclarecimento.
Esse breve comentário tem como finalidade chamar atenção do leitor para o
conteúdo do tema que tratarei daqui em diante, assunto polêmico e muito controverso, porque,
por pensarmos diferentemente uns dos outros, cada cabeça tem uma sentença e por esta razão,
nem sempre chegamos a um acordo quando das conclusões, principalmente em se tratando de
fé.

"E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará." João 8:32

CRENÇA I – VIDA EM OUTROS MUNDOS

Acreditar neste ou naquele postulado, neste ou naquele sistema depende muito de


convicção. Crer ou não crer depende de uma aceitação íntima, de um conhecimento e
convencimento prévios do objeto em questão.
Pessoas há que, inconseqüentemente acreditam em tudo, sem nada analisar, sem
contrapor qualquer argumento. Não pode ser assim. Outras há que dizem em nada ou quase
nada crer a não ser que tais hipóteses possam ser demonstradas ou percebidas por qualquer
um dos nossos sentidos. Todavia, existem aquelas mais ponderadas que, antes de tudo aceitar
como verdade fazem antes uma apreciação dos parâmetros existentes para daí poder
manifestar-se contra ou a favor de tal proposição.
Muitos acontecimentos bizarros, narrados por pessoas idôneas, instruídas e de
nomes respeitáveis, das quais não se pode nem mesmo supor nenhum resquício de malícia, as
quais são ultrajadas com piadas de mau gosto por pessoas inescrupulosas que, antes de
analisarem o fato com profundidade, achincalham e depredam esse nome venerável
simplesmente por ignorância, irreflexão e orgulho e ainda achar que tudo sabem.
Porém, em muitas afirmações duvidosas pode-se guardar reserva sem nenhum
medo de errar em sua escolha. É antes sábio do que insensato quem assim age. Prudência e
caldo de galinha não faz mal a ninguém, dizem as pessoas entendidas.
É o caso de se acreditar se existe ou não vida em outros mundos semelhantes à
Terra, que muitos acham ser o único habitado em todo o Universo.
Afirmam alguns não ser possível ter vida em astros como a Lua, Marte ou Vênus,
etc., devido a não comprovação de existência de água, por falta de atmosfera ou por ser esta
diferente da nossa, composta de gases venenosos. Mas, será que mundos diferentes não
podem ter tipos de vida diferente das que conhecemos por cá?
O que é venenoso para uns não significa que seja necessariamente nocivo a outros
e os exemplos nós temos aqui mesmo em nosso orbe, como os urubus, os abutres e os porcos,
pelo que podem deglutir sem lhes causar nenhum mal, apenas para ilustrar; os animais que
vivem certos habitats altamente nocivos ao homem, inalando diariamente alguns tipos de
gases deletérios como os ratos dos esgotos, sapos, cobras, etc. Os diferentes tipos de vida da
nossa pequena Terra nos dão uma idéia do que poderá ser encontrado em outros planetas.
Notar também que os tamanhos dos astros e as distâncias que os separam de
outros mundos não são as mesmas em relação à sua estrela ou estrelas; são bem diferentes e
olhe que não são coisa de alguns poucos mil quilômetros. São distâncias astronômicas, o que
significa afirmar que a luminosidade e o calor recebidos são de nuances incomparáveis,
completamente adversos da luz e calor que recebemos do Sol.
Outra coisa, alguém já esteve lá para constatar a veracidade da conjectura? Os
nossos instrumentos são capazes de detectar os entretons dos elementos que sejam suficientes
para a correta interpretação do objeto em análise? Será que somos tão perfeitos que não
possamos nos enganar ou sermos induzidos a crer em falsos dados fornecidos por nossos
instrumentos? E eles, (os instrumentos), por acaso são perfeitos? As informações são passadas
na íntegra ou sofrem algum tipo de censura pelas autoridades dos países pesquisadores? A
ciência, então, já deu sua palavra final? E Deus, em sua infinita sabedoria não pode criar o
que quiser, como quiser, quando quiser e onde quiser? É nestes questionamentos que devemos
nos apoiar para podermos especular sobre o assunto em pauta e outros similares.
Nós pobres e orgulhosos terráqueos achamos que somos os únicos privilegiados
pela Providência por habitarmos um pequeno grão de poeira estelar algures do Universo. Não,
meus amigos, estaremos redondamente enganados se assim pensarmos. Nós já estamos
preparados para aceitar ensinamentos mais profundos, embora muitos desses ensinamentos
sejam obstruídos por interesses escusos, de pessoas e entidades que não os querem ver
demonstrados.
Para ilustrar minhas palavras quero aqui fazer algumas ponderações que nos
ajudarão bastante o raciocínio.
1 - Existem formas de vida na Terra onde jamais imaginaríamos que fosse
possível haver. Pesquisadores demonstram em diversos documentários a existência de
pequenos crustáceos habitando nas fumarolas submarinas dos vulcões, cuja temperatura chega
a mais de 80º C, impossível de ser suportada pelos seres vivos normais. Alguns
microorganismos como bactérias, por exemplo, são capazes de suportar temperaturas
extremas tanto frias como quentes. Fala-se de vida até em lavas vulcânicas.
2 – Nem mesmo os artefatos criados pelo homem como o submarino, o batiscafo
(que pode, teoricamente, imergir a até 12 mil metros de profundidade), etc., são capazes de
suportar as altas pressões das profundezas oceânicas. No entanto, lá existe vida, por incrível
que pareça! Existe vida sim e não só microscópica como também de grandes peixes. Pelos
padrões exigidos pelos céticos não era para ser assim. Nós moramos aqui e o que nós sabemos
a respeito dessas espécies das grandes profundezas submarinas? Nada, só que existem.
3 – Há, aqui na Terra, um tipo de vida, que se constitui de uma massa disforme
semelhante a um mingau (ou papa) derramado, de cor amarelo-alaranjado, que se desloca
sobre os troncos das arvores comendo tudo aquilo que encontra pela frente e que lhe convém.
Organismos análogos só encontramos em obras de ficção científica; porém, estes foram
descobertos aqui mesmo em nosso globo. Infelizmente não lembro o nome dado a tal
organismo.
Portanto, há “n” exemplos que podemos mostrar e analisar; coisas que nós
poderíamos crer impossíveis de haver em nosso mundo e que são uma realidade.
Os conhecimentos humanos em astronomia estão somente engatinhando e embora
tenhamos encontrado no computador um aliado importante e de grande utilidade não só em
astronomia, mas em todas as áreas das ciências humanas, nossos instrumentos de pesquisa
ainda são bastante tímidos para nos ajudar nas grandes empreitadas.
Em sendo assim, paremos para pensar um pouco antes de duvidarmos de alguma
coisa fora do alcance dos nossos sentidos porque de vez em quando temos surpresas; vez por
outra aparecem novidades nos noticiários da imprensa e acontecimentos diversos aqui e
algures em qualquer lugar do mundo.
A cada dia surgem novas tecnologias e novos horizontes se insurgem aos nossos
olhos. A ciência continua trilhando o seu infinito caminho e não se sabe até onde ela pode
chegar.

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