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CONSTITUIÇÃO
1.Conceito de Constituição
É a lei fundamental, a lei magna, que retrata a forma de ser de um Estado e que
confere direitos e garantias fundamentais, tanto aos indivíduos quanto à coletividade. Conforme José
Joaquim Gomes Canotilho, é a obra fundacional de um Estado, ou seja, o conjunto daquelas normas que
fundam um Estado.
Além disso, a Constituição indica os poderes do Estado, através dos quais a nação
há de ser governada e ainda marca e delimita, no regime administrativo brasileiro, por exemplo, as
competências dos três Poderes Constituídos (Executivo, Legislativo e Judiciário), as atribuições da União
e de cada Estado-membro da Federação, bem como dos Municípios e do Distrito Federal.
Outras expressões são empregadas para designar “constituição”, tais como: Carta
Magna, Lei fundamental, Código Supremo, Estatuto Básico, Pacto Fundamental, etc.
Trazemos um conceito de Estado dado por Max Weber, para quem o Estado é o
detentor do monopólio da força legítima, isto é, do monopólio da Justiça (punição), da cobrança de
tributos fiscais, de cunhar moeda etc. Verdadeiramente, um dos mais antigos preceitos da Filosofia
Política diz que o Estado tem o monopólio do uso da força, isto é, apenas o poder público pode usar a
violência (e mesmo assim, na medida necessária) para garantir o cumprimento da lei e evitar que surja a
guerra de todos contra todos. Logo, o Estado é a Instituição com poderes para organizar a sociedade em
um dado território, coercitivamente, isto é, para disciplinar o convívio social humano através do Direito,
por meio de normas jurídicas obrigatórias, acompanhadas de sanções.
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O Feudalismo foi o sistema social que vigiu na Europa durante quase toda a Idade
Média. Nele, os Estados eram caracterizados pela debilidade do poder central e pela dispersão do poder
público entre inúmeros senhores feudais, para os quais o exercício da função estatal confundia-se com o
interesse privado. A principal característica do Estado feudal era, portanto, a fragmentação da autoridade.
Cada feudo fazia as vezes de um Estado (exatamente porque todas as tarefas e funções hoje centralizadas
no Estado eram realizadas por cada feudo, eis que possuíam poder local autônomo economicamente,
exércitos próprios, aparelhos jurídicos - prisões e tribunais -, tributação e administração próprias, etc.) e,
assim, o poder era fragmentado. O Estado em si era descentralizado em relação ao Rei (este revelava-se
fictício, submisso ao Papa, verdadeiro poder temporal e representante do poder espiritual na Terra). Para
o declínio do sistema feudal contribuiu o início das Grandes Navegações (o que originou a fase
"metalista" do mercantilismo, ou seja, país rico seria aquele que lograsse possuir metal precioso) e o
conseqüente comércio de especiarias, sedas e outras mercadorias, o que deu destaque aos mercadores e
artesãos e fez cair radicalmente o preço da terra. Com a desvalorização fundiária, as pestes, as guerras
internas entre senhores feudais, tomou força a evasão dos servos para os "burgos", dando origem à
incipiente burguesia, a qual, em pouco tempo, passou a ter a proeminência econômica. Mas faltava-lhe a
centralização econômica total, o que passava pela centralização do poder político, notadamente para
destruir alguns obstáculos às suas atividades, como por exemplo a necessidade de pagar tributos aos
feudos para transportar as mercadorias de um burgo para outro, a falta de um exército nacional, a
necessidade de moeda única etc. E, assim, em fins da Idade Média e primórdios da Idade Moderna, essa
mesma burguesia aliou-se ao Rei para absolutizar o poder na figura deste. Para isso, contribuiu também o
inicial esclarecimento das pessoas por meio da invenção da imprensa, em 1440, por Gutemberg, a
apologia do Absolutismo Monárquico feita por Thomas Hobbes (que viveu de 1588 a 1679), já que, para
ele, os homens eram maus por natureza (lobos entre si) e, para evitar um estado de permanente violência,
o poder deveria ser centralizado no monarca; após, também contribuiu a nova ideologia nacionalista pró-
unificação dos Estados Nacionais, desenvolvida pelo florentino Maquiavel (1469-1527), em seu famoso
livro "O Príncipe", escrito em 1513. Maquiavel, que foi o primeiro grande pensador da Idade Moderna,
inclusive desprezava o pensamento deísta da Idade Média e proclamava que a origem do poder não era
divina, mas se encontrava na força.
Por fim o Rei, aliado à burguesia, cumpriu a tarefa de unificar o Estado e passou a
governar de forma absoluta, tendo sido o francês Luis XIV o paradigma dos monarcas absolutistas (foi
ele, o Rei Sol, que proferiu a célebre frase L'État c'est moi: "o Estado sou eu"), revelando a completa
identificação entre o Rei e o Estado. O poder centralizado nas mãos do monarca substituiu de vez a
fragmentação da autoridade que caracterizava o Estado medieval. Como já adiantado acima, o filósofo
moderno Thomas Hobbes representava o reacionarismo, o totalitarismo, o domínio do indivíduo pelo
Estado, representado este pela figura do Leviatã, que serviu de nome à sua obra fundamental.
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Hobbes defendia, então, a teoria do Governo Absoluto, e é por isso que nestes
Estados Absolutos Unificados, os direitos do homem enquanto indivíduo não tinham condições de ser
exigidos, pois, na verdade, eram os habitantes do reino apenas "súditos" e não titulares de direitos. Aliás,
não havia um Estado de Direito, e sim algumas tolerâncias por parte do monarca, em um regime de
privilégios, sendo que estes poderiam a qualquer momento ser violados ou derrogados pelo próprio
monarca, conforme sua única e exclusiva vontade.
Ressaltamos que John Locke (que viveu de 1632 a 1704) foi, juntamente com
Hobbes, o outro grande filósofo da época moderna, porém, de idéias contrárias, movidos por espíritos
diferentes, já que Hobbes era absolutista e Locke anti-absolutista. Aqui importa frisar que Locke,
inspirado no liberalismo inglês, advogou o regime de liberdade individual e de equilíbrio político,
procurando proteger o homem contra os abusos do Estado e os abusos do poder. Sua obra fundamental
recebe o nome de "Dois Ensaios sobre o Governo Civil" e nela vamos encontrar a filosofia política do
princípio de Liberdade, de equilíbrio, que constitui a base do Regime Democrático. Para ele, o
pressuposto da liberdade era a propriedade.
3.4. Início da Idade Contemporânea. Estado Liberal Clássico, Gendarme (Estado Polícia, Estado
Segurança ou Estado Guarda-Noturno), Não-interventor.
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Este modelo de Estado dos primórdios da Idade Contemporânea, isto é, logo após
os feitos revolucionários franceses de 1789, passou a receber a designação de Estado Gendarme, isto é,
aquele Estado que apenas fazia as vezes de um "Guarda Noturno", no sentido de que se limitava a
policiar a ordem pública, ou seja, era não-intervencionista. É este o Estado Liberal Clássico: aquele que
governa e administra, porém não interfere nas atividades econômicas privadas, nas relações contratuais
dos indivíduos, deixando isso para a "mão invisível do mercado". Diz-se liberal clássico porque foi
centrado no valor "liberdade", isto é, garantia a ampla liberdade dos cidadãos perante seu poder,
especialmente em relação à propriedade privada. Naquele contexto, o aforismo econômico laissez faire,
laissez passer (deixai fazer, deixai passar) traduziu o ditames da escola liberal: liberdade de produção e
liberdade de circulação, sendo defeso ao Estado intervir na ordem econômica, bem como proibido limitar
o direito de propriedade.
Mas ocorre que a alta burguesia, tão-logo realizada a Revolução e ter ascendido
ao poder, transformou-se em uma força conservadora, contrária a qualquer outro avanço revolucionário
fazendo com que, dentre todas as camadas sociais que integravam o Terceiro Estado, tivesse sido a que
colheu os melhores frutos da Revolução. Nasceram aí as desigualdades fáticas, que, tempos mais tarde,
com o acirramento das exclusões e das explorações sociais, iriam culminar com a imperativa necessidade
de entrar em cena um Estado que, pela intervenção na economia, pudesse corrigir esses defeitos de
origem do Estado liberal individualista.
3.5. Idade Contemporânea. Início do século XX. Estado-Providência, Estado do Bem-Estar Social,
Welfare State, Estado Intervencionista.
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Para se ter uma idéia básica e geral a respeito desse processo de globalização e
das nefastas conseqüências disso nas vidas dos trabalhadores, sugiro a leitura da obra "O Horror
Econômico", da francesa Viviane Forrester.]
4. Histórico do Constitucionalismo
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Libertatum, sendo esse o primeiro documento em defesa das liberdades, resultado da marcha dos barões
ingleses sobre Londres, em protesto às tiranias do Rei João Sem-Terra. É por isso que se considera a
Inglaterra o berço do Liberalismo.
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Legislativo e Judiciário, visando com isso limitá-lo, já que, pela teoria clássica elaborada por
Montesquieu: "todo aquele que exerce o poder tende a dele abusar" e "só o poder freia o poder" (le
pouvoir arrête le pouvoir), limitação feita através do sistema de cheks and balances: "freios e
contrapesos"; b) a declaração dos direitos fundamentais do homem, que haviam sido negados durante
séculos e que agora passaram a ser exigidos como inatos, inalienáveis, imprescritíveis, anteriores e
superiores ao próprio Estado. Nasceram, assim, as Constituições, com a fundamental função de proteger a
pessoa humana contra os abusos de poder dos governantes.
Esta fase do constitucionalismo tem como principal característica a entrada de direitos sociais e
trabalhistas nos textos constitucionais, e isto deu-se grandemente por meio das assim denominadas
Normas Programáticas, ou seja, normas portadoras de programas para tentar realizar na prática o
valor/direito "igualdade". Aí começou-se a falar em "função social da propriedade", em direitos
educacionais e habitacionais, na disciplina das relações entre capital e trabalho, no direito à saúde e à
previdência social. O Estado foi, assim, chamado a efetivar direitos que até então só existiam nos textos
das leis, especificamente todos aqueles direitos ligados ao Direito à Igualdade. Por isso tais direitos são
tidos como "positivos", pois impõem obrigações positivas ao Estado. E isto significou uma guinada
daquele individualismo clássico do Liberalismo Clássico para o coletivismo, para o socialismo.
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e descentralizações, isto é, passando para a iniciativa privada o patrimônio que sempre foi público e que
foi construído com os tributos pagos pela população trabalhadora do País. Assim, pouco a pouco, o
Estado retira-se da economia, deixando tudo mais uma vez nas "mãos invisíveis do mercado" e esse
processo passa necessariamente por reformas às Constituições.
5.1.Estrutura da Constituição
5.2.1.Quanto à forma.
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Bonavides (1996, p. 69): a) crença na superioridade da lei escrita sobre o costume; b) a imagem
simbólica de que quando se criasse uma Constituição estar-se-ia renovando o "contrato social"; c) a
concepção firmada desde o século XVIII de que não há melhor instrumento de educação política do que o
texto de uma Constituição. Aqui fazemos uma crítica: esta última razão só se justifica onde a população à
Constituição tem acesso!
2)- Outorgadas: são aquelas impostas pelo detentor eventual do poder. Assim,
não resultam da manifestação da soberania popular. A outorga aproxima-se das formas totalitárias de
governo, uma vez que suprime do povo o exercício do poder de fazer a Constituição, através de seus
representantes eleitos.
Exemplos: as brasileiras de 1824 (imposta por D. Pedro I), de 1937 (imposta pelo
ditador Getúlio Vargas), de 1967 (esta é também denominada "Atípica", por ter sido outorgada pelo
Congresso Nacional, mas em função ordinária, isto é, sem delegação constituinte, o que não lhe retira o
caráter de outorga) e a de 1969.
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2)- Flexíveis ou Plásticas: aquelas que sofrem alterações da mesma maneira pela
qual se elabora ou modifica qualquer espécie normativa, isto é, não exigem nenhum requisito especial de
reforma. Certo é que só servem para nações democráticas evoluídas e de alto nível cultural.
Exemplo: o exemplo clássico é da Constituição da Inglaterra, onde o Parlamento
tem função de Poder Constituinte Originário permanente.
3)- Semi-rígidas: aquelas que possuem parte de seu texto rígido, parte flexível,
mas isto não quer dizer que não possam ser modificadas. Todas as Constituições podem sofrer alterações,
o que varia apenas é o grau de dificuldade ou de facilidade para tanto. Assim, nas semi-rígidas, parte do
texto é modificado como o são as leis ordinárias, e parte requer para sua mutação os procedimentos
rigorosos e difíceis próprios das Constituições rígidas.
Exemplo: a Constituição Imperial brasileira (de 1824) que, pela regra do art. 178
criou uma terceira categoria de Constituições, integrando parte de dispositivos rígidos, parte flexíveis,
isto é, vindo a ser semi-rígida.
1)- Concisas: são as sintéticas, breves, sumárias; as que apresentam texto enxuto,
sucinto. Abrangem somente direitos e princípios gerais, bem como regras básicas de organização e
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Exemplo: a dos EUA, que, desde 1787, possui apenas 7 artigos e 26 emendas.
2)- Prolixas: são aquelas ditas inchadas, extensas, longas, que apresentam texto
amplo. Também chamadas "Analíticas" por alguns autores, devido justamente à sua extensão. Cada vez
mais numerosas, geralmente contemplam regras programáticas e apresentam caráter polifacético por
albergarem normas não apenas materialmente, mas sobretudo formalmente constitucionais. Até parece
que o que não está na Constituição não está no mundo, mas isso tem uma razão de ser: as matérias de
natureza alheia ao Direito Constitucional propriamente dito adentram nos textos das Constituições,
visando garantias que só as próprias Constituições proporcionam em toda a amplitude.
Estudo dirigido
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11. Como se classifica a atual constituição brasileira com relação a sua extensão?
12. Quais são as disposições de nossa Constituição que não podem ser modificadas através de
Emendas?
PREÂMBULO
Nem todas as constituições têm preâmbulo. No entanto, ele sempre existiu nas
constituições brasileiras, e por duas vezes (1891 e 1937) nele omitiu-se a invocação do nome de Deus.
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PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
ART. 1° ao 4°
Por serem normas com um âmbito de validade muito maior do que qualquer
outra norma, servem os princípios constitucionais como critério de interpretação e de integração do
direito posto, dando coerência geral ao sistema jurídico.
Em vista disso, é necessária muita atenção aos Princípios Constitucionais, eis que
dão a diretriz axiológica, isto é, demonstram quais os valores devem ser respeitados, observados,
mantidos na Interpretação Constitucional. Para aferir a essência, o "espírito" de uma norma, necessário se
faz conhecer o todo normativo, para poder ver, em cada caso, concreto ou abstrato, qual é o Princípio ou
quais são os Princípios que orientam a interpretação.
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Por fim, relembramos que, pela atual Constituição, o Princípio Republicano não é
mais protegido contra Emenda Constitucional tendente a aboli-lo.
Neste sentido, José Afonso da Silva (1998, p. 1-2) diz que a Constituição Federal
brasileira de1988, ao instituir uma nova idéia de Direito e uma nova concepção de Estado - o Estado
Democrático de Direito - inspirou-se em princípios e valores que incorporaram um componente de
transformação da situação anteriormente existente, dentre os quais refere:
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III - a dignidade da pessoa humana - este é o valor supremo que norteia e atrai o
conteúdo de todos os demais direitos fundamentais humanos. Para sua efetividade requer:
- uma ordem econômica que assegure a todos a existência digna (art. 170);
- uma ordem social que vise a realização da justiça social (art. 193);
Aqui registramos uma informação supletiva, que se refere a uma recente decisão
do Tribunal Constitucional da Hungria, no sentido de excluir dos benefícios econômicos da globalização
todas aquelas empresas (e quiçá países!) que cometem violações à dignidade da pessoa humana.
Violações deste tipo são comuns no Brasil, onde temos desde trabalho escravo até a exploração do
trabalho infantil. E aí perguntamos se com um quadro desses é possível dizer que há dignidade para as
pessoas humanas?
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Quanto aos três primeiros objetivos podemos registrar uma crítica à histórica
tradição dos governantes brasileiros de reduzir a questão nacional do subdesenvolvimento e das chagas
sociais à "teoria do crescimento do bolo", isto é, os marginalizados e as regiões mais pobres seriam
incluídos nos bolsões de riqueza nacionais quando enfim o país se desenvolvesse o bastante. E para
propiciar esse desenvolvimento seletivo, investe-se pesado, inclusive com a contração de empréstimos
internacionais. Mas ocorre que um tal modelo de desenvolvimento acirra exponencialmente as
desigualdades sociais e, assim, adia-se indefinidamente a resolução de problemas que foram elevados à
categoria de Princípios Constitucionais e que, portanto, são ordens aos governos, não meros conselhos.
E, por fim, o Art. 4º estabelece os Princípios com os quais o Brasil deverá reger
suas Relações Internacionais, definindo assim a posição da República Federativa do Brasil frente aos
demais Estados estrangeiros, reafirmando sua Soberania, o respeito à autodeterminação dos povos, à
igualdade entre os Estados e à independência nacional, o não-intervencionismo, a solução pacífica dos
conflitos internacionais (por meio da defesa da paz), o repúdio ao terrorismo e ao racismo, a prevalência
dos direitos humanos, a concessão de asilo político e a cooperação entre os povos para o progresso da
Humanidade. Em seu Parágrafo Único positiva a autorização para a entrada no MERCOSUL, por
exemplo, assim dizendo o texto: "A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica,
política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-
americana de nações".
Estudo dirigido
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O aluno deverá fazer uma leitura atenta dos artigos 1° ao 4° da Constituição Federal e,
posteriormente, responder as seguintes questões. Toda questão que ensejar resposta “sim” ou “não”,
deverá ser justificada.
1. Como se classifica o Brasil face à Constituição de 1988, no que se refere à forma de Estado,
governo e regime político?
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10.Classifica-se como.........a República com regiões dotadas de autonomia para se auto-organizar através
de constituições próprias:
a)- Liberal.
b)- Anárquica.
c)- Democrática.
d)- Federativa.
e)- nenhuma das alternativas.
12. O parágrafo único do art. 1º da Constituição reza que “Todo o poder emana do povo, que o exerce
por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”. São exemplos de
poder exercido DIRETAMENTE pelo povo:
a)- voto e plebiscito.
b)- voto e referendo.
c)- plebiscito e referendo.
d)- todas as alternativas.
e)- nenhuma das alternativas.
14. O artigo 4º da CF normatiza que dois dos princípios a serem seguidos pelo Brasil em suas relações
internacionais são os de “igualdade entre os Estados” e “concessão de asilo político”.
Respectivamente, isso equivale a dizer que o Brasil:
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a)- apenas em princípio considera iguais os países e a permissão do ingresso de ativistas em seu
território.
b)- trata igualitariamente todos os países e abriga os exilados pó motivos políticos.
c)- jamais privilegiará o Estado do Rio de Janeiro em detrimento do Estado do Acre, e permitirá o
ingresso, no território nacional, de exilados por motivos políticos.
d)- abriga os exilados por motivos políticos e respeita igualitariamente tanto uma grande potência
quanto um peque país.
e)- nenhuma das alternativas.
15. O Brasil em suas relações internacionais, rege-se pelos seguintes princípios, exceto:
a)- independência nacional e prevalência dos direito humanos.
b)- soberania nacional e combate ao tráfico internacional de drogas.
c)- autodeterminação dos povos e defesa da paz.
d)- solução pacífica dos conflitos e repúdio ao terrorismo e ao racismo.
e)- concessão de asilo político e igualdade entre os Estados.
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Estudos Dirigido
O aluno deverá fazer uma leitura atenta do artigo 5°, com 73 itens, da
Constituição Federal e, posteriormente, responder as seguintes questões. Toda questão que ensejar
resposta “sim” ou “não”, deverá ser justificada.
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No artigo 6°, a Constituição estabelece que os direitos sociais são: a)- educação;
b)- saúde; c)- trabalho; d)- moradia; e)- lazer; f)- segurança; g)- previdência social; h)- proteção à
maternidade e à infância e i)- assistência aos desamparados. No entanto, esse capítulo que é composto
pelos artigos 6° ao 11, traz tão somente normas relativas ao trabalho, deixando para o título “Da Ordem
Social” (arts. 193 a 232) as disposições relativas a Seguridade Social (Saúde, Previdência Social e
Assistência Social); Educação, Cultura e Desporto; Ciência e Tecnologia; Comunicação Social; Meio
Ambiente; Família, Criança, Adolescente e Idoso; Índios.
Estudo Dirigido
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N A C I O N A L I D A D E
Art. 12 a 14
“jus soli”
Originária
(natos) “jus sangüinis”
Nacionalidade
Expressa
Adquirida
(naturalizados) Tácita
Nacionalidade
Nacionalidade Originária
“Jus Soli”
O Brasil adota, como regra geral, este princípio pois considerada brasileiro nato o
nascido em seu território. À essa regra geral se opõe uma única exceção, ou seja, só não é considerado
brasileiro o aqui nascido, se for filho de pai estrangeiro e que esteja no Brasil a serviço de seu país.
Assim, por exemplo, não seria brasileira a criança aqui nascida, filha do Embaixador dos Estados Unidos
que estivesse no Brasil a serviço de seu país. (Constituição Federal, art. 12, inciso I, letra “a”).
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“Jus Sangüinis”
O Brasil também adota o “Jus sangüinis”, embora não de forma tão ampla como
o “jus Soli”. A Constituição estabelece no art.12, inciso I, letras “b” e “c”, as circunstâncias nas quais o
nascido no exterior é considerado brasileiro nato, pelo fato de ser filho de pai ou mãe brasileira.
Nacionalidade Adquirida
Expressa
Nossa Constituição disciplina esta questão no art.12, inciso II, letras “a” e “b”.
Abre, entretanto, uma exceção aos originários de países de língua portuguesa ao exigir, tão somente,
residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral.
Tácita
Diz-se que a nacionalidade é adquirida de forma tácita quanto é obtida sem que
haja manifestação da vontade, com o simples preenchimento de certas condições estabelecidas na lei.
A Lei Brasileira não prevê hoje essa hipótese. No entanto ela já foi contemplada
pela Constituição de 1891 (1ª constituição Republicana), que assim determinava em seu art.69, itens IV
e V:
São brasileiros naturalizados:
IV- “Os estrangeiros que, achando-se no Brasil aos 15 de novembro de 1889, não
declararem, dentro em seis meses depois de entrar em vigor a Constituição, o ânimo de conservar a
nacionalidade de origem.
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Os Equiparados
Os fortes laços históricos que unem o Brasil a Portugal, fazem com que haja um
tratamento especial aos portugueses residentes no país, a ponto tal de fazer com que o legislador
constituinte constasse na Constituição a regra do § 1° do art. 12, onde equipara, ao brasileiro
naturalizado, os portugueses com residência permanente no Brasil, desde que tal tratamento seja
dispensado aos brasileiros com residência permanente em Portugal.
Regulamenta a Aquisição Pelos Portugueses, no Brasil, dos Direitos e Obrigações Previstos no Estatuto
da Igualdade e dá outras Providências.
CAPÍTULO I
ART.1°- Este Decreto regula a igualdade de tratamento entre brasileiros e portugueses, concernentes
aos direitos e obrigações civis e ao gozo dos direitos políticos.
ART.5° - Para adquirir a igualdade de direitos e obrigações civis e o gozo dos direitos políticos, o
português dirigirá petição ao Ministro da Justiça, declarando o nome por extenso, filiação, naturalidade,
nacionalidade, profissão, estado civil e o dia, mês e ano do nascimento.
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ART.6°- A petição, assinada pelo requerente ou por mandatário com poderes especiais, será instruída
com:
I - cédula de identidade de estrangeiro;
II - certidão consular de nacionalidade, expedida em data recente, de que conste o fim a que se destina;
III - atestado policial de residência no Brasil, pelo prazo mínimo de cinco anos, bem como de
inexistência de antecedentes criminais;
IV - certidão consular de estar no gozo dos direitos políticos no Estado da nacionalidade;
V - documento que prove saber ler e escrever o português.
§ 2º Nos Estados e Territórios, poderá a petição ser encaminhada através dos órgãos federais ou
estaduais encarregados do registro de estrangeiro, ou da Prefeitura do Município em que tiver domicílio
o requerente.
§ 1º Se o pedido não preencher os requisitos dos art. 2 e 3, o Diretor do Departamento mandará arquivá-
lo. Deste despacho caberá recurso para o Ministro de Estado no prazo de trinta dias contados da
publicação no órgão oficial.
ART.8° - A igualdade de direitos e obrigações civis e o gozo de direitos políticos serão reconhecidos
por decisão do Ministro da Justiça, que mandará expedir portaria em favor do requerente.
ART.9° - O Serviço de Identificação do Distrito Federal, dos Estados ou dos Territórios expedirá
documento de identidade de modelo igual ao de brasileiro, com menção da nacionalidade portuguesa do
portador e referência à Convenção sobre o Estatuto da Igualdade, recolhendo a cédula de identidade de
estrangeiro, a qual deverá ser enviada ao Serviço que a tenha expedido, para ser arquivada junto ao
respectivo processo de registro.
ART.10 - O Ministério da Justiça comunicará ao Ministério das Relações Exteriores, e este ao Governo
de Portugal, a relação dos portugueses que adquiriram a igualdade de direitos e obrigações civis e o
gozo dos direitos políticos.
ART.12 - O gozo dos direitos políticos no Brasil importará em suspensão do exercício dos mesmos
direitos em Portugal.
ART.13 - É lícito ao português, a quem foi reconhecido o gozo dos direitos políticos, ingressar no
serviço público do mesmo modo que o brasileiro.
ART.14 - O português, no gozo dos direitos e obrigações civis, pode exercer o comércio, a indústria, a
agricultura e o magistério em qualquer grau.
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§ 1º Pode também:
I - ser proprietário de empresas jornalísticas de qualquer espécie, inclusive de televisão e de
radiodifusão, ou acionista de sociedade anônima proprietária dessas empresas;
II - obter concessão ou autorização para explorar jazidas, minas e demais recursos minerais e potenciais
de energia hidráulica;
III - ser proprietário de aeronave brasileira;
IV - ser corretor de navios e de fundos públicos, leiloeiro e despachante aduaneiro;
V - ser proprietário de terras ou estabelecimentos industriais ou comerciais na faixa de fronteiras;
VI - participar da administração ou representação de sindicatos ou associações sindicais;
VII - ser prático de barras, portos, rios, lagos e canais;
VIII - possuir e operar aparelhos de rádio-amador;
IX - prestar assistência religiosa nos estabelecimentos de internação coletiva, como escolas, hospitais,
presídios ou penitenciárias.
§ 2º É-lhe defeso:
I - assumir a responsabilidade e a orientação intelectual e administrativa das empresas mencionadas no
item I do parágrafo anterior;
II - ser proprietário, armador ou comandante de navio nacional, inclusive nos serviços de navegação
fluvial e lacustre;
III - prestar assistência religiosa às Forças Armadas e auxiliares.
§ 3º O disposto no item II do parágrafo anterior não se aplica aos navios nacionais de pesca, sujeitos a
regulamentação em lei federal.
ART.16 - Não perde a nacionalidade de origem aquele que se beneficiar do Estatuto da Igualdade.
ART.18 - O português fica sujeito à lei penal brasileira, do mesmo modo que o nacional, não sendo
passível de extradição, salvo se requerida pelo Governo de Portugal.
Parágrafo único. Mesmo quando requerida pelo Estado da nacionalidade, não será concedida a
extradição por crime político ou de opinião.
ART.19 - No exterior não terá o português direito à proteção diplomática e consular brasileira.
ART.20 - A igualdade de direitos e obrigações civis e o gozo dos direitos políticos extinguir-se-ão pela:
I - cessação da autorização de permanência definitiva no Brasil;
II - expulsão do território nacional;
III - perda da nacionalidade originária.
§ 1º Extinguir-se-á no Brasil o gozo dos direitos políticos se o exercício deste for suspenso em Portugal.
§ 2º Cessará a autorização de permanência definitiva no Brasil se o português deixar o Brasil por prazo
superior a cinco anos.
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§ 5º O Ministério da Justiça comunicará à Justiça Eleitoral a decisão que declarar extinto o gozo dos
direitos políticos.
ART.22 - Tanto que seja concedida a brasileiro a igualdade de direitos e obrigações civis e o gozo dos
direitos políticos, a autoridade consular informará o fato à Secretaria de Estado das Relações Exteriores,
que o transmitirá ao Ministério da Justiça.
Parágrafo único. O Ministério da Justiça dará conhecimento à Justiça Eleitoral da outorga do gozo dos
direitos políticos a brasileiros em Portugal.
ART.23 - Quando o brasileiro, que estiver sob o regime do Estatuto da Igualdade, perder a
nacionalidade, o Governo do Brasil comunicará ao de Portugal essa ocorrência.
I - um livro de registro nominal dos portugueses, do qual constarão as datas da aquisição e da extinção
da igualdade de direitos e obrigações civis, bem como do gozo de direitos políticos no Brasil;
II - um livro de registro nominal dos brasileiros, do qual constarão as datas da aquisição e da extinção
da igualdade de direitos e obrigações civis, bem como do gozo de direitos políticos em Portugal.
ART.26 - O Ministro da Justiça anulará o ato concessório, quando obtido em fraude a este Decreto.
ART.27 - Este Decreto entrará em vigor a partir de 22 de abril de 1972, revogadas as disposições em
contrário.
Perda da Nacionalidade
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Com a aplicação, quase que universal, dos princípios “jus soli” e “jus sangüinis”,
como determinantes para a aquisição da nacionalidade originária, podemos encontrar casos em que a
pessoa poderá ter duas ou mais nacionalidades originárias ou, então, não adquirir nenhuma nacionalidade
ao nascer, que é caso do apátrida.
b)- Se imaginarmos uma situação inversa, vamos verificar que uma pessoa ao
nascer poderá ter duas ou mais nacionalidades. Se uma criança nascer num país que adota o princípio do
“jus soli” e ela for filha de pai e mãe de diferentes países que adotam o princípio do “jus sangüinis”, ela
terá três nacionalidades: uma do país em que nasceu; outra do país de origem do pai e outra do país de
origem da mãe.
Estudo Dirigido
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10. Cite uma situação na qual alguém poderá ter mais de duas nacionalidades originárias?
11. Quantas nacionalidades originárias terá uma pessoa que nasce num país que adota o “jus soli”
sendo filho de pai e mãe originários de países que também adotam o princípio do “jus soli”?
12. Quantas nacionalidades originárias terá a pessoa que nasce num país que adota o “jus sangüinis”,
sendo filho de mãe originária de país que adota o “jus soli” e pai originário de país que adota o “jus
sangüinis”?
13. “A”, brasileira é casada com “B”, uruguaio. “A” perde a nacionalidade nos termos do inciso II,
do § 4° do art. 12 da Constituição. O casal muda-se para Portugal onde nasce um filho que foi concebido
no Brasil. Essa criança poderá ter nacionalidade brasileira?
14. Cite todos os cargos eletivos políticos que somente poderão ser exercidos por brasileiros natos.
15. Cite todos os cargos eletivos políticos que podem ser exercidos por brasileiros naturalizados ou
equiparados.
16. Cite um caso de distinção, feito pela Constituição, entre brasileiro nato e naturalizado.
17. Com quais dizeres a nossa constituição aplica o princípio “jus sangüinis”?
18. O que é necessário para que um alemão, residente no país desde 1970, adquira a nacionalidade
brasileira?
DIREITOS POLÍTICOS
Arts. 14 a 16
Sufrágio universal
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V o t o
O voto é meio pelo qual se exerce a soberania popular. Esse termo é usado em
política e em ciência política como sinônimo de votação para indicar o processo pelo qual se registram as
escolhas dos eleitores; geralmente, designa também o papel impresso (cédula eleitoral ou cédula) que
contém o nome dos candidatos ao cargo e/ou declaração de uma proposta que o eleitor deve aprovar ou
rejeitar.
Sistema majoritário
4
Significa a cabeça do artigo ou seja sua parte inicial.
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Sistema Proporcional
Por esse sistema são preenchidos, no Brasil, os cargos de Deputados Federais, Deputados
Estaduais e Vereadores.
Plebiscito
Referendo
Iniciativa popular
No Brasil, no âmbito federal, o projeto de lei ordinário poderá ser apresentado com a subscrição
de, pelo menos, 1% dos eleitores distribuídos em, pelo menos, 5 Estados, e não menos de 0,3% dos
eleitores de cada um deles.
O parentesco e as inelegibilidades
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Parentes consangüineos
São parentes em linha reta as pessoas que estão umas para com as outras na
relação de ascendentes e descendentes. A linha reta é ascendente ou descendente, conforme se encare o
parentesco, subindo-se da pessoa a seu antepassado, ou descendo-se. São parentes em linha reta o bisavô,
o avô, o pai, o filho, o neto, o bisneto, etc.
São parentes em linha colateral as pessoas que, tendo tronco comum, não
descendem uma das outras. Tais são os irmãos, os tios, os sobrinhos.
Parentes afins
Pode alguém ser afim de outrem em linha reta sob tríplice ponto de vista:
1)- Em virtude do casamento por ele contraído, o marido será afim em primeiro
grau com a filha e a mãe da mulher a que se uniu;
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2)- Em virtude de casamento contraído pelos filhos, será afim, em primeiro grau
com as esposas destes;
3)- Em virtude de casamento contraído por seu pai, será afim em primeiro grau
com a mulher com quem ele se uniu.
No primeiro caso, a filha ( de outro casamento) de sua mulher será sua enteada.
No segundo, será sogro da mulher de cada filho. No terceiro, enteado da mulher de seu pai.
Estudos Dirigido
O aluno deverá fazer uma leitura atenta dos artigos 14 a 16 da Constituição
Federal e, posteriormente, responder as seguintes questões. Toda questão que ensejar resposta “sim” ou
“não”, deverá ser justificada.
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Candidato
Candidatos Idade Votos Candidatos Idade Votos Idade Votos
s
01 49 1.150 01 42 750 01 44 390
02 32 1.030 02 67 220 02 32 340
03 45 980 03 54 50 03 37 15
04 25 1.940 04 33 880 04 22 450
05 22 1.112 05 22 920 05 34 434
06 21 560 06 19 875 06 25 722
07 19 1.111 07 29 1.132 07 27 653
08 38 1.095 08 23 1.075 08 39 25
Candidato
Candidatos Idade Votos Candidatos Idade Votos Idade Votos
s
01 39 286 01 51 186 01 40 150
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VOTOS 7.00
8.000 VOTOS EM BRANCO:
NULOS: 0
Art. 109 - Os lugares não preenchidos com a aplicação dos quocientes partidários
serão distribuídos mediante a observação das seguintes regras:
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Art. 110 - Em caso de empate, haver-se-á por eleito o candidato mais idoso.
I - os mais votados sob a mesma legenda e não eleitos efetivos das listas dos
respectivos partidos;
Art. 113 - Na ocorrência de vaga, não havendo suplente para preenchê-la, far-se-
á eleição, salvo se faltarem menos de nove meses para findar o período de mandato.
PARTIDOS POLÍTICOS
Art. 17
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ACÓRDÃO: 16121
DESCRIÇÃO: Apelação Cível
RELATOR: Des. Pacheco Rocha
COMARCA: Foz do Iguaçu – 4.ª Vara Cível
ÓRGÃO JULGADOR: Primeira Câmara Cível
PUBLICAÇÃO: 12.4.1999
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Os Partidos
Relacionamos aqui os partidos políticos, com os respectivos Presidentes, que se
encontravam devidamente registrados no Superior Tribunal Eleitoral até o dia 02.05.2004.
SIGLA NOME PRESIDENTE NACIONAL CARGO Nº
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Estudos Dirigido
O aluno deverá fazer uma leitura atenta do artigo 17 da Constituição Federal e,
posteriormente, responder as seguintes questões. Toda questão que ensejar resposta “sim” ou “não”,
deverá ser justificada.
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