Você está na página 1de 19

Auto-Avaliação

da Biblioteca Escolar
Apresentação ao Conselho Pedagógico

Teresa Beja – Formação RBE 2009


“Está comprovado que quando os
bibliotecários e os professores trabalham em
conjunto, os alunos atingem níveis mais
elevados de literacia, de leitura, de
aprendizagem, de resolução de problemas e
competências no domínio das tecnologias de
informação e comunicação.”

(IFLA/Unesco, 1999)

Teresa Beja – Formação RBE 2009


A crescente evolução tecnológica e digital
introduziu mudanças significativas na
sociedade e na forma de acesso, produção e
comunicação da informação, novas estruturas
e novos espaços de aprendizagem.

As TIC e a Internet, bem como a facilidade de


acesso a equipamentos e a documentação
online re-orientam as necessidades
dos utilizadores e as prioridades
educativas.

Teresa Beja – Formação RBE 2009


“As bibliotecas enfrentam neste novo contexto,
novos desafios que obrigam à redefinição de
práticas e a uma liderança e demonstração de
valor que as integrem na estratégia de ensino/
aprendizagem da escola e nas práticas de
alunos e professores.”
Katherine Mansfield,
“Everything in life that we really accept undergoes a change”

A BE deve assumir-se como um recurso indutor de inovação,


que contribua e tenha um papel activo e de resposta às
mudanças que o sistema introduz, trazendo valor à escola no
cumprimento da sua missão e no cumprimento dos
objectivos.

Teresa Beja – Formação RBE 2009


Auto-Avaliação da BE: porquê?

 Porque identifica pontos fortes e pontos fracos;


 Provoca a reflexão, conduzindo a mudanças concretas na
prática;
 Contribui para a elaboração de um plano de
desenvolvimento;
 Identifica percursos a seguir com vista à melhoria do
desempenho;
 Serve de instrumento de regulação e melhoria contínua;
 Induz o envolvimento colectivo;
 Justifica a razão de existir das BE na escola;
 Auto-responsabiliza a BE e a Escola

A auto-avaliação deve ser entendida como um acto de


ensino, de prática, de melhoria, uma etapa do trabalho.
É um processo que, idealmente, conduzirá à reflexão e
originará mudanças concretas na prática.

Teresa Beja – Formação RBE 2009


Auto-Avaliação da BE: para quê?

 Para conhecer o que se faz e se decidir o que se fará a


seguir;
 Para transformar boas ideias em boas práticas;
 Para melhorar o perfil de desempenho da BE;
 Para não dizer “eu penso”, mas, “as evidências mostram”;
 Para promover o benchmarking;
 Para contribuir para a afirmação e desenvolvimento da
BE

É importante que cada escola conheça o impacto que as


actividades realizadas pela e com a BE vão tendo no
processo de ensino e na aprendizagem, bem como o grau
de eficiência e de eficácia dos serviços prestados e de
satisfação dos utilizadores da BE.

Teresa Beja – Formação RBE 2009


Como se operacionaliza a Auto-Avaliação
da BE?

Com recurso ao Modelo


de Auto-Avaliação
da Biblioteca Escolar
produzido pela RBE.

Objectivo

Proporcionar às escolas/bibliotecas um quadro de referência e


um instrumento que lhes permita identificar as áreas de
sucesso e aquelas que, por apresentarem resultados menores,
requerem maior investimento, determinando, nalguns casos,
uma inflexão das práticas.

Teresa Beja – Formação RBE 2009


Estrutura do Modelo
Constituído por 4 Domínios, divididos em Subdomínios, reflectindo as áreas-
chave de actividade da BE:

A. Apoio ao Desenvolvimento Curricular


A.1 Articulação Curricular da BE com as Estruturas de Coordenação
Educativa e Supervisão Pedagógica e os Docentes
A. 2 Promoção das Literacias da Informação, Tecnológica e Digital

B. Leitura e Literacia

C. Projectos, Parcerias e Actividades Livres e de Abertura à Comunidade


C.1. Apoio a actividades livres, extra-curriculares e de enriquecimento
curricular
C.2. Projectos e parcerias

D. Gestão da Biblioteca Escolar


D.1. Articulação da BE com a Escola/ Agrupamento. Acesso e serviços prestados
pela BE
D.2. Condições humanas e materiais para a prestação dos serviços
D.3. Gestão da colecção/da informação

Teresa Beja – Formação RBE 2009


Estrutura do Modelo

Indicadores apontam para os aspectos nucleares de


intervenção da BE inerentes a cada Subdomínio

Factores
actividades ou acções que demonstram sucesso e
críticos de
são valorizadas na avaliação de cada Indicador.
sucesso

mostram que essas actividades/acções foram


Evidências efectivamente desenvolvidas e sustentam a
formulação de juízos de valor sobre os seus
resultados.

Acções de propostas de iniciativas variadas a realizar no


melhoria caso de ser necessário melhorar o desempenho
da BE em relação com aquele Indicador.

Teresa Beja – Formação RBE 2009


Estrutura do Modelo

Perfis de Desempenho

Estabelecidos para os diferentes Subdomínios indicam 4


níveis de performance:

Fraco, Médio, Bom e Excelente.

Objectivo:
Ajudar a escola a identificar qual o nível que melhor
corresponde à situação da biblioteca em cada Subdomínio e
perceber, de acordo com o nível atingido, o que está em
jogo para poder melhorar para o nível seguinte.

Teresa Beja – Formação RBE 2009


Estrutura do Modelo

O Modelo de Auto-Avaliação da BE baseia-se em evidências, obtidas


através de um conjunto de métodos quantitativos e
qualitativos, e de técnicas de recolha de informação variada:

 Documentos já existentes (PEE, PCT…) ou da BE (Plano de Actividades,


regulamento, etc.);
 Registos diversos (actas de reuniões, relatos de actividades, etc.);
 Materiais produzidos pela BE ou em colaboração (planos de trabalho,
planificações para sessões na BE, documentos de apoio ao trabalho na BE,
material de promoção, etc.);
 Estatísticas produzidas pelo sistema da BE (requisições, etc.);
 Trabalhos realizados pelos alunos (no âmbito de actividades da BE, em
trabalho colaborativo, etc.);
 Instrumentos especificamente construídos para recolher informação no âmbito
da avaliação da BE: registos de observação, questionários, e checklists.

Teresa Beja – Formação RBE 2009


O que se avalia?

Os níveis de colaboração entre a BE e os restantes professores na


identificação de recursos e no desenvolvimento de actividades
conjuntas orientadas para o sucesso do aluno: literacia da
informação, promoção da leitura Domínios A e B

O programa formativo desenvolvido pela BE Domínios A,B e C

A acessibilidade dos serviços prestados pela BE (horário,


flexibilidade no acesso; bases de dados e catálogos online, etc.) e a
adequação da colecção e dos recursos tecnológicos Domínio D

A formação dos recursos humanos que suportam o funcionamento


da BE Domínio D

Teresa Beja – Formação RBE 2009


Etapas do processo
 Apresentação do modelo de Auto-avaliação no Conselho
Pedagógico /Divulgação à comunidade escolar

 Selecção do domínio a avaliar

 Recolha de evidências

 Aplicação dos inquéritos a alunos e professores

 Análise dos dados recolhidos: Identificação de pontos fortes e


fracos e posicionamento no respectivo nível de desempenho em que
a BE se integra

 Interpretação e descrição dos resultados da avaliação e definição


de acções de melhoria

 Comunicação dos resultados da avaliação e medidas de


melhoria a empreender, a integrar no Relatório de Avaliação
Interna da Escola/Agrupamento.

Teresa Beja – Formação RBE 2009


Envolvimento da escola
Como se aplica o Modelo?

 Motivação e compromisso institucional dos órgãos de


gestão pedagógica e executiva da escola com o processo
de auto-avaliação da BE;

 Apresentação aos colegas e órgãos de gestão do propósito


e metodologia da auto-avaliação e formalização de
alguns procedimentos no sentido de uma mobilização e co-
responsabilização de todos os intervenientes:
 participação da BE em reuniões alargadas ou restritas de
docentes para recolha da informação;
 facilitação de documentação e disponibilização de dados
pelos colegas;
 definição de formas de colaboração com os docentes na
recolha de evidências sobre os alunos;
 aceitação e reconhecimento dos resultados por todos;
 envolvimento na subsequente promoção de um plano de
melhoria e desenvolvimento
Teresa Beja – Formação RBE 2009
Envolvimento da escola

Como participam as diversas estruturas?

Conselho Pedagógico
Lançamento do processo, análise do relatório final, sugestões
para a implementação do processo.
Director
Líder coadjuvante no processo, deve fazer o acompanhamento
do processo desde o primeiro momento, aglutinando vontades e
acções, de acordo com o poder que a sua posição lhe confere.
Equipa BE
Planificação e desenvolvimento de todo o processo, definição
dos instrumentos a aplicar, tratamento dos dados recolhidos,
elaboração do relatório, comunicação dos resultados.
Alunos
Questionários, grelhas de observação, dados sobre resultados
obtidos.
Professores
Questionários; colaboração no preenchimento de grelhas.

Teresa Beja – Formação RBE 2009


Envolvimento da Escola
Professor Bibliotecário: que papel?

 transformar a biblioteca escolar em “espaço de conhecimento, por


oposição a um espaço de informação”.

 entender a biblioteca escolar além da colecção, além do espaço.

 transformá-la “num espaço de conexões de links e multi-


referências”, seja ao nível das colecções, seja ao nível da integração/
interacção com a escola.

 definir “acções”, por oposição a “posições”;

 um trabalho persistente de demonstração do valor e do impacto


da BE, obtido com recurso a evidências.

Ao Professor bibliotecário exige-se acção,


compromisso e responsabilidade, com implicações
nas práticas e na forma como interage com a escola.

Teresa Beja – Formação RBE 2009


Apresentação dos resultados

Relatório Final

A aprovar em Conselho Pedagógico

 descreve os resultados da auto-avaliação

 delineia o conjunto de acções a ter em conta no


planeamento de actuações futuras a desenvolver

Do relatório de avaliação da BE deve transitar uma síntese


que venha a integrar o relatório da escola. A avaliação
externa da escola pela Inspecção poderá, assim, avaliar o
impacto da BE na escola, mencionando-a no relatório final
de avaliação da escola.

Teresa Beja – Formação RBE 2009


Impacto na Escola

Espera-se que:

- O professor bibliotecário seja interventor no percurso formativo e


curricular dos alunos e no desenvolvimento curricular em
cooperação com os professores.

- Mudem as práticas, passando a ser mais centradas nos outcomes


(resultados) e menos nos processos que seguimos para os obter.

- Haja um reforço no conceito de cooperação, baseado na


planificação e no trabalho colaborativo entre a BE e os docentes.

- A BE melhore o seu desempenho.

- Se atinja a Melhoria Organizacional.

Teresa Beja – Formação RBE 2009


Bibliografia

Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares (2009). Modelo de Auto-Avaliação das


Bibliotecas Escolares. Disponível em: http://www.rbe.min-edu.pt [Acedido a
09/11/2009]

Todd, Ross (2001). Transitions for preferred futures of school libraries…. Disponível
em: http://www.iaslonline.org/events/conf/virtualross.html. [Acedido a 7
/11/2009].

Johnson, Doug (2005). Getting the most from your scholl library media program.
Disponível em: http://www.doug-johnson.com/dougwri/getting-the-most-from-
your-school-library-media-program-1.html. [Acedido a 15/11/2009]

McNicol, Sarah (2004). Incorporating library provision in school self-evaluation.


Educacional Review, 56(3), 287-296. Disponível em:
http://forumbibliotecas.rbe.min-edu.pt/mod/resource/view.php?id=8291 [Acedido a
15/11/2009]

Mansfield, Katherine (s.d). O Modelo de Auto-Avaliação no contexto da Escola/


Agrupamento. Disponível em: http://forumbibliotecas.rbe.min-edu.pt/course/
view.php?id=94. [Acedido a 15/11/2009]

Teresa Beja – Formação RBE 2009

Você também pode gostar