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São quatro as etapas pelas quais este processo deve passar: Motivação e compromisso institucional dos órgãos de
gestão, formalização de alguns procedimentos, aceitação dos resultados e promoção de um plano de melhoria;
constituição de um grupo responsável ao nível da escola/agrupamento; elaboração do Plano de Avaliação;
desenvolvimento do processo.
A tarefa que nos foi proposta “ Plano de Avaliação” de um dos domínios da avaliação é uma das etapas fundamentais
para a auto-avaliação e implica, como refere o Modelo de Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares, “tomar em
consideração vários procedimentos que têm como propósito, em primeiro lugar, permitir a realização de uma escolha
ponderada e participada do domínio que vai ser avaliado. Essa situação tem também implicado a consciencialização dos
elementos que vão estar envolvidos no processo de avaliação.”
Plano de Avaliação
1 – Problema/ Diagnóstico e Objecto da avaliação
a) Selecção a nível de escola/agrupamento, do domínio que vai ser avaliado
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O processo de avaliação é um processo complexo mas, como diz McNamara (1997),” However, personnel do not have to be
experts in these topics to carry out a useful program evaluation. The "20-80" rule applies here, that 20% of effort generates 80% of the needed results.”
Assim ele não pode ser visto de uma forma abstracta. Como é referido no Texto Modelo de Auto-avaliação das Bibliotecas
escolares: metodologias de operacionalização (parte 1), “ Avaliar a biblioteca significa avaliar a sua acção em
determinados aspectos e os resultados obtidos com esse trabalho, de acordo com os objectivos previamente definidos,
tendo porventura em consideração o referencial (Indicadores e Factores críticos de sucesso) à luz dos quais esses
objectivos poderão já ter sido estabelecidos, partindo do princípio que os orientam uma ideia geral de melhoria e
desenvolvimento de boas práticas. “
São vários os aspectos que podem condicionar a escolha do domínio a avaliar: projectos que vão ser desenvolvidos
na escola; domínio a priori considerado “forte; domínio a priori considerado “fraco”; domínio já anteriormente avaliado
(por exemplo, no processo de testagem do modelo; domínio que possibilita uma articulação mais estreita com o
anteriormente analisado. Esta escolha pode ser apoiada numa análise prévia (Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas
Escolares) que “de uma forma sumária, a partir da leitura dos domínios/indicadores e das acções correlacionadas
(factores críticos de sucesso), pontos fortes, aspectos a necessitar de desenvolvimento, aspectos ainda não
implementados ou sobre os quais não se tem informação.”
Os diferentes domínios e subdomínios são:
A. Apoio ao Desenvolvimento Curricular
A.1 Articulação Curricular da BE com as Estruturas de Coordenação Educativa e Supervisão Pedagógica e os
Docentes
A. 2 Promoção das Literacias da Informação, Tecnológica e Digital
B. Leitura e Literacia
C. Projectos, Parcerias e Actividades Livres e de Abertura à Comunidade
C.1 Apoio a actividades livres, extra-curriculares e de enriquecimento curricular
C.2 Projectos e parcerias
D. Gestão da Biblioteca Escolar
D.1 Articulação da BE com a Escola/ Agrupamento. Acesso e serviços prestados pela BE
D.2 Condições humanas e materiais para a prestação dos serviços
D.3 Gestão da colecção/da informação
A minha primeira opção na selecção do domínio seria no domínio B (Leitura e literacia) já que a integração no
Projecto TEIP2 (Ausência de competências e hábitos de leitura) e no Projecto aLeR+ apontavam para este domínio,
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podendo assim orientar o meu trabalho de uma forma lógica e racional. No entanto, a opção que fiz foi condicionada pela
escolha imposta pelo guia da sessão. No momento em que optei, restavam o domínio A2 e C1. Entre estes, pareceu-me
mais lógico aproveitar a experiência obtida no ano lectivo de 2008/2009, quando avaliei o domínio A , as dificuldades
sentidas, os desenvolvimentos já registados e pensar o que faria se fosse essa a opção.
Pontos fortes actuais Pontos fracos a desenvolver Pontos em que ainda não se
pensou/sem informação
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Foi introduzida, por proposta da BE, a Não foi elaborado o levantamento dos
promoção da literacia nas estratégias do currículos das competências de informação
A.2.2 Promoção do ensino em Projecto Educativo. inerentes a cada disciplina/área curricular e
contexto de competências de nível de estudo com vista à definição de um
informação da A BE elaborou um plano articulado e currículo de competências transversais
escola/agrupamento progressivo para o desenvolvimento adequado a cada ano de escolaridade.
progressivo da formação em literacia da
informação. Não foi elaborado um plano para a literacia
da informação no Projecto Educativo e
A BE propôs aos departamentos a Curricular da Escola/Agrupamento e nos
elaboração de um modelo de pesquisa de Projectos Curriculares das Turmas.
informação
A BE não fez formação para professores
A BE colaborou sempre com os professores devido ao facto de haver grande dificuldade
de forma a permitir um ensino de encontrar horas comuns e falta de
contextualizado de competências de disponibilidade de horários dos professores
informação. para estas formações que são encaradas
como uma sobrecarga e que têm de ser
Um número que se considera já de realce
marcadas fora do horário de trabalho.
(42%) de professores integra regularmente
competências da informação na Um número ainda significativo de
planificação e tratamento das diferentes professores não integra competências de
unidades de ensino informação na planificação e tratamento
das diferentes unidades de ensino.
A BE produz e divulga materiais realizados
para a acção de formação para utilizadores
Devido ao horário das turmas, das
e literacia da informação.
disciplinas e dos professores da equipa
(excepto o do coordenador) estes não
podem colaborar na maior parte das
actividades de formação, participando na
planificação.
A.2.4 Impacto da BE nas A maior parte dos alunos têm razoáveis A BE tem meios informáticos muito
competências competências tecnológicas e de informação. antigos que apresentaram grandes
tecnológicas, digitais e de constrangimentos no seu funcionamento e
informação dos alunos na A maior parte dos professores revela que se revelaram em número insuficiente.
escola/agrupamento competências razoáveis nas TIC
A maioria dos professores considera que na
Os alunos incorporam razoavelmente no realidade, os alunos têm um desempenho
seu trabalho, de acordo com o nível de apenas suficiente.
escolaridade, as diferentes fases do
processo de pesquisa e tratamento de Uma parte dos professores reconhece
informação. necessitar de formação a este nível.
A.2.5 Impacto da BE no A maior parte dos alunos manifesta uma Nem todos os alunos da escola frequentam
desenvolvimento de valores e utilização muito responsável dos recursos habitualmente a BE a pedido dos Mobilizar a escola para a criação e
atitudes da BE e respeito pelas normas da mesma. professores ou com eles. aplicação de um código de
indispensáveis à formação da conduta coerente e de aplicação
cidadania e à aprendizagem ao Forte ligação dos alunos à BE para As limitações de espaço condicionam a generalizado.
longo da vida. elaboração de trabalhos escolares. frequência da BE, sobretudo em dias em
que as condições atmosféricas são adversas
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Os alunos trabalham individualmente, a ou em épocas de realização de testes
pares ou em grupo, de acordo com a escritos.
estrutura espacial da Be.
Falta de uniformização, na Escola, de
Existe um grupo de alunos monitores. critérios e de princípios de aplicação
generalizada, que são directa ou
indirectamente essenciais para a
aprendizagem baseada em recursos
Aspectos implicados na Departamentos implicados Promover o diálogo e encontros A amostra deve abranger a
Auto-avaliação do com os Departamentos diversidade dos alunos da escola:
Docentes anos/ciclos/cursos/
subdomínio A2 Promover o diálogo com os nacionalidades/sexo/NEES - 10%
Alunos professores dos alunos
Associação de Pais Promover encontros com a A amostra deve abranger a
Associação de Pais diversidade dos professores da
Documentos a analisar: Plano de
Actividades da BE; actas, registos escola: Departamentos/
Programar a aplicação dos
de reuniões/contactos, trabalhos antiguidade – 20% dos
instrumentos de recolha
dos alunos; Projecto Educativo e professores (escolas com 50 ou
Curricular; materiais de apoio Preparar a recolha de mais professores)
produzidos; grelhas de documentos
A amostra deve abranger os pais/
observação; estatísticas;
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questionários; pautas; Regimento Escolher as actividades a encarregados de educação de um
da BE; observar conjunto de turmas: diferentes
níveis/anos de escolaridade: 10%
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• Plano de Actividades da BE
· Registos de reuniões/contactos.
· Registos de projectos/actividades.
· Materiais de apoio produzidos e editados.
INSTRUMENTOS PARA O · Referências à BE:
· - no projecto educativo e curricular
SUBDOMÍNIO A2 · - nos projectos curriculares das turmas.
· Questionário aos docentes (QD1).
· Questionário aos alunos da (QA1).
· Análise diacrónica das avaliações dos alunos.
• Observação de utilização da BE (O2).
· Regimento da BE.
. Grelhas de utilização
3– Intervenientes
Nesta avaliação participam de diferentes formas, diferentes grupos de intervenientes. Participam, mas na sua
organização, o professor bibliotecário e a sua equipa e ainda a Direcção da Escola. Têm uma participação fundamental os
utilizadores, (Texto Modelo de Auto-avaliação das Bibliotecas escolares: metodologias de operacionalização -parte 1) : “O
envolvimento e mobilização dos utilizadores (docentes, alunos, …), a quem é pedida uma participação muito activa, é
fundamental e tem a sua maior razão de ser no facto da avaliação se centrar não apenas na própria biblioteca mas,
sobretudo, nos seus utilizadores.” São ainda, muitas vezes ouvidos os pais e encarregados de educação nos aspectos
ligados à leitura e utilização da BE. Outros Intervenientes podem ser chamados a pronunciar-se “ não apenas pelo peso
que podem ter em diferentes parcerias, mas também como um auxiliar, desempenhando o designado papel de “Critical
Friend” ou “Devil’s Advocat” na análise e interpretação dos resultados e elaboração de conclusões. A BM/SABE, os
Grupos de Trabalho Concelhios ou os Coordenadores Inter-concelhios da RBE podem porventura desempenhar este papel.
“(Texto Modelo de Auto-avaliação das Bibliotecas escolares: metodologias de operacionalização -parte 1)
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4 – Calendarização e Planificação da recolha e tratamento de dados
A aplicação do Modelo é anual, devendo ser feita a análise de um dos Domínio da Auto-avaliação. No espaço de
tempo de quatro anos faz-se a avaliação dos quatro domínios, completando-se o ciclo que a auto-avaliação prevê.
É uma avaliação sistemática, diária, regular envolvendo um grande empenhamento de todos e “integrando as
práticas e rotinas da BE” “(Texto Modelo de Auto-avaliação das Bibliotecas escolares: metodologias de operacionalização
-parte 1). No entanto, há momentos específicos a ter em conta.
Momentos Período
Escolha do domínio
Identificação do tipo de evidências
Selecção dos instrumentos 1º Período
Calendarização da Professor Bibliotecário
Auto-avaliação do Aplicação dos instrumentos Ao longo do ano
Tratamento dos dados
Equipa
subdomínio A2 Análise dos dados
Intervenientes na Descrição
Direcção dadasituação
equipa
Decisão dos pontos fortes e dos pontos fracos
Auto-avaliação do
Definição
Alunos das acções de melhoria
subdomínio A2 Decisão do nível de desempenho
Elaboração
Professores do relatório
Apresentação no CP
Divulgação à comunidade
Pais e Encarregados de Educação 3º Período
Coordenadora inter-concelhia
Assistentes operacionais
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5 – Análise e comunicação das informações
Depois da recolha dos dados é necessário analisá-los confrontando esses dados com os factores críticos de sucesso
e com os descritores de desempenho. “A análise dos dados obtidos deve conduzir à elaboração de avaliações sobre a BE e os seus
serviços em termos de: eficácia, valor, utilidade, impacto, etc. Neste aspecto, é importante distinguir entre elaborar uma
descrição e uma avaliação. A avaliação implica uma apreciação baseada na análise de informação relevante e evidências.
Frequentemente inclui a explicação das consequências ou implicações de uma determinada acção ou processo”.(Texto
Modelo de Auto-avaliação das Bibliotecas escolares: metodologias de operacionalização -parte 1). Daí resultarão
apreciações, positivas ou negativas que devem apontar para acções que no futuro irão ajudar a consolidar os aspectos
positivos e melhorar os menos positivos.
Momentos
Análise pela equipa
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6 – Limitações e levantamento de necessidades
Limitações Necessidades
Complexidade do processo
Falta de formação nesta área dos outros elementos da Dispor de uma equipa logo no início do ano que permita a
equipa elaboração do Plano de Acção bem como para a selecção
do novo domínio a avaliaar.
Excesso de áreas de trabalho; dispersão de esforços
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