Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A Nova Mídia
A comunicação de massa
na era da informação
Tradução:
ANTONIO QUEIROGA
EDMOND JORGE
Revisão técnica:
ANTONIO QUEIROGA
Professor da Universidade Veiga de Almeida
e da Faculdade Carioca, mestre em comunicação
e tecnologia da imagem pela ECO/UFRJ
Título original:
Old Media, New Media:
Mass Communications in the Information Age
Capa: Carol Sá
CIP-Brasil. Catalogação-na-fonte
Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ
Dizard, Wilson
D652n A nova mídia: a comunicação de massa na era da
2.ed. informação / Wilson Dizard Jr.; tradução [da 3ª ed. norte-
americana], Edmond Jorge; revisão técnica, Tony Quei-
roga. — 2.ed. rev. e atualizada. — Rio de Janeiro: Jorge
Zahar Ed., 2000
Tradução de: Old media, new media: mass commu-
nications in the information age
Contém apêndice e glossário
Inclui bibliografia
ISBN 85-7110-446-8
1. Comunicação de massa. 2. Inovações tecnológio-
cas. 3. Sociedade da informação. I. Título.
CDD 302.23
00-0105 CDU 659.3
a lógica pura e a magia da invenção não bastam para fazer a nova mídia
acontecer. Por estas e outras razões, este livro também nos permite apreciar
ainda mais a mídia antiga, muito engenhosa, e explica ainda por que uma
mídia aparentemente obsoleta como o rádio se revigorou, mesmo diante
da expansão da televisão.
Temos aqui a história da família da mídia, escrita contra o pano de fundo
de todo o sistema de comunicações e que não se limita a um só país ou
cultura, mas é vista de uma perspectiva global. Atores veteranos ou
membros da “família da mídia” são observados em diferentes estágios de
desenvolvimento e avaliados de acordo com as suas contribuições, efême-
ras ou duradouras. Escrito de maneira elegante, baseado em pesquisa
sólida, este livro é um guia primoroso para o consumidor para o futuro dos
veículos de comunicação, tendo a rara distinção de ligar lembranças do
passado ao presente e ao futuro. Wilson Dizard consegue manter-se firme
no mundo dos legisladores (ele próprio foi um deles), debatendo com
especialistas técnicos sobre questões como o fluxo limite de dados cruza-
dos e o futuro do rádio, ao mesmo tempo em que discute qual sistema
deveria reger determinada tecnologia antiga ou uma inovação tecnológica.
O livro de Dizard não está aturdido com os “brinquedos” tecnológicos do
nosso tempo, mas não subestima o seu potencial. Ao mesmo tempo, o autor
avalia o heroísmo e a durabilidade da mídia convencional e dá sentido a
grande complexidade, enquanto oferece um tema e uma estrutura coe-
rentes para a compreensão unificada da comunicação de massa na era da
informação.
Evitando o jargão técnico da engenharia ou dos legisladores, o livro é
eminentemente prático em sua explicação paciente da justaposição da
economia e da política como determinantes do panorama da mídia em
modificação. Sem se deixar seduzir pelas novas máquinas e sem subes-
timar o poder da tecnologia como força social e como uma metáfora para
a mudança, o livro é um exame magistral do sistema nervoso central da
sociedade e de sua infra-estrutura de comunicação, que são apresentados
numa forma altamente acessível. Sem dúvida, será recebido com entusias-
mo por todos os que estudam a mídia e a comunicação, quer estejam
entrando agora no campo ou já ocupem postos de destaque há muito tempo.
Novamente, Wilson Dizard nos deu um tratado importante para nos
posicionarmos nesse novo mundo.
EVERETTE E. DENIS
Professor Emérito da Fordham University
Graduate School of Business
Por último, temos o consumidor final dos recursos da nova mídia, que,
até agora, têm exercido uma cautela salutar quanto à publicidade exage-
rada sobre novas tecnologias que, garantem, mudarão suas vidas. Existem
perguntas concretas sobre como ou se os computadores multimídia e
outros serviços prometidos satisfarão as necessidades pessoais. Que infor-
mação eu realmente quero? Quanto ela custará? O que está faltando? O
quanto é o bastante? Tais perguntas foram significativamente resumidas
por Neil Postman, o vigilante da mídia: “Qualquer tolo lhe dirá para que
serve a tecnologia. Mas é preciso raciocínio concreto para imaginar do que
os computadores nos privarão.” O debate tem sido freqüentemente domi-
nado por pessoas que, nas palavras de Evelyn Waugh, jamais foram
conhecidas por um pensamento muito preciso da questão.
Em suma, não existem fórmulas simples. A pergunta decisiva é como
todas essas possibilidades podem nos beneficiar numa democracia pós-in-
dustrial mais complexa. Durante mais de dois séculos, nossa estrela-guia
para definir as liberdades de informação tem sido a Primeira Emenda.
Originalmente, ela se referia somente às publicações impressas, mas suas
proteções foram ampliadas nas últimas décadas de modo a incluir a mídia
eletrônica. Será cada vez mais difícil expandir ainda mais sua esfera de
ação, dada a introdução de tecnologias de mídia mais complexas.
Existem indícios perturbadores de que os novos recursos de informação
poderiam forçar ainda mais o tecido social americano. Isso se revela na
crescente divisão entre aqueles que têm acesso fácil à informação e aqueles
que são privados de informação mais ampla. A continuar a atual tendência,
os primeiros dominarão totalmente os recursos de informação de que todos
necessitamos para sobreviver e prosperar, e os segundos se tornarão um
lumpem proletariado pós-industrial, relegados ao entretenimento irracio-
nal e outras trivialidades. A garantia de acesso eqüitativo aos recursos de
informação de última geração parece ser a questão mais urgente que
enfrentamos à medida que penetramos no padrão da nova mídia.
COMUNICAÇÃO DE MASSA
NA ERA DA INFORMAÇÃO
COMUNICAÇÃO DE MASSA NA E RA DA I NFORMAÇÃO
O FATOR INTERNET