1. A) Para o direito, a Empresa se caracteriza como atividade econmica vinculada a produo e oferta de bens e servios, no sendo ele atrelado ao conceito mais comum de empresa, como o estabelecimento comercial e instituio, nem to pouco associado a uma pessoa, mas sim aos aspectos econmicos. O Novo Cdigo Civil traz o conceito de empresrio como quem exerce essa atividade econmica, a empresa, de forma profissional, com habitualidade, trazendo assim de forma implcita o entendimento sobre a empresa (como a atividade econmica organizada para a produo ou a circulao de bens ou servios).
B) Para se configurar como empresa so necessrios alguns fatores de produo, sendo eles: o capital, que dar inicio as atividades econmicas; a mo-de-obra, quem vem a ser qualquer pessoa que o empresrio venha a contratar; os insumos, os produtos necessrio que precisam ser adquiridos para se fazer a comercializao; e, a tecnologia, fator que dar sustento a atividade, este se compe da logstica, controle de ao, entre outros.
2. A) Na Idade Mdia o Direito Comercial nasce para regular as atividades dos comerciantes e artesos. Neste primeiro momento classificado como fase da teoria subjetiva-corporativista, onde os comerciantes faziam as leis s quais seriam submetidos atravs de outros comerciantes que tinham funes jurisdicionais, os cnsules, dentro das corporaes, que buscavam uma tutela jurdica para suas atividades, vista como uma fase classicista. Aps a excluso do privilgio de classes e o inicio do liberalismo economico o Direito Comercial vive uma nova fase, conhecida como teoria de atos de comrcio, onde se buscava uma classificao mais objetiva do que era o comerciante, abandonando a subjetividade e o corporativismo sendo esses substitudos pela objetividade dos atos de comrcio; pregando a igualdade poltica, social e jurdica. Tendo dificuldade em se conceituar os atos de comercio, iniciou-se a terceira fase do Direito comercial, conhecida como teoria subjetiva-empresarial, onde se buscou uma amplitude no conceito da atividade empresarial, se caracterizando agora pelo exerccio profissional de qualquer atividade econmica organizada para a produo ou circulao de bens ou servios.
B) Na primeira fase do direito comercial o conceito de comerciante era ligado s corporaes, onde, s era comerciante quem estava matriculado nas corporaes. Eles faziam as suas leis e eles mesmos as aplicavam, ou seja, tinham funes jurisdicionais dentro dessas corporaes. Na fase da teoria dos atos de comercio, buscou-se delimitar o conceito de comerciante, passando este a ser quem praticava de forma profissional determinados atos de comercio. Porm havia dificuldade para se conceituar esses atos, competindo assim lei definir o que e quais seriam eles. Com um entendimento ainda vago sobre esses atos de comercio, entramos na terceira teoria do Direito comercial, que abandona o sistema baseado no comerciante e traz um novo sistema baseado no empresrio e na atividade empresarial, relacionando agora diretamente com a atividade econmica exercida de maneira profissional na produo e circulao de bens e servios.
Fernando Leite, Adriano Codato (2013) Autonomização e Institucionalização Da Ciência Política Brasileira: o Papel Do Sistema Qualis-Capes. Agenda Política, 2013