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Nota introdutória
Nesta Sociedade Global em que estamos inseridos, cada vez mais, as tecnologias e o
conhecimento caminham irmãmente e marcam de forma notável a Educação e a
Aprendizagem. Nesta perspectiva, no século da globalização e constante mudança da
informação, a promoção e o desenvolvimento da literacia da informação constitui, de facto,
um dos mais urgentes desafios da actualidade para as Bibliotecas Escolares. As
Bibliotecas Escolares, assumem uma missão crucial na construção dos alicerces que
sustentarão o Futuro de cada um dos alunos. Com efeito, para além de contribuírem para a
equidade de acesso à informação, promovendo, desta forma, a inclusão social e
combatendo o fosso digital, as Bibliotecas Escolares têm um importante papel a
desempenhar na promoção e desenvolvimento de literacias que permitirão aos alunos a
integração efectiva, profícua e feliz na Sociedade da Informação. Com efeito, reunidos no
espaço da Biblioteca Escolar, os recursos informacionais constituem-se como um
excelente manancial para proporcionar o desenvolvimento de conhecimentos,
competências e atitudes necessários para se viver na Sociedade da Informação, quer
sejam utilizados por iniciativa dos alunos, quer, como se deseja, sejam utilizados por
iniciativa dos professores na preparação e implementação de actividades lectivas
diversificadas, ao serviço de uma aprendizagem baseada em recursos.
Enquanto centro de recursos educativos, a Biblioteca Escolar deve, além de tudo o
que já foi referido, constituir-se como uma alavanca capaz de provocar mudanças nas
estratégias de ensino, implementar dinâmicas que, de forma efectiva e eficiente,
contribuam para o desenvolvimento da literacia da informação nos alunos.
Frequentemente, os alunos realizam os seus trabalhos de investigação para as diferentes
disciplinas recorrendo à cópia de informação da Internet. Os alunos apropriam-se da
informação, revelando, ao longo do processo, alguma ausência de pensamento crítico,
copiando da Internet a informação de forma integral, desrespeitando os direitos de autor,
sem consciência ou preocupação ética, frequentemente sem avaliarem sequer a
informação retirada.
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Trabalho para a 4ª sessão - a formanda Maria José Leal
Por outro lado, a Escola deve deixar de ser o espaço onde o professor se limita a
transmitir o saber ao aluno e tornar-se um espaço onde são facultados os meios para se
construir o conhecimento, atitudes e valores, e adquirir competências, tornando-se, assim,
a Escola, um dos pilares da Sociedade do Conhecimento.
A Educação deve ser revitalizada através da implementação de novas formas de
aprendizagem, que se baseiam na investigação cognitiva e nos métodos de ensino
construtivista, com o objectivo de ajudar os alunos a desenvolverem competências
imprescindíveis na era da informação; a aprendizagem deve ser assente nos recursos do
mundo real, deve ser interactiva e integrada, em vez de passiva e fragmentada; deve
construir-se através do trabalho cooperativo e utilizar as TIC.
De forma explícita, afirma-se que, à saída do Ensino Básico, o aluno deverá ser capaz de
pesquisar, seleccionar e organizar informação para a transformar em conhecimento
mobilizável e adoptar estratégias adequadas à resolução de problemas e à tomada de
decisões.
A operacionalização transversal destas competências passa pela vivência, em cada
disciplina, segundo o documento "Currículo Nacional do Ensino Básico - Competências
Essenciais", de momentos de aprendizagem que permitam:
pesquisar, seleccionar, organizar e interpretar informação de forma crítica em
função de questões, necessidades ou problemas a resolver e respectivos
contextos;
rentabilizar as tecnologias de informação e comunicação nas tarefas de construção
de conhecimento;
comunicar, utilizando fontes diversificadas, o conhecimento resultante da
interpretação da informação;
seleccionar informação e organizar estratégias criativas face às questões colocadas
por um problema (p.22).
Neste contexto, o papel da Biblioteca Escolar enquanto centro de recursos e parte do
processo educativo torna-se evidente, mas é imprescindível, para que a Biblioteca cumpra
efectivamente a sua missão, a articulação entre o professor bibliotecário e os professores
das diversas áreas curriculares, na planificação e implementação de actividades e
experiências de aprendizagem que desenvolvam as competências em informação.
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Trabalho para a 4ª sessão - a formanda Maria José Leal
Avaliar o quê?
Como está muito bem realçado no texto da sessão “Referindo-nos à avaliação das bibliotecas em
geral, a abordagem mais tradicional tem sido a de avaliar as bibliotecas em termos de inputs (instalações,
equipamentos, financiamentos, staff, colecções, etc.), processos (actividades e serviços) e outputs (visitas à
biblioteca, empréstimos, consultas do catálogo, pesquisas bibliográficas; respostas do serviço de referência,
materiais produzidos, etc. …), desenvolvendo formas de avaliação da qualidade dos serviços e da sua
performance de carácter eminentemente quantitativo e as mais das vezes traduzidas em termos de custos e
eficiência. Medir os outcomes (Impactos) significa, no entanto, ir mais além, no sentido de conhecer o
benefício para os utilizadores da sua interacção com a biblioteca. A qualidade não deriva nesta acepção, da
biblioteca em si mesma ou do seu peso intrínseco, mas do valor atribuído pelos utilizadores a esse benefício,
traduzido numa mudança de conhecimento, competências, atitudes, valores, níveis de sucesso, bem-estar,
inclusão, etc.” Texto da sessão 4
Porquê avaliar?
A intenção de avaliar a Biblioteca Escolar consiste como mais uma vez salienta o texto da
sessão 4 “(…) é apoiar o desenvolvimento das bibliotecas escolares e demonstrar a sua contribuição e
impacto no ensino e aprendizagem, de modo a que ela responda cada vez mais às necessidades da escola
no atingir da sua missão e objectivos.
A avaliação deve ser encarada como uma componente natural da actividade de gestão da biblioteca,
usando os seus resultados para a melhoria contínua, de acordo com um processo cíclico de planeamento,
execução e avaliação:
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Trabalho para a 4ª sessão - a formanda Maria José Leal
PLANEAMENTO (ESTRATÉGICO/OPERACIONAL)
↑ ↓
Quem envolve?
Outras Entidades : O Amigo critico – que não pertence ao Agrupamento, que pode
ser representado pelo Coordenador Inter - concelhio ou o SABE).
O modelo deve ser aplicado anualmente sobre um domínio, recolhendo evidências através
de técnicas de recolha de informação diversificada:
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Trabalho para a 4ª sessão - a formanda Maria José Leal
Após a recolha, tratamento e interpretação dos dados tem que elaborar um Relatório
com um plano de melhoria, que será apreciado pelos Conselhos Pedagógico e Geral.
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Indicador
de Factores Críticos de Evidências Instrumentos de Intervenientes Calendarização
Sucesso recolha de
Processo evidências
Folha de registo de
Elaborar um plano de actividades
A.2.2.- trabalho da BE onde • Plano Anual de professor 1º e 2º
Promoção do inclui actividades de Actividades da BE Bibliotecário e a Periodos
formação de utilizadores equipa.
ensino em com turmas / grupos / Registo de contactos
contexto de alunos e com docentes com os docentes dos coordenadores dos
competências no sentido de promover o •
Referencias à vários níveis de departamentos
de informação BE nos:
valor da BE, para motivar escolaridade
a sua 1. Projecto
utilização, directores de turma
(nos diversos
esclarecer sobre aseducativo
suportes) da formas como está professores do
Escola 2. Projecto apoio.
organizada e ensinar a
Curricular
/Agrupamento. utilizar os diferentes
serviços. 3. Projecto Registo de contactos director
Curricular de com docentes que
A BE produz materiais Turma participaram nos
informativos de apoio à planos de trabalho.
formação dos utilizadores.
• Sessões de
Elaborar um plano
articulado e progressivo Formação para
ao longo dos vários anos / Utilizadores
ciclos de escolaridade, Estatísticas de
para o desenvolvimento frequência da BE
das competências de • Guia do
informação:
Utilizador da BE
1. Nos programas Questionário a alunos
(QA1)
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curriculares • Registos de
contactos / reuniões
2. Nos projectos em
Questionário a
curso
professores (QD1)
3. Nas áreas de • Materiais de
projecto e estudo apoio produzidos.
acompanhado.
Grelha de observação
que possam ser
trabalhadas na sala de aula, BE • Guião de dos alunos na BE (O2)
ou noutros espaços. Pesquisa
(Big 6 ou Plus Entrevista ao Director
A BE produz e divulga
guiões de pesquisa(Big6,
Plus,etc), com a
colaboração com os
docentes, e outros
materiais de apoio ao
trabalho de exploração
dos recursos de
informação nos diversos
suportes, pelos alunos.
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Trabalho para a 4ª sessão - a formanda Maria José Leal
Indicadores
de Factores Críticos de Evidências Instrumentos de Intervenientes Calendarização
Sucesso recolha de
impacto evidências
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