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O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares:

metodologias de operacionalização (Parte I)

Problema/Diagnóstico

Ao ter que seleccionar um domínio/subdomínio para avaliação, optei de


imediato pelo subdomínio A.2. Promoção das Literacias da Informação, Tecnológica e
Digital, para assim poder dotar os alunos das competências necessárias para enfrentarem
os novos desafios colocados pela sociedade da informação em que mergulhámos. A
velocidade vertiginosa que o desenvolvimento científico e tecnológico adquiriram, as
constantes mutações sofridas pela sociedade e pelo conhecimento, implicaram uma
mudança radical das práticas pedagógicas na escola, obrigando a um trabalho
cooperativo dos diferentes actores educativos para promover a aquisição, por parte dos
alunos, de competências de pesquisa, avaliação e aplicação da informação, de modo a
gerar mais conhecimento.
A Biblioteca Escolar surge como um elemento essencial neste processo
educativo, promovendo o trabalho de pesquisa e de produção documental em variados
suportes e nas diferentes linguagens, fomentando o prazer da leitura e desenvolvendo
hábitos de trabalho, proporcionadores de aquisição de competências de informação ao
longo da vida. Por outras palavras, a valorização daquilo que tem sido frequentemente
designado por “aprender a aprender”, em detrimento da simples aquisição de
conhecimentos. Quer no desenvolvimento dos currículos das diferentes disciplinas, quer
em projectos multidisciplinares e transdisciplinares, quer na auto-formação contínua ou
simplesmente na ocupação de tempos livres, a BE é um parceiro activo e cooperativo na
adaptação da escola e do sistema educativo às exigências da sociedade contemporânea.
É cada vez mais importante que as bibliotecas escolares demonstrem o seu
contributo para a aprendizagem e o sucesso educativo das crianças e jovens que
servem (in Texto da Sessão)
De acordo com José António Calixto, a literacia tem sido muitas vezes associada
às competências de leitura e escrita, mas o âmbito deste conceito tem-se alargado
juntamente com o próprio conceito de leitura. Além disto, a emergência e a expansão de
outros média nas últimas duas décadas, trouxeram consigo expressões como literacia do
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audiovisual e literacia informática, entre outras. Esta é seguramente uma das razões
porque cada vez mais autores usam a palavra no plural.
Conclui-se, de acordo com as palavras referidas que o termo literacia sofreu uma
evolução muito acentuada e rápida, sendo hoje considerada como algo muito mais
abrangente e susceptível de permitir dotar os indivíduos de competências variadas e
úteis no desempenho e funções, no dia-a-dia.
Como essas competências abrangem diversas áreas, considerou-se importante
referir, não a existência de uma literacia, mas de várias, consoante o campo ou área de
abordagem das competências, assim o exija. Desta forma surgiu a expressão literacias
da informação.
Para avaliar esse impacto, seleccionou-se o Subdomínio A.2.: Promoção das
Literacias da Informação, Tecnológica e Digital).
A formação de utilizadores conscientes e competentes nestas literacias justificam
a escolha efectuada.

Avaliar para quê?

Quando falo em avaliar os serviços prestados pela BE, bem como a sua
importância na obtenção de bons resultados, pretendo esclarecer os colegas e restante
comunidade, que temos que ir mais além de inputs (instalações, equipamentos,
financiamentos, staff, colecções, etc.), processos (actividades e serviços) e outputs
(visitas à biblioteca, empréstimos, consultas do catálogo, pesquisas bibliográficas;
respostas do serviço de referência, materiais produzidos, etc. …). Estes são importantes,
mas não isoladamente, é através deles que podemos chegar ao mais importante: os
outcmoes, que não são mais do que os impactos, as marcas que a BE consegue deixar
nos seus utilizadores, traduzido na tão ambicionada mudança de conhecimento,
competências, atitudes, valores, níveis de sucesso, bem-estar e inclusão.
Este é o grande papel do Modelo de Auto-Avaliação da BE: utilizar os
resultados para a melhoria contínua. Mas, como todos sabemos, avaliar não é uma
missão fácil, dai o MABE se encontrar organizando em quatro domínios e respectivos
subdomínios ajustados a determinadas actividades, serviços ou programas, permitindo a

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realização de um estudo longitudinal, com vista à melhoria do desenvolvimento de boas


práticas.
É urgente desenvolver um trabalho colaborativo com os colegas de sala de aula,
nomeadamente, de Área de Projecto e Estudo Acompanhado, para que, unindo esforços,
se atinjam os objectivos pretendidos.

Ainda que o trabalho colaborativo seja uma área essencial para a consecução da
missão pedagógica da BE e que necessita de investimento, introduzir mudança no
âmbito da cultura escolar, unindo a BE à componente lectiva, é um processo lento e
progressivo. Todavia, a BE está implicada, logicamente, nesta missão de escola e deve,
por isso mesmo, estar envolvida na programação de actividades promotoras do
desenvolvimento curricular, em colaboração com os órgãos de gestão e com os
docentes. Estas passarão pela planificação de actividades conjuntas que desenvolvam e
avaliem as competências no âmbito da literacia da informação e dos conhecimentos que
daí resultem.

Promover actividades no âmbito da promoção da literacia da informação,


algumas delas enquadradas no trabalho colaborativo, terá como fim último, aferir o
contributo da BE para a qualidade das aprendizagens dos alunos e demonstrar o valor
ou a ausência de valor da BE nesta matéria.

Objectivos da Avaliação – Subdomínio e indicadores seleccionados

Para efectuar a tarefa proposta - Elaboração de um Plano de Avaliação -


seleccionei o subdomínio A.2. - Promoção das Literacias da Informação. Se a selecção
do domínio não me ofereceu qualquer dúvida pelas razões que referi no ponto anterior,
a selecção dos indicadores foi mais demorada, uma vez que, a minha perspectiva vai de
encontro ao referido na página doze do texto de apoio à unidade “...há vantagem em
avaliar em conjunto no mesmo ano todas as componentes de um dado domínio, dada a
estreita articulação que existe entre elas e o facto de muitos instrumentos de recolha de
informação lhes serem comuns, dada a estrutura do próprio Modelo.”Decorrente desta
visão integrada da avaliação, tive algumas hesitações quanto ao registo das evidências e
dos instrumentos de recolha referentes aos indicadores seleccionados.

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Convém, contudo, antes de avançar para a definição de instrumentos e para a


sondagem do terreno, haver uma consciencialização completa do conteúdo, que cabe no
conceito de “literacia da informação”. Neste ponto, melhor do que os textos de apoio, o
MABE é o melhor guia, pois identifica, através dos 5 indicadores de avaliação, o que
está em jogo neste subdomínio, que, não esqueçamos, se integra na componente
curricular da missão da BE:
a) a formação de utilizadores;
b) a promoção de um ensino que integre competências de informação;
c) promoção das TIC como instrumentos de aprendizagem e de trabalho com a
informação;
d) a formação tecnológica dos alunos no domínio da informação;
e) a promoção de valores e atitudes de cidadania e aprendizagem contínua.

O propósito da auto-avaliação é apoiar o desenvolvimento das bibliotecas


escolares e demonstrar a sua contribuição e impacto no ensino e aprendizagem, de modo
a que ela responda, cada vez mais, às necessidades da escola no atingir da sua missão e
objectivos. (in Texto da Sessão)

A. 2. Promoção das Literacias da Informação, Tecnológica e Digital

Indicadores Factores críticos de Sucesso Instrumentos de


recolha de evidências
 Plano de
 O plano de trabalho da BE inclui actividades de actividades da BE.
formação de utilizadores com turmas/grupos/ (actividades realizadas
A.2.1 alunos e com docentes no sentido de promover o no âmbito da formação
Organização de valor da BE, motivar para a sua utilização, de utilizadores)
actividades de esclarecer sobre as formas como está organizada e  Registos de
formação de ensinar a utilizar os diferentes serviços. reuniões/contactos.
utilizadores na  Alunos e docentes desenvolvem competências  Registos de
escola/agrupame para o uso da BE revelando um maior nível de projectos/actividades.
nto. autonomia na sua utilização, após as sessões de  Observação de
formação de utilizadores. utilização da BE
 A BE produz materiais informativos e/ou lúdicos (O2).
de apoio à formação dos utilizadores.  Materiais de apoio
produzidos.

 A BE procede, em ligação com as estruturas de


coordenação educativa e de supervisão pedagógica,

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ao levantamento nos currículos das competências


de informação inerentes a cada departamento
curricular/área disciplinar com vista à definição de
um currículo de competências transversais
adequado a cada ano/ciclo de escolaridade.  Plano de
 A BE promove a integração, com as estruturas Actividades da BE;
de coordenação educativa e supervisão pedagógica  Referências à BE:
e dos docentes, de um plano para a literacia da no projecto educativo
A.2.2 Promoção informação no projecto educativo e curricular e nos e curricular nos
do ensino em projectos curriculares das turmas (decorrente do projectos curriculares
contexto de ponto anterior). das turmas.
competências de  A BE propõe um modelo de pesquisa de  Registos de
informação da informação a ser usado por toda a escola/ reuniões/contactos
escola/agrupame agrupamento. com os professores de
nto.  A BE estimula a inserção nas unidades Área de Projecto
curriculares, áreas de projecto, estudo Estudo Acompanhado
acompanhado/apoio ao estudo e outras actividades, e outros.
do ensino e treino contextualizado de competências  Registos de
de informação. projectos/actividades.
 A BE produz e divulga, em colaboração com os  Materiais de apoio
docentes, guiões de pesquisa e outros materiais de produzidos e editados.
apoio ao trabalho de exploração dos recursos de
informação pelos alunos.
 A equipa da BE participa, em cooperação com
os docentes, nas actividades de ensino de
competências de informação com
turmas/grupos/alunos.
 Os projectos escolares de iniciativa da BE ou
apoiados por ela, incluem actividades de consulta e
produção de informação e de intercâmbio e
comunicação através das TIC: actividades de
pesquisa, utilização de serviços web, recurso a  Plano de
utilitários, software educativo e outros objectos actividades da BE.
A.2.3 Promoção multimédia, manipulação de ferramentas de  Referências à BE
do ensino em tratamento de dados e de imagem, de apresentação, nos projectos
contexto de outros. curriculares das
competências  A BE organiza e participa em actividades de turmas.
tecnológicas e formação para docentes e alunos, no domínio da  Materiais de apoio
digitais na literacia tecnológica e digital. produzidos.
escola/agrupame  A equipa da BE apoia os utilizadores na selecção  Registos de
nto. e utilização de recursos electrónicos e média, de
projectos/actividades.
acordo com as suas necessidades.
 A BE colabora na concepção e dinamização de
actividades de educação para e com os media.
 A BE produz, em colaboração com os docentes,
materiais informativos e de apoio à adequada
utilização da Internet: guiões de pesquisa, grelhas
de avaliação de sites, listas de apontadores, guias de
procedimentos, outros.

 Os alunos utilizam, de acordo com o seu


ano/ciclo de escolaridade, linguagens, suportes,
modalidades de recepção e de produção de
informação e formas de comunicação variados,  Observação de
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entre os quais se destaca o uso de ferramentas e utilização da BE


media digitais. (O1).
 Os alunos incorporam no seu trabalho, de acordo  Trabalhos escolares
A.2.4 Impacto com o ano/ciclo de escolaridade que frequentam, as dos alunos (T1).
da BE nas diferentes fases do processo de pesquisa e  Estatísticas de
competências tratamento de informação: identificam fontes de utilização da/s BE.
tecnológicas, informação e seleccionam informação, recorrendo  Questionário aos
digitais e de quer a obras de referência e materiais impressos, docentes (QD1).
informação dos quer a motores de pesquisa, directórios, bibliotecas  Questionário aos
alunos na digitais ou outras fontes de informação electrónicas, alunos da (QA1).
escola/agrupame organizam, sintetizam e comunicam a informação  Análise diacrónica
nto. tratada e avaliam os resultados do trabalho das avaliações dos
realizado. alunos.
 Os alunos demonstram, de acordo com o seu  Estatísticas da
ano/ciclo de escolaridade, compreensão sobre os utilização da BE.
problemas éticos, legais e de responsabilidade  Utilização dos
social associados ao acesso, avaliação e uso da computadores da BE.
informação e das novas tecnologias.
 Os alunos revelam em cada ano e ao longo de
cada ciclo de escolaridade, progressos no uso de
competências tecnológicas, digitais e de informação
nas diferentes disciplinas e áreas curriculares.
A.2.5 Impacto  Os alunos aplicam modalidades de trabalho  Observação de
da BE no diversificadas (individual, a pares ou em grupo) e utilização da BE (O2).
desenvolviment realizam tarefas diferenciadas, de acordo com a  Questionário aos
o de valores e estruturação espacial e funcional da BE. docentes (QD1).
atitudes  Os alunos estabelecem entre si um ambiente de  Questionário aos
indispensáveis à confiança e de respeito mútuo, cumprindo normas alunos (QA1).
formação da de actuação, de convivência e de trabalho, inerentes  Regimento da BE.
cidadania e à ao sistema de organização e funcionamento da BE.
aprendizagem  Os alunos revelam valores de cooperação,
ao longo da autonomia e responsabilidade, conformes a uma
vida. aprendizagem autónoma, activa e colaborativa.
 Os alunos demonstram atitudes de curiosidade,
iniciativa, criatividade e reflexão crítica, necessárias
a uma aprendizagem baseada em recursos.

Cronograma de Plano de Avaliação


Para o ano lectivo 2009/2010, este será o cronograma do Plano de Avaliação:

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Etapas de Avaliação Calendarização


Motivação e compromisso institucional
Reunião de trabalho com o Director do Agrupamento para a
apresentação deste plano da BE. Janeiro de 2010
Apresentação fundamentada do Domínio a avaliar no Conselho
Pedagógico, nos Departamentos e Conselhos de Docentes, sendo os
seus elementos chamados a tomar conhecimento e a participar nessa
escolha.
Grupo responsável
Constituição, sob a responsabilidade do Professor Bibliotecário, de Janeiro de 2010
um grupo responsável, ao nível da escola, pela condução do processo
de auto-avaliação da BE, com definição e partilha de tarefas entre os
elementos do grupo.
Portefólio
Constituição de um potefólio do processo de auto-avaliação onde Ao longo do ano
serão registadas todas as actividades e evidências recolhidas. lectivo

Intervenientes
 Director
 Professor Bibliotecário
 Equipa da BE
 Coordenador dos Directores de Turma
 Directores de Turma
 Coordenador PTE
 Docentes TIC
 Docentes de Estudo Acompanhado
 Docentes de Área de Projecto
 Coordenador do 1º CEB
 Coordenador dos JI
 Conselho de Docentes
 Os alunos
 “Critical friend” Coordenadora Interconcelhia
O envolvimento e mobilização dos utilizadores (docentes, alunos,
…), a quem é pedida uma participação muito activa, é fundamental e
Janeiro de 2010
tem a sua maior razão de ser no facto da avaliação se centrar não
apenas na própria biblioteca mas, sobretudo, nos seus utilizadores.
Boa parte das evidências requisitam a sua disponibilidade e empenho
na resposta a inquéritos, cedência de materiais, actividades de

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observação, etc. Por isso, a sua colaboração, sobretudo a nível dos


docentes, constitui um aspecto crítico para o sucesso desta avaliação.
A avaliação não deve ser encarada como uma imposição, mas como
uma mais-valia para a melhoria da escola, sendo de evitar quaisquer
riscos de subversão do seu espírito (avaliação - formulário). (in
Texto da Sessão)

Determinação da amostra
Respeitando as orientações do Modelo de Auto-Avaliação da
Biblioteca Escolar e do texto de apoio à unidade, a amostra será
constituída por:

Questionários:

20% do nº total de docentes, abrangendo diferentes departamentos,


docentes mais antigos e docentes recém-chegados, os professores de Janeiro de 2010
apoio e os professores das AEC`s

- Questionário aos docentes (QD1) - 20% dos docentes

10% do nº total de alunos, abrangendo as várias


origens/nacionalidades; rapazes e raparigas; alunos com
necessidades educativas

- Questionário aos alunos (QA1) – 10% dos alunos

- Grelhas de observação (01;02;T1) – 10% dos alunos

Recolha de evidências

Janeiro de 2010
Recolha de evidências através dos diferentes instrumentos previstos
neste plano e definição dos instrumentos a utilizar.

Aplicação de questionários e grelhas de observação. Fevereiro de 2010

Análise dos resultados e preparação de algumas medidas de Março de 2010


melhoria.

Recolha de novas evidências através dos diferentes instrumentos Maio 2010


previstos neste plano.

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Tratamento estatístico dos dados recolhidos


Recolha, tratamento e análise de toda a informação recolhida, Junho
desenvolvendo uma análise sobre a performance da biblioteca no
domínio escolhido em relação com os standards estabelecidos.
Identificação de nível
A análise dos elementos recolhidos vai permitir uma confrontação Julho
entre os factores críticos de sucesso e os descritores de desempenho,
para a identificação de um nível.
Elaboração do Relatório
No Relatório Final far-se-á uma apresentação sistematizada da
informação recolhida e da sua análise, reflectida depois nas acções
Julho
para melhoria.
O relatório além de incluir a informação mais detalhada e
fundamentada relativa ao Domínio seleccionado, conterá também a
informação disponível sobre os restantes domínios.
Comunicação dos resultados
O relatório final deverá ser feito de acordo com as determinações
contidas no “Modelo de Auto-Avaliação da Biblioteca Escolar”
(RBE, 2009) e apresentado às seguintes entidades:
- Assembleia de Escola
- Director da Escola
- Conselho Pedagógico da Escola Julho
- Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares
- Coordenadora Interconcelhia

Apresentação do Relatório ao Conselho Pedagógico, reflexão sobre


os resultados obtidos e aprovação das acções para melhoria dos
pontos fracos identificados, para cada um dos indicadores.

Elaboração de um plano anual de actividades, que reflicta o plano de


melhorias apresentado no final do ano lectivo anterior e
reformulação do Plano de Acção da BE Setembro 2010

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O relatório deve, portanto, dar uma visão holística do funcionamento da


biblioteca escolar, incluindo a informação mais detalhada e fundamentada sobre a
aplicação do modelo de auto-avaliação no Domínio seleccionado, e a informação
disponível sobre os restantes Domínios que, não tendo sido avaliados por esse processo,
não deixaram de ser trabalhados durante o ano pelas BE.s (in Texto da Sessão).
O relatório deve integrar o Relatório Anual de Actividades da
Escola/Agrupamento, originar uma súmula a incorporar no Relatório de Auto-Avaliação
da Escola/Agrupamento, sempre que esta tiver lugar e orientar o coordenador da BE na
possível entrevista a realizar pela Inspecção-geral de Educação, no âmbito da avaliação
externa (in Texto da Sessão).
Esta relação da avaliação da biblioteca com a avaliação da escola, ganha ainda
mais pertinência se tivermos em conta o carácter transversal e a grande interacção que a
biblioteca deve estabelecer com todos os órgãos da escola.

Limitações
Este processo de avaliação exige muito tempo e disponibilidade dos recursos. A
recolha dos indícios, o tratamento dos dados, a elaboração das conclusões e do relatório
final, implica muito trabalho e tempo dispendidos que serão, necessariamente, retirados
às outras funções e tarefas.
Para além desta, surge também a adaptação de toda a equipa ao MABE e ao
acréscimo de trabalho que isso implica.
Complexidade das múltiplas tarefas directamente relacionadas com este modelo
de autoavaliação: algumas exigem um conjunto de conhecimentos e competências que
vão para além das actuais capacidades dos membros da Equipa da BE, havendo
necessidade de estabelecer um período de aprendizagem que complica ainda mais o
processo.

Conclusão

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Todo este esforço será compensado quando se conseguir demonstrar junto dos
professores, o contributo da BE para a aprendizagem e os resultados escolares,
mostrando-lhes as suas potencialidades e a forma como podem utilizá-la melhor nas
suas actividades de planeamento das aulas e de ensino. (in Texto da Sessão)

A formanda
Dolores Poças

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