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Assassinato
lingustico
H
vrias maneiras de
discutir o conceito de
lngua morta. Existem
as lnguas que morrem porque
nunca foram de grandes comunidades e acabam circunscritas a um
nmero to diminuto de falantes
que naturalmente chegam extino. Existem aquelas, porm,
que foram lnguas de dominao,
e, implicadamente, foram lnguas
de cultura, em relao s quais o
processo que leva ao conceito de
morta, mesmo que seja aceito,
dificilmente envolve extino.
Lembrem-se, no Oriente, o snscrito e o grego, e, no Ocidente,
o latim, lnguas que a esto em
obras que so lidas, comentadas,
discutidas e apreciadas, que a esto em ritos consagrados, e que,
afinal, a esto, modificadas, nas
suas descendentes (o caso, por
exemplo, das nossas lnguas novilatinas, ou neolatinas).
A primeira discusso vai exatamente nesse sentido: aceita-se
a classificao de mortas para
estas ltimas lnguas tanto quanto para as lnguas extintas, que se
contam aos milhares?
Todo conceito tem de ser
discutido no universo em que
ele se insere, o que envolve um
eixo de similaridade em que ele
seja colocado para um contraste.
Assim, se, em princpio, o eixo
envolvido nesta discusso ope
tradicionalmente lngua morta a
lngua viva. Em princpio, parece