ESCOLA SECUNDÁRIA DE ERMESINDE

BIBLIOTECA ESCOLAR

Plano
do
Boletim

Notícias da 3-4
Biblioteca
Movimento da 4
Biblioteca
Textos de 5-6
Opinião
Novas aquisições 7
Ilustrações 7
Exposições 8-10
Observatório Net 11
Concurso 12-16
Literário
BOLETIM INFORMATIVO Nº 18

Junho de 2009 Responsabilidade: Equipa coordenadora

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 ♦ Conforme noticiámos no último Boletim, está a decorrer o processo de
auto-avaliação da biblioteca. O plano aprovado pelo Conselho Pedagógico
está a ser cumprido. Os utilizadores, alunos e professores, foram ouvidos,
Notícias da Biblioteca através de questionários, e a Bibliotecária já reuniu com a equipa de
Avaliação Interna da Escola, disponibilizando os dados recolhidos e
obtendo apoio para resolução de problemas. Logo que seja possível serão
♦ O cantinho dos audio-visuais da biblioteca está a ganhar uma decoração
apresentados os dados dos questionários.
mais alegre! Dois grupos de trabalho de Área de Projecto da Turma J do 12º
ano, dando azo à sua criatividade, escolheu cores mais quentes e garridas
♦ Foi aprovado pelo Conselho Pedagógico, em sua reunião de 29 de Abril
que tornam este espaço de descontracção mais convidativo. As almofadas
p.p. (passado próximo), o novo Regimento da Biblioteca. Poderá ser
de cores variadas dão um toque de irreverência e conforto. O tapete está
consultado na Biblioteca ou na Página Web.
bonito e aconchega. Aguardamos os painéis que completarão a nova
imagem da nossa biblioteca
♦ Está a ser difícil servir com qualidade face a tanta avaria dos
equipamentos informáticos. Sejamos optimistas: a curto prazo, receberemos
♦ Já há anos que a nossa biblioteca tem vindo a beneficiar da colaboração
os computadores ganhos no Concurso da Rede de Supermercados
de uma equipa de restauro constituída pela Dr.ª Laura Moreira e Dr.ª Fátima
Modelo/Continente; a médio prazo, alguns anos, poucos, uma biblioteca
Silva. Graças ao seu trabalho minucioso, muitas foram as obras impressas
nova com equipamento a fazer justiça ao Plano Tecnológico da Educação.
rejuvenescidas que voltaram a circular. Este mês é notícia não o restauro,
mas a encadernação de 18 fascículos sobre futebol, editados pelo jornal
♦ Na Caixa de Sugestões surgiram muitos filmes. Gostamos de ver sorrisos
Público. Os apreciadores podem deliciar-se com Futebol Mundial já
de satisfação. Em Setembro, teremos novidades. Para já: boas férias!
disponível.

♦ Com um sorriso no rosto e humor, disse uma encarregada de educação:

- Finalmente a Mafalda chegou ao Gerês!
A Mafalda, aluna pouco aplicada e heroína da Candidatura de Mérito da
Biblioteca da ESE, lá conseguiu, com muita ajuda dos nossos alunos,
concluir o trabalho à Disciplina de Língua Portuguesa e obter a autorização Movimento da Biblioteca (Abril e Maio)
do pai para participar no tal passeio ao Gerês.
Agora é altura de fazer o balanço final: apresentar as evidências recolhidas,
listar os pontos fortes e os pontos fracos e delinear um plano de acção que Entradas: 4266
dê continuidade a este projecto.
De realçar a colaboração intensa das professoras da Área de Projecto do 8.º
Filmes visualizados: 170
Ano, Alexandra Marques e Albina Almeida.

♦ A 5 de Outubro de 2010 celebra-se o 1º Requisições para dentro da escola: 473

centenário da Implantação da República.
A vertente educativa é coordenada pela Dr.ª Requisições domiciliárias: 258
Isabel Alçada Baptista. Na Escola
Secundária de Ermesinde a efeméride será assinalada com um projecto de Ocupação dos computadores: 735 blocos de 45 minutos
escola a integrar o Plano de Actividades do próximo ano lectivo.
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Textos de opinião
O Ano da Morte de Ricardo Reis – José Saramago
Ricardo Reis nasceu em 1887. Era médico e por se
assumir monárquico partiu em exílio para o Brasil
(informações dadas pelo Ortónimo).
Avisado por Álvaro de Campos da morte de Pessoa (29
Novembro de 1935), Reis decide regressar no Highland
Brigade. Uma vez chegado a Lisboa, a 30 de Novembro
de 1936, este filho da Invicta termina a viagem, iniciando
a sua espera pela morte. Analisando as suas acções,
pensamentos e desejos, Ricardo Reis de Saramago é diferente do Pessoano,
na medida em que, se lembrarmos a filosofia de vida do
poeta, a personagem contraria a ataraxia e abulia
características do epicurismo e estoicismo. Na verdade,
está apegado aos seus hábitos, às convenções sociais, a
preconceitos pessoais, apresenta preocupação com a sua
aparência, libertando-se do Carpe Diem horaciano, ao
expressar, ainda que pouco nítida, a sua preocupação com
a guerra e o conturbado Portugal desse tempo.
Quando chega ao seu país natal, R.R. demonstra uma certa
insegurança, um certo deambulismo. Instala-se acidentalmente no Hotel
Bragança durante três meses. Conhece duas mulheres e envolve-se com elas
por necessidade – com Lídia por desejo e com Marcenda por paixão.
Tendo como único amigo Fernando Pessoa (já morto mas que lhe aparece),
o já acabado poeta de 50 anos de idade assume uma diferente atitude
perante a morte: enquanto o poeta das Odes considera que os mortos não
deixam nada aos vivos, Reis, como personagem, acredita que estes deixam
muito de si. Reis representa o que todos somos no meio da realidade:
ficção.
(Marisa Macedo, 12º H)
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Bem-vindo ao Norte
Bem-vindo ao Norte é o mais recente filme de Dany Boon e está a causar
grande impacto em França.
O filme é uma hilariante comédia,
original, que aconselho (…) a toda a
comunidade escolar.
Garanto que será uma hora e meia bem
empregue, cheia de situações bem-
humoradas (…) e construtoras de carácter.
Para os do Sul, o Norte é uma zona
terrífica e gelada, habitada por seres rudes
de dialecto próprio. Incompreensível para
os sulistas, esta linguagem troca os sons ‘s’ e ‘c’ pelo ‘x’, que se torna não
só frustrante e irritante para os do Sul, mas também leva a trocadilhos de
língua (alguns deles bastante engraçados).
O filme segue a vida da família Abrams. Philippe Abrams é director
duma estação de correios algures no sul de França. A sua vida dá um salto
após ter-se feito passar por deficiente de modo a conseguir uma casa na
Côte D’Azur (sítio há muito desejado pela sua mulher, Julie), pois é
desmascarado.
Ora, o castigo pela fraude foi severo. Philippe vê-se obrigado a trabalhar
em Bergues, uma pequena cidade situada na região mais fria do Norte,
durante três anos.
(…) Philippe parte sozinho. Ao
contrário do que esperava, após alguns dias
de frustração dominada de preconceitos
pelas pessoas do Norte, dá por si a passar
bons tempos com a gente do seu local de
trabalho, que se mostra simpática,
compreensiva, humilde e divertida.
Ao fim de pouco tempo acaba por
apreciar a sua vida em Bergues, habituando-se à comida, modo de viver e
até ao dialecto do Norte.
O filme faz notar, para além de valores como a amizade, a confiança, a
verdade e o amor, um problema actual que afecta não só a França como
todo o Mundo – o Aquecimento Global. Philippe descobre que o Norte,
outrora frio, é agora uma região quente.
(Diogo Tomé 10º G)
Novas Aquisições Exposições na Biblioteca
A lista completa das novas aquisições pode ser consultada no
expositor do átrio da Biblioteca.
“Promoção de eventos culturais”
Esta obra parte de uma pergunta: “Um romance pode ser a base 12º B
para uma boa investigação?”.
A literatura é, na realidade, o que mais nos aproxima das verdades
humanas?
A força da resposta de Serena levou-a a ser já contada em várias
línguas.
Esta narrativa trará decerto pela sua perspectiva inovadora um forte
contributo ao processo de melhoria da Escola através da auto-
avaliação partilhada.
(http://www.asa.pt/produtos/produto.php?id_produto=707581)

Em 1980, foi descoberto um túmulo, entre Jerusalém e Belém. No

interior, encontraram dez ossários (pequenas tumbas de pedra de
cal), alguns com inscrições. Num deles lia-se: "Jesus, filho de
José". O documentário, "O Código de Cristo: O Túmulo de
Perdido", pretende demonstrar que o "Túmulo dos Dez Ossários",
com cerca de 2000 anos de idade, é o túmulo da família de Jesus de
Nazaré. É uma história, em parte, aventura arqueológica, em parte,
bíblica, em parte ciência forense, em parte controvérsia teológica.
(Adaptação da nota informativa do DVD)

As ilustrações
A arte dos nossos alunos voltou a
invadir este Boletim.
Valorizamos a sua criatividade e
gostamos de a divulgar.
Parabéns e obrigada pela
colaboração.
Imagens da exposição
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 E só agora, que sou pré-universitária, é que percebi realmente o que
significa fazer um portefólio.
E, em vez de mais um trabalho entre tantos outros que nos mandam
B — Portefólios – 12º Ano fazer, a tarefa tornou-se divertida e, acima de tudo, um grande desafio – não
bastava somente um portefólio; eu queria construir uma recordação,
superar-me a mim mesma e elaborar textos criativos e diferentes, que mais
Professoras: Manuela Silva, Arminda Sousa e Carmo Santos tarde me façam recordar, de uma maneira ou de outra, este último e tão
especial ano na ESE.
Espero que todos apreciem e comentem este site, portefólio e
“Eu tenho-me na minha recordação, cuidadosamente elaborado com o apoio de Gil Pinto e Inês
mão” Morais, a quem agradeço.
Esta imagem representa a auto-
construção da personalidade do (Do sítio da Catarina Morais: http://www.gilpinto.com/psicologia/node/1)
sujeito, quer dizer, o encontro que
ele faz consigo próprio, através da
relação que estabelece com o
mundo pela Psicologia. A mão a
segurar o bebé significa que, na
(Foto de Anne Gueddes) construção do seu Eu, o sujeito é
autónomo; é como se dissesse “eu
tenho-me na minha mão”.
Foi esse processo de auto-conhecimento e de autonomia que procurei
incutir nas aulas e na criação dos portefólios.
(Professora Manuela Silva)

Carta de Identificação
O meu nome é Catarina Morais. Integro a turma do 12.º I, do Curso de
Ciências Sociais e Humanas, 2008/2009, da Escola Secundária de
Ermesinde.
Ao longo de todo o ensino básico e secundário muito ouvimos nós,
alunos, falar de portefólios. E, invariavelmente, elaboramos um dossier com
as fichas dadas pelos professores, com os testes e pouco mais. Mas não
passa disso mesmo – um dossier. Nunca nos foi ensinada a diferença.
Foi por isso que, quando a professora de Psicologia B, Manuela Silva,
falou pela primeira vez em portefólio, a minha primeira reacção foi “lá vou
eu arquivar mais umas coisas e ter trabalho a personalizar uma capa”. Mas
não! Não estávamos a falar de um dossier de arquivo, mas de um portefólio. Imagens da exposição

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 Observatório Net Concurso literário
A Biblioteca da ESE promoveu mais um Concurso Literário,
http://www.centenariorepublica.pt/.
destinado a toda a população escolar, incluindo encarregados de
educação. O júri, constituído pelos seguintes elementos:
António José Vilas-Boas (professor de Português)
Daniel Tomé (aluno do 10º G)
“Portugal é uma República soberana, baseada na dignidade da pessoa humana e na David Santos (representante da Porto Editora)
vontade popular e empenhada na construção de uma sociedade livre, justa e Joaquim Lázaro (professor de Economia)
solidária”.
Virgínia Baltazar (funcionária da Biblioteca)
(artigo 1.º da Constituição da República Portuguesa)
salientou pela sua qualidade os seguintes textos:

Na hora da ESE começar a delinear o seu plano de acção para o próximo ano I Escalão - 3º. Ciclo
lectivo, é oportuno divulgar a Página do Centenário da República. As
oportunidades são muitas. Basta aproveitar algumas e continuarmos a apostar “na Verso
construção de uma sociedade livre, justa e solidária”.
1º. Asas da Mente - Ana Marta Ferreira
2º. Isto com a Amizade - Ângela Mendes
3º. Juntos conquistaremos o Mundo - Ana Marta Ferreira

Prosa
Ideia nascida na ESE 1º. Confusões ou sentimentos… - Ana Marta Ferreira
2º. Um sonho a três dimensões - Joana Cardoso
3º. (ex-aequo)
Eu não sei dizer “Adeus” - Inês Lopes
Proposta nacional O Vazio - Bruna Alexandra Cunha

II Escalão - Secundário

Verso

1º. Amor - Jessica Rocha

2º. (ex-aequo)
Parabéns aos alunos e professores envolvidos Meninos - Isilda Santos
Se tu viesses ver-me… - Sara Barros
http://app.parlamento.pt/webjovem2009/documentos/Recomendacao 3º. Ser - Francisca Sofia Martins
_aprovada_secundario.pdf
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 Prosa Amor

1º. O Futuro ao Virar da Página - Francisca Sofia Martins Olhei para ti

2º. O Pinheiro e o Natal - Isilda Santos E algo em mim mudou,
3º Memórias - Marta Sousa Mas o que eu senti,
Ninguém me explicou.
III Escalão - Prof./ Func./ Enc. Educ.
Queria derrubar a cerca,
Verso Ultrapassar os guardiões,
1º. Jarra Partida - Fernanda Cármen Neves Conseguir o sim,
2º. Não Quero! - Odete Mendes Mas sem ninguém saber…
3º. Reencontro - Fernanda Carmen Neves
(…) Um dia, vagueava pela rua
Prosa Quando te voltei a ver,
Minha alma sentiu-se nua,
2º Se eu fosse o mar - Odete Mendes Livre de voar e cair dentro do teu coração,
3º. Uma lição de vida - Marco Morgado Para de lá nunca mais sair!
Jessica Rocha, 10º C
Teatro

1º. Muito boa noite, senhoras, senhores! - Odete Mendes
Extractos
(…) E não te deixes fugir, trocar de pele... porque é
através dos teus olhos que vês o mundo e através
deles que mo descreves, com precisão e de alma
nua.
Tu és a ascensão da pessoa comum e o teu
pensamento a tua sombra.
A fertilidade da tua mente ganha asas e voa,
tentando mostrar o que não vejo e fazendo-me
sentir o mais complexo pensamento escrito em suas
asas de prata. (…)
Ana Marta Ferreira, 7º A
13
(…) Aquele avô era especial! Só ele sabia que a
neta era uma romântica apaixonada pelos romances
de Nicolas Sparks, só ele sabia que Serralves era o
ponto de encontro de Sofia com ela própria e com
ele, e continuava a ser só ele que sabia do seu velho
hábito de nas mais quentes noites de Verão, ficar,
horas a fio, a admirar as estrelas.
Fora de Serralves e da companhia de Tomás,
o ar perdia o cheiro a cachimbo, tão característico
das conversas pelos jardins; o céu perdia parte da
cor que Tomás levava no olhar e até os raios de Sol
não conseguiam que nenhuns outros cabelos cor de mel brilhassem tão
intensamente.
A história que vos vou contar começa em meados de Novembro, e
exactamente onde para Sofia, o dia tinha início… em Serralves com o avô!
(…)
Francisca Sofia Martins, 11ºJ
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(…) Menino que seja menino, JARRA PARTIDA
Gosta de brincar,
De “gargalhar”, e de Uma jarra partida… É o que eu sou!
Espaço para correr.
Menino que seja menino, Jarra de porcelana, outrora inteira,
Tem de suar, tem de rasgar,
Tem de sujar… Que, de forma brutal e traiçoeira,
Só assim, poderá dizer: Um capricho divino, vil, quebrou…
“Sou menino e feliz!”

Isilda Santos, 12º BN

E em mil pedaços soltos separou…
Cacos velhos em fétida lixeira,
Apanhados à toa e, com canseira,
Toscamente colados. Magoou!...

Agora sou grosseira imitação

(…) Se eu fosse o mar, poderia transportar, até às praias, as belas conchas e Da imagem que antes fui… Doce quimera!
beijá-las na despedida – a sagrada vieira, a bela e estranha pansy shell, a
suculenta ostra… Em praias exóticas, poderia circundar as altas pernas dos Exausta, luto p’ra me restaurar.
flamingos vermelhos, rodopiar com os golfinhos, ao som do seu misterioso
linguajar tão próprio, rodear as baleias e viver o seu estranho canto… (…)
Tremo ao pensar que nova maldição
Odete Mendes, professora
Me pode fustigar. É Primavera,
(…) Diariamente, seguem o lema "um dia a seguir ao outro", tentando
arranjar forças para que cada um desses dias seja superado, a fim de que
Mas eu não tenho flores p’ra me enfeitar.
possa vir mais um. Se pensássemos assim, tudo seria mais fácil, mas não,
passamos a vida a reclamar por tudo e por nada, sem nos darmos conta que
temos muito mais que outras pessoas. Talvez baste olhar à nossa volta para Fernanda Carmen Neves, professora
que possamos perceber isso, mas preferimos preocupar-nos demasiado com
a nossa pessoa e os outros passam despercebidos. (…)

Marco Morgado, auxiliar da acção educativa

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