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Para Jung a religio tem suas manifestaes psicolgicas diferentes das religies da
teologia. A convico de ter uma existncia anterior vida neste planeta uma
intuio psicolgica arquetpica comum a toda humanidade.
Jung usou o conceito de smbolo de acordo com sua etimologia: sym = juntar, unir; e
balein = em direo a uma meta, um objetivo. Na Grcia Antiga, symbalein era o ato
de unir duas metades de uma mesma moeda que fora partida entre duas pessoas.
Quando uma delas desejava enviar uma mensagem importante outra, o
mensageiro trazia consigo uma das metades da moeda, como garantia de
veracidade. A palavra smbolo passou a designar a unio dos opostos: algo
conhecido (consciente) com o desconhecido (inconsciente). Aquilo que nos
desconhecido tem um valor afetivo, pois sempre desperta uma emoo. Por conter
um aspecto irracional, o smbolo tem um enorme poder de mobilizao. Ele
representa a conexo com a energia psquica necessria para a efetivao de feitos
que alteram o estado das coisas ou trazem novas solues para os conflitos.
Os complexos fazem parte do inconsciente (sombra) e so responsveis por
comportamentos mais aberrantes. Por necessidade de adaptao vida social e
exigncias culturais, desenvolvemos o que Jung chamou de persona. Elaboramos
mscaras coletivamente reconhecveis e aceitveis e assim nos adaptamos ao
mundo. Quando integrada, a persona criativa e possibilita a expresso de
diferentes facetas do indivduo, mas quando muito rgida ela pode no refletir os
aspectos mais ontolgicos do si mesmo.
Tambm Jung estudou outros estados do inconsciente, como o anima e o animus,
contrapartes sexuais do homem e da mulher, respectivamente. Ambos aspectos
contm as qualidades humanas que faltam na disposio consciente e denominam
aquilo que deixado de fora da persona. Assim, a jornada de autoconscincia
implica um convvio com o outro para se realizar.