Você está na página 1de 8

Aula 3

Compreender os fins da educação na história da


humanidade. O que é educação?
Educare: formar, instruir, guiar É preciso refletir sobre o tipo de educação que queremos
Necessita de conceitos proporcionar.
que orientem seus caminhos – Que ser humano queremos
valores norteadores. formar?
A sociedade educa as novas
Para que tipo de mundo?
gerações em função de uma
determinada ideia - concepção Quais valores serão transmitidos?
Se manifesta como instrumento
de manutenção ou transformação Onde e quem educará os sujeitos?
social.
Que ser humano queremos
A educação é o meio de se
formar?
transmitir a visão de mundo e de
homem.

Grécia
Formação integral do sujeito – corpo
e espírito – Pólis
Famílias seguindo a tradição
O que é educação? religiosa - Escola.
Elitizada atendia principalmente
os filhos da antiga nobreza e os
pertencentes às famílias de
comerciantes ricos.
Pedagogo era um
acompanhante da criança, que a
Fonte:
controlava e a estimulava.
https://www.youtube.com/watch?v=6XKI8W7D
D5o
Roma Id
dade Média
Formação na família, tendo o pai Responsabilidade da Igreja.
no papel central com auxílio da mãe. O ensino não se resumia ao estudo
Criança conduzida pelo Pedagogo, da bíblia, ao ler e ao escrever, mas
passava boa parte do dia na também ao ensino de aritmética,
escola e era submetida a de retórica, de dialética e de
disciplina rígida - Escravo. gramática.
Nasce a escola como conhecemos.

Antiguidade Individualidade

Idade Moderna
A educação forma os
Coletivo
sujeitos conforme a
Estado Absolutista – Burguesia –
necessidade de cada
Capitalismo.
civilização e de cada
Nova concepção de mundo e de
contexto histórico.
infância.
Formar um individuo ativo e
produtivo na sociedade.

Melhor forma de “moldar”


os indivíduos e assim
construir a sociedade
adequada à época.
Ammbiguidade
Era pouco sistematizada, relacionada à formação feita no
interior das família e comunidades a fim de preparar seus
jovens para assumirem papéis sociais, geralmente o ofício
O que é Educação de seus pais ou familiares.
Havia preceptores, mas o trabalho
educativo – de caráter privado –
era destinado a alguns poucos,
pertencentes às famílias
abastadas.

Fonte:
https://www.youtube.com/watch?v=F4AfqPPpvQM

Modernidade Acontece em diversos espaços e em formatos


Revolução
volução em muitos campos: geográfico, econômico, diversos
g
político, social, ideológico, cultural e também pedagógico.
Pedagogia enquanto ciência
Mudam-se as técnicas educativas
e escolares para atender a uma
sociedade disciplinar que tende a
reprimir, controlar e inserir o
indivíduo em sistemas de controle
cada vez mais pertencentes à
ideologia e à burocracia do
governo.
Escola
Requer tempo e local específico; pessoal A escola como a conhecemos nasceu na Idade Média. A
especializado e organização curricular escola, com sua estrutura associada à presença de um
professor que ensina a muitos alunos, de diversas
procedências e que deve responder pela sua atividade à
Igreja ou a outro poder, local ou não, é daquela época
(CAMBI, 1999).

A educação emancipa-se dos modelos religioso - Mudam-se, assim, os fins da educação que terá
autoritários do passado e reivindica para o homem a por objetivo formar um indivíduo ativo e produtivo
formação de si próprio em seu processo de autonomia na sociedade. Mudam também os meios
e de liberdade. educativos, pois embora a família e a Igreja
“Mito da educação” permaneçam como
capaz de renovar a instituições formativas, a
sociedade escola ocupará um lugar
A educação
d ã é o meio i mais
i cada vez mais central para o
próprio e eficaz de dotar a desenvolvimento da
sociedade de comportamentos sociedade moderna.
homogêneos e funcionais para
o seu próprio desenvolvimento.
Nova organização do tempo escolar: Século XIX
Propõe
põe uma reforma da escola na
Dividir os dias em horários. busca por um ensino, uma
Estabelecer tarefas prefixadas e organizar os meses de aprendizagem e um método
acordo com os conteúdos a serem ministrados num para preparar o indivíduo para a
1592-1670
determinado tempo, no fim do cidadania, partindo da vida
qual os alunos deveriam religiosa-comunitária e
fundamentado nas leis e estruturas
prestar exames. da natureza.
Maior cuidado com a educação Educação: instrumento apropriado
da criança, principalmente com para realizar as reformas sociais
os filhos da aristocracia e da necessárias ao momento. Libertação
burguesia – planejamento do e a salvação de todos.
futuro profissional dos filhos. Adaptar e harmonizar o ser humano
no novo contexto produtivo e
conturbado.

Para ele a educação era a


base para se atingir uma
sociedade perfeita, por isso
investiu tanto tempo na
reforma escolar, pois Diálogo Filosófico - Comenius
acreditava que ela era o
ponto de partida de
qualquer trabalho em favor
da humanidade. A educação
era vista como um
instrumento para garantir as
reformas necessárias à
sociedade.” Fonte:
(AHLERT, 1999, p. 87). https://www.youtube.com/watch?v=b1fKNYNWHHI
O desenvolvimento intelectual e moral A base do método intuitivo de Pestalozzi
do homem devem estar intimamente é a “lição das coisas”, acompanhada de
articulados. exercícios de linguagem para se chegar
Princípios do seu método de ensino: às ideias claras. O método da “lição de
coisas” caracteriza-se por oferecer dados
(1) partir do conhecido ao desconhecido; 1746-1827 sensíveis à observação, indo do particular
(2) do concreto ao abstrato; (3) do
ao geral, do concreto experienciado ao
particular ao geral e (4) da visão
racional, chegando aos conceitos
intuitiva à compreensão geral.
abstratos. Daí a ênfase ao contato
Os sentidos da criança precisam direto com a natureza, à observação da
estar em contato direto com o paisagem, ao trabalho de campo como
objeto. pressupostos básicos do estudo. O
Para ele a mente encontra-se professor deve buscar seu material no
especialmente ativa quando a próprio meio que envolve o aluno, em
criança começa a discriminar, uma situação real (Pestalozzi, 1946).
analisar e abstrair as qualidades
dos objetos.

A modernidade é, de fato, o período das luzes, dos novos


entendimentos e das novas conclusões em todas as áreas e
campos do saber e do fazer. É o momento em que a
perspectiva do conhecimento sai do seu aspecto mítico e
Quem foi Pestalozzi religioso para o aspecto empírico-científico; o pensamento
sai da aldeia local para o
universal e planetário, ganhando
caráter de múltiplo, de diverso e
de controverso. É o momento em
que as culturas, dentro de
determinados marcos teóricos,
não são mais consideradas
como uniformes e a história já
Fonte: não é mais vista como linear.”
https://www.youtube.com/watch?v=5UGc8Zy63CI
&spfreload=10
(SILVA, 2008, p.17).
Conquanto a modernidade tenha se caracterizado pela Qual a importância do
esperança e pelo progresso científico e o
professor saber da história
desenvolvimento industrial, a verdade é que o homem
moderno acabou tendo que encarar o drama da da educação?
desigualdade social, das lutas de classes e do terror de
duas guerras mundiais que O que fazer com todas as
acabaram levando-o a um
processo de desencantamento e
informações?
desilusão.” (SILVA, 2008, p. 25).
Subsidiar a escolha do tipo de
prática que se quer ter ao
formar os alunos

Pensar a educação sob a influência da pluralidade e da Referências


modernidade é considerar o homem como um ser político, AHLERT, A. O mundo de Comenius: entre conflitos e guerras, uma luz
histórico e criativo, um ser de relação e intervenção, aberto para a prática pedagógica. In: Estudos Teológicos, 2005. p. 70-79.
ao novo e aos novos horizontes de sua existência. É pensar a CAMBI, Franco. História da Pedagogia. São Paulo: UNESP, 1999.
educação como forma de ser e não apenas de fazer as PESTALOZZI, J.H. Antologia de Pestalozzi. Trad. Lorenzo Luzuriaga.
coisas; é ousar fazer, reinventar, Buenos Aires: Editorial Losada S.A., 1946.
é abrir os olhos para a vida e a SILVA, Ezir George. Modernidade e
vida para novas experiências e educação: as relações e os desafios do
saberes. Pensar a educação com homem diante das antigas e novas
os óculos da modernidade é um formas de conhecimento. Revista
Pedagógica - UNOCHAPECÓ - Ano 10 –
convite à reflexão não somente
n. 21 - jul./dez. 2008.
das nossas práticas, mas também
dos nossos conteúdos, interesses
e ideais.” (SILVA, 2008, p. 41).

Você também pode gostar