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Abril / 2008
Definição
• Teoria de Savigny (Subjetiva):
Para Savigny, a fim de se caracterizar
a posse, é necessário que o possuidor
tenha o "corpus" e "animus", sendo que se
tiver somente o "corpus" não será
considerado possuidor e sim, detentor,
não tendo, com isto, proteção
possessória.
Definição
• Teoria de Ihering (Objetiva):
Para Ihering, a fim de se configurar a
posse, há necessidade de se comprovar
apenas o "corpus", dispensando-se o
"animus", pois este encontra-se inserido
naquele.
Definição
• o corpus é o elemento material que se
traduz no poder físico da pessoa sobre a
coisa.
• o animus é o elemento intelectual que
representa a vontade de ter a coisa como
sua.
• o fato: para Savigny é uma situação que
vai gerar direito (proprietário que esteja na
posse); para Ihering é um direito (basta
apenas que seja proprietário).
Classificação
• POSSE DIRETA – são possuidores
diretos os que obtém a coisa transmitida
pelo dono, que conservou a posse
indireta. Exemplo: usufrutuário,
comodatário e locatário.
O possuidor direto é o que detém o
poder físico da coisa, também os tutores e
curadosres possuidores são diretos.
Classificação
• POSSE INDIRETA — é a que o
proprietário mantém, ao transferir o uso
direto da coisa, a outrem. A tradição opera
a bipartição da posse, que requer uma
relação jurídica negocial, para esse
desdobramento da posse.
Classificação
• COMPOSSE — a composse é a
possibilidade do exercício simultâneo de
mais de um possuidor, desde que um não
impeça o exercício do outro consorte. Ex:
Cônjuges no regime de comunhão de
bens ao exercerem sobre seu patrimônio,
os direitos de compossuidores. O
condomínio é a mesma situação.
Classificação
Tanto num quanto noutro os
compossuidores podem reclamar a
proteção possessória, caso sejam
ameaçados em sua posse. Art. 1199 cc.
Assim, podem coexistir dois ou mais
locadores, locatários, comodatários, como
se condôminos fossem, por vontade
comum, caso se trate de propriedade
Classificação
Não serão compossuidores os
invasores de uma área, visto que não são
proprietários.
Classificação
Classificação
Classificação
Classificação
Classificação
• POSSE “AD” USUCAPIONEM — É
aquela capaz de conferir a usucapião da
coisa ao titular, caso supridos os
requisitos legais art, 1238 e 1242 cc.
Aquisição da Posse
Aquisição da Posse
Aquisição da Posse
• Art. 1.208. Não induzem posse os atos de
mera permissão ou tolerância assim como
não autorizam a sua aquisição os atos
violentos, ou clandestinos, senão depois
de cessar a violência ou a
clandestinidade.
Aquisição da Posse
Aquisição Originária
Ocorre sem qualquer vinculação
com o possuidor anterior e, portanto,
despida de vícios. Ademais, independe de
sua anuência, de sorte que prevalece
unicamente a vontade do adquirente.
Por ser unilateral, concretiza-se pelo
exercício de um poder de fato sobre a
coisa, no interesse de que o exerce.
Aquisição da Posse
Aquisição Derivada
É um ato ou negócio jurídico, bilateral,
decorre de transmissão da posse de um
titular (vendedor) ao outro, o possuidor
(comprador).
Perda da Posse
Perde-se a posse quando os direitos
de usar, gozar, dispor ou fruir, exercidos
sobre determinado imóvel, são
interrompidos, conforme regula o artigo
1223 do NCC.
Direitos Reais
O NCC divide os direitos civis em vários
ramos:
• Direito das obrigações e contratos;
• Direito de família;
• Direito das sucessões;
• Direito das coisas.
Direitos Reais
Direito das coisas pois se refere ás
regras sobre aquisição, exercício,
transferência, manutenção e perda ou
extinção de direitos sobre objetos
materiais, físicos, apreensíveis
materialmente, como os bens móveis e os
bens imóveis.
Direitos Reais
Direitos reais referem-se, portanto, ao
direito das coisas (em latim, “res” significa
coisa) e, desse modo DIREITOS REAIS
SOBRE IMÓVEIS referem-se aos direitos
relacionados aos bens imóveis.
Direitos Reais
O direito real mais amplo é o direito de
propriedade, que garante, para quem o
exerce, exercer os seguintes direitos:
I. Direito de Posse;
II. Direito de Uso;
III. Direito de Dispor;
IV. Direito de Gozar ou Fruir;
VI. Direito de Reivindicar.
Direitos Reais
No Brasil existem apenas os direitos
reais sobre imóveis previstos no artigo
1225 do Código Civil:
a) Direito de Propriedade;
b) Direito de Superfície;
c)Direito de Servidão;
d) Direito de Usufruto;
e) Direito de Uso;
f) Direito de Habitação;
Direitos Reais
g) Direito de compromisso de Compra e
Venda;
h) Direito de Penhor;
i) Direito de Hipoteca;
j) Direito de Antricrese;
k)Direito de Concessão de Uso Especial
para fins de Moradia (acrescentado ao
artigo 1225 em 2007 através da lei
11.481/2007);
l) Concessão de Direito real de Uso
Direito de Propriedade
Antes do NCC (2002), vigorava o
Código Civil de 1916, elaborado numa
época onde havia pouca gente e muita
terra. A propriedade de imóvel urbano e
rural era utilizada somente para satisfazer
os interesses privados e particulares do
proprietário.
Direito de Propriedade
Com o incessante crescimento da
população, houve a necessidade de um
aproveitamento racional da propriedade
urbana e rural, assim, foram editadas
importantes leis como o Estatuto da terra,
a Lei do parcelamento e loteamento do
solo urbano.
Direito de Propriedade
Em 1988 foi editada a atual
Constituição Federal, que exige que o
direito de propriedade cumpra a sua
função social e, em 2002 passou a valer o
NCC, que também exige, no artigo 1228,
parágrafo 1º que a propriedade cumpra
sua função social.
Direito de Propriedade
FUNÇÃO SOCIAL DA
PROPRIEDADE: Significa que a
propriedade, seja urbana, seja rural, deve
ser utilizada de modo que traga benefícios
não só ao seu proprietário, mas também
para toda a sociedade, isto é,
satisfazendo os interesses privados e
particulares do proprietário e os interesse
coletivos da sociedade.
Aquisição da Propriedade
Imóvel
Seção I: Da Usucapião
• Direito de posse de bens móveis e
imóveis, adquirido pelo uso durante
determinado tempo;
• No caso da propriedade imóvel, o tempo
estabelecido é de 15 anos, podendo
reduzir-se à 10 anos;
Seção II: Da Aquisição pelo
Registro do Título
• Transferência entre vivos a propriedade
mediante o registro do título translativo no
Registro de Imóveis;
• Se o registro for cancelado, o proprietário
poderá reivindicar o imóvel,
independentemente da boa-fé ou do título
do terceiro adquirente;
Direito de Construção
• O proprietário pode levantar em seu
terreno as construções que lhe aprouver,
salvo o direito dos vizinhos e os
regulamentos administrativos.
Direito de Construção
• Na zona rural, não será permitido levantar
edificações a menos de três metros do
terreno vizinho.
• Todo aquele que violar as proibições
estabelecidas é obrigado a demolir as
construções feitas,respondendo por
perdas e danos.
Direito de Construção
• Na zona rural, não será permitido levantar
edificações a menos de três metros do
terreno vizinho.
• Todo aquele que violar as proibições
estabelecidas é obrigado a demolir as
construções feitas,respondendo por
perdas e danos.
Direito de Superfície
• O direito de superfície consiste na
faculdade de construir ou manter,
perpétua ou temporariamente, uma obra
em terreno alheio, ou de nele fazer ou
manter plantações.
Direito de Superfície
• Art. 1369. O proprietário pode conceder a
outrem o direito de construir ou de plantar
em seu terreno, por tempo determinado,
mediante escritura pública devidamente
registrada no Cartório de Registro de
Imóveis.
• Parágrafo Único. O direito de superfície
não autoriza obra no subsolo, salvo se for
inerente ao objeto da concessão.
Direito de Superfície
• Art. 1370. A concessão da superfície será
gratuita ou onerosa; se onerosa,
estipularão as partes se o pagamento será
feito de uma só vez, ou parceladamente.
• Art. 1372. O direito de superfície pode
transferir-se a terceiros e, por morte do
superficiário, aos seus herdeiros.
Direito de Superfície
• Art. 1376. No caso de extinção do direito
de superfície em conseqüência de
desapropriação, a indenização cabe ao
proprietário e ao superficiário, no valor
correspondente ao direito real de cada
um.
Penhor
• Art. 1431. Constitui-se o penhor pela
transferência efetiva da posse que, em
garantia do débito ao credor ou a quem o
represente, faz o devedor, ou alguém por
ele, de uma coisa móvel, suscetível de
alienação.
Penhor
• Art. 1432. O instrumento do penhor
deverá ser levado a registro, por qualquer
dos contratantes; o do penhor comum
será registrado no Cartório de Títulos e
Documentos.
Hipoteca
• Hipoteca é uma garantia real extrajudicial
e incide sobre bens imóveis ou
equiparados que pertençam ao devedor
ou a terceiros.
• Art. 1474. A Hipoteca abrange todas as
acessões, melhoramentos ou construções
do imóvel. Subsistem os ônus reais
constituídos e registrados, anteriormente à
hipoteca, sobre o mesmo imóvel.
Hipoteca
• Art. 1476. O dono do imóvel hipotecado
pode constituir outra hipoteca sobre ele,
mediante novo título, em favor do mesmo
ou de outro credor.
Antícrese
• A anticrese é um instituto civil, espécie de
direito real de garantia, no qual o devedor,
ou representante deste, entrega um bem
imóvel ao credor, para que os frutos deste
bem compensem a dívida. É sempre
originado de um contrato (negócio
jurídico).
Antícrese
• Art. 1506. § 1º É permitido estipular que
os frutos e rendimentos do imóvel sejam
percebidos pelo credor à conta de juros,
mas se o seu valor ultrapassar a taxa
máxima permitida em lei para as
operações financeiras, o remanescente
será imputado ao capital.