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Silhuetas

Sec. XVIII

Retratos com aparência de sombras chinesas

Desenhar sobre papel transparente a sombra do perfil do modelo,


provocado por uma vela.

-Torna-se bastante popular, espalha-se pela Alemanha, Grã – Bretanha e


EUA.

Fisionotraço

Gilles – Louis Chétien.

1786, Séc. XVIII

Combina silhueta e a gravura

Recurso à utilização do pantógrafo.

Pantógrafo – Aparelho mecânico de braços articulados que reduz e aumenta


o desenho e que permite transferir para uma folha de cobre o perfil do
modelo que depois se retoca com tinta aguada dando origem a um retrato.

Técnica não requer grandes sessões de pose ao modelo e não era muito cara.

* Ganha projecção e propaga-se por Inglaterra, EUA e Espanha.

Câmara Escura:

Caixa vedada à luz

Orifício

Imagem projectada invertidamente, mas pouco nítida.

Possui: Sist. Lentes convergentes

Diafragma (controla entrada de luz)

Espelho para dirigir a imagem

Não havia forma de fixar a imagem, só decalcando com o lápis.


Câmara clara

William Wollaston, 1807

- Melhorias e aperfeiçoamentos de ordem óptica:

Lentes periscópicas (corrigem deformações)

Prisma/ Visor que corrige inversão imagem

Permitia a sobreposição do desenho no papel, facilitando o decalque.

Faltava ainda um meio de fixar.

Joseph Nicéphone Niépce

- Heliografia, 1816

Cobriu um papel com cloreto de prata expôs durante várias horas em câmara
escura obtendo uma fraca imagem parcialmente fixada com ácidos nítrico.

Estas imagens estavam em negativo.

Fotogravura, 1826

Cobriu uma placa de cobre/estanho

Com betume de Judeia*

* Betume de Judeia: Espécie de verniz que secava rapidamente quando


exposto á luz; tinha a propriedade de branquear e endurecer quando
atingida pela luz.

Nas partes afectadas pela luz, a substancia era retirada com uma essência
de alfazema.

Expôs aproximadamente 8 horas em câmara clara.

“ Formava uma imagem rudimentar”


Consegue uma imagem clara e fixa do quintal de sua casa, considerada como
a primeira fotografia de história.

+ Mas , para melhorar as suas técnicas, Nièpce e Daguerre associam-se!

Daguerre

Quando Nièpce divulga a heliografia/Fotogravura atrai a atenção de


Daguerre.

Daguerre interessava-se no melhoramento da Câmara escura e trabalhava


com esta nas suas pinturas em perspectiva e nos seus “**Dioramas”

“** Espectáculos de luz e sons complexos para criar imagens diferentes.”

- Daguerre propõe unir-se a Niépce, entusiasmado com a possibilidade de


desenvolver uma técnica de reprodução visual eficiente.

- Nièpce hesitou, mas acabou por formar uma sociedade com Daguerre, que
visava o melhoramento da câmara escura.

Trabalhavam em sentidos opostos:

Nièpce – procurava uma imagem capaz de ser copiada/reproduzia.

Daguerre – como pintar, procurava uma imagem satisfatória, meio mais fácil
e realista.

- Não conseguiram nada em conjunto, e Nièpce morre 4 anos depois de


formar sociedade com Daguerre.

Nièpce - & – Daguerre

Placa de cobre prateada cuidadosamente polida, - Espalhava-se um verniz


dissolvido em óleo de alfazema,

- Chapa exposta à luz formando imagem | invisível, latente.

- Após um banho de óleos essências,


- As partes que por acção da luz não reagiram

- São removidas,

- Ficando apenas as “queimadas”

Daguerre propõe uma emulsão de iodo combinado com prata sensível à luz,
mas Niépce contesta devido aos problemas que teve com o iodeto.

Após a monte de Niépce… (1833)

Daguerre Começa a utilizar o método que defendeu, até porque, ao


contrario de Nièpce, ele não procurava uma forma de reproduzir uma
imagem, mas sim de restá-la com maior qualidade.

Deixa o Betume de Judeia e começa a utilizar os sais de prata…

O problema destes, é que apesar da rapidez com que apreendiam a imagem,

Era uma imagem muito rudimentar e ainda não estava resolvido o problema
da fixação.

Mas quase por mero acaso, nasce o Daguereótipo. – 1837.

Chapa metálica negra era tratada com vapores de iodo, que se tornavam
iodeto de prata quando impregnadas na chapa, tornando-a fotossensível.

Chapa colocada em câmara escura, sem contacto com a luz.

Exposição variava entre 20 a 30 minutos +/-.

Depois da exposição:

Iodeto de prata tinha que se converter em prata metálica negra.

Para a imagem se tornar visível, utilizava-se o vapor de mercúrio.» 1º


Sistema de revelação (utilizado comercialmente).

Fixava-se com cloreto de sódio (sal de cozinha)


Trunfos Daguerreótipo:

Imagem convertida em prata metálica negra,

Ficava muito mais nítida

Definição e riqueza nos detalhes eram impressionantes!

Fixada com sal de cozinha.

1839 » Apresenta processo á Academia de Belas - Artes de Paris.

Daguerre cede direitos de autor, para que a técnica seja divulgada


livremente, ficando a receber uma pensão vitalícia do governo Francês.

Características Dagerreótipo :

Imagem tanto negativa como positiva.

Negativa porque a prata ficava mais preta consoante mais luz recebesse,

Mas uma que a superfície de impressão era metálica, não era reproduzível –
O positivo.

E dependendo do ângulo de visão e da incidência da luz, “tornava-se”


positiva.

- Não reproduzível, imagem única, positivo !

- muito frágil

- dependia da incidência da luz

- objecto pesado, muito caro

- imagem invertida

- longo tempo exposição

- era muito detalhado e ultra sensível.

- limitação temática (PREDIOS, MONUMENTOS, NATUREZAS MORTAS,


CENAS DE RUA).
“Apesar das limitações, o facto é que tinha uma qualidade impressionante de
imagem, extremamente nítida e com detalhes que por vezes nem a olho nu
se conseguia distinguir.”

O retrato era muito difícil: para o modelo permanecer imóvel cerca de 30


minutos.

Eram frequentemente sustentadas por armações de ferro e em alguns


Daguerreótipos mais antigos não se percebe se o modelo tem os olhos
abertos ou fechadas.

- Técnica aperfeiçoada e tempo reduzido para 10/15 segundos.

- Ainda assim, se o modelo quisesse 2 retratos,

Tinha que pousar duas vezes. Não era reproduzível!

- Não se conseguia reproduzir numa revista/jornal.

EM RESUMO:

A daguerreótipa / O Daguerreótipo:

Consistia no uso de uma chapa de cobre

Sensibilizada por uma fina camada de prata

Preparando numa câmara especial

Contendo iodo estado gasoso

Iodo combinava-se com prata, formando iodeto de prata (material


fotossensível)

Imagem latente resultante depois da exposição

Era posteriormente revelada com vapor de mercúrio aquecido pela chama de


uma vela por baixo da chapa.
Talbot

William Henry Fox Talbot

As suas pesquisas iniciaram-se na tentativa de obter cópias por contacto


de silhuetas.

Talbot era matemático e botânico, e as suas primeiras experiências foram


realizadas com folhas, plumas,rendas e outros.
Eram desenhados negativosfeitos em câmara escura.
Papel mergulhado/impregado em nitrato e cloreto de prata depois de seco.
Fazia contatcto com objectos obtendo silhueta escura.
Finalmente fixada sem perfeição com amoníaco ou com uma solução
concentrada em sal.

(1834 Desenhos fotogénicos)

Calótipo-1840

Experimentou também utilizar o papel em câmara escura.


Construiu uma câmara escura.
Carregada com papel c/nitrto de prata e iodeto de potássio logo antes de
expôr à luz, volta a sensibilizar o papel com solução nitrato de prata.
Depois da exposição forma-se uma imagem pouco visível.
O negativo, depois de seco, revela-se com nitrato de prata.
Fixa-se com hipossulfito.
De seguida , papel torna-se transparente com um banho de cera derretida.
Com o negativo, produz-se um positivo por contacto sobre o papel idêntico,
de preferência papel salgado.
Sensibilizado com nitrato de prata.

1ª Técnica de revelação da imagem latente e torna possível a reprodução da


imagem(negativo/positivo).

Isto pouco antes de Daguerre...


Mas especula-se que Talbot nada tenha dito por não ter conseguido(tal
como Daguerre consegui) uma maneira eficiente de fixar a prata
sensibilizada.

PORQUÊ?

Apesar de também ter usado sal de cozinha, que funcionava com uma chapa
de metal, mas não com uma folha de papel, que se desmancahava após algum
tempo.
E também não tinha a mesma qualidade a mesma do Daguerreótipo.

-->Talbot com ajuda de Herchel, que foi "responsável" pelos avanços


técnicos da fotografia.

Fez várias experiências e concluiu que:


Rev.-> nitrato de prataera material mais sensível à luz
Fix.-> hipossufilto sódio(tiossulfato) interrompia acção da luz na prata.

Logo depois Daguerre patentear o Daguerreótipo, Talbot apressa-se


petentear o Calótipo, não cedendo de autor.

Colódio/chapa-húmida/chapa de vidro

Frederick Scott Archer, 1851

Depois de recentes descobertas, surge...


Processo revolucionário que ultrapassou o Daguerreótipo e o calótipo
juntos!

O COLÓDIO!

Utilizava negatio em vidr( qualidade daguerreótipo) possibilitava a


reprodução( vantagem calótipo)

A desvantagem...
-tinha que ser preparado e revelado em estado húmido.

O processo...
1. espalhava-se o colódio(nitrato celulose) com o iodeto de potássio
deixava -se escorrer até formar sup. uniforme
2.no quarto escuro com luz de segurança a placa era submetida a um banho
de nitrato de prata.
3.a placa era exposta então à luz, com um tempo de exposição de 30 seg.
(+/-)
a sensibilidade diminui enquanto colódio seca
4.o éter evapora-se c/ facilidade por isso tinha que ser rapidamente
revelado com sulfato ferroso
5.a fixação era feita com tiossulfato de sódio ou com cianeto de
potássio(altamente venenoso)

Colódio- Substância pegajosa que adere facilmente ao vidro e que


humedecido, absorve os sais de prata.
-Era uma substância muito transparente, que permitia uma concentração
dos sais de prata, fazendo com que as placas fossem 10x mais sensíveis
que as anteriores.
-Colódio conseguia-se através da dissolução de algodão - pólvora em
mistura de álcool e éter é uma misturade aácido sulfúrico e
nítrico(piroxilina)(a base do nitrato celulose)-mais tarde para a película

O colódio era muito mais barato e possuía melhores condições de


transmissão luminosa, diminuindo tempo de exposição para apenas alguns
segundos.
-chapas precisavem de ser preparadas, expostas, reveladas na mesma hora.
Se secasse , deixava de ser fotossensível.
-Fotógrafo tinha que andar com todo o equipamento para preparar as
chapas onde quer que fosse.
Fotografia externa não era fácil!
chapa de vidro-
objectivas mais luminosas- resultados obtidos eram extremamente
satisfatório!
colódio húmido-

Vantagens:
-tempo de exposição
- produção em série
-tonalidades variadas
-clareza e distinção das brancos
-perfeição nos detalhes
Desvantagens:
-ainda não sensível o suficiente
-produtos muito venenosos
-materiais pesados e pouco práticos
-grande destreza e rapidez a preparar as placas

Apesar das dificuldades apresentadas, as imagens eram de óptima


qualidade e o processo dava excelentes resultados o que fez com que o
processo fosse o mais utilizado nos seguintes vinte anos!
E foi com ele que começou a nascer o fotojornalismo.

Chapa seca:

Richard Maddox, 1871

Surge com a necessidade tornar a fotografia portátil(principal


desvantagem do colódio) e com a pressão de terminar o processo antes do
colódio secar.
1871-Richard Leach Maddox- publica uma tese que apontava a gelatina
como um possível substituto do colódio
Foi então que surgiu aquilo a que foi chamado a "chapa seca"
Processo era sensivelmente o mesmo que o colódio, mas estas chapas-secas
ao invés de terem que ser preparadas,
expostas e reveladas em muito pouco tempo e com muitos utensílios e
reagentes(tornando a fotografia de exterior uma tarefa árdua), ao serem
feitas de gelatina animal tornavam-se de secagem rápida, mas ao contrário
das anteriores chapas húmidas, a gelatina permitia a conservação da
emulsão fotográfica para o uso após a secagem.
Para além de poder ser utilizada depois de seca, a emulsão de gelatina
fotografica também aumentava drasticamente a sensibilidade aos sais de
prata , tornando finalmente a fotografia instantânea(temp. exp. muito
reduzido).
Por fim a gelatina por ser obtida de ossos e cartilagens de animais, tornava-
se um material extremamente barato.

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