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DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A
N.o 72 — 26-3-1998
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, DO DESENVOLVIMENTO RURAL E DAS PESCAS
Decreto-Lei n.o 71/98
de 26 de Março
2 — Para além das menções previstas no número anterior, podem ainda ser incluídas quaisquer outras que tenham sido autorizadas pelo Gabinete de Planeamento e Política Agro-Alimentar (GPPAA), nomeadamente as relativas à alimentação e ao maneio, data de abate e idade do animal à data do abate. Artigo 3.o
Caderno de especificações...
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N.o 72 — 26-3-1998
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, DO DESENVOLVIMENTO RURAL E DAS PESCAS
Decreto-Lei n.o 71/98
de 26 de Março
2 — Para além das menções previstas no número anterior, podem ainda ser incluídas quaisquer outras que tenham sido autorizadas pelo Gabinete de Planeamento e Política Agro-Alimentar (GPPAA), nomeadamente as relativas à alimentação e ao maneio, data de abate e idade do animal à data do abate. Artigo 3.o
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Direitos autorais:
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MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, DO DESENVOLVIMENTO RURAL E DAS PESCAS
Decreto-Lei n.o 71/98
de 26 de Março
2 — Para além das menções previstas no número anterior, podem ainda ser incluídas quaisquer outras que tenham sido autorizadas pelo Gabinete de Planeamento e Política Agro-Alimentar (GPPAA), nomeadamente as relativas à alimentação e ao maneio, data de abate e idade do animal à data do abate. Artigo 3.o
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MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, 2 — Para além das menções previstas no número
DO DESENVOLVIMENTO RURAL E DAS PESCAS anterior, podem ainda ser incluídas quaisquer outras que tenham sido autorizadas pelo Gabinete de Planea- mento e Política Agro-Alimentar (GPPAA), nomeada- Decreto-Lei n.o 71/98 mente as relativas à alimentação e ao maneio, data de abate e idade do animal à data do abate. de 26 de Março
A crescente internacionalização dos mercados dos Artigo 3.o
produtos agro-alimentares e a intensificação dos pro- cessos de produção primária vêm colocando, progres- Caderno de especificações sivamente, questões relacionadas com a segurança e salubridade desses produtos. Torna-se, assim, necessário 1 — As menções a constar da rotulagem a que se desenvolver um esforço no sentido de criar condições refere o presente diploma dependem da aprovação de de produção e comercialização com o objectivo de res- um caderno de especificações do qual constem: tabelecer a confiança dos consumidores na qualidade a) As menções a incluir no rótulo; dos produtos alimentares. b) As medidas a tomar para assegurar a exactidão O presente diploma visa instituir, em relação aos ani- dessas menções; mais da espécie suína, um sistema de rotulagem da carne c) O sistema de identificação e registo utilizado; de suíno a que possam aderir os operadores ou orga- d) Os controlos a efectuar em todas as fases de nizações de natureza profissional ou interprofissional produção e de venda, incluindo os controlos a que pretendam rotular esses produtos, visando garantir efectuar por um organismo independente desig- uma adequada informação aos consumidores, bem como nado pelo operador e pela organização. a qualidade desses mesmos produtos. Assim, estabelecem-se os princípios e regras básicas a observar na rotulagem da carne de suíno destinada 2 — No caso de ser apresentado por um agrupamento ao consumo final, no pressuposto de que a eficácia do ou organização de natureza profissional ou interpro- sistema depende da possibilidade de identificar a explo- fissional, o caderno de especificações deve incluir uma ração de origem do animal, da aprovação de um caderno cópia dos estatutos, onde constem as condições de acesso de especificações e de um controlo adequado, reme- dos seus associados, as garantias de adesão de novos tendo-se para diploma posterior a respectiva regulamen- membros, as regras de produção e as sanções a aplicar tação, de forma a acompanhar com a necessária fle- aos membros que não cumpram o disposto no caderno xibilidade a evolução conceptual nesta matéria. de especificações. Finalmente, este regime não deve pôr em causa a 3 — Deve ser recusado qualquer caderno de espe- legislação em vigor nos domínios da rotulagem e do cificações que não estabeleça a rastreabilidade entre as controlo dos géneros alimentícios, da protecção das indi- peças de carne, a carcaça, o lote e a exploração de origem cações geográficas e denominações de origem, da agri- do animal do qual provêm, bem como aqueles que pre- cultura biológica, da emissão dos certificados de espe- vejam, designadamente, menções enganosas ou lesivas cificidade dos produtos agrícolas e dos géneros alimen- de interesses legalmente protegidos. tícios e das acções de promoção e comercialização da carne de suíno. Artigo 4.o Foram ouvidos os órgãos de governo próprios das Regiões Autónomas do Açores e da Madeira. Entidade competente Assim: Nos termos da alínea a) do n.o 1 do artigo 198.o e A aprovação do caderno de especificações e o reco- do n.o 5 do artigo 112.o da Constituição, o Governo nhecimento dos organismos independentes de controlo decreta o seguinte: competem ao GPPAA e, nas Regiões Autónomas, aos serviços competentes das respectivas administrações Artigo 1.o regionais. Âmbito Artigo 5.o O presente diploma cria um sistema voluntário de Revogação rotulagem da carne de suíno destinada ao consumidor final e estabelece os princípios e regras gerais a que A autorização de sujeição ao regime consagrado no o mesmo deve obedecer. presente diploma pode ser revogada a pedido do inte- ressado, do organismo independente de controlo ou desde que deixe de se verificar qualquer das condições Artigo 2.o exigíveis para o reconhecimento. Menções obrigatórias na rotulagem Artigo 6.o 1 — A rotulagem da carne de suíno que voluntaria- mente fique submetida ao sistema referido no número Regulamentação anterior deve incluir as seguintes menções: O presente diploma será regulamentado por despacho a) Produtor ou agrupamento de produtores de pro- do Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural veniência dos animais; e das Pescas e, para as Regiões Autónomas dos Açores b) Matadouro e sala de desmancha da carcaça; e da Madeira, pelos órgãos próprios de governo das c) Exploração de origem e lote do animal. Regiões. N.o 72 — 26-3-1998 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 1339
Artigo 7.o na categoria dos vinhos de qualidade produzidos em
Entrada em vigor regiões determinadas (VQPRD) a denominação «Bair- rada», de que poderão usufruir os vinhos brancos, rosa- O presente diploma entra em vigor 30 dias após a dos, tintos, espumantes (vinhos espumantes de quali- data da sua publicação. dade produzidos em regiões determinadas — VEQPRD) e aguardentes bagaceiras, produzidos na res- Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 12 pectiva área delimitada, que satisfaçam as disposições de Fevereiro de 1998. — António Manuel de Oliveira do presente Estatuto e outros requisitos legais aplicáveis Guterres — Fernando Manuel Van-Zeller Gomes da Silva. aos vinhos em geral e, em particular, aos VQPRD e VEQPRD. Promulgado em 13 de Março de 1998. 2 — Por portaria do Ministro da Agricultura, do Publique-se. Desenvolvimento Rural e das Pescas, mediante parecer do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) e sob proposta O Presidente da República, JORGE SAMPAIO. da Comissão Vitivinícola da Bairrada (CVB), poderão ser criadas denominações de municípios, freguesias, Referendado em 17 de Março de 1998. lugares e outros topónimos que sejam característicos O Primeiro-Ministro, António Manuel de Oliveira da área considerada, a utilizar em complemento à deno- Guterres. minação de origem «Bairrada». 3 — Fica proibida a utilização em outros produtos Decreto-Lei n.o 72/98 vitivinícolas de nomes, marcas, termos, expressões ou símbolos susceptíveis de, pela sua similitude gráfica ou de 26 de Março fonética com os protegidos no presente Estatuto, indu- zirem o consumidor em erro, mesmo que precedidos O Decreto-Lei n.o 70/91, de 8 de Fevereiro, aprovou, dos termos «tipo», «estilo» ou outros análogos. em desenvolvimento do regime jurídico previsto na Lei n.o 8/85, de 4 de Junho, o Regulamento da Denominação Artigo 2.o de Origem Controlada da Bairrada, denominação esta Delimitação da região já prevista na Portaria n.o 709-A/79, de 28 de Dezembro, que foi revogada pelo referido Decreto-Lei n.o 70/91, De acordo com a carta anexa ao presente diploma, de 8 de Fevereiro. que dele faz parte integrante, a área geográfica de pro- Considerando o reconhecimento que esta zona vitiviní- dução correspondente à região ora considerada abrange: cola vem afirmando relativamente à qualidade das aguar- a) Os municípios de Anadia, Mealhada e Oliveira dentes bagaceiras, justifica-se o alargamento da denomi- do Bairro; nação de origem a estas aguardentes produzidas na região, b) Do município de Águeda, as freguesias de actualizando-se diversas disposições relativas à produção Aguada de Baixo, Aguada de Cima, Águeda, e ao comércio da denominação de origem «Bairrada». Barrô, Belazaima, Espinhel, Fermentelos, Óis Assim: da Ribeira, Recardães e Valongo do Vouga; No desenvolvimento do regime jurídico estabelecido c) Do município de Aveiro, a freguesia de Nariz; na Lei n.o 8/85, de 4 de Junho, e nos termos da alínea c) d) Do município de Cantanhede, as freguesias de do n.o 1 do artigo 198.o da Constituição, o Governo Ançã, Bolho, Cadima, Cantanhede, Cordinhã, decreta o seguinte: Corticeiro de Cima, Covões, Febres, Murtede, Artigo único Ourentã, Outil, Pocariça, Portunhos, Sangui- nheira, São Caetano, Sepins e Vilamar; O Regulamento da Denominação de Origem Con- e) Do município de Coimbra, as freguesias de trolada da Bairrada, aprovado pelo Decreto-Lei Botão, Souselas, Trouxemil e Vil de Matos; n.o 70/91, de 8 de Fevereiro, passa a ter a redacção f) Do município de Vagos, as freguesias de Covão constante do anexo ao presente diploma, que dele faz do Lobo, Ouca e Sosa. parte integrante. Artigo 3.o Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 19 de Fevereiro de 1998. — António Manuel de Oliveira Solos Guterres — Fernando Manuel Van-Zeller Gomes da Silva. As vinhas destinadas à produção dos vinhos e pro- dutos vitivinícolas com a denominação de origem «Bair- Promulgado em 13 de Março de 1998. rada» devem estar, ou ser instaladas, em solos com as características a seguir indicadas e com a exposição acon- Publique-se. selhável para a produção de vinhos e produtos vitivi- O Presidente da República, JORGE SAMPAIO. nícolas de qualidade: a) Solos calcários pardos ou vermelhos; Referendado em 17 de Março de 1998. b) Solos litólicos húmicos ou não húmicos; O Primeiro-Ministro, António Manuel de Oliveira c) Podzóis de materiais arenáceos pouco conso- Guterres. lidados. Artigo 4.o ANEXO Castas Estatuto da Denominação de Origem Controlada (DOC) da Bairrada As castas a utilizar na elaboração dos vinhos e pro- o dutos vitivinícolas com direito à denominação «Bair- Artigo 1. rada» são as seguintes: Denominações protegidas a) Vinhos tintos e rosados: 1 — É reconhecida como denominação de origem i) Castas recomendadas — Alfrocheiro-Preto, controlada (DOC) para a produção de vinhos a integrar Baga, Bastardo, Camarate (Castelão-Na-