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Análise do Congresso Nacional dos Estudantes:

Um congresso a serviço de uma nova entidade.


Uma nova entidade a serviço do oportunismo.

E
ntre os dias 11 e 14 de junho de ções histéricas e repetitivas de militantes do integrantes da FOE-UNE com a ANEL tem o
2009, ocorreu no Rio de Janeiro o PSTU a favor de sua criação. fim eleitoreiro de fortalecer a Frente de Es-
Congresso Nacional de Estudantes. Embora o PSTU tenha conseguido ser querda. E também a linha de liquidação do
Este congresso foi parte de um pro- maioria numérica no congresso, nas teses projeto inicial da CONLUTAS, buscando a
cesso de reorganização que o movimento inscritas a situação era outra. Das 16 teses, fusão com a INTERSINDICAL, que projeta
estudantil nacional vinha passando, desde apenas 2 defendiam a fundação de uma no- uma central estritamente sindical, acatando
que sua principal entidade, a União Nacional va entidade neste congresso. Talvez por isso a proposta do PSOL de eliminar a presença
dos Estudantes (UNE), tornou-se uma im- o tempo de apresentação das teses foi dimi- estudantil. O que é bem diferente do proje-
portante aliada do governo na implementa- nuído de 15 para 8 minutos e os painéis de to inicial da CONLUTAS de ser uma central
ção das reformas neoliberais que destroem apresentações de teses foram suprimidos, sindical-popular-estudantil.
a educação pública. enquanto debates de intelectuais do PSTU
Embora puxado pelo PSTU, outra par- eram garantidos paralelamente ao congres- Uma Rede Estudantil Classista e
cela significativa do movimento estudantil so. Num congresso de estudantes, foram os Combativa que nasce em resposta
também aderiu à construção deste congres- professores que falaram. à débil política da ANEL
so, com o objetivo de rearticular nacional- Por fim, na plenária final, uma gran-
mente a luta dos estudantes. Havia o intui- de manobra da comissão organizadora fez Paralelamente ao CNE foi convocada
to de discutir a conjuntura da crise e o atual com que os dissensos fossem votados antes uma Plenária dos Estudantes Classistas e
momento da luta de classes, assim como dos consensos e o primeiro dissenso vota- Combativos. A idéia desta plenária era arti-
os últimos acontecimentos da luta estudan- do foi a criação da nova entidade. Assim, a cular através de entidades e oposições de
til (Ocupações de reitorias e greves, Frente Assembléia Nacional dos Estudantes – Livre base, como CA’s e grêmios, um movimen-
de Luta contra a Reforma to estudantil combativo que
Universitária, CONLUTE, realmente polarizasse com
etc), e com isso armar o o governo, sempre ressal-
movimento para os desa- tando os métodos de ação
fios no próximo período. direta em detrimento da via
Porém, o objetivo do burocrática e legalista. Bus-
PSTU neste congresso era cando a articulação das lu-
fundar uma nova entidade, tas em âmbito nacional pe-
não importando o fato de la base, fazendo as críticas
não ter havido nenhuma aos setores carreiristas que
discussão com a base dos utilizam os organismos de
estudantes. Seus militan- base dos estudantes como
tes defendiam que apenas palanque eleitoral.
a criação desta entidade RJ: Plenária do Movimento Estudantil Classista e Combativo paralela ao CNE - jun/09 Ao contrário do que
poderia garantir as lutas estudantis. Foi por (ANEL) é fundada antes mesmo de se dis- ocorreu no CNE, na plenária houve um am-
isso que no CNE o PSTU utilizou toda sua cutir sua estrutura e sua base programática, plo e riquíssimo debate. Foi discutida a situ-
hegemonia e seu maior número de militan- provando que o importante mesmo era sua ação da educação nacional de um ponto de
tes para passar por cima do debate como um fundação e não seu conteúdo. vista classista para o ME e a educação bra-
rolo compressor. Irredutível, o PSTU reduziu Dessa forma, esta nova entidade é sileira. Se contrapondo assim a perspectiva
as discussões nos GD’s sobre criar ou não fundada sem representar os verdadeiros an- policlassista adota por setores que alegam
a nova entidade. Toda e qualquer interven- seios dos estudantes. Ela não cumpre seu não ser possível tirar uma política de classe
ção que tentasse fazer um balanço do modo propósito de polarizar com o governismo, para nosso movimento.
como se estava criando esta nova entidade pois ela já nasce com um pé na UNE. Na Nos relatos das delegações percebia-
era sucedida por uma dezena de interven- verdade, a eterna tentativa de aproximar os se que as lutas normalmente eram “freadas”
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pelo oportunismo para-governista do PSOL/ Geografia, dentre outras matérias, e criando reivindicou assim o protagonismo estudantil
PSTU, que legitima as propostas do gover- grandes blocos de ensino através das mobi- e o método da ação direta como sendo a ma-
no, ao sentar em mesa de negociação com lidades. Ou seja, se caminha para uma edu- neira de se obter reais vitórias e colocar o
a reitoria, se mostrando como representan- cação pública cada vez mais sucateada. Isto estudante como sujeito central da luta. Des-
tes do movimento, em uma política de parla- sem contar na limitação da meia estudantil. ses debates foi criada a RECC- Rede Estu-
mentarismo estudantil. É nesse contexto que O CNE foi incapaz de dar respostas a dantil Classista e Combativa.
surge a necessidade de se organizar uma al- estes recentes ataques, pois se fundamenta- A RECC se organiza por entidades de
ternativa pela base, claramente classista e va apenas em criar uma nova entidade, sem base e oposições, através de uma lista de
combativa. se deter em sua base programática. email nacional, um jornal impresso, um blog
Com a crise econômica os ataques à Na Plenária de Estudantes Classistas e reuniões das seções regionais. Sem o ob-
educação só aumentaram. A começar com e Combativos, ficaram ainda mais claros os jetivo de ser uma “nova entidade estudantil”,
o corte de verbas para a educação em 10 efeitos desmobilizadores das políticas de le- ela é um instrumento nacional de reorgani-
milhões do orçamento do governo e das re- gitimação dos CONSUNI’s, audiências públi- zação entre os estudantes pobres e lutado-
centes reformas do ministro Haddad, como cas e os métodos aparelhistas dos setores res que assumem uma política claramente
o novo ENEM e a reforma do ensino médio, oportunistas. Pois a partir dessas práticas, a anti-governista. Assim a RECC nasce como
que precarizam ainda mais a educação públi- burocratização e desmobilização de nosso uma crítica propositiva ao CNE, armando os
ca. Acabando com o ensino da História e da movimento só tendem a crescer. A Plenária estudantes para o próximo período. ■
Avante a Luta Combativa dos estudantes proletários!
Avante RECC!

“ENEMBULAR”: verno concentrará investimentos Shopping-Center. Exclusão dos estudantes

O novo vestibular em alguns centros de excelências


de pesquisa, já beneficiado pela
avaliação do SINAES sendo que
pobres e precarização do ensino médio são
as marcas de Haddad para a educação, esta
é a dupla face do novo projeto tão aberrante-
algumas outras universidades já mente posto pela mídia burguesa como fim
O governo federal através do Ministro periféricas se encontrarão ainda mais mar- do vestibular.
da Educação, Fernando Haddad, com apoio ginalizadas. Para garantir que as universidades
da UNE, adotaram a máxima dos nazistas e Outro problema é que todo o conteú- aprovem o novo vestibular o governo ace-
dos capitalistas de que uma mentira repetida do hoje destinado ao ensino médio é voltado na com uma prática comum no Senado e
várias vezes vira verdade. Assim eles fazem para o vestibular. O novo Enem possui 180 na Câmara: suborno, mensalão, jabá, jetom,
quando afirmam que atual Reforma Univer- questões e uma prova de redação para se- etc. Assim faz o Haddad: aprovem o ENEM
sitária está democratizando a universidade. rem feitos em dois dias com questões mais e terão mais verbas para assistência estu-
Agora o governo lança mais uma mentira: o voltadas para a solução de problemas, ou dantil, da mesma forma do REUNI, em que
fim do vestibular. seja bem mais questões do que a maioria todas as universidades acataram ao projeto
Na verdade o ministro e a UNE anun- dos vestibulares realizados até então para mesmo ele não sendo “obrigatório”. A Se-
ciaram a substituição do processo seletivo se resolver em bem menos tempo. Por con- cretaria da Juventude do Ministério, a UNE,
descentralizado nas universidades públi- seqüência o novo Enem irá acarretar em agradece.
cas pelo Exame Nacional de Ensino Médio uma reformulação no ensino médio. Por isso é necessário criar comitês em
(ENEM) com algumas mudanças. O modelo O novo Enem não irá mais ser aplica- cada curso universitário e nas escolas para
é inspirado no processo seletivo americano, dos por disciplinas, mas por eixos temáticos mobilizar e lutar pelo fim do vestibular. Pois a
o Scholastic Assessment Test (SAT), e não como Ciências Humanas e suas Tecnologias, democratização da universidade só será pos-
eliminará o processo seletivo excludente que no lugar de História e Geografia, e Ciências sível com o acesso livre. Assim a RECC nas-
é a marca do vestibular. da Natureza e suas Tecnologias e não mais ce em meio ao aprofundamento de ataques
O modelo proposto pelo governo repre- Química e Biologia. Hoje todo conteúdo do do governo para educação em que
senta uma intensificação dos pressupostos ensino médio é destinado ao vestibular da só uma linha classista e
meritocráticos e da ideologia do Capital Hu- mesma forma será destinado ao Enembular. combativa
mano e das competências. Agora o aluno Assim o que poderemos ver é um professor adotada pe-
terá opção de escolher diversos cursos e de Ciências Humanas e suas Tecnologias ao lo Movimen-
universidades de acordo com o ranking feito invés do professor de História e Geografia. to Estudan-
pelos índices do MEC a partir do SINAES- O novo sistema consegue a proeza de til poderá
ENADE, porém a classificação se dará de ser mais excludente. Novamente os jovens reverte-los.
acordo com as notas do ENEM. das favelas e periferias e filhos dos trabalha- O único fim
Assim, os melhores alunos – as me- dores estarão fora, a sua entrada no “ensi- do vestibular
lhores notas - do Exame se concentrarão no superior” será através do PROUNI para é o acesso
em algumas poucas universidades e o go- estudar-consumir em uma Universidade livre! ■
Nem ENEM! Nem Vestibular! Aceso Livre Já!
Abaixo a reforma de Haddad!
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51° CONUNE: Mais uma Micarê governista da UJS/PC do B!
Entre os dias 15 e 19 de julho de 2009, ocorreu em Brasília o Congresso da UNE (União “Neoliberal” do Estudantes) que veio a público mais
uma vez constatar a falência desta entidade para a luta dos estudantes brasileiros.
Um congresso de cartas marcadas para uma burocracia podre:
O congresso deste ano elegeu mais uma vez a chapa da UJS, composta também pelo PT (DS e Campo Majoritário), Movimento Mutirão (PMDB
e juventude do PP), PDT, PPS, PL e PSB sendo eleita com 72% dos votos. 11% dos votos foram para correntes petistas (OT e Articulação de Esquer-
da). O novo presidente da UNE, Augusto Chagas (UJS), é conhecido por seu passado de traição quando esteve no DCE da UNESP/FATEC em SP.
Tendo o Presidente Lula em sua abertura, a UNE demonstra o grau de aparelhamento governista. A UNE que já recebeu desde 2004 cerca
de 10 milhões do governo Lula, recebeu para esse congresso 1 milhão de reais de empresas “estatais”. Os frutos plantados pelo governo federal e
empresários do ensino estão sendo colhidos em todos esses anos de entreguismo. A nova gestão da entidade já anuncia como maior meta dar amplo
apoio ao Prouni (Programa que financia o aumento das universidade particulares) e o Reuni (programa que precariza as universidades e abre brecha
para as fundações privadas).
Romper com a UNE e construir uma alternativa Classista e Combativa!
O CONUNE termina com o governismo fortalecido mais do que nunca. O PSol aliado ao PCB seguindo sua linha oportunista de abocanhar car-
gos conseguiu apenas 9% de votos, sendo a maior chapa de “oposição”. Isto demonstra que a via da “mudança por dentro” é inviável e indesejável,
relegada aos partidos cada vez mais burocratizados.
Nós estudantes proletários, cientes da necessidade de agir coordernadamente a nível nacional, puxamos a Rede Estudantil Classista e Com-
bativa, que rompe de fato com a UNE, e que busca dialogar com os setores verdadeiramente combativos da ANEL e da CONLUTAS, visando a cons-
trução de um movimento de oposição nacional, para disputar uma linha antigovernista, combativa e democrática para os C.A’s e DCE’s e através da
ação direta avançar nas conquistas. ■
Fora UNE e Ubes Pelegas! Por um movimento de oposição nacional ao governismo!
XXX ENECOM: Entre o imobilismo e o paragovernismo Pela construção de um movimento
nacional de estudantes de ciências sociais
Entre os dias 24 e 31 de julho ocorreu no campus do Benfica, classista, combativo e independente!
UFC - em Fortaleza- o XXX Encontro Nacional de Estudantes de
Comunicação Social (Enecom), que tinha como tema: “comunica- Entre os dias 29 de agosto e 4 de setembro ocorrerá na
ção e contra-hegemonia”. em João Pessoa – Paraíba (na UFPB) o XXIV ENECS (Encontro
Apesar de aquele ser um espaço fundamental do mecom, Nacional de Estudantes de Ciências Sociais) com o tema: “Movi-
sendo o fórum da ENECOS com o maior número de participantes, o mentos Sociais e Poder”. Hoje no ENECS, os debates não repre-
encontro foi incapaz capaz de armar os estudantes contra os atuais sentam uma discussão nas bases, mas sim a visão pessoal dos
ataques do governo Lula/PT à educação superior. estudantes que tem possibilidades financeiras e de tempo para ir;
Um grande erro do XXX ENECOM foi a excessiva valorização praticamente uma colônia de férias pequeno-burguesa.
da Conferência Nacional de Comunicação - CONFECOM (composta Por trás desta política ardilosa e despolitizante está a buro-
pelo Governo Lula, oligarcas da comunicação e a “sociedade civil”), cracia governista do PT, UJS/PCdoB, que visa criar um movimen-
sendo fortemente defendia por correntes ligadas ao PT e PSol. to de diretoria, sem base nem mobilização, buscando aparelhar o
Os governistas do PT defendem a CONFECOM como um es- nosso movimento política-financeiramente ao Governo Lula e ao
paço onde avançaríamos rumo a democratização a comunicação, governo estadual, como está fazendo neste ENECS.
já as correntes do PSol reivindicam a CONFECOM como espaço Nós da RECC, organizados em outras universidades do
de denúncia ao governo Lula, mas aceitam ir para a mesa de ne- Brasil e em outros Cursos, convocamos todos a estarem cons-
gociação com o mesmo e os empresários. Disputar estes espaços truindo um coletivo nacional de oposição em Ciências Sociais,
burocrático-burgueses, mesmo com a suposta política de “denún- disputando CA’s e que garanta o poder das bases, que tenha cla-
cia” que a ENECOS vem reivindicando, significa legitimá-los e, o ramente uma linha: a) antigovernista (Contra a UNE e a política
pior, iludir trabalhadores e estudantes de que o governo Lula está neoliberal do Governo Lula!); b) Uma política Combativa, contra o
em disputa. legalismo reformista; c) Classista (Ligando o movimento estudan-
Na reunião da atual gestão da ENECOS, a RECC defendeu til a construção de um movimento nacional de oposição sindical
que era preciso construir um calendário de lutas e mobilizações e popular).
com os trabalhadores e erguendo bandeiras estudantis de caráter Assim, defendemos um congresso estudantil de ciências so-
classista, porém, os setores majoritários da executiva insistiram no ciais para 2010 com delegados eleitos em assembléias por curso.
espaço da CONFECOM, além chamares a unidade com o oportu- Este Congresso deve ter como pautas: 1) organização e concep-
nismo para-governista da “Esquerda da UNE”. ção do ME de Área; 2) universidade e conjuntura; 3) formação
Após o ENECOM, conseguimos rearticular o Coletivo ENE- em ciências sociais, onde estaria em discussão nosso currículo
COS Ceará. Agora, o desafio dos lutadores do mecom é combater e o projeto político-pedagógico; 4) sociologia no ensino médio.
a CONFECOM e disputar os novos militantes que surgem, dando Propomos ainda para a organização do movimento de área: 1)
aos coletivos Enecos pelo país uma postura realmente combativa, Congresso Nacional: delegados eleitos por assembléia geral dos
contra a UNE e o legalismo. É necessária a polarização interna da cursos, órgão deliberativo nacional máximo; 2) Plenária Nacional
executiva, aglutinando os setores combativos em um pólo de oposi- de Delegados de Base: órgão deliberativo regular intermediário
ção à atual política da ENECOS e que a leve para além dos muros composto por membros eleitos nas assembléias geral dos cursos;
da escolas de comunicação social e mesas de negociação com o 3) Executiva Nacional: órgão de direção e encaminhamento políti-
governo. ■ co, subordinado à Plenária e ao Congresso. ■
FORA FARSA DA CONFECOM! POR UM CONGRESSO DE BASE!
CONSTRUIR O PÓLO CLASSISTA DA ENECOS E DO M.E. DE CIÊNCIAS SOCIAS!
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Construção da Rede Estudantil Classista e Combativa
RJ - Sem organização para a luta nos Em defesa da combatividade nas Luta estudantil classista
tornamos reféns do oportunismo lutas estudantis em Fortaleza! no Distrito Federal

A conjuntura do movimento estudantil Desde o início do ano, diversos embates Atualmente no Distrito Federal vivemos
atualmente na UFF - RJ aprofunda o retro- agitaram o estado do Ceará. Por exemplo, a um período de refluxo das lutas estudantis
cesso do ano anterior: pouca luta, pouca formação da frente contra o aumento da pas- se comparado ao ano passado onde tivemos
mobilização e principalmente quase nenhu- sagem e limitação da meia no inicio do ano, grandes mobilização tanto pelos secundas
ma vitória do movimento. Neste 2° semestre foi importante, pois uniu os estudantes com os nas lutas contra o Tele-Curso, pela manuten-
(2009), encaminhada pelo DCE, a luta con- trabalhadores rodoviários e professores. Em ção dos professores de laboratórios, etc, (on-
tra os cursos pagos através de plebiscitos e defesa da união com os trabalhadores e pela de correram ocupações, fechamentos de rua)
abaixo-assinados poderá levar a luta a uma combatividade enfrentamos as burocracias es- assim como na UnB onde ocorreu a ocupação
nova derrota, por que: 1) o plebiscito que o tudantis (máfias de carteirinha) e os para-gover- da reitoria.
DCE está chamando não garante o fim dos nistas que queriam levar a No semestre
cursos pagos uma vez que tal resultado pas- luta para o âmbito legal. passado ocorreu
sará pelo, anti-democrático e elitista, CUV Na UECE, no dia 03 na UnB a luta con-
(conselho universitário); 2) Mesmo o CUV de julho o governador Cid tra as fundações,
votando a favor do fim dos cursos pagos, a Gomes foi inaugurar a Bi- onde os estudan-
aprovação pode ser meramente simbólica, blioteca Universitária que tes implodiram o
tal como a moradia estudantil aprovada há passou por uma grande CAD - Conselho
mais de 6 anos e até hoje nunca saiu do pa- maquiagem, mas que não administrativo
pel; 3) A luta contra os cursos pagos não po- teve nenhuma moderni- (que iria votar o
de ser separada das outras lutas estudantis zação no seu acervo. Em recredenciamento
e sindicais. Essa luta isolada é utilizada de respostas, os estudantes da FINATEC). Já
forma oportunista “camuflando” as outras de- pressionaram o governa- nesse semestre
mandas que estão relacionadas entre si; 4) dor por melhoras na infra- está sendo feita
É preciso levar as lutas para os DA’s e CA’s estrutura da universidade, uma campanha
para que haja um acúmulo de discussão e além da realização de no- por parte da Opo-
apontamentos práticos para o combate aos vos concursos para profes- DF: Ocupação da Diretoria Regional de Ensino - 27/03/08 sição Combativa,
cursos pagos e outras demandas. sores e servidores efetivos. A RECC defendeu Classista e Independente ao DCE e da RECC-
É necessário construir debates que o avanço das lutas e a construção de assem- DF contra as fundações privadas e as políticas
apontem para uma reflexão e chamem para bléias gerais, porém foram boicotadas pelo pa- neoliberais da Reitoria (PT), assim como está
a luta real, onde o estudante pobre se torna ragovernismo que defenderam comissões de sendo feito o combate a direção pelega/gover-
protagonista da transformação social em seu negociação com a reitoria e o governo. nista do DCE (PT) e contra o reboquismo opor-
local de estudo, portanto não podemos nos Na UFC, o DCE (PT/PDT) serviu de apoio tunista do Psol/PSTU, que não consegue rom-
perder em palavras de ordem vazias, mas para a implementação da reforma universitá- per de fato com o governismo demonstrando
pelo contrário, nos organizar dentro de nos- ria, em especial o REUNI. A oposição a esse sua incapacidade de reorganizar o ME.
sas capacidades e utilizar os meios necessá- projeto neste ano iniciou com implosões de es- Nas escolas secundaristas iniciamos pe-
rios para combater o avanço neoliberal que paços como o CEPE, foi deixado de lado pelos la RECC-DF a campanha de agitação
privatiza e elitiza a educação. Não podemos para-governistas que adotaram uma postura e propaganda: “Construir grêmios
de forma alguma nutrir esperanças naqueles de “intervenção artística” em detrimento da estudantis combativos e indepen-
que outrora traíram o movimento. Não pode- combatividade. Mesmo com as implosões dos dentes!” É importantíssimo citar
mos nos enganar, mas sim lançar-se a luta CEPE’s ainda se mantém por esse setor uma também que a chapa “Consci-
com unhas e dentes! Por isso estamos cons- ilusão em espaços anti-democráticos como o ência Estudantil” (Construindo
truindo e convocamos todos ao debate: CONSUNI. a RECC) para o grêmio do
A RECC também é o único grupo que CEAN foi eleita para a di-
“O RESGATE DAS LUTAS E está pautando o debate sobre o novo vestibu- reção da entidade,
lar e o livre acesso a universidade. Acredita- apesar da burocra-
A ATUAL CONJUNTURA” mos que este seja um debate que pode levar cia imposta pela
DIA: 16/09/2009, ÀS 18:00 H a grandes lutas, visto que, em 2007, grandes Diretoria da Es-
LOCAL: UFF - Bloco “E”, prédio mobilizações dos estudantes de escolas públi- cola e a desor-
cas garantiram o direito à isenção da taxa do ganização do
do serviço social (Niterói- RJ). ■ vestibular. ■ ME. ■

Filiados e constroem a Rede Estudantil Classista e Combativa:


Oposição Classista Combativa Independente ao DCE/UnB - DF; Coletivo LutaSociais! UnB - DF;
Grêmio do CEAN - gestão “Consciência Estudantil” - DF; Coletivo Serviço Social em Luta/UFF - RJ.

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