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Pavilhão prometido há dez anos
atira alunos para a rua
manuel correia

Comissão de Pais pede "condições básicas" para


ensino desportivo

Os cerca de 200 alunos da Escola EB 2,3 de Ceira,


em Coimbra, praticam desporto na rua - ou, quando
chove, numa sala -, porque o pavilhão prometido há
mais de uma década continua por construir. A
denúncia foi feita, anteontem, em reunião do
Executivo, pelo vice-presidente da Comissão de Pais
e Encarregados de Educação daquele
estabelecimento de ensino, António Abel.

"Há mais de dez anos que os alunos, professores e


pais aguardam a construção do pavilhão
gimnodesportivo para proporcionar as condições
básicas para o ensino do desporto, que é uma
disciplina curricular tão importante como as restantes",
defendeu. Segundo António Abel, o protocolo então
celebrado entre a Câmara Municipal de Coimbra e o
Ministério de Educação previa a obra, mas "até hoje,
sucessivos governos, de diferentes partidos, sempre
se esqueceram do protocolo e do pavilhão".

"Neste momento, se for encontrado terreno e se a


DREC estiver disposta a construir, excelente. Se a
DREC transferir para nós a responsabilidade,
naturalmente que nos vai transferir as verbas",
sustentou Carlos Encarnação.

"Não saímos do impasse"

"O pavilhão faz falta. Vamos à DREC e dizem-nos


para falarmos com a Câmara Municipal; a Câmara
Municipal diz-nos para falarmos com a DREC. E não
saímos deste impasse". Palavras da presidente do
Conselho Executivo da Escola EB 2,3 de Ceira,
Fernanda Aido, que confirma a existência dessa
promessa antiga por cumprir "Quando há actos
eleitorais, prometem-nos o pavilhão; quando passam,
esquecem-no". Enquanto isso, os alunos vão
praticando desporto na rua, o que acarreta problemas,
tendo em conta a localização da escola, na encosta
entre o rio Mondego e a Serra do Carvalho. "As
condições climatéricas, aqui, são muito agressivas: no
Inverno há muito vento e humidade; no Verão, muita
exposição ao Sol", lamenta Fernanda Aido. A
construção do pavilhão em causa - destinado a servir,
também, a comunidade - permitiria resolver, ainda, o
problema do isolamento da escola, assaltada quatro

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"Neste momento, há uma determinação do Ministério


da Educação no sentido de se parar de fazer
pavilhões desportivos, porque está a ser feito um
levantamento dos pavilhões que existem nas escolas
e nas autarquias, para se ter uma ideia certa do que
existe e do que falta fazer, a fim de rentabilizar o
investimento", explicou o director de serviços da
DREC, Cruz Gonçalves. No fundo, está a ser
elaborada uma "carta de pavilhões desportivos" e só
após a sua conclusão algo pode ser decidido quanto a
este caso específico, continuou.

Carina Fonseca

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