Apresentacao Curso PAD CGU-Bahia

Controladoria-Geral da União
Treinamento de Processo
Administrativo Disciplinar
Formação de
membros de Comissão e demais
servidores que atuam na área
Treinamento de Processo Administrativo Disciplinar

1 - INTRODUÇÃO
• Objetivos: formação de membros para compor

Comissões de Processo Administrativo Disciplinar e
Sindicâncias e de servidores que analisam o trabalho
por estas desenvolvido.
• Material: apostilas de legislação, texto, e cd-rom.
– Todo o material utilizado no curso, com atualização
periódica, encontra-se disponível no site:
www.cgu.gov.br/Publicacoes/GuiaPAD
• Quando não expressos, artigos de lei se referem à Lei
Estadual nº 6.677/94.
Treinamento de Processo Administrativo Disciplinar 1

2 - INDEPENDÊNCIA DE INSTÂNCIAS E A
RESPONSABILIDADE DO SERVIDOR
A responsabilidade do servidor é apurável em 03 esferas:

criminal, cível e administrativa.
Art. 185. As responsabilidades civil, penal e

administrativa poderão cumular-se, sendo
independentes entre si.
Art. 186. A responsabilidade civil ou administrativa do

servidor será afastada no caso de absolvição criminal
que negue a existência do fato ou a sua autoria.

3 - PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR:
OBJETIVO
•OBJETIVO DO PAD:
– Precisar a verdade dos fatos relacionados ao cargo,
sem a preocupação de incriminar ou absolver
indevidamente o servidor.
Art. 209 - O processo disciplinar destina-se a apurar

responsabilidade de servidor por infração praticada no
exercício de suas funções ou relacionada com as
atribuições do seu cargo.

OBJETIVO
• Responsabilização administrativa:
– Requer que se comprove:

• Materialidade: identificar a extensão do fato
irregular (ação ou omissão em afronta a
ordenamento jurídico), relacionado ao exercício
do cargo.
• Autoria: identificar o(s) servidor(es) envolvido(s)
com o fato irregular.

ABRANGÊNCIA SUBJETIVA
• QUEM É ALCANÇADO: Servidor Público

• Art. 1º - Esta Lei institui o Estatuto dos Servidores Públicos
Civis do Estado, de qualquer dos Poderes, suas autarquias
e fundações públicas.
• Art. 2º - Servidor público é a pessoa legalmente investida
em cargo público. Cargos públicos podem ser de:
• Caráter permanente;
• Caráter temporário;
• Caráter vitalício.

ABRANGÊNCIA SUBJETIVA
• Questões da vida privada, sem reflexo na vida funcional,

não são passíveis de apuração pelo PAD (exemplo de
exceção - ocupantes de cargos de atividade policial - Lei
3.374/75, art. 13, inciso IV).
• Servidor em estágio probatório:
– PAD é também obrigatório para apuração de faltas
disciplinares destes servidores.
– A reprovação no estágio probatório, quando não
satisfeitas as condições deste não possui natureza de
sanção disciplinar. O servidor será exonerado de
ofício e não demitido, não cabendo a utilização de
PAD.
EXCLUSÕES
• Presidente da República e Ministros de Estado: não são

apuráveis por PAD (Parecer AGU nº GQ-35).
– Demais cargos de Natureza Especial submetem-se
ao PAD
• Agentes temporários;
• Terceirizados;
• Celetistas;
• Estagiários;
• Consultores de Programas Internacionais (ex.: PNUD).

LEGISLAÇÃO
• CONSTITUIÇÃO FEDERAL/88:
– Arts. 5º, LIV (devido processo legal), LV (contraditório e
ampla defesa), LVI (provas ilícitas) e LXXVIII
(celeridade); Art. 37, caput (princípios do LIMPE); Art. 41,
caput (servidor torna-se estável com 3 anos) e § 1º (só
perde o cargo), II (mediante PAD com ampla defesa);
• LEI Nº 6.677/94: arts. 175 a 251;
• LEI Nº 9.784/99: processo administrativo no âmbito da
Administração Pública Federal;
• LEI Nº 8.429/92: Improbidade administrativa.

PRINCÍPIOS
• FORMALISMO MODERADO: dispensa formas rígidas,

mantendo apenas as compatíveis com a certeza e a
segurança dos atos praticados, salvo as expressas em lei
e relativas aos direitos dos acusados.
– DEVIDO PROCESSO LEGAL - impõe o cumprimento
dos ritos legalmente previstos para a aplicação da
penalidade
• VERDADE MATERIAL: não se admite a “verdade sabida”.
A CPAD deve buscar, na medida do possível, a verdade
real dos acontecimentos, não se contentando apenas com
aquela levada ao processo pelos envolvidos.

PRINCÍPIOS
• PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA: deve-se considerar

inocente o acusado/indiciado até a decisão final
condenatória. O ônus de provar a responsabilidade é da
Administração.
• MOTIVAÇÃO: razão e fundamentos de qualquer decisão

administrativa que implique restrições a direitos dos
cidadãos devem, obrigatoriamente, ser explicitados.

PRINCÍPIOS
CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA
Deve ser facultada ao acusado/indiciado, durante todo o

processo, a efetiva participação na construção das
conclusões finais do apuratório, possibilitando-lhe a
utilização de todos os meios de defesa admitidos pelo
ordenamento jurídico.

PRINCÍPIO DA AMPLA DEFESA
• Princípio mais importante do processo administrativo

disciplinar.
• Se respeitado, não haverá nulidade.
• Significa permitir a qualquer pessoa acusada o direito de
se utilizar de todos os meios de defesa admissíveis em
direito.
• Deve ser adotado em todos os procedimentos que
possam ensejar aplicação de qualquer tipo de penalidade
ao acusado (sindicância punitiva, PAD).

PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO
• A todo ato produzido caberá igual direito da outra parte de

opor-se a ele ou de lhe dar a versão que lhe convenha ou
ainda de fornecer uma interpretação jurídica diversa
daquela feita pelo autor.
• No curso da apuração dos fatos e após a citação, que
comunica o servidor da decisão da comissão sobre a sua
condição de acusado, deve haver intimação de todos atos
processuais sujeitos a seu acompanhamento.
• Todas as deliberações da CPAD devem ser comunicadas
ao acusado.

14 - SINDICÂNCIA (ART. 205)
• Natureza legal: a sindicância prevista na Lei nº 6.677/94

não é, a princípio, um processo disciplinar com
possibilidade de aplicação de pena, e portanto, com
contraditório e ampla defesa.
• Composição: 03 servidores estáveis.
• Prazo de conclusão: até 30 dias, prorrogáveis por igual

período.

15 - SINDICÂNCIA –
• Resultados possíveis:
– arquivamento;
– instauração de PAD;
– conversão em sindicância punitiva – possibilidade de
aplicação de pena de advertência ou suspensão até 30
dias – rito diferenciado - § 1º do art. 206.
• Sindicância Investigativa ou preparatória: peça informativa

do PAD.
• Sindicância Acusatória ou punitiva:

• Conversão da sindicância investigativa.
• ÚNICA COM CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA.

FASES (ART. 215)
• Fluxo Geral
• Fases: art. 215, Lei nº 6.677/94.
– Instauração (art. 215, parág único, Lei nº 6.677/94):
publicação do ato que constitui a comissão com
descrição dos fatos;
– Inquérito (arts. 217 a 234, Lei nº 6.677/94):
• citação e defesa inicial,
• instrução,
• defesa final e
• relatório; e
– Julgamento (arts. 235 a 241, 6.677/94).

17 - DEVER DE APURAÇÃO E DENÚNCIA ANÔNIMA
• A autoridade que tiver ciência de irregularidades é

obrigada a promover sua apuração imediata, mediante
PAD com ampla defesa - art. 204, Lei nº 6.677/94.
• Denúncia anônima: deve ser apurada se os fatos foram

narrados de forma objetiva e plausível.
– ROMS nº 19.224 (DJ: JUL/2005) e MS nº 7.069 (DJ:

FEV/2001), todos do STJ.

18 - PROCESSO ADMINISTR. DISCIPLINAR:
INSTAURAÇÃO E COMISSÃO (ART. 215)
• 1ª FASE: Instauração, por meio da publicação da Portaria

que designa comissão (art. 215, I)
– Autoridade instauradora deve ser competente – fixada
por regimento ou regulamento internos ou, no silêncio
destes, o chefe da repartição.
– Pela Lei nº 6.677/94, art. 215, parág. único,
consignam-se os ilícitos e os dispositivos legais
transgredidos na Portaria de designação da CPAD.
Deve fazer referência ao documento ou aos autos que
deram origem ao PAD. Sugere-se prever a
possibilidade de apurar atos e fatos CONEXOS.
– Composição da CPAD: 3 servidores estáveis com nível
hierárquico igual ou superior dos acusados.
19 - PROCESSO ADMINISTR. DISCIPLINAR: INSTAURAÇÃO
E COMISSÃO
• 1ª FASE:
– Estrutura física - o órgão tem que dar à comissão

condições de trabalho.
– A publicação pode ocorrer em boletim de circulação
interna da repartição.
– A designação tem caráter obrigatório para o servidor,
salvo exceções legais, notadamente as SUSPEIÇÕES
(caráter subjetivo) e os IMPEDIMENTOS (caráter
objetivo).
– Afastamento preventivo - pela autoridade instauradora
(60 + 60 dias).
20 - COMISSÃO: IMPEDIMENTO
• Parentes do acusado - art. 210, § 2º, Lei nº 6.677/94;

• Não ter estabilidade e de hierarquia igual, equivalente ou
superior à do acusado - art. 210, Lei nº 6.677/94;
• Art. 252 e 254 do Código de Processo Penal.
• Lei nº 9.784/99, art. 18*:
I - tenha interesse;
II - peritos, testemunhas ou representante em outros
processos em que o denunciante ou acusado tenha
sido envolvido;
III - esteja litigando com o interessado.

21 - COMISSÃO: SUSPEIÇÃO
• Art. 20, Lei 9.784/99*: Pode ser argüida a

suspeição de autoridade ou servidor que tenha
amizade íntima ou inimizade notória com algum
dos interessados/denunciante ou com os
respectivos cônjuges, companheiros, advogados,
parentes, afins até o terceiro grau.

22 - COMISSÃO: ATRIBUIÇÕES
• Não existe hierarquia na comissão: os dois membros

têm a mesma importância do Presidente, cabendo a
este último apenas o ônus de praticar atos exclusivos.

23 - PAD: FORMA DE CONTAGEM DOS PRAZOS
• Forma de contagem do prazo: art. 259, Lei nº 6.677/94.

Contam-se em dias corridos excluindo-se o dia do começo
e incluindo-se o do vencimento se este não cair em dia
sem expediente.

24 - PAD: PRAZOS
• Prazos dos ritos:

– Ordinário:
• PAD: até 60 dias (art. 216);
• Sindicância: até 30 dias (art. 205, parág. 3º);
• Prorrogação: igual ao prazo originário, devendo a portaria

de prorrogação ser publicada dentro do prazo da portaria
inicial. Não é automática. Deve ser solicitada pela CPAD.

25 - PAD: CONTINUIDADE DA APURAÇÃO
• Continuidade da apuração: após os primeiros 120 dias (ou

60 dias em sindicância) é possível dar continuidade aos
trabalhos por um novo PAD ou mediante recondução da
CPAD. Sempre com novas portarias.
– STJ – RMS 455/BA, DJ 23.06.97; RMS 8.005/SC, dj.
6/4/2000.
– Formulação-Dasp nº 216. “Inquérito administrativo
Esgotados os 90 dias a que alude o art. 220, parágrafo
único, do Estatuto, sem que o inquérito tenha sido
concluído, designa-se nova comissão para refazê-lo ou
ultimá-lo, a qual poderá ser integrada pelos mesmos
funcionários”
INQUÉRITO
• 2ª FASE: Inquérito.
– Atos de instrução e indiciação (se for o caso);
• Providências iniciais: secretário, citação, defesa
inicial, comunicação ao RH (para o efeito previsto no
art. 240), assentamentos funcionais etc.
• Independência da comissão: dedicação integral (se
necessário - art. 205, § 1º).
– Defesa Final;
– Relatório.

ATAS E TERMOS – ARTIGO 218.
• Finalidade:
–Atas: registrar todas as deliberações da comissão.
–Termos: demais registros (juntadas, depoimentos).
Art. 218. Os termos serão lavrados pelo secretário da

comissão e terão forma processual e resumida.
§ 3º. As reuniões da comissão serão registradas em
atas circunstanciadas.
• Forma (Estrutura): arts. 22 a 25, Lei nº 9.784/99*.

COMUNICAÇÃO PROCESSUAL
• CITAÇÃO INICIAL (artigo 219): aviso ao acusado de que
contra ele existe PAD, para que ele apresente defesa inicial
e rol de testemunhas, especificando os fatos e o local onde
se encontra instalada a CPAD. Se possível, enviar cópia do
processo. Coletam-se dois testemunhos, em caso de recusa
de recebimento. Pode-se empregar editais em DO e em
jornal da localidade se o acusado se encontra em local
incerto e não sabido ou oculta-se da citação.
• INTIMAÇÃO: chamado para testemunha depor e para o
acusado ser interrogado; ainda, pelo art. 230 da Lei nº
6.677/94, intima-se o indiciado para apresentar defesa final
escrita.
29 - INSTRUÇÃO
• Realização de todas as provas necessárias à elucidação

dos fatos (art. 222, Lei nº 6.677/94), exceto as provas
ilícitas (art. 5º, LVI, CF/88).
• Condução dos trabalhos (art. 222, § 3º, Lei nº 6.677/94):
indeferimento da produção de provas desnecessárias
(Princípio da Motivação).
• Efetivação do contraditório - chamamento dos acusados
para a produção de cada prova, com a faculdade de
apresentar quesitos e formular perguntas.
• Prova emprestada - possibilidade, desde que
estabelecido o contraditório.

30 - INSTRUÇÃO: PRESENÇA DE DEFENSOR
Art. 223 - A defesa do acusado será promovida por

advogado por ele constituído ou por defensor público ou
dativo.
§ 1º. Defensor “ad hoc”.
• Súmula Vinculante 5/STF: “A falta de defesa técnica por

advogado no processo administrativo disciplinar não
ofende a Constituição ”.

31 - INSTRUÇÃO: INTIMAÇÃO DE ATOS
• Prazos:
– Intimação: antecedência mínima de 3 dias úteis, arts.
26, § 2º e 41, Lei nº 9.784/99*;
– Prazos não previstos: 5 dias, art. 24, Lei nº 9.784/99*;
• Cuidados na elaboração da intimação: o endereço tem de
ser claro e o horário do ato instrucional precisa ser
cumprido.
• No caso de oitiva, sendo a testemunha servidor público, ela
tem o dever funcional de comparecer e a intimação tem de
ser comunicada ao seu superior hierárquico.

32 - INSTRUÇÃO: TESTEMUNHAS (ARTS. 220 e seguintes)
• Contradita e compromisso;
• O depoimento será oral e reduzido a termo, não sendo
lícito trazê-lo por escrito (permitidas consultas a
apontamentos).
• Acompanhamento pelo acusado e/ou seu advogado,
defensor público ou dativo (não precisa ser advogado) -
devem ter sido intimados. A ausência imotivada do
acusado e/ou seu procurador não gera nulidade nem
impõe agendamento de outra data, apenas a nomeação
de defensor “ad hoc”.
• Entrega de cópia do Termo de Depoimento pode ser feita
ao final da fase instrutória (incomunicabilidade das
testemunhas).
• Prova emprestada.

33 - INSTRUÇÃO: CARTA PRECATÓRIA E
COLABORADOR EVENTUAL
• No caso de oitiva de não-servidor, fora da sede da

comissão:
– O ideal é deslocar toda a CPAD.
– Como segunda opção, a testemunha, mesmo não
sendo servidor, pode ser chamada às custas do Erário
(passagem e diárias): arts. 68 e seguintes da Lei nº
6.677/94. É possível o pagamento como colaborador
eventual.
– Caso não seja possível, empregar carta precatória,
com perguntas da CPAD e do acusado.

34 - INSTRUÇÃO: FORMA DA CARTA PRECATÓRIA
• Forma da carta precatória:

– CPAD redige seus quesitos e apresenta ao acusado;
– Acusado apresenta seus quesitos;
– CPAD manda os quesitos para a autoridade
instauradora do local da coleta da prova e solicita
designação de servidor/comissão para dar cumprimento
à carta;
– Não devem ser feitas perguntas além das arroladas;
– Ciência para o acusado da data e local onde ocorrerá.
Comparecendo, pode fazer perguntas.

35 - INSTRUÇÃO: DILIGÊNCIAS E PERÍCIAS
• Sempre que necessária a coleta de elementos probatórios
ou o esclarecimento de dúvidas;
• Os resultados devem ser reduzidos a termo;
• Solicitar a realização de perícia ou assessoria técnica,

formulando quesitos ou temas que devam ser respondidos
ou desenvolvidos, quando o assunto demandar
conhecimentos especializados. É imprescindível a
intimação para o acusado apresentar quesitos, caso
queira.

36 - INSTRUÇÃO: INTERROGATÓRIO DO
ACUSADO (Art. 222 e parág. 1º)
• A ausência do procurador do acusado ao interrogatório

não gera nulidade.
• Acusado não é compromissado.
• Sempre que possível, deve haver o interrogatório, pois
que também se trata de meio de defesa.
• O procurador do(s) acusado(s) pode acompanhar o
interrogatório, mas não pode fazer perguntas.
• Último ato da instrução. Se novas provas forem colhidas
deve ser repetido.

37 - INDICIAÇÃO (ART. 230)
• Pode não ocorrer se a CPAD entender que não há autoria

ou materialidade. “In dubio pro societatis” ⇒ indicia.
• Encerramento da instrução, mas não do processo.
• A defesa é feita em relação aos fatos narrados.
• A indiciação delimita efetivamente a acusação, não
permitindo que, posteriormente, no relatório e no
julgamento, sejam considerados fatos nela não
discriminados. Recomenda-se que conste o
enquadramento.

38 - INDICIAÇÃO: PENALIDADES POSSÍVEIS
• Advertência: art. 189, Lei nº 6.677/94;
• Suspensão: art. 190. Irregularidade mais grave e
reincidência na advertência. Não excede noventa dias.
• Demissão: art. 192. Obrigatória (Parecer-AGU nº GQ-
177*);
• Cassação de aposentadoria ou de disponibilidade: art.
194. Hipóteses de demissão.
– CANCELAMENTO: 02 (advertência) e 04 (suspensão)
anos.

39 - INDICIAÇÃO: DEVERES DO SERVIDOR
PÚBLICO (ART. 175)
• ADVERTÊNCIA OU SUSPENSÃO:
– I - Exercer com zelo e dedicação as atribuições do
cargo;
– II - Ser leal às instituições a que servir;
– III - Observar normas legais e regulamentares;
– IV - Cumprir as ordens, exceto quando manifestamente
ilegais;
– VI - Levar ao conhecimento dos superiores
irregularidades identificadas;
– VII - zelar pela economia de material e pela
conservação do patrimônio público;
39 - INDICIAÇÃO: DEVERES DO SERVIDOR
PÚBLICO (ART. 175)
– VIII - guardar sigilo sobre assuntos de natureza

confidencial a que esteja obrigado em razão do cargo;
– IX – manter conduta compatível com a moralidade

administrativa;
– X - Ser assíduo e pontual ao serviço.

40 - INDICIAÇÃO: PROIBIÇÕES DO SERVIDOR
PÚBLICO (ART. 176)
– I - Ausentar-se do serviço;
– IV - Opor resistência injustificada;
– V - Promover manifestação de apreço ou desapreço na

repartição;
– VI - Referir-se de modo depreciativo ou desrespeitoso

às autoridades públicas ou aos atos do poder público;

40 - INDICIAÇÃO: PROIBIÇÕES DO SERVIDOR
PÚBLICO (ART. 176)
– VII - Cometer a pessoa estranha à repartição o

desempenho de atribuição que seja de sua
responsabilidade ou da de seu subordinado;
– IX - manter, sob sua chefia imediata, cônjuge,

companheiro ou parente até segundo grau civil;
– XIX - Exercer quaisquer atividades incompatíveis com o

cargo e com o horário de trabalho.

41 - INDICIAÇÃO: INFRAÇÕES GRAVES (ART. 192)
• DEMISSÃO
• Art. 192, Lei nº 6.677/94.
– I - Crime contra a administração (evitar, para que a
defesa não alegue que o foro é o penal);
– II e III - Abandono de cargo e inassiduidade habitual;
– IV - Improbidade administrativa (combinado com a Lei nº
8.429/92);
– V - Incontinência pública e conduta escandalosa;
– VII – Ofensa física;
– IX – Revelação de segredo;
– XI - Acumulação de cargos públicos;
– XII - Artigo 176, incisos X a XVII.
42 - INDICIAÇÃO: INFRAÇÕES GRAVES (ART. 192)
• DEMISSÃO: Art. 176, incisos X a XVII:
– X - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de
outrem;
– XI – transacionar com o Estado ao participar da
gerência de empresa privada ou sociedade civil;
– XII - atuar como procurador ou intermediário junto a
repartições;
– XIII - receber propina, comissão, presente ou vantagem;
– XVI - proceder de forma desidiosa;
– XVII - utilizar pessoal ou recursos materiais da
repartição em serviços ou atividades particulares.

43 – INTIMAÇÃO PARA DEFESA FINAL (ART. 230)
• INTIMAÇÃO PARA DEFESA FINAL - ato pelo qual se leva
ao conhecimento do acusado, através do seu defensor, a
notícia formal de que ele foi indiciado, para que possa
apresentar a defesa final escrita.
• Requisito legal: formalizada por mandado do Presidente;
– Se houver recusa: duas testemunhas assinam o termo

lavrado pelo membro da CPAD encarregado da
intimação;
– Se o indiciado estiver em lugar incerto e não sabido ou
se ocultar (art. 219): a intimação é feita por edital
publicado uma vez no DO e em jornal de grande
circulação da localidade do último domicílio.
44 - DEFESA (ART. 230)
• A defesa é escrita com prazo de 10 dias (um indiciado, art.

230, Lei nº 6.677/94); 20 dias (mais de um indiciado, art.
230, parág. único); ou 5 dias (em caso de sindicância
investigativa convolada em punitiva, art. 206, § 1º).
• Antes dela pode-se requerer novas diligências (art. 229,
Lei nº 6.677/94), que serão deferidas ou não (art. 222, §
3º).
• Vista dos autos - na repartição (art. 230 e parág. único, Lei

nº 6.677/94).

45 - REVELIA (ART. 231)
• Considerar-se-á revel o indiciado que, regularmente

intimado, não apresentar defesa no prazo legal.
• Nomeação de defensor dativo.
• A revelia será declarada por termo, nos autos do
processo disciplinar, e devolverá o prazo de 10 dias para
a defesa dativa, se houver apenas um indiciado, ou de 20
dias, quando houver dois ou mais indiciados.

46 – RELATÓRIO FINAL (ART. 232)
• O relatório será sempre conclusivo quanto à

responsabilidade do servidor e informará se houve falta
prevista como crime e danos aos cofres públicos.
– Relato minucioso das principais ocorrências;
– Exame detalhado de todos os termos da defesa
apresentada. Possível mudança da tipificação;
– Manifestação conclusiva acerca da inocência ou da culpa
do(s) indiciado(s);
– Indicação expressa das provas (fundamentação) que
sustentam a conclusão;
– Indicação expressa dos dispositivos violados e, também,
das agravantes e atenuantes;
– Sugestão da pena a ser aplicada.
47 - REMESSA DE PROCESSO AO MINISTÉRIO
PÚBLICO e TCU
• Processo Administrativo Disciplinar: art. 239, Lei nº

6.677/94 e art. 15, Lei nº 8.429/92*.
• Precauções: atenção para evitar pré-julgamento ou

dependência da instância penal (mesmas considerações
da demissão por crime).

48 - ACUMULAÇÃO DE CARGOS (ART. 177)
• Será apurado via PAD: boa-fé e má-fé.
Art. 193 - Apurada em processo disciplinar a acumulação

proibida e provada a boa-fé, o servidor optará por um dos
cargos, e havendo má-fé, perderá também o cargo que
exercia há mais tempo, com restituição do que tiver
percebido indevidamente.

49 - ABANDONO DE CARGO E INASSIDUIDADE
HABITUAL (ART. 198 E 199)
• Animus: diferença entre o abandono, a inassiduidade e o

dever de ser assíduo e pontual.
• Possibilidade de aplicação de pena menos grave:

mesmo fato com tipificação correlata.

51 - PRESCRIÇÃO
• A prescrição inibe a ação corretiva do Estado, mas não

elimina o ato ilícito nem o dever de apurar. Assim, o
resultado da apuração deve ser anotado nos
assentamentos funcionais - art. 238.
• Prazos: art. 203:
– Advertência - 180 dias;
– Suspensão - 2 anos;
– Demissão, cassação de aposentadoria ou
disponibilidade - 5 anos.
– Prescrição de crime: art. 239.

52 - PRESCRIÇÃO
• Forma de contagem: parágrafos do art. 203.

• Termo inicial: Parecer-AGU Nº GQ-55*.
• A interrupção do prazo prescricional, como estatuída no
art. 203, § 3º, Lei nº 6.677/94, ocorre uma só vez quanto
ao mesmo fato (Parecer-AGU nº GQ-144*), por até:
– 180 dias - rito ordinário. É o mais comum. 60 dias
(prazo inicial - PI) prorrogáveis (P) por mais 60 e mais
60 para julgamento (J);
– 120 dias - sindicância: 30 (PI) + 30 (P) + 60 (J).

53 – NULIDADES: art. 234, Lei nº 6.677/94
• Só há nulidade se comprovado prejuízo para a ampla

defesa (pas de nullité sans grief) - STJ, MS nº 8.259 e MS
nº 7.863.
• Noção de prejuízo: prejuízo concreto para a defesa - STF,

MS nº 22.055.
• Art. 234, parágrafo único - Nenhuma nulidade será

declarada se não resultar prejuízo para a defesa, por
irregularidade que não comprometa a apuração da
verdade e em favor de quem lhe tenha dado causa.

53 – NULIDADES: art. 234, Lei nº 6.677/94
Art. 234 - É causa de nulidade do processo disciplinar:

I - incompetência da autoridade que o instaurou;
II - suspeição e impedimento dos membros da comissão;
III - a falta dos seguintes termos ou atos:
a) citação, intimação ou notificação, na forma desta lei;
b) prazos para a defesa;
c) recusa injustificada de promover a realização de
perícias ou quaisquer outras diligências imprescindíveis a
apuração da verdade;
IV - inobservância de formalidade essencial a termos ou
atos processuais.
54 - NULIDADES
• Alegações mais comuns da defesa que não

necessariamente são nulidades:
– Portaria instauradora que não delimita

extenuadamente a acusação;
– Inexistência de carga do processo fora da repartição;
– Ausência de intimação do relatório final;
– Prova emprestada: regularidade, se passar pelo crivo
do contraditório: STJ, REsp nº 128.875; STF, HC nº
67.707

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Treinamento de Processo Administrativo Disciplinar

• Objetivos: formação de membros para compor

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A responsabilidade do servidor é apurável em 03 esferas:

Art. 185. As responsabilidades civil, penal e

Art. 186. A responsabilidade civil ou administrativa do

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Art. 209 - O processo disciplinar destina-se a apurar

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– Requer que se comprove:

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• QUEM É ALCANÇADO: Servidor Público

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• Questões da vida privada, sem reflexo na vida funcional,

• Presidente da República e Ministros de Estado: não são

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• FORMALISMO MODERADO: dispensa formas rígidas,

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• PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA: deve-se considerar

• MOTIVAÇÃO: razão e fundamentos de qualquer decisão

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CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA

Deve ser facultada ao acusado/indiciado, durante todo o

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• Princípio mais importante do processo administrativo

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• A todo ato produzido caberá igual direito da outra parte de

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• Natureza legal: a sindicância prevista na Lei nº 6.677/94

• Composição: 03 servidores estáveis.

• Prazo de conclusão: até 30 dias, prorrogáveis por igual

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• Sindicância Investigativa ou preparatória: peça informativa

• Sindicância Acusatória ou punitiva:

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• A autoridade que tiver ciência de irregularidades é

• Denúncia anônima: deve ser apurada se os fatos foram

– ROMS nº 19.224 (DJ: JUL/2005) e MS nº 7.069 (DJ:

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• 1ª FASE: Instauração, por meio da publicação da Portaria

– Estrutura física - o órgão tem que dar à comissão

• Parentes do acusado - art. 210, § 2º, Lei nº 6.677/94;

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• Art. 20, Lei 9.784/99*: Pode ser argüida a

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• Não existe hierarquia na comissão: os dois membros

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• Forma de contagem do prazo: art. 259, Lei nº 6.677/94.

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• Prazos dos ritos:

• Prorrogação: igual ao prazo originário, devendo a portaria

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• Continuidade da apuração: após os primeiros 120 dias (ou

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Art. 218. Os termos serão lavrados pelo secretário da

• Forma (Estrutura): arts. 22 a 25, Lei nº 9.784/99*.

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• Realização de todas as provas necessárias à elucidação

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Art. 223 - A defesa do acusado será promovida por

• Súmula Vinculante 5/STF: “A falta de defesa técnica por