Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Leitura básica: Varian (2006, cap. 18), Nicholson (2005, cap. 7).
Fatores de produção: são os insumos utilizados em processos produtivos, podendo ser classificados
em categorias amplas, como terra, trabalho, bens de capital e matérias primas.
Bens de capital ou capital físico: são bens produzidos e utilizados como insumos em processos
produtivos, como máquinas, computadores, tratores, prédios, etc.
Firma: é qualquer organização que realiza a transformação de certos insumos (que possui e/ou
compra) em produtos (que vende).
Restrições de uma firma: uma firma está sujeita a duas restrições básicas. Uma delas é a restrição
tecnológica, pois somente algumas combinações de insumos constituem formas viáveis de produzir
certa quantidade de um produto. A outra é a restrição econômica, ou seja, uma firma toma suas
decisões de produção condicionada pelas estruturas dos mercados de fatores (nos quais demanda
insumos) e de produtos (onde vende sua produção).
Planos de produção: é uma lista que especifica as quantidades dos insumos utilizados para produzir
uma determinada quantidade de produto. Um plano de produção pode ser representado como um
vetor (− x1 ,K,− xi ,K,− xn , y ) ∈ ℜ n +1 , onde os componentes (ou coordenadas) com valores
estritamente negativos indicam os insumos utilizados1 e o componente (ou coordenada) com valor
estritamente positivo a quantidade produzida.
1
E o módulo deles (as) as respectivas quantidades empregadas no processo produtivo.
55
Planos de produção factíveis: são planos de produção tecnologicamente possíveis.
Conjunto de produção: é o conjunto Y ∈ ℜ n+1 formado por todos os planos de produção factíveis, ou
seja, por todas as listas de combinações de insumos e produto tecnologicamente viáveis. Este
conjunto representa todas as escolhas tecnológicas que uma firma se defronta.
Função de produção: é a função y = f ( x1 ,K, xi ,K, xn ) que associa a cada combinação de insumos
( x1 ,K, xi ,K, xn ) ∈ ℜ n+ a quantidade máxima y que pode ser produzida. A função de produção
Produto médio: o produto físico médio do fator de produção i, denotado por PMei , é a quantidade
f ( x1 ,K, xi ,K, xn )
produzida por unidade do insumo i, ou seja, PMei = para xi > 0 .
xi
Produto marginal: o produto físico marginal do fator de produção i, denotado por PM i , é a variação
da produção gerada pela variação em uma unidade do insumo i, ceteris paribus. Mais precisamente,
pode ser definida, em termos discretos, como a taxa média de variação da função de produção com
relação ao insumo i:
f ( x1 ,..., xi + ∆xi ,..., xn ) − f ( x1 ,..., xi ,..., xn ) ∆y
PM i = = .
∆xi ∆xi
Ou, em termos contínuos, como a derivada parcial da função de produção com relação ao insumo i:
∆y ∂f ( x1 ,..., xi ,..., xn )
PM i = ∆lim ≡ ,
x →0
i ∆xi ∂xi
se este limite existir. se o fator de produção i contribui para a produção, então PM i > 0 para toda
Curto e longo prazo: o curto prazo de uma firma é aquele intervalo de tempo em que há pelo menos
um fator de produção fixo, ou seja, há pelo menos um insumo cuja quantidade a firma não pode
alterar. Já no longo prazo todos os fatores de produção são variáveis, ou seja, a firma pode alterar
quaisquer das quantidades utilizadas dos insumos.
Princípio dos rendimentos físicos (produtividades marginais) decrescentes: quanto mais se utiliza
um fator de produção i, ceteris paribus, a contribuição deste fator para o aumento da produção
tende a ser cada vez menor, ou seja, o produto físico marginal do fator de produção i é estritamente
56
decrescente com relação à quantidade utilizada deste fator. Em termos matemáticos, esse princípio
∂ 2 f ( x1 ,..., xi ,..., xn )
pode ser estabelecido supondo que < 0 para todo i = 1,2,K, n .
∂xi2
4
y 5
2 2
4
0 3
0
x2
1 2 1
2
3 1
x1
4
0 0
5 0 1 2 3 4 5
• Tecnologia com fatores de produção substitutos: f ( x1 , x2 ) = ax1 + bx2 , em que a > 0 e b > 0
são constantes paramétricas.
Valores das constantes paramétricas: a = 5 , b = 1 .
57
5
30 3
y 20 5
10 4
2
0 3
0
x2
1 2
1
2
3 1
x1
4
0 0
5 0 1 2 3 4 5
a b
• Tecnologia Cobb-Douglas: f ( x1 , x2 ) = Ax1 x2 , em que A > 0 , a > 0 e b > 0 são constantes
paramétricas.
Valores da constantes paramétricas: A = 1 , a = 1 / 2 , b = 1 / 2 .
6
8
y 6
4 8
4
2
6
0
0
4 x2
2 2
4
2
x1 6
8 0 0
0 2 4 6 8
58
Taxa técnica de substituição (ou taxa marginal de substituição técnica): Mede a taxa à qual a firma
deve substituir um insumo por outro para manter a produção constante. Intuitivamente, a taxa
técnica de substituição do insumo 2 por insumo 1, denotada por TTS ( x1 , x2 ) , é a quantidade de
insumo 2 que a firma pode reduzir por usar uma unidade adicional do insumo 1 e manter a sua
produção constante ou, alternativamente, é a quantidade adicional de insumo 2 que a firma deve
usar para abrir mão de uma unidade do insumo 1 e manter constante sua produção. A partir da
função de produção podemos determinar a TTS ( x1 , x2 ) . Considere uma firma que está utilizando a
cada insumo (∆x1 , ∆x2 ) , de maneira que a nova combinação ( x1 + ∆x1 , x2 + ∆x2 ) gere o mesmo nível
de produto y ou , equivalentemente, que a produção se mantenha constante ( ∆y = 0 ). Devemos ter,
então:
∆y = PM 1∆x1 + PM 2 ∆x2 = 0 .
Logo, a taxa média de variação ao longo da isoquanta Q ( y ) , a qual pertence a combinação de
∂f ( x1 , x2 )
dx2 ∂x1 PM 1
=− ≡− ,
dx1 ∂f ( x1 , x2 ) PM 2
y = f ( x1 , x2 )
∂x2
supondo PM 2 > 0 . Enfim, a TTS ( x1 , x2 ) pode ser expressa como o módulo desta derivada:
59
∂f ( x1 , x2 )
∂x1 PM 1
TMS ( x1 , x2 ) = ≡ .
∂f ( x1 , x2 ) PM 2
∂x2
f (tx1 ,K, txi ,K, txn ) < tf ( x1 ,K, xi ,K, xn ) para todo t > 1 .
f (tx1 ,K, txi ,K, txn ) = tf ( x1 ,K, xi ,K, xn ) para todo t > 1 .
f (tx1 ,K, txi ,K, txn ) > tf ( x1 ,K, xi ,K, xn ) para todo t > 1 .
Elasticidade de substituição no arco: Mede a variação percentual média da razão entre os fatores de
produção x2 x1 relativa à variação de um por cento (para cima ou para baixo) da TTS ( x1 , x2 ) ao
longo de uma isoquanta, ou seja,
∆( x2 x1 ) ∆( x2 x1 )
) ( x2 x1 ) ∆TTS ( x1 , x2 ) ∆ ( x2 x1 ) TTS ( x1 , x2 )
σ= = = .
∆TTS ( x1 , x2 ) ( x2 x1 ) ∆TTS ( x1 , x2 ) ( x2 x1 )
TTS ( x1 , x2 ) TTS ( x1 , x2 )
60
Elasticidade de substituição no ponto: É uma aproximação da variação percentual da razão entre os
fatores de produção x2 x1 relativa à variação de um por cento (para cima ou para baixo) da
)
lim→0 σ .
σ = ∆TTS
21
d ( x2 x1 ) TTS ( x1 , x2 )
σ= .
dTTS ( x1 , x2 ) ( x2 x1 )
Exercícios: Resolva todas as “Questões de Revisão” propostas por Varian (2006, cap. 18). Resolva
os “Problems” 7.1, 7.3, 7.5 e 7.7 de Nicholson (2005, cap. 7).
61