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Sua parceria nos negócios

AGENDA TRIBUTÁRIA 2005

Luiz Fernando Mussolini Júnior

Périsson Lopes de Andrade

Sua parceria nos negócios

PRINCIPAIS NORMAS EDITADAS NO FINAL ANO:

MP 232, de 30/12/2004

Lei nº 11.051, de 29/12/2004

Lei nº 11.033, de 29/12/2004

Instrução Normativa SRF nº 482/2004

Resoluções FGTS 466 e 467/2004

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Sua parceria nos negócios

PRINCIPAIS PONTOS ALTERADOS:

I. RETENÇÕES NA FONTE (IRPJ/CSLL/PIS/COFINS/CSLL)


ALTERAÇÕES E NOVAS HIPÓTESES

II. AUMENTO E MODIFICAÇÃO NA TRIBUTAÇÃO


(IRPJ/CSLL/PIS/COFINS)

III. - MEIOS INDIRETOS E COERCITIVOS DE COBRANÇA DE


TRIBUTOS

IV. CERTIDÃO POSITIVA COM EFEITO DE NEGATIVA (LEI


11.051/04 –ART. 13)

V. PROCESSO ADMINISTRATIVO FEDERAL - ALTERAÇÕES (MP


232 – ART. 10)

Sua parceria nos negócios

PRINCIPAIS PONTOS ALTERADOS:

VI – EXECUÇÕES FISCAIS – PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE


(LEI 11.051/04 – ART. 6º)

VII - OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS

VIII - COMPENSAÇÃO TRIBUTÁRIA – VEDAÇÃO (LEI Nº


11.051/2004 – ART. 4º)

IX. PARCELAMENTO DE DÉBITOS (RECEITA FEDERAL E FGTS)

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I. RETENÇÕES NA FONTE
(IRPJ/CSLL/PIS/COFINS/CSLL) ALTERAÇÕES E
NOVAS HIPÓTESES

I. RETENÇÕES NA FONTE

I.1. – IRF – Serviços prestados por Pessoas Jurídicas -


Limpeza, Conservação, Segurança, Vigilância e Locação de
Mão-de-Obra - Alíquota - Majoração (MP 232/2004 – art. 8º)

A alíquota para cálculo do valor a reter passou de 1,0% para 1,5%,


aplicável aos pagamentos/créditos a pessoas jurídicas pela prestação de
serviços de limpeza, conservação, segurança, vigilância e por locação de
mão-de-obra, feitos a partir de 1º de fevereiro de 2005.

Observamos todavia que, nos termos do art. 159 da Constituição,


alterado pela Emenda n.º 42, não pode ser exigido imposto no mesmo
ano e antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido
publicada a lei que os instituiu ou aumentou.

Assim, os prestadores de serviços poderão apelar ao Judiciário para que


lhes seja garantido o direito de somente sujeitarem-se à majoração da
alíquota a partir de 01 de abril de 2005.

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I. RETENÇÕES NA FONTE

I.2. - Retenções na Fonte – Novas Hipóteses – Empresas


Agroindústrias, Vinícolas e de Transportes, de Manutenção de
Bens Móveis e Imóveis, de Serviços Médicos e de Engenharia (MP
232/2004 - arts. 6º e 7º)

Novas hipóteses de retenção na fonte foram instituídas, válidas a partir


de 1º de fevereiro de 2005:

É dispensada a retenção:

a)pagamentos de valor até R$ 5.000,00, no caso de beneficiários


pessoas jurídicas;

b)pagamentos de valor até o limite de isenção previsto na tabela


progressiva mensal do imposto de renda, no caso de pessoas físicas; e

continua...

I. RETENÇÕES NA FONTE

I.2. - Retenções na Fonte – Novas Hipóteses – Empresas


Agroindústrias, Vinícolas e de Transportes, de Manutenção de
Bens Móveis e Imóveis, de Serviços Médicos e de Engenharia (MP
232/2004 - arts. 6º e 7º) - Continuação

c) na hipótese de fornecimento efetuado por cooperativa de produção


agropecuária ou de pagamento efetuado a pessoa jurídica optante pelo
SIMPLES.

Ocorrendo mais de um pagamento no mês deverá ser efetuada a soma


de todos os valores para efeito do cálculo do limite de retenção,
compensando-se o valor retido anteriormente.

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I. RETENÇÕES NA FONTE

I.2.1. - Agroindústrias e Vinícolas – Retenção de IRF e CSLL

As pessoas jurídicas, inclusive cooperativas, que produzam mercadorias


de origem animal ou vegetal, destinadas à alimentação humana ou
animal, classificadas nos Capítulos 2 a 4, 8 a 12, 15, 16 e 23, e nos
códigos 01.03, 01.05, 0504.00, 0701.90.00, 0702.00.00, 0706.10.00,
07.08, 0709.90, 07.10, 07.12 a 07.14, exceto os códigos 0713.33.19,
0713.33.29 e 0713.33.99, 09.01, 1701.11.00, 1701.99.00, 1702.90.00,
18.01, 18.03, 1804.00.00, 1805.00.00, 20.09, 2101.11.10, 2209.00.00
e 22.04, todos da NCM, deverão reter IR à alíquota de 1,5%, nos
pagamentos efetuados às pessoas físicas ou jurídicas fornecedoras dos
insumos que geram direito ao crédito presumido de PIS e de COFINS.

Em se tratando de fornecedor pessoa jurídica, também deverá ser retida


Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL, mediante a aplicação
da alíquota de 1%.

I. RETENÇÕES NA FONTE

I.2.2. – Empresa Transportadora – Subcontratação -


IRF

A transportadora rodoviária de cargas, pessoa jurídica, que subcontratar


serviços de transporte à pessoa física, transportador autônomo, deverá
efetuar retenção de IRF calculado pela alíquota de 1,5% sobre o valor
correspondente a quarenta por cento do pagamento efetuado.

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I. RETENÇÕES NA FONTE

I.2.3. - Manutenção de bens móveis e imóveis, transporte em


geral e serviços médicos - IRF

As importâncias pagas ou creditadas pelas pessoas jurídicas a outras


pessoas jurídicas pela prestação de serviços de manutenção de bens
móveis e imóveis e transporte, bem como de medicina prestados por
ambulatório, banco de sangue, casa e clínica de saúde, casa de
recuperação e repouso sob orientação médica, hospital e pronto-socorro,
e de engenharia relativos à construção de estradas, pontes, prédios e
obras assemelhadas ficam sujeitas ao desconto do imposto de renda na
fonte, à alíquota de 1,5%.

Os valores retidos deverão ser recolhidos até o terceiro dia útil da


semana subseqüente à de ocorrências dos fatos geradores.

I. RETENÇÕES NA FONTE

I.2.4. - Retenções na Fonte – CSLL, PIS/PASEP e


COFINS – Novas hipóteses (MP 232, art. 5º)

A partir de 01 de Fevereiro de 2005, a pessoa jurídica que contratar


com outras pessoas jurídicas a prestação dos serviços abaixo indicados
deverá efetuar retenção de CSLL, de PIS/PASEP e d COFINS:

a) de medicina prestados por ambulatório, banco de sangue, casa e


clínica de saúde, casa de recuperação e repouso sob orientação médica,
hospital e pronto socorro;
b) de engenharia na construção de estradas, pontes, prédios e obras
assemelhadas;
c) de publicidade e propaganda; e
d)transporte em geral (antes restrito ao transporte de valores).

A retenção somente não será exigida na hipótese de pagamentos


efetuados a empresas estrangeiras de transporte. No caso de transporte
internacional efetuados por empresa nacional só será devida a retenção
da Contribuição Social sobre o Lucro – CSLL.

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II. AUMENTO E MODIFICAÇÃO NA TRIBUTAÇÃO
(IRPJ/CSLL/PIS/COFINS)

II. AUMENTO E MOFICAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO


II.1.-
II.1.- IRPJ/CSLL

II.1.1. - Variação Cambial de Investimentos no Exterior – (MP


232/2004 - art. 9º)

As variações cambiais relativas a investimentos relevantes no exterior


(avaliados pelo método da equivalência patrimonial) deverão ser
consideradas na apuração do IRPJ e da CSLL.

Essa regra passa a valer a partir de 1º de abril de 2005, para a apuração


da CSLL, e a partir de 1º de janeiro de 2006, para o imposto de renda
das pessoas jurídicas.

As variações cambiais não representarem, todavia, nova renda ou lucro,


conforme já se manifestou a própria Receita Federal, nos processos de
consulta nºs 54 e 55, da 9ª Região Fiscal, cujas decisões foram
publicadas no DOU do dia 08/05/2003, razão pela qual entendemos
questionáveis essas exigências.

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II. AUMENTO E MOFICAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO
II.1.-
II.1.- IRPJ/CSLL

II.1.2. – Lucro Presumido - Prestadores de Serviços - Majoração


(MP 232/2004 - artigo 11)

Majorado de 32% para 40% o percentual para a determinação da base


de cálculo do IRPJ e da CSLL devidos pelas pessoas jurídicas tributadas
pelo lucro presumido ou que façam recolhimentos mensais, por
estimativa, relativamente à suas receitas decorrentes de prestação de
serviços em geral, exceto hospitalares.

A nova regra passa a valer a partir de 1º de abril de 2005, para a


apuração da base da CSLL, e a partir de 1º de janeiro de 2006, para
apuração do IRPJ.

II. AUMENTO E MOFICAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO


II.1.-
II.1.- IRPJ/CSLL

II.1.3. - Ágio e deságio na subscrição de capital em empresa


coligada ou controlada (MP 232/2004 - art. 15)

Revogado o disposto no artigo 36 da Lei nº 10.637/2002, que permitia a


postergação, para o momento da realização do ganho (pela venda,
incorporação, fusão, cisão), do IRPJ e da CSLL sobre o ganho de capital
decorrente do ágio ou deságio na subscrição de capital.

Fica assim obstada a realização do planejamento tributário conhecido


como “operação ágio”, nos moldes em que vinha sendo feito por algumas
empresas.

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II. AUMENTO E MOFICAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO
II.1.-
II.1.- IRPJ/CSLL

II.1.4. - IRPJ/CSLL Tributação dos resultados nas operações em


mercados de liquidação futura (Lei nº 11.051/04 – art. 32)

Os resultados positivos ou negativos incorridos nas operações realizadas


em mercados de liquidação futura, inclusive os sujeitos a ajustes de
posições, serão reconhecidos por ocasião da liquidação do contrato,
cessão ou encerramento da posição.

O art. 32 da Lei 11051/04 refere-se também à determinação da base de


cálculo da contribuição para o PIS/PASEP e para a COFINS, ditas receitas
estão beneficiadas com redução das alíquotas a ZERO, nos termos do
Decreto n.º 5.164/04, por tratarem de receitas financeiras.

II. AUMENTO E MOFICAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO


II.2. - PIS/PASEP e COFINS

II.2.1. - Atividades imobiliárias - Regime de reconhecimento de


receita (Lei nº 11.051/04 – art. 7º)

A partir de 1º de novembro de 2004, na determinação das bases de


cálculo dessas contribuições, devidas pela pessoa jurídica, inclusive a
equiparada, que adquirir imóvel para venda ou promover
empreendimento de desmembramento ou loteamento de terrenos,
incorporação imobiliária ou construção de prédio destinado a venda,
deverá ser adotado o regime de reconhecimento de receitas previsto na
legislação do imposto de renda.

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II. AUMENTO E MOFICAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO
II.2. - PIS/PASEP e COFINS

II.2.2. - Importações - Zona Franca de Manaus (Lei nº 11.051/04


–art. 8º)

A suspensão da exigibilidade da Contribuição para o PIS/PASEP e da


COFINS incidentes sobre a importação de bens, na forma dos e 14A da ,
de 30 de abril de 2004, será convertida em alíquota 0 (zero) quando
esses bens forem utilizados:

a) na elaboração de matérias-primas, produtos intermediários e


materiais de embalagem destinados a emprego em processo de
industrialização por estabelecimentos industriais instalados na ZFM e
consoante projetos aprovados pela SUFRAMA;
b) como matérias-primas, produtos intermediários e materiais de
embalagem em processo de industrialização por estabelecimentos
industriais instalados na ZF M consoante projetos aprovados pela
SUFRAMA.

II. AUMENTO E MOFICAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO


II.2. - PIS/PASEP e COFINS

II.2.3. - Crédito Presumido - Cooperativas - Limitação (Lei nº


11.051/04 – Art. 9º)

A partir de 1º de abril de 2005, o direito ao crédito presumido das


agroindústrias de que tratam os e , no tocante às cooperativas, inclusive
as vinícolas, e em relação aos insumos recebidos de cooperados, fica
limitado para as operações de mercado interno, em cada período de
apuração, ao valor do PIS/PASEP e da COFINS devidos em relação à
receita bruta decorrente da venda de bens e de produtos deles
derivados, após efetuadas as exclusões previstas no , de 24 de agosto de
2001.

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II. AUMENTO E MOFICAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO
II.2. - PIS/PASEP e COFINS

II.2.4. - Industrialização por encomenda - Setores com


Tributação Diferenciada (Combustível, Veículos e Máquinas,
Autopeças, Pneus e Câmaras de Ar, Água, Refrigerantes,
Cervejas e Embalagens para bebidas) (Lei nº 11.051/04 – art. 10)

A partir de 1º de abril de 2005, na determinação da Contribuição para o


PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre a receita bruta auferida pela
pessoa jurídica encomendante da industrialização dos produtos incluídos
em sistemática diferenciada de tributação, aplicam-se as alíquotas
especiais previstas na legislação específica, listadas nos incisos I a VI do
, conforme o caso.

As alíquotas aplicáveis à pessoa jurídica executora da encomenda


(prestadora do serviço de industrialização) ficam reduzidas a 0 (zero).

II. AUMENTO E MOFICAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO


II.2. - PIS/PASEP e COFINS

II.2.5. - Produtos com tributação diferenciada - Devoluções de


vendas (Lei nº 11.051/04 – Arts. 21 e 22)

O crédito do PIS/Pasep e da COFINS, na devolução de produtos com


tributação diferenciada, será determinado mediante a aplicação das
alíquotas incidentes na venda sobre o valor ou unidade de medida,
conforme o caso, dos produtos recebidos em devolução no mês.

Esta regra vigora a partir de 1º de agosto de 2004 ou de 1º de maio de


2004, para as pessoas jurídicas dos setores abrangidos que optaram pela
adoção antecipada da "não-cumulatividade"

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II. AUMENTO E MOFICAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO
II.2. - PIS/PASEP e COFINS

II.2.6. - Transportadores de cargas - Créditos - Subcontratação


(Lei nº 11.051/04 – arts. 23 e 24)

A partir de 01 de janeiro de 2005, a empresa de transporte rodoviário de


cargas que subcontratar serviço de transporte prestado por pessoa física,
transportador autônomo, poderá descontar da COFINS devida em cada
período de apuração, crédito presumido mediante aplicação, sobre o
valor dos pagamentos, de alíquota correspondente a 75% da alíquota da
contribuição (5,7%).

Nas subcontratações a empresas de transporte optantes pelo SIMPLES, o


crédito também passa a ser de 75% da alíquota, produzindo efeitos a
partir de 1º de abril de 2005.

II. AUMENTO E MOFICAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO


II.2. - PIS/PASEP e COFINS

II.2.7. - Software nacional e Páginas Eletrônicas - Receitas de


Desenvolvimento licenciamento, cessão de direito, análise,
programação, instalação, configuração, assessoria, consultoria,
suporte técnico e manutenção ou atualização - Não-sujeição à
sistemática da "não-cumulatividade" (Lei nº 11.051/04 – Art. 25)

As receitas auferidas por empresas de serviços de informática,


decorrentes das atividades de desenvolvimento de software e o seu
licenciamento ou cessão de direito de uso, bem como de análise,
programação, instalação, configuração, assessoria, consultoria, suporte
técnico e manutenção ou atualização de software, compreendidas ainda
como softwares as páginas eletrônicas, não se sujeitam às sistemática da
"não-cumulatividade" do PIS/Pasep e da COFINS, devendo contribuir
com 0,65% e 3,0% respectivamente, sem direito a qualquer crédito.

A exclusão não alcança as receitas de comercialização, licenciamento ou


cessão de direito de uso de software importado.

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II. AUMENTO E MOFICAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO
II.2. - PIS/PASEP e COFINS

II.2.8. – Farinhas de Milho, Pintos de um dia e Leite pasteurizado


- Alíquotas Reduzidas a Zero (Lei nº 11.051/04 – Art. 29)

Ficam reduzidas a 0 (zero) as alíquotas da contribuição para o PIS/PASEP


e da COFINS incidentes na importação e sobre a receita bruta de venda
no mercado interno de:

a) farinha, grumos e sêmulas, grãos esmagados ou em flocos, de milho,


classificados, respectivamente, nos códigos 1102.20, 1103.13 e 1104.19,
todos da TIPI;

b) pintos de 1 (um) dia classificados no código 0105.11 da TIPI; e

c) leite fluido pasteurizado ou industrializado, na forma


ultrapasteurizado, destinado ao consumo humano.

II. AUMENTO E MOFICAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO


II.2. - PIS/PASEP e COFINS

II.2.9. – COFINS – Perdas em operações de hedge –


Revogação do Crédito (Lei nº 11.051/04 – art. 35, inciso
IV)

Revogado o disposto no artigo 84 da Lei nº 10.833/2003, o qual permitia


o crédito de COFINS, à alíquota de 4,6%, para as empresas não-
financeiras, inseridas na sistemática não-cumulativa da contribuição,
relativamente às perdas verificadas no mês em operações de hedge
destinadas exclusivamente à proteção de riscos inerentes às oscilações
de preços ou de taxas, quando o objeto do contrato negociado estivesse
relacionado com as atividades operacionais ou destinava-se à proteção
de direitos ou obrigações da pessoa jurídica.

Tal mudança, por implicar em aumento da carga tributária sobre os


valores oriundos dessas operações só poderá produzir efeitos a partir de
1º de abril de 2005.

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II. AUMENTO E MOFICAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO
II.2. - PIS/PASEP e COFINS

II.2.10. - Livros - Redução das Alíquotas a Zero (Lei nº


11.033/2004 – ART. 6º)

A partir de 22 de dezembro de 2004, ficam reduzidas a 0 (zero) as


alíquotas das contribuições ao PIS/Pasep e da COFINS, nas hipóteses de
importação e na venda no mercado interno de livros.

Considera-se livro, para os fins da redução a zero, a publicação de textos


escritos em fichas ou folhas, não periódica, grampeada, colada ou
costurada, em volume cartonado, encadernado ou em brochura, em
capas avulsas, em qualquer formato e acabamento.

III. - MEIOS INDIRETOS E COERCITIVOS DE


COBRANÇA DE TRIBUTOS

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III.1. – Distribuição de lucros ou dividendos –
PJ em débito para com a Fazenda Nacional
(Lei 11.051/04 – Art. 17)

As pessoas jurídicas com débitos não garantidos para com a União e suas
autarquias de Previdência e Assistência Social não poderão:

a) distribuir quaisquer bonificações a seus acionistas; ou

b) dar ou atribuir participação de lucros a seus sócios ou quotistas, bem


como a seus diretores e demais membros de órgãos dirigentes, fiscais ou
consultivos;

A inobservância desta regra implica em multa de 50% que será imposta


às pessoas jurídicas que distribuírem ou pagarem bonificações ou
remunerações e aos diretores e demais membros da administração
superior que receberem essas importâncias, limitada a 50% do débito
não garantido.

III.2. – Recebimento de valores relativos a


precatórios judiciais (Lei 11.033/04 – art. 19)

O levantamento ou o crédito em conta de valores de precatório


judicial, exceto quando de natureza alimentar ou inferiores a 60
salários mínimos, fica condicionado a apresentação de Certidão
Negativa de Tributos Federais, Estaduais, Municipais, bem como
de Certidão de Regularidade do INSS, do FGTS e da Dívida Ativa
da União.

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IV. CERTIDÃO POSITIVA COM EFEITOS DE

NEGATIVA

IV. CERTIDÃO POSITIVA COM EFEITO DE NEGATIVA

(LEI 11.051/04 –ART. 13)

Os contribuintes que têm débitos inscritos em Dívida Ativa da União,


embora pagos e que não obtém, em razão disso, Certidão Negativa,
poderão obtê-la mediante encaminhando de pedido acompanhado dos
seguintes documentos:

a) cópia do pedido de revisão de débitos inscritos em dívida ativa da


União instruído com os DARF que comprovem o pagamento;

b) declaração firmada pelo contribuinte de que o pedido de revisão e os


documentos relativos aos pagamentos referem-se aos créditos de que
tratará a certidão.

Se, no prazo de 30 (trinta) dias a Receita Federal não apreciar o


pedido,deverá emitir Certidão Positiva de Débitos com Efeito de Certidão
Negativa, nos termos do art. 206 do Código Tributário Nacional.

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V. PROCESSO ADMINISTRATIVO FEDERAL -

ALTERAÇÕES

V. PROCESSO ADMINISTRATIVO FEDERAL -

ALTERAÇÕES (MP 232 – ART. 10)


V.1. - Atos e Termos Processuais - Meio eletrônico

As intimações poderão ser feitas de forma eletrônica e os documentos e


petições dos contribuintes poderão ser apresentados em meio
magnético.

A aplicação desse dispositivo depende da ainda regulamentação da


Secretaria da Receita Federal.

V.2. - Intimação por edital

A Receita Federal poderá promover intimações dos contribuintes por


Edital, de atos praticados no processo administrativo fiscal, quando
reste ineficaz qualquer um dos outros meios de comunicação possíveis
(meio eletrônico, correio ou pessoal).

Não há mais a necessidade da Receita, antes da utilização do Edital,


esgotar todas essas possibilidades de intimação.

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V. PROCESSO ADMINISTRATIVO FEDERAL -

ALTERAÇÕES (MP 232 – ART. 10)

V.3. - Autos de infração – Matéria discutida em Juízo -


Renúncia à esfera administrativa

Regra que já vinha sendo adotada pela Receita Federal, com base no
Ato Declaratório Normativo nº 3/96, que passa a ter força de lei,
segundo a qual o contribuinte perde o direito à defesa administrativa,
em processo originado de auto de infração, quando a mesma matéria
tiver sido submetida ao Poder Judiciário.

V. PROCESSO ADMINISTRATIVO FEDERAL -

ALTERAÇÕES (MP 232 – ART. 10)


V.4. - Instância única de julgamento

Fica abolido o recurso ao Conselho de Contribuintes contra decisões em


processos administrativos relativos:

a) a penalidade por descumprimento de obrigação acessória;


b) a restituição, ressarcimento e compensação;
c) a redução, a isenção, e a imunidade de tributos e contribuições;
d) ao Simples; e
e) aos processos de valor inferior a R$ 50.000,00, assim considerado
principal e multa de ofício.

Essas matérias serão julgadas em única instância pelas Delegacias da


Receita Federal de Julgamento.

Entendemos que, sob pena de violação ao ato jurídico perfeito e ao direito


adquirido, não poderão ser atingidos por essa norma os recursos
administrativos já interpostos à época da edição da MP 232 e que se
encontram pendentes de julgamento.

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VI – EXECUÇÕES FISCAIS – PRESCRIÇÃO

INTERCORRENTE

VI – EXECUÇÕES FISCAIS – PRESCRIÇÃO


INTERCORRENTE (LEI 11.051/04 – ART. 6º)

Nos termos da Lei das Execuções Fiscais Federal (Lei nº 6.830/80), se


não fossem encontrado o devedor, ou bens para garantir a dívida, o
Juiz ordenaria a suspensão do curso do processo, não ocorrendo o
prazo prescricional.

Com a alteração ora introduzida, após decorrido o prazo de 5 anos da


data em que foi determinado o arquivamento do processo, o Juiz
poderá reconhecer a prescrição intercorrente e decretá-la de imediato.

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VII - OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS

VII.1.-
VII.1.- Multas por atraso ou não entrega da DACON

(Lei nº 11.051/04 – Art. 19)

A não apresentação da DACON ou a sua apresentação fora do prazo,


sujeitará o contribuinte às seguintes multas:

a) 2% ao mês-calendário ou fração, sobre o montante da COFINS, ou,


na sua falta, da contribuição para o PIS/PASEP, informado no DACON,
ainda que integralmente pago, limitada a 20%;
b) R$ 20,00 (vinte reais) para cada grupo de 10 (dez) informações
incorretas ou omitidas.

As multas serão reduzidas:

a) à metade, quando a declaração for apresentada após o prazo, mas


antes de qualquer procedimento de ofício;

b) a 75% (setenta e cinco por cento), se houver a apresentação da


declaração no prazo fixado em intimação.

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VII.2. - DCTF - Periodicidade e Prazos de
Apresentação - IN SRF nº 482/2004

VII.2.1. - DCTF Mensal


A partir do ano-calendário de 2005, deverão apresentar mensalmente a
DCTF, de forma centralizada pela matriz, as pessoas jurídicas:

a) cuja receita bruta informada na DIPJ, relativa ao segundo ano-


calendário anterior ao período correspondente à DCTF a ser apresentada,
tenha sido superior a R$ 30.000.000,00; ou;
b) cujo somatório dos débitos declarados nas DCTF relativas ao segundo ao
ano-calendário anterior ao período correspondente à DCTF a ser
apresentada tenha sido superior a R$ 3.000.000,00.

Para o ano-calendário de 2005, devem ser considerados os valores da DIPJ


relativa ao ano-calendário de 2003, apresentada até junho de 2004.

A DCTF Mensal deverá ser entregue até o quinto dia útil do segundo mês
subseqüente ao mês de ocorrência dos fatos geradores. Portanto, até 07
(sete) de março de 2005 deverá ser apresentada a DCTF referente ao mês
de janeiro de 2005. Continua....

VII.2. - DCTF - Periodicidade e Prazos de


Apresentação - IN SRF nº 482/2004

VII.2.1. - DCTF Mensal

Continuação

No caso de extinção, incorporação, fusão, cisão parcial ou cisão total, a


DCTF será apresentada pela pessoa jurídica extinta, incorporada,
incorporadora, fusionada ou cindida:

a) até o último dia útil do mês de março, quando o evento ocorrer no


mês de janeiro do respectivo ano-calendário;

b) até o último dia útil do mês subseqüente ao do evento, na hipótese


de o mesmo ocorrer no período de 1º de fevereiro até 31 de
dezembro.

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VII.2. - DCTF - Periodicidade e Prazos de
Apresentação - IN SRF nº 482/2004

VII.2.2. - DCTF Semestral

As demais pessoas jurídicas deverão apresentar, semestralmente, a


DCTF, de forma centralizada, pela matriz, embora possam optar pela
entrega mensal.

A opção será exercida mediante entrega da DCTF relativa ao mês de


janeiro, sendo definitiva e irretratável por todo o ano-calendário.

A DCTF Semestral deverá ser entregue:

a) até o quinto dia útil do mês de outubro de cada ano-calendário, no


caso de DCTF relativa ao primeiro semestre; e
b) até o quinto dia útil do mês de abril de cada ano-calendário, no caso
de DCTF relativa ao segundo semestre do ano-calendário anterior.

VII.2. - DCTF - Periodicidade e Prazos de


Apresentação - IN SRF nº 482/2004

VII.2.3. - Assinatura digital

A DCTF deve ser transmitida pela Internet com a utilização do


programa Receitanet, sendo obrigatória a assinatura digital da
declaração mediante utilização de certificado digital válido.

Excepcionalmente, para a transmissão da DCTF Semestral,


relativamente ao ano-calendário de 2005, é opcional a utilização de
certificado digital.

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VII.2. - DCTF - Periodicidade e Prazos de
Apresentação - IN SRF nº 482/2004

VII.2.4. - Dispensa de Apresentação da DCTF

Estão dispensadas da apresentação da DCTF:


a) as microempresas e empresas de pequeno porte enquadradas no
SIMPLES,
b) as pessoas jurídicas imunes e isentas, cujo valor mensal de
impostos e contribuições a declarar na DCTF seja inferior a R$
10.000,00 (dez mil reais);
c) as pessoas jurídicas que se mantiveram inativas desde o início do
ano-calendário a que se referirem as DCTF, relativamente às
declarações correspondentes aos períodos em que se mantiverem
inativas;
d) os órgãos públicos, as autarquias e as fundações públicas;
e) os consórcios constituídos na forma dos e , de 15 de dezembro de
1976; e
f) os fundos em condomínio e os clubes de investimento que não se
enquadrem no disposto no , de 19 de janeiro de 1999.

VIII - COMPENSAÇÃO TRIBUTÁRIA

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VIII - COMPENSAÇÃO TRIBUTÁRIA

VIII.1. - Tributos e contribuições cuja compensação fica vedada:

a)débitos relativos a tributos e contribuições que já tenham sido


encaminhados à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional para inscrição em
Dívida Ativa da União;

b)débito consolidado em qualquer modalidade de parcelamento concedido


pela Secretaria da Receita Federal;

c)os débitos que já tenham sido objeto de compensação não homologada


pela Receita Federal, ainda que a compensação se encontre pendente de
decisão definitiva na esfera administrativa;

d)o valor objeto de pedido de restituição ou de ressarcimento já indeferido


pela autoridade competente da Receita Federal, ainda que o pedido se
encontre pendente de decisão definitiva na esfera administrativa.

VIII - COMPENSAÇÃO TRIBUTÁRIA

VIII.2. - Compensação considerada não declarada

Não será dada à Declaração de Compensação o efeito de extinção


condicionada do crédito tributário, ou qualquer outro efeito legal,
quando nela incluídos débitos ou créditos listados no item acima.

Além disso, também será considerada não declarada a compensação


nas hipóteses em que o crédito:

a) seja de terceiros;
b) refira-se a "IPI - Crédito-Prêmio à Exportação" de que trata o , de 5
de março de 1969;
c) refira-se a título público;
d) seja decorrente de decisão judicial não transitada em julgado; ou
e) não se refira a tributos e contribuições administrados pela Secretaria
da Receita Federal - SRF.

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VIII - COMPENSAÇÃO TRIBUTÁRIA

VIII.3. - Compensação fraudulenta ou considerada não


declarada - Multa Isolada (Lei nº 11.051/2004 – Art. 25)

A não-homologação de compensação declarada pelo sujeito passivo


nas hipóteses em que ficar caracterizada a prática de sonegação,
fraude e conluio, bem assim quando a compensação for considerada
não declarada, será punida com multas de 75% e 150%.

VIII - COMPENSAÇÃO TRIBUTÁRIA

VIII.4. - Créditos decorrentes de pagamento a maior ou


indevido no PAES - Compensação de ofício (Lei nº 11.051/2004 –
art. 16)

O crédito apurado no âmbito do Parcelamento Especial - Paes,


decorrente de pagamento indevido ou a maior, no caso de liquidação
deste parcelamento, será restituído a pedido do sujeito passivo.

Na hipótese de existência de outros débitos, o valor da restituição,


após o prévio reconhecimento do direito creditório a pedido do sujeito
passivo, deverá ser utilizado para quitá-los, mediante compensação em
procedimento de ofício.

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IX. PARCELAMENTO DE DÉBITOS (Receita
Federal e FGTS)

IX. PARCELAMENTO DE DÉBITOS


IX.1. - Receita Federal

IX.1.1. - Vedação ao parcelamento (Lei nº 11.051/2004)

Fica vedada a concessão de parcelamento de débitos, não só


em relação ao imposto de renda retido, mas de quaisquer
tributos e contribuições retidos na fonte ou descontados de
terceiros e não recolhidos ao Tesouro Nacional (inclusive PIS,
COFINS e CSLL)

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IX. PARCELAMENTO DE DÉBITOS
IX.1. - Receita Federal

IX.1.2. - Exclusão do parcelamento especial - PAES (Lei


n.º 11.033 – art. 12)

A ciência do contribuinte de sua exclusão do PAES poderá


ser feito por publicação no Diário Oficial da União.

IX. PARCELAMENTO DE DÉBITOS


IX.2. – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço -
FGTS

O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS,


editou duas Resoluções que tratam das normas para o parcelamento de
débito de contribuições devidas ao FGTS.

A Resolução nº 466, publicada no DOU de 20/12/04, autoriza o


parcelamento de débitos de contribuições ao FGTS ainda não inscritos em
Dívida Ativa, em tantas parcelas quantas sejam as competências em
atraso, até o limite de 160 meses.

Caso seja comprovada pelo empregador a sua falta de capacidade


econômica, o parcelamento poderá ser deferido em até 180 meses,
independentemente do número de parcelas em atraso.

Já a Resolução nº 467, publicada no DOU de 20/12/04, dispõe que o


parcelamento de débito de contribuições inscrito em Dívida Ativa, ajuizado
ou não, pode chegar a 120 vezes, se comprovada a incapacidade
econômica do empregador, ou a 72 vezes nos demais casos.

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