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ERGONOMIA

APLICADA

Dulce América de Souza


Noções de desenho
universal
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

 Definir a importância do desenho universal.


 Aplicar as normas de desenho universal.
 Utilizar o desenho como forma de representação universal.

Introdução
O desafio dos arquitetos em “projetar para todos” impulsionou estudos,
pesquisas e propostas de soluções inclusivas nas últimas décadas do
século XX. O termo desenho universal surgiu nos Estados Unidos, a partir
de um importante centro de estudos na Carolina do Norte, o Center of
Universal Design (Centro de Desenho Universal [CUD]), que instituiu os
sete princípios do desenho industrial. Esses princípios, somados às normas
técnicas voltadas para a acessibilidade, consistem em uma ferramenta
imprescindível para o projeto arquitetônico universal (ou inclusivo).
Neste capítulo, você vai estudar as deficiências que acarretam restri-
ções espaciais a muitos indivíduos e as soluções propostas para projetar
incluindo todos os usuários.

Projetar para todos


Com o final da Segunda Guerra Mundial — principalmente após os anos 1960 —,
ampliou-se a conscientização mundial sobre os direitos de cidadania e par-
ticipação irrestrita das pessoas com algum tipo de deficiência ou limitação
em todos os aspectos da vida social. Segundo Feitosa e Righi (2016, p. 20):
2 Noções de desenho universal

[...] a maneira de desenvolver projetos arquitetônicos, urbanos e de produtos,


com desenho universal, teve sua origem nos Estados Unidos, como consequ-
ência das mudanças legais, econômicas, demográficas e sociais, envolvendo
as pessoas com deficiência e idosos.

O arquiteto norte-americano Ron Mace (1941–1998) foi o primeiro a utilizar


a terminologia universal design, em 1985, dando início a uma mudança de
paradigmas nos projetos de arquitetura e design. Muitas terminologias são
empregadas no sentido do universal design: design for all, design inclusivo,
design acessível, design para a diversidade, desenho para todos e desenho
universal. Essas nomenclaturas buscam significar a ideia de projeto para
o maior número de pessoas, como confirma Cambiaghi (2011, p. 71): “A
implicação de que o Desenho Universal deve atender a qualquer pessoa é,
portanto, um pressuposto da expressão”.

A área de atuação e pesquisa que surgiu oficialmente a partir dos anos 1980 objetiva
criar espaços, ambientes e produtos que oportunizem a inclusão de pessoas com
deficiência. Atualmente, a denominação mais difundida e aceita no Brasil é conhecida
como desenho universal, conforme leciona Dischinger (2012).

Quando falamos em desenho universal, estamos falando de inclusão


total; portanto, ele não é uma tecnologia direcionada apenas aos que dele
necessitam — é destinado a todas as pessoas. O caráter fundamental do de-
senho universal é evitar a necessidade de projetos para ambientes e produtos
especiais para pessoas com deficiência, possibilitando assegurar que todos
possam utilizar a totalidade dos componentes do ambiente e dos produtos,
conforme aponta Steinfeld (1994). Seguindo os pressupostos do desenho
universal, devemos considerar, desde as primeiras etapas de um projeto, a
diversidade das necessidades humanas e, nesse sentido, eliminar a tendência
de realizar projetos especiais ou adaptações para indivíduos que possuem
necessidades não usuais. A compreensão da diversidade humana é essencial
para um arquiteto e urbanista. Não se trata de uma tendência projetual, mas
de uma atitude responsável que perpassa os métodos de projetar e culmina
nos próprios resultados pós-ocupação do espaço projetado.
Para criar ambientes acessíveis a todas as pessoas, é necessário conhecer as di-
ferentes deficiências — que não se resumem à deficiência física de locomoção —,
Noções de desenho universal 3

de forma a interligar os variados tipos de problemas que podem ocorrer no uso


de espaços e equipamentos. O Quadro 1 classifica as principais deficiências
humanas que resultam em restrições (físicas, informativas e sociais) que
inviabilizam a inclusão nos espaços e sugere orientações projetuais, segundo
os estudos de Dischinger (2012).

Quadro 1. Classificação das deficiências humanas

Grupo Restrições Orientações

Físico-motoras São aquelas que alte-  Prever espaço suficiente para


ram a capacidade de aproximação e uso de espaços
motricidade geral do e equipamentos assistivos.
indivíduo, acarretando  Eliminar desníveis verticais
dificuldade ou impos- ao longo de percursos ou
sibilidade de realizar ambientes.
quaisquer movimentos.  Prover suportes para apoio
(corrimãos).
 Criar superfícies uniformes
com inclinação leve ou inexis-
tente, com pisos de boa ade-
rência, antiderrapantes, e que
não provoquem trepidação.
 Observar dimensões mí-
nimas adequadas para o
deslocamento.

Sensoriais São aquelas em que  Prever espaço e condições para


há perdas significativas a utilização de equipamentos
nas capacidades dos assistivos (bengalas) e cão-guia
sistemas de percepção  Adoção de fontes informativas
do indivíduo, gerando adequadas: sinalização, comu-
dificuldades em perce- nicação visual.
ber diferentes tipos de  Implantar sinais sonoros nas
informações ambientais sinaleiras e em cruzamentos
(sistemas de orientação, urbanos.
háptico, visual, auditivo  Disponibilizar tecnologias
e paladar–olfato). assistivas, as quais incluem
equipamentos, produtos e
serviços utilizados para man-
ter ou melhorar as capacida-
des funcionais de indivíduos
com deficiências.

(Continua)
4 Noções de desenho universal

(Continuação)

Quadro 1. Classificação das deficiências humanas

Grupo Restrições Orientações

Cognitivas Referem-se a dificul-  Incluir no desenho os aspec-


dades encontradas no tos referentes à segurança e à
tratamento das infor- compreensão espacial.
mações existentes no  Evitar ambientes muito com-
meio ambiente (carta- plexos e com poluição visual.
zes, sinais, letreiros), ou  Propiciar apelo visual e
no desenvolvimento contraste de cores, evitando
de relações interpes- monotonia e repetição.
soais para realização  Fornecer mensagens ou
de atividades que informações claras disponi-
requerem compre- bilizadas por meio de supor-
ensão, aprendizado e tes distintos (escrita, visual,
tomada de decisão. auditiva).
Essas restrições afetam  Prover iluminação adequada,
principalmente pessoas evitando pisca-pisca de luzes
iletradas ou com defici- de 10-50 Hz (causa descon-
ência cognitiva. forto visual e pode desenca-
dear convulsões).

Múltiplas Ocorrem quando o  Os critérios para os projetos


indivíduo apresenta a de ambientes para indivíduos
associação de mais de com deficiências múltiplas
um tipo de deficiência. devem atender aos requisitos
Por exemplo, uma pes- necessários para a solução dos
soa com lesão cerebral problemas de cada uma delas
congênita pode possuir de forma integrada, procu-
uma deficiência cog- rando evitar conflitos.
nitiva associada a uma  Desenvolvimento de lingua-
deficiência sensorial gens e tecnologias assistivas
(baixa-visão) e físico- específicas e integradas.
-motora (dificuldade
de coordenação de
movimentos).

Fonte: Adaptado de Dischinger (2012).


Noções de desenho universal 5

Após a breve apresentação das principais deficiências humanas e as de-


correntes restrições espaciais (Quadro 1), evidencia-se a inter-relação entre
o desenho universal, as características ambientais e as deficiências. Assim,
segundo Dischinger (2012, p. 22):

A presença de uma deficiência implica na existência de determinados níveis


de limitação para a realização de atividades. No entanto o grau de dificuldade
existente em cada situação pode ser minimizado por soluções de desenho
universal ou pela presença de equipamentos de tecnologia assistiva que au-
mentam as capacidades dos indivíduos. Da mesma forma, as características
ambientais podem agravar estas limitações. Assim, elementos físicos que
representam apenas desconforto — tais como poucos degraus ou passeio
em aclive revestido com pedras irregulares — para pessoas em plenas con-
dições físicas, podem constituir barreiras graves para pessoas idosas com
mobilidade reduzida e/ou baixa visão, e ser mesmo intransponíveis para
uma pessoa em cadeira de rodas.

A acessibilidade espacial nos estudos de desenho universal supera a ideia de


poder alcançar um lugar desejado; é também necessário que o usuário compre-
enda a sua função, a sua organização e as suas relações espaciais, para que ele
seja apto a participar das atividades que ali ocorrem. Todos os usuários devem
realizar essas ações com conforto e segurança; para tanto, os ambientes devem
possuir requisitos básicos que atendam às necessidades de naturezas diversas.

Além das deficiências mencionadas, Cambiaghi (2011) alerta para o usuário com restrição
ou limitação temporária, denominado como “ambulante” pela autora. Ocasionalmente,
qualquer um pode ser ambulante: gestantes, obesos, crianças, idosos, usuários de
prótese e órtese, pessoas carregando volumes ou carrinhos de bebê.

Os princípios do desenho universal objetivam atender às demandas plurais


da diversidade humana; assim, os seus princípios e o seu amparo legal devem
ser conhecidos.
6 Noções de desenho universal

Normas, terminologias e princípios


do desenho universal
Normatizações e documentos regulamentam a inclusão dos deficientes vi-
sando à melhoria da qualidade de vida desses cidadãos, tanto em relação
aos espaços físicos, com a aplicação dos pressupostos de acessibilidade e
do desenho universal, quanto ao que tange aos meios sociais e cotidianos,
com a elaboração de programas de inclusão e a implementação de tecnologia
assistiva e mobilidade nas cidades. Tais normativas se efetivaram nos anos
1980 na Europa, nos Estados Unidos e no Brasil.
A Organização das Nações Unidas (ONU) declarou o ano de 1981 como
o Ano Internacional das Pessoas com Deficiência (AIPD); o tema ganhou
relevância e assumiu escala mundial. A consciência de instituições públicas e
privadas em diversos países instigou o interesse da sociedade civil em prover
a participação urbana desses cidadãos, até então limitados à convivência em
ambientes domésticos. Em 1982, a Assembleia Geral das Nações Unidas
aprovou o Programa de Ação Mundial (PAM) para as Pessoas com Deficiência,
conforme apontam Carletto e Cambiaghi (2008).
No Brasil, a partir do AIPD, em 1981, algumas leis foram promulgadas,
com o intuito de garantir o acesso e a utilização dos espaços construídos.
Somente em dezembro de 2004 ocorreu a publicação do Decreto Federal
nº. 5.296, que deu força de lei ao desenho universal. O Decreto define, no
art. 8º, inciso IX, o desenho universal como

[...] a concepção de espaços, artefatos e produtos que visam atender simultanea-


mente todas as pessoas, com diferentes características antropométricas e senso-
riais, de forma autônoma, segura e confortável, constituindo-se nos elementos
ou soluções que compõem a acessibilidade (BRASIL, 2004, documento on-line).

Quanto à implementação dessa definição, o art. 10 determina que:

A concepção e a implantação dos projetos arquitetônicos e urbanísticos devem


atender aos princípios do desenho universal, tendo como referências básicas
as normas técnicas de acessibilidade da ABNT, a legislação específica e as
regras contidas neste Decreto (BRASIL, 2004, documento on-line).

A partir de então, a determinação deve ser cumprida a fim de garantir a


todos os cidadãos o direito de ir e vir com qualidade espacial e segurança,
independentemente das suas características físicas e sensoriais.
Noções de desenho universal 7

Nas últimas décadas, no âmbito federal, órgãos como o Ministério das


Cidades — especialmente com o “Programa Brasil Acessível: Programa
Brasileiro de Acessibilidade Urbana”, lançado no dia 2 de junho de 2004
— e o Ministério da Justiça têm tratado com deferência as questões de
inclusão dos deficientes. Além das legislações, são publicados e divul-
gados manuais informativos com os direitos dos cidadãos em relação à
acessibilidade, à mobilidade e aos deveres dos organismos governamentais
e da sociedade civil.
Com relação às normas técnicas publicadas pela Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT), que abordam as diretrizes adotadas para o
desenho universal, Dischinger (2012) destaca como principais referências a
NBR 9050 - Norma Brasileira de acessibilidade a edificações, mobiliário,
espaços e equipamentos urbanos e a NBR9077 - Norma Brasileira de saídas
de emergência em edifícios.

Os aspectos legais dos vários âmbitos (decretos estaduais e leis municipais)


devem ser utilizados concomitantemente, pois, conforme Dischinger (2012, p. 36):

Tais leis não se apresentam como um todo harmonioso, pois a competência


legislativa é concorrente, comum, em relação à “proteção e integração so-
cial das pessoas portadoras de deficiência”, nos termos do art. 24, XIV, da
Constituição Federal. Nesse sentido, a União, os Estados, o Distrito Federal
e Municípios podem legislar a respeito dessa questão.

Em 2016 entrou em vigor a Lei nº. 13.146, de 6 de julho de 2015, a Lei Brasileira
de Inclusão da Pessoa com Deficiência — Estatuto da Pessoa com Deficiência —,
que visa garantir direitos à acessibilidade, à educação, à saúde e à participação
social e política, além de aplicar punições a condutas discriminatórias. No seu
art. 3º, inciso II, o desenho universal é concebido como “Concepção de produtos,
ambientes, programas e serviços a serem usados por todas as pessoas, sem
necessidade de adaptação ou de projeto específico, incluindo os recursos de
tecnologia assistiva” (BRASIL, 2015, documento on-line).
8 Noções de desenho universal

Desenho universal e acessibilidade


Os vários termos referentes ao cuidado com as pessoas na utilização de produtos
e ambientes geram algumas reduções ou sobreposição de interpretações. De
fato, os termos acessibilidade e desenho universal — e suas atribuições de
projeto — possuem semelhanças e divergências. A maior dificuldade entre
os arquitetos é o entendimento de que um projeto com desenho universal
não é aquele que apenas se utiliza das regras contidas nas Normas Técnicas
de Acessibilidade da ABNT, conforme aponta o Conselho de Arquitetura e
Urbanismo de São Paulo (SÃO PAULO, 2016).

O desenho universal é um tema bastante recente no Brasil e ainda muito pouco


aplicado, tanto no meio acadêmico quanto nas práticas profissionais relacio-
nadas a projetos e à construção civil. Por desconhecimento, frequentemente é
confundido com acessibilidade para pessoas com deficiência, o que resulta no
cumprimento automático das normas vigentes, sem considerar uma reflexão
sobre sua importância e benefícios para os usuários (SÃO PAULO, 2010, p. 28)

Acessibilidade significa prover um ambiente com condições mínimas para


a obtenção de informação/orientação sobre o espaço, permitindo a interação
entre usuários, o deslocamento, o uso e a utilização de equipamentos e mobili-
ário com segurança e conforto, conforme apontam a Associação Brasileira
de Normas Técnicas (2020) e Dischinger (2012). Um desenho acessível é
aquele que está de acordo com as normas de acessibilidade expressas na
ABNT NBR 9050: vigente, considerada um avanço na inclusão social
porque apresenta os parâmetros técnicos de projeto que garantem o mínimo
de condições de acesso às pessoas com deficiência. Contudo, a garantia das
condições mínimas não significa a promoção de espaços integralmente
inclusivos, sem segregação e com conforto e segurança a todos.
Embora haja similaridade nos termos desenho acessível e desenho universal —
uma vez que ambos objetivam fundamentalmente proporcionar espaços e
produtos com ênfase no ser humano — no que diz respeito à concepção de
projetos urbanos e arquitetônicos, o desenho universal possui características
mais abrangentes, conforme defendem diversos autores, como Cambiaghi
(2011), Dischinger (2012) e Dorneles (2014). Dorneles (2014, p. 26) estabelece
a distinção e a situa no âmbito da concepção do projeto arquitetônico:

Um desenho acessível é destinado a indivíduos específicos ou grupos de indi-


víduos com limitações e, normalmente, é desenvolvido ao final do processo
projetual. [...] Portanto, um projeto acessível pode ser um projeto adaptado a
Noções de desenho universal 9

determinadas necessidades espaciais de usuários específicos, ou seja, é um


projeto especial, como uma adaptação de uma rampa metálica em uma residên-
cia. Já o desenho universal está baseado em princípios de igualdade para todos
os indivíduos, sem discriminação e, se possível, deve passar despercebido.
Um projeto universal é concebido desde o início do processo projetual, a
partir das necessidades espaciais dos diferentes usuários.

A filosofia que pauta o desenho universal é sempre a da acessibilidade, pois o


termo está contido nos seus princípios e diretrizes; no entanto, nem todo desenho
acessível pode ser considerado um projeto universal. A Figura 1 exemplifica as
terminologias quanto à concepção projetual.

Figura 1. Projeto acessível e projeto universal.


Fonte: Adaptado de Dorneles (2014).
10 Noções de desenho universal

Analisando a Figura 1, verificamos que a primeira imagem representa um


projeto acessível, que garante acessibilidade à residência pelo cadeirante.
Observamos também que o acesso ocorre pelos fundos da edificação. Do
ponto de vista do desenho universal, o uso não é equitativo; a segunda
imagem possibilita o acesso em condições de igualdade — a partir do
acesso frontal da edificação — para qualquer usuário, conforme aponta
Dornelles (2014).
A Figura 2 traz outro exemplo de adoção do desenho universal à acessibi-
lidade dos edifícios públicos. A ABNT NBR 9050:2020 determina a largura
mínima de 1,50 m para corredores de uso público, presença de faixa de piso
alerta indicando a presença do elevador e sinalização visual, sonora e tátil
próxima ao elevador. A solução sugerida para adequação ao desenho
universal inclui quadro com informações visual e tátil na parede em frente
ao elevador, piso parada para indicar a presença do mapa tátil e presença de
contraste de cor entre piso e paredes.

Figura 2. Acesso a elevador e quadro informativo.


Fonte: Adaptada de Dischinger (2014).
Noções de desenho universal 11

Espaços concebidos desde as fases iniciais do projeto com ênfase no de-


senho universal garantem inclusão total, sem nenhum tipo de segregação.
Para tanto, é necessário que os profissionais da área de projeto conheçam os
princípios do desenho universal, para projetar atendendo às necessidades
especiais de todas as pessoas.

Projeto pautado no desenho universal


O real desafio para criar espaços, equipamentos e objetos inclusivos é
adotar uma metodologia de projeto que concilie necessidades diversas e
complexas. Bons exemplos de desenho universal beneficiam todas as pes-
soas. Alguns critérios gerais devem ser adotados durante a elaboração do
projeto arquitetônico, para a obtenção de soluções adaptadas à capacidade
e às necessidades dos usuários, segundo Cambiaghi (2011): facilitar para
todos, sempre, o uso do ambiente ou dos produtos a serem planejados
e escolher uma amostra representativa dos usuários em potencial para
realizar o briefi ng.
Segundo Alves e Rossi (2012, documento on-line), quando nos referimos
à amostra representativa, devemos adaptar nosso método de projetar con-
siderando que o usuário pode ser:

[...] Homem, mulher, criança, ter qualquer idade, altura ou peso; ter visão
reduzida ou ser cego; capacidade de audição e fala alterada; capacidade de
compreensão, memória ou linguagem limitada, ter reflexos lentos, dificuldades
para sentar-se e levantar, não ter mãos ou apenas uma delas, usar próteses,
órteses ou ajudas técnicas; dificuldade para andar, usar muletas, bengalas,
andadores, cadeira de rodas, entre outros.

Projetar espaços que proponham soluções para todas as particularidades


mencionadas não é uma tarefa fácil. O arquiteto norte-americano Ron Mace —
ele próprio usuário de cadeira de rodas e de respirador artificial — cunhou
o termo universal design em 1987 e reuniu, nos anos 1990, um grupo de
peritos e pesquisadores no CUD, na Carolina do Norte, que organizou os
direcionamentos para projetar de forma inclusiva, criando os sete princípios
do desenho universal em 1997 (Quadro 2).
12 Noções de desenho universal

Quadro 2. Princípios do desenho universal

Princípio 1
Uso equitativo
(igualitário)

Portas com sensores que se abrem sem


exigir força física ou o alcance das mãos
de usuários de alturas variadas

Princípio 2
Uso flexível
(adaptável)

Computadores com teclado e mouse


com programa do tipo Dosvox; tesoura
que se adapta a destros e canhotos

Princípio 3
Uso simples e intuitivo
(óbvio)

De fácil entendimento; sanitários mascu-


lino, feminino e para deficientes

Princípio 4
Informação de fácil percepção
(conhecido)

Diferentes maneiras de comunicação,


como símbolos, letras em relevo, braile
e sinalização auditiva

Princípio 5
Tolerante ao erro
(seguro)

Elevadores com sensores em diversas


alturas que permitam às pessoas entra-
rem sem o risco de a porta ser fechada
no meio do procedimento; escadas e
rampas com corrimão

(Continua)
Noções de desenho universal 13

(Continuação)

Quadro 1. Princípios do desenho universal

Princípio 6
Baixo esforço físico
(sem esforço)

Torneiras de sensor ou do tipo alavanca,


que minimizam o esforço e a torção das
mãos para acioná-las; maçanetas tipo
alavanca, podendo ser acionadas até
com o cotovelo

Princípio 7
Dimensão e espaço para
aproximação e uso
(abrangente)

Banheiros com dimensões adequadas


para pessoas em cadeira de rodas ou
que estão com bebês nos seus carri-
nhos; poltronas para obesos em cine-
mas e teatros

Fonte: Adaptado de Carletto e Cambiaghi (2008).

Os princípios são universalizados, podendo ser aplicados em qualquer


projeto, seja de ambientes ou produtos. Seu objetivo é guiar o processo de
projeto e permitir uma avaliação sistemática quanto às características de
usabilidade propostas. Para adotarmos os sete princípios em nossos projetos,
orientações técnicas sobre cada um deles são importantes.

Princípio um — uso equitativo


O uso equitativo prevê espaços ou equipamentos com as mesmas condições
de utilização a todos os usuários, ou seja, equivalentes sempre que possível.
Devem incluir pessoas com habilidades diversas, impedindo a segregação e
a estigmatização. Também devem oferecer privacidade, segurança e proteção
para todos os usuários e oportunizar produtos atraentes para todos as pessoas,
conforme apontam Cambiaghi (2011) e Dorneles (2014).
14 Noções de desenho universal

Um exemplo do uso equitativo é o adotado no anfiteatro aberto do Bradford


Woods Outdoor Center, da Universidade de Indiana. Os bancos possuem
assentos retráteis, permitindo que uma pessoa em cadeira de rodas possa
permanecer em qualquer posição do anfiteatro, e não apenas na parte inferior
ou superior, como é comum (Figura 3).

Figura 3. Uso equitativo — bancos retráteis no anfiteatro.


Fonte: Adaptado de Bradford... ([2018]).

Acessos em edificações coletivas devem atentar para o uso equitativo,


conforme ilustra a Figura 4. Todos os usuários devem poder acessar as edifi-
cações com equiparação nas possibilidades de uso. O acesso deve ser seguro
e possuir rampas normatizadas pela ABNT NBR 9050:2020, com corrimãos
e guarda-corpo adequados.

Figura 4. Uso equitativo — acesso a edificações de uso coletivo.


Fonte: Adaptada de São Paulo (2010).
Noções de desenho universal 15

Princípio dois — flexibilidade no uso


A flexibilidade no uso deve acomodar um vasto leque de preferências e capa-
cidades individuais, permitindo que o usuário escolha a forma de utilização
do espaço ou produto. Um exemplo de flexibilidade no uso em um projeto de
paisagem urbana é a Praça Schandorff, do escritório Østengen & Bergo AS, em
Oslo, na Noruega (Figura 5). A praça possui desníveis vencidos por escadas e
rampas, oferecendo opções para a escolha de cada usuário, conforme apontam
Cambiaghi (2011), Dorneles (2014) e Feitosa e Righi (2016).

Figura 5. Flexibilidade no uso — opções de circulação.


Fonte: Adaptada de Praça… (2011).
16 Noções de desenho universal

Os projetos arquitetônicos também devem priorizar configurações ou siste-


mas construtivos que permitam atender às diferentes habilidades e preferências,
admitindo adequações e transformações, como exemplifica a Figura 6. Nesse
caso, a concepção do projeto deve prever a possibilidade de deslocamento de
paredes ou divisórias para ampliar ambientes.

Figura 6. Flexibilidade no uso — possibilidade de ampliação.


Fonte: Adaptada de São Paulo (2010).

Princípio três — uso simples e intuitivo


O uso simples e intuitivo propõe uma utilização facilmente compreendida,
independentemente da experiência, do conhecimento, das capacidades de
linguagem ou do nível de concentração do usuário. Um exemplo de adoção
do princípio simples e intuitivo ocorre no Sensory Garden (Figura 7), em
Osaka, no Japão. Os pilares posicionados em todos os acessos principais do
parque indicam os caminhos a seguir, oportunizando orientação às pessoas
de baixa visão e aos usuários com problemas cognitivos, conforme apontam
Cambiaghi (2011), Dorneles (2014) e Feitosa e Righi (2016).
Noções de desenho universal 17

Figura 7. Uso simples e intuitivo — marcação de acessos.


Fonte: Adaptada de Projects… ([2018]).

Nos projetos arquitetônicos, para um uso simples e intuitivo, orienta-se


eliminar complexidades desnecessárias e ser coerente com as expectativas
e a intuição dos usuários. A Figura 8 apresenta dois leiautes com percursos
distintos: à esquerda observamos uma circulação confusa, que pode compro-
meter o deslocamento de um usuário com baixa visão, por exemplo; à direita,
um percurso simples e intuitivo.

Figura 8. Uso simples e intuitivo — circulações.


Fonte: Adaptada de São Paulo (2010).
18 Noções de desenho universal

Princípio quatro — informação de fácil percepção


No caso da informação de fácil percepção, o projeto comunica com eficiência
ao usuário as informações necessárias, independentemente das condições
ambientais ou de suas capacidades sensoriais e suas habilidades. Sugere-se
utilizar diferentes meios (pictográfico, verbal, tátil) para apresentar a informa-
ção essencial, potencializando sua legibilidade para a compreensão de pessoas
que não conhecem o local, usuários que não falam a língua local, crianças
e demais indivíduos com alguma restrição cognitiva, conforme apontam
Dorneles (2014) e Feitosa e Righi (2016).
A Figura 9 expressa espacialmente o enunciado da informação de fácil
percepção: à esquerda, o corrimão oferece informações em braile indicando
o percurso a seguir; à direita, um mapa com informações também em braile,
em relevo e sonoras.

Figura 9. Informação de fácil percepção — informações táteis.


Fonte: Adaptada de Projects… ([2018]).

Nas propostas para arquitetura de interiores, deve-se disponibilizar


formas e objetos de comunicação com bom contraste, maximizando com
Noções de desenho universal 19

clareza as informações essenciais, e, de maneira geral, tornar fácil o uso do


espaço ou equipamento. A Figura 10 apresenta símbolos internacionalmente
conhecidos nas portas de acesso aos ambientes masculino e feminino e,
para deficientes com informações visuais, traz as informações em braile
e relevo.

Figura 10. Informação de fácil percepção — clareza nas informações.


Fonte: Adaptada de São Paulo (2010).

Princípio cinco — tolerância ao erro


O princípio da tolerância ao erro tem como objetivo tornar mínimos os riscos
e as implicações adversas de ações involuntárias ou acidentais. Assim, os
elementos mais utilizados devem ser mais acessíveis, e aqueles considerados
perigosos devem ser eliminados, isolados ou protegidos. Esses cuidados
desencorajam as ações inconscientes em tarefas que requerem vigilância,
conforme apontam Cambiaghi (2011), Dorneles (2014) e Feitosa e Righi
(2016). A Figura 11 mostra as guias de alumínio que foram colocadas pelo
Rinku Park, em Osaka, no Japão, indicando os caminhos mais seguros, sem
obstáculos ou inclinações demasiadamente acentuadas.
20 Noções de desenho universal

Figura 11. Tolerância ao erro — guias de condução.


Fonte: Adaptada de Tolerância… ([2018]).

Na concepção dos ambientes, devemos considerar a segurança na es-


colha dos materiais de acabamento e demais produtos — corrimãos e
equipamentos eletromecânicos, por exemplo — para garantir o mínimo
de riscos de acidentes. No caso das escadas, a ABNT NBR 9050:2020
Noções de desenho universal 21

estabelece que o corrimão seja prolongado 30 cm no início e no término


e determina o uso de piso tátil de alerta e faixa contrastante para evitar
acidentes (Figura 12).

Figura 12. Tolerância ao erro — escadas.


Fonte: Adaptada de São Paulo (2010).

Princípio seis — baixo esforço físico


O desenho universal deve prover, na utilização dos ambientes e equipamentos,
a utilização de forma confortável e eficiente, com mínimo ou baixo esforço
físico e fadiga. Esse princípio determina que o usuário deve utilizar forças
razoáveis para operar, sem muitas repetições e com um mínimo esforço
físico continuado. Um bom exemplo de configuração espacial com baixo
esforço físico é o jardim do projeto comunitário Alex Wilson, no Canadá
22 Noções de desenho universal

(Figura 13). O caminho principal mantém uma inclinação do começo ao


fi m, e foram escolhidos materiais estáveis para os pisos, conforme apontam
Young e Trachtman (2000, apud DORNELES, 2014).

Figura 13. Baixo esforço físico — caminhos estáveis.


Fonte: Dorneles (2014).

O esforço físico mínimo também pode ser garantido ao se dimensionar


elementos e equipamentos para que sejam acionados de maneira eficiente,
confortável e com o mínimo de fadiga. A Figura 14 apresenta a adoção de
um sistema de alavanca adequado, que permite que um cadeirante abra uma
janela com facilidade.
Noções de desenho universal 23

Figura 14. Baixo esforço físico — acio-


namento de alavanca.
Fonte: Adaptada de São Paulo (2010).

Princípio sete — dimensão e espaço para


aproximação e uso
Segundo Connell et al. (1997. apud DORNELES, 2014, p. 80-81), “[...] os
espaços e equipamentos devem ter dimensões apropriadas para o acesso, o
alcance, a manipulação e o uso, independentemente do tamanho do corpo do
usuário, da postura ou da mobilidade”. Um projeto deve garantir um campo de
visão desimpedido para elementos importantes para qualquer usuário, sentado
ou em pé. Um bom exemplo de projeto que considera dimensão e espaço para
aproximação e uso é a proposta de elevação de floreiras e espelhos de água
do Sensory Garden, em Osaka, no Japão (Figura 15).

Figura 15. Dimensão e espaço para aproxi-


mação e uso — espelho de água elevado.
Fonte: Adaptada de Project… ([2018]).
24 Noções de desenho universal

Ao projetar interiores e mobiliário, devemos acomodar as variações er-


gonômicas para oferecer condições de manuseio aos usuários cadeirantes e
com as mais variadas dificuldades. É importante ressaltar: sempre devemos
atentar para os usuários que utilizam equipamentos assistivos, como muletas
ou próteses, para que tenham acesso a todos os compartimentos com conforto
e segurança, conforme ilustra a Figura 16.

Figura 16. Dimensão e espaço para aproximação


e uso — alcance do mobiliário.
Fonte: Adaptada de São Paulo (2010).

As normas de acessibilidade, em especial a ABNT NBR 9050:2020,


soma-das aos sete princípios do desenho universal, auxiliam o projeto de
qualquer espaço de forma universal, visto que consistem em aspectos
conceituais que servem de orientação para a criação de espaços e produtos.
Para o projeto de interiores, alguns itens básicos devem ser pontuados,
segundo Gurgel (2005):
 evitar desníveis quando desnecessários e sinalizar os necessários;
 priorizar cantos arredondados no mobiliário;
 instalar barras de segurança onde for conveniente;
 sempre que possível, adotar sistema de acendimento por sensor;
 proteger tomadas baixas contra o acesso de crianças;
 prover locais de parada para repouso em locais com percurso longo
entre setores;
 sinalizar as portas de vidro.
Noções de desenho universal 25

Os princípios do desenho universal e os componentes de acessibilidade


convergem para situações ideais de integração entre o ser humano e o ambiente;
portanto, o cumprimento das normas deve ser acompanhado do entendimento
das necessidades dos usuários. O entendimento sistêmico dos atributos de in-
clusão espacial é inspirador e estimulante no processo criativo de um arquiteto.

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