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MATERIAL COMPLEMENTAR

Ergonomia, Acessibilidade
e Segurança do Trabalho

Prof. Me. Ricardo Granata


Introdução

A disciplina trata de:

 Desenho Universal;
 Antropometria;
 Ergonomia;
 Acessibilidade;
 Segurança no trabalho.
Desenho Universal

 Arquiteto Ron Mace na década de 1980.


 Ambientes configurados, em amplo sentido, para possibilitar o uso por diferentes perfis:
idosos, crianças, pessoas com deficiência ou limitações temporárias, limites de idiomas e
linguagens...
 Espaços de uso democrático e inclusivo (com condições igualitárias em sua qualidade de
uso) garantem o aproveitamento amplo por todos os grupos, perfis e corpos existentes.
 Atende às pessoas considerando suas características pessoais, idade e habilidades
individuais.
 Uso extenso dos espaços sem a necessidade de adaptações.
 Acessibilidade: ferramenta de projeto para garantir condições
de uso para diferentes grupos de pessoas.
 Desenho Universal: garante em amplo sentido que todas as
pessoas possam desfrutar os espaços com as mesmas
oportunidades de uso.
 Conceito de universalidade: abrange inclusão socioeconômica,
de raça ou gênero.
Desenho Universal

Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/992875/o-que-e-desenho-universal, acesso em 14/02/23


Desenho Universal

Os sete princípios do Desenho Universal


1) Uso equitativo ou igualitário;
2) Uso flexível;
3) Uso simples e intuitivo;
4) Informação de fácil percepção;
5) Tolerância ou sensibilidade ao erro (segurança);
6) Esforço físico mínimo;
7) Dimensionamento de espaços para acesso e uso abrangente.
Os sete princípios do Desenho Universal

1) Uso equitativo ou igualitário


 Propor espaços, objetos e produtos que possam ser utilizados por usuários
com capacidades diferentes;
 Evitar segregação ou estigmatização de qualquer usuário;
 Oferecer privacidade, segurança e proteção para todos os usuários;
 Desenvolver e fornecer produtos atraentes para todos os usuários;
 O espaço ou objeto universal deve ser igualitário, ou seja, deve
garantir o uso de pessoas com diferentes tipos de habilidades;
 Exemplo: portas de correr
que abrem automaticamente
via sensor.

Fonte: http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/Cartilhas/manual-desenho-universal.pdf, acesso em 14/02/23


Os sete princípios do Desenho Universal

2) Uso flexível
 Criar ambientes ou sistemas construtivos que permitam atender às necessidades de
usuários com diferentes habilidades e preferências diversificadas, admitindo
adequações e transformações;
 Possibilitar adaptabilidade às necessidades do usuário, de forma que as dimensões dos
ambientes das construções possam ser alteradas.
 Garantir flexibilidade de uso, acomodando
diferentes habilidades e permitindo que as
pessoas escolham a melhor forma de usar.
DORMITÓRIO 2 DORMITÓRIO 1

Fonte:
SALA DORMITÓRIO 3
http://www.mpsp.mp.br/portal/page/
portal/Cartilhas/manual-desenho-
universal.pdf, acesso em 14/02/23 BANHEIRO
Os sete princípios do Desenho Universal

3) Uso simples e intuitivo


 Permitir fácil compreensão e apreensão do espaço, independentemente da experiência do
usuário, de seu grau de conhecimento, habilidade de linguagem ou nível de concentração;
 Eliminar complexidades desnecessárias e ser coerente com as expectativas e intuição
do usuário;
 Disponibilizar as informações segundo a ordem de importância;
 Deve ser de fácil entendimento, independentemente
das experiências ou habilidades de linguagem
PERCURSO SIMPLES
de cada pessoa. PERCURSO
E INTUITIVO
CONFUSO
DORMITÓRIO 1 DORMITÓRIO 1

BANHEIRO BANHEIRO

Fonte:
http://www.mpsp.mp.br/port DORMITÓRIO 2 DORMITÓRIO 2
al/page/portal/Cartilhas/man
SALA SALA
ual-desenho-universal.pdf,
acesso em 14/02/23
Os sete princípios do Desenho Universal

4) Informação de fácil percepção


 Utilizar diferentes meios de comunicação, como símbolos, informações sonoras, táteis,
entre outras, para compreensão de usuários com dificuldade de audição, visão,
cognição ou estrangeiros;
 Disponibilizar formas e objetos de comunicação com contraste adequado;
 Maximizar com clareza as informações essenciais;
 Tornar fácil o uso do espaço ou equipamento; Informação tátil
na parede
Informação
visual

 O desenho universal Texto em


relevo

deve ser de fácil HOMEM MULHER

percepção – capaz de
comunicar, informar e Texto em
braile
instruir qualquer pessoa. Texto em
braile

Fonte:
http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/Cartilhas/ma
nual-desenho-universal.pdf, acesso em 14/02/23
Os sete princípios do Desenho Universal

5) Tolerância ou sensibilidade ao erro (segurança)


 Considerar a segurança na concepção de ambientes e a escolha dos materiais de
acabamento e demais produtos – como corrimãos, equipamentos eletromecânicos, entre
outros – a serem utilizados nas obras, visando minimizar os riscos de acidentes.
 Os projetos ou produtos devem ser tolerantes a erro, diminuindo
as consequências e protegendo as pessoas. Piso tátil

Fonte: Escadas com corrimão


http://www.mpsp.mp.br/portal duplo, prolongado 30 cm no
/page/portal/Cartilhas/manua início e término, piso tátil
de alerta e faixa contrastante
l-desenho-universal.pdf, evitam acidentes. Piso tátil
acesso em 14/02/23
Os sete princípios do Desenho Universal

6) Esforço físico mínimo


 Dimensionar elementos e equipamentos para que sejam utilizados de maneira eficiente,
segura, confortável e com o mínimo de fadiga.
 Minimizar ações repetitivas e esforços físicos que não podem ser evitados.
 Deve prover baixo esforço físico.

Sistema de alavanca
adequado permite que um
cadeirante abra uma janela
com facilidade.

Fonte: http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/Cartilhas/manual-desenho-universal.pdf; NBR, 2020.


https://www.archdaily.com.br/br/992875/o-que-e-desenho-universal, acesso em 14/02/23
Os sete princípios do Desenho Universal

7) Dimensionamento de espaços para acesso e uso abrangente


 Permitir acesso e uso confortáveis para os usuários, tanto sentados quanto em pé;
 Possibilitar o alcance visual dos ambientes e produtos a todos os usuários,
sentados ou em pé;
 Acomodar variações ergonômicas, oferecendo condições de manuseio e contato para
usuários com as mais variadas dificuldades de manipulação, toque e pegada;
 Possibilitar a utilização dos espaços por usuários com órteses, como cadeira de rodas,
muletas, entre outras, de acordo com suas necessidades para atividades cotidianas;
 Abrangência de acesso e de uso e manipulação dos espaços
e objetos, sempre considerando os diferentes corpos
existentes – espaços apropriados para o acesso, o alcance,
a manipulação e o uso, independentemente do tamanho do
corpo (obesos, anões etc.), da postura ou mobilidade do
usuário (pessoas em cadeira de rodas, com carrinhos de bebê,
bengalas etc.). (SÃO PAULO, 2010).
Os sete princípios do Desenho Universal

 Dimensionamento de espaços para


acesso e uso abrangente.

Mobiliário adequado
permite que um cadeirante
tenha acesso a todos os
compartimentos com conforto
e segurança.

0,80 mín.

0,85 max.
Módulo de

0,73 mín
referência

1,50 mín.

Fonte: http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/Cartilhas/manual-desenho-universal.pdf; NBR, 2020.


https://www.archdaily.com.br/br/992875/o-que-e-desenho-universal, acesso em 14/02/23
Antropometria

 Antropometria
 A antropometria trata das medidas físicas do corpo humano.
 Variações de medidas:
a) Definir a natureza das dimensões antropométricas exigidas em cada situação;
b) Realizar medições para gerar dados confiáveis;
c) Aplicar adequadamente esses dados.
 Diferenças entre os sexos.
 Variações intra-individuais.

Fonte: IDA, 2005.


Antropometria

As proporções vão se modificando


com a idade
Estatura/
Idade Tronco/braço
cabeça
Recém-
3,8 1,00
nascido
2 anos 4,8 1,14
7 anos 6,0 1,25
Recém-nascido Dois anos Sete anos Adultos
Adulto 7,5 1,50

Estatura (%)
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
10 20 30 40 50 60 70 80
Idade (Anos) Fonte: IDA, 2005.
Antropometria

 Antropometria
 Variações étnicas: Medidas
em cm
 Influência da etnia nas proporções corporais;
 Influência do clima nas proporções corporais; Comprimento
máximo
Perímetro
máximo
Perímetro do
peito do pé
Perímetro
intermediário
Perímetro da
articulação

 Pesquisas de Sheldon: Europeus


Brasileiros
28,6
25,8
22
24
26 24
25
23
26
27
 Ectomorfo – formas alongadas;

Estatura (cm)
180
160
 Mesomorfo – tipo físico musculoso; 140

 Endomorfo – formas arredondadas. 120


100
80
60
40
20
0 Branco Negro
Japonês Brasileiro
americano americano
Nº da amostra 25.000 6.684 233 249
Idade média 23 23 25 26
Estatura (média) 174 173 161 167
Peso (kg) 70 69 55 63

Fonte: IDA, 2005.


Antropometria

 Antropometria
 Variações extremas.
 Variações seculares.
 Padrões internacionais de
medidas antropométricas.
Ectomorfo Mesomorfo Endomorfo

Variações corporais Tipos físicos Gravidez

38,9
78,2

Antes da
gravidez
62,7 15,5
14,0
Grávida
16,5
43,4
29,7
188,0
149,1

Homens (97,5%)

Mulheres (2,5%)
Endomorfo
Ectomorfo

Fonte: IDA, 2005.


Antropometria

 Realização das medições.


 Definição de objetivos: Onde ou para quê?
(f) Ângulo de visão
Exemplo:
a) altura lombar (encosto da cadeira);
b) altura poplítea (altura do assento);

(e) Altura dos olhos


c) altura do cotovelo (altura da mesa);
d) altura da coxa (espaço entre o
assento e a mesa);

(c) Altura da controle


(a) Altura lombar

(d) Altura da coxa


e) altura dos olhos (posicionamento do monitor);
f) ângulo de visão.

(b) Altura poplítea


Fonte: IDA, 2005.
Antropometria

Antropometrias estáticas, dinâmica e funcional


 Estática: as medidas se referem ao corpo parado ou com poucos movimentos e as medições
realizam-se entre pontos anatômicos claramente identificados. Ela deve ser aplicada ao
projeto de objetos sem partes móveis ou com pouca mobilidade, como no caso do mobiliário
em geral. A maior parte das tabelas existentes é de antropometria estática. O seu uso é
recomendado apenas para projetos em que o homem executa poucos movimentos.

 Dinâmica: mede os alcances dos movimentos. Os movimentos


de cada parte do corpo são medidos mantendo-se o resto do
corpo estático. Exemplo: alcance máximo das mãos com a
pessoa sentada. Deve-se aplicar a antropometria dinâmica nos
casos de trabalhos que exigem muitos movimentos corporais
ou quando se devem manipular partes que se movimentam em
máquinas ou postos de trabalho.
Antropometria

Antropometrias estáticas, dinâmica e funcional


 Funcional: relacionadas com a execução de tarefas específicas. Na prática, observa-se que
cada parte do corpo não se move isoladamente, mas há uma conjugação de diversos
movimentos para se realizar uma função. O alcance das mãos, por exemplo, não é limitado
pelo comprimento dos braços. Envolve também o movimento dos ombros, rotação do tronco,
inclinação das costas e o tipo de função que será exercido pelas mãos (as mãos podem
exercer 17 funções diferentes, como agarrar, posicionar e montar (BARNES, 1977).
 Escolha do método de medição: métodos de medição diretos ou indiretos.
 Seleção de amostras (representatividade).
 Medições (consistência).
 Planejamento do experimento (tamanho da amostra).
 Análises estatísticas (histograma, polígono de frequências).
Antropometria

 Antropometria estática. 1,8


1,7 1,9
1,10

2,12
2,13 3,3

3,5

1,6 1,1
2,1
2,2
1,2 2,3 3,2
3,4
1,4 2,4
1,3
2,11 3,1
1,5
2,8
2,6 2,9 2,5
2,10

4,1 5,2
4,3 5,3
5,1

4,2 4,7
4,4

4,6 4,5

Fonte: IDA, 2005.


Antropometria

 Antropometria estática. Medidas de antropometria


estática (cm)
Mulheres
5% 50% 95%
Homens
5% 50% 95%

 Tabelas de medidas
estrangeiras DIN 33402,
de junho de 1981.

Fonte: IDA, 2005.


Antropometria

 Antropometria estática. Medidas


(cm)
Mulheres Homens
5% 50% 95% D.P. 5% 50% 95% D.P.
 Tabelas de medidas estrangeiras
de adultos norte americanos.

Fonte: IDA, 2005.


Antropometria

 Antropometria estática. Medidas de antropometria Homens


estática (cm) 5% 50% 95%
 Medidas de antropometria
estática de trabalhadores
brasileiros, baseadas em
uma amostra de 3100
trabalhadores do
Rio de Janeiro.

Fonte: IDA, 2005.


Antropometria

 Antropometria dinâmica e funcional.


 Movimentos articulares.
 Registro dos Plano Plano
sagital Plano
Quadro graduado Quadro graduado
sagital
movimentos corporais. direito (de simetria) frontal
posterior
Plano
sagital
esquerdo

Plano
transversal
superior

Plano
transversal
inferior

Plano
Plano transversal
frontal caudal
anterior Plano frontal anterior Plano sagital direito

Fonte: IDA, 2005.


Antropometria

 Antropometria dinâmica e funcional


Flexão

Adução

Extensão
Abdução

Extensão
Rotação
lateral

Rotação Supinação
medial Pronação

Principais tipos de
movimentos de braços
Neutro
e mãos.
Neutro

Fonte: IDA, 2005.


Antropometria

 Antropometria dinâmica e funcional

Valores médios das rotações voluntárias do corpo – antropometria dinâmica. Fonte: IDA, 2005.
Antropometria

 Aplicações da antropometria
 Uso adequado de dados antropométricos:
 Uso de tabelas:
 Etnia;
 Profissão;
 Faixa etária;
 Condições especiais.
 Escolha do tipo de antropometria: estática ou dinâmica;
 Antropometria funcional (medidas associadas à
análise da tarefa).

Fonte: IDA, 2005.


Antropometria

 Aplicações da antropometria
 Critério para o uso dos dados antropométricos:
 1º Princípio: Os projetos são dimensionados para a média da população.
 2º Princípio: Os projetos são dimensionados para um dos extremos da população.
 3º Princípio: Os projetos são dimensionados para faixas da população.
 4º Princípio: Os projetos apresentam dimensões reguláveis.
 5º Princípio: Os projetos são adaptados ao indivíduo.
 Medidas mínimas e máximas.
Antropometria

 Aplicações da antropometria 210


Dimensões
antropométricas
200

 Critério para o uso dos dados antropométricos:


182 95% da
população

Altura (cm)

Estatura
150

(cm)
100

50

0
0 50 100
Batente de porta % acumulada da população

Uso de medidas mínimas e máximas.


Mínimas: c, d, i, j
Máximas: a, b, e, f, g, h

Fonte: IDA, 2005.


Antropometria

 Exemplos de parâmetros antropométricos

Fonte: NBR, 2020.


Antropometria

 Exemplos de parâmetros antropométricos (PCR e MR)

Fonte: NBR, 2020.


Interatividade

(SUSTENTE-2009) Define-se Desenho Universal como sendo:

a) Aquele que visa atender à maior gama de variações possíveis das características
antropométricas e sensoriais da população.
b) Aquele que visa atender às variações possíveis das características antropométricas e
sensoriais dos deficientes físicos.
c) Aquele que visa atender às variações possíveis das características antropométricas e
sensoriais dos deficientes físicos e mentais.
d) Aquele que visa atender às variações possíveis das características antropométricas e
sensoriais dos deficientes físicos e pessoas com mobilidade temporariamente reduzida.
e) Aquele que visa atender às variações possíveis das
características antropométricas e sensoriais dos obesos,
deficientes e crianças.
Resposta

(SUSTENTE-2009) Define-se Desenho Universal como sendo:

a) Aquele que visa atender à maior gama de variações possíveis das características
antropométricas e sensoriais da população.
b) Aquele que visa atender às variações possíveis das características antropométricas e
sensoriais dos deficientes físicos.
c) Aquele que visa atender às variações possíveis das características antropométricas e
sensoriais dos deficientes físicos e mentais.
d) Aquele que visa atender às variações possíveis das características antropométricas e
sensoriais dos deficientes físicos e pessoas com mobilidade temporariamente reduzida.
e) Aquele que visa atender às variações possíveis das
características antropométricas e sensoriais dos obesos,
deficientes e crianças.
Ergonomia

 Wojciech Jarstembowsky (1857).


 ergon (trabalho) e nomos (lei ou regra).
 Incialmente se relaciona ao conforto físico do trabalhador – aplicado nas mais diversas
atividades – regramentos e procedimentos para o bem-estar físico e mental durante a
realização da tarefa.
 IEA (Associação Internacional de Ergonomia) – a partir de 2000 – define Ergonomia como:
 “Disciplina científica relacionada ao entendimento das interações entre os seres humanos e
outros elementos ou sistemas e à aplicação de teorias, princípios, dados e métodos a
projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do sistema.”
 Ergonomia divide-se em 3 áreas: física, cognitiva e
organizacional.
Ergonomia

Ergonomia física:
 Refere-se às características de anatomia humana, fisiologia e antropometria relacionadas
à determinada atividade física. Exemplos: estudo da postura ao realizar a ação, manuseio de
materiais e utensílios e os movimentos repetitivos.

Ergonomia cognitiva:
 Processos mentais tais como percepção, memória, raciocínio e resposta motora, conforme
afetem as interações entre seres humanos e outros elementos de um sistema. Exemplo:
estudo da carga mental da atividade, tomada de decisão e interação homem-máquina.

Ergonomia organizacional:
 Está relacionada à otimização das estruturas políticas
e de processos. Exemplos: trabalho em equipe e
jornada de atividades.
Ergonomia

 É importante que um ambiente ou objeto tenha dimensões adequadas, mas são importantes
também os materiais, texturas, cores, iluminação etc.

Fonte: https://www.sg2s.com.br/blog/1101-ergonomia-principais-mudancas-da-nr17-;
https://www.archdaily.com.br/br/959434/o-que-e-ergonomia, acesso em 15/02/2023.
Ergonomia e a segurança no trabalho

NR-17
 Visa estabelecer as diretrizes e os requisitos que permitam a adaptação das condições de
trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar
conforto, segurança, saúde e desempenho eficiente no trabalho.
 As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e
descarga de materiais, ao mobiliário dos postos de trabalho, ao trabalho com máquinas,
equipamentos e ferramentas manuais, às condições de conforto no ambiente de trabalho
e à própria organização do trabalho.

Principais abordagens da NR-17:


 levantamento, transporte e descarga individual de materiais;
 mobiliário utilizado pelos empregados nos postos de trabalho;
 equipamentos utilizados nos postos de trabalho;
 condições ambientais no ambiente de trabalho;
 organização do trabalho.
Ergonomia e a segurança no trabalho

NR-17
 Levantamento, transporte e descarga individual de materiais
 “Transporte manual de cargas designa todo transporte no
qual o peso da carga é suportado inteiramente por um só
trabalhador, compreendendo o levantamento e a
deposição da carga.” (NR-17, 17.2.1.1).
 O peso das cargas nunca deve ser superior/compatível à
estrutura corporal trabalhador – suporte de
forma confortável.
 Facilidade no transporte manual: uso de meios técnicos
apropriados, com treinamento e orientação
 Mulheres e trabalhadores jovens (14 à 18 anos): peso
máximo das cargas nitidamente inferior àquele
admitido para os homens, não comprometendo a
saúde ou a segurança. (SG2S, 2022).
Ergonomia e a segurança no trabalho

NR-17
 Mobiliário dos postos de trabalho
 Ambiente deve ser planejado/adaptado ao trabalhador sentado ou em pé.
 Mesas e assentos devem proporcionar condições de boa postura,
visualização e operação.

Mesas de trabalho:
 Altura e superfícies de trabalho compatíveis à atividade, bem
como distância requerida dos olhos ao campo de trabalho e
com a altura do assento.
 Área de trabalho de fácil alcance e visualização
pelo trabalhador.
 Dimensões e mecanismos devem possibilitar posições e
movimentações adequadas dos segmentos corporais.
Ergonomia e a segurança no trabalho

NR-17
Assentos de trabalho:
 Altura deve ser ajustada à estatura do trabalhador e ao tipo de atividade exercida.
 Deve possuir baixa ou nenhuma conformação na base do assento.
 A borda frontal deve ser arredondada, bem como o encosto deve possuir forma adaptada
levemente ao corpo – região lombar.
 Comprimento da perna do trabalhador compatível à altura do assento – possível
suporte para os pés.
 Para trabalhos realizados em pé, deve haver assentos para
descanso em locais coletivos para pausas.
Ergonomia e a segurança no trabalho

NR-17
Equipamentos nos postos trabalho:
 Condições adequadas para leitura (tanto no papel quanto
no computador).
 Leitura e digitação, datilografia ou mecanografia: suporte
adequado para documentos ajustáveis evitam
movimentação frequente do pescoço e fadiga visual.
 Mobilidade suficiente do equipamento: ajuste da tela do
equipamento à iluminação do ambiente e em ângulos de
boa visibilidade ao trabalhador.
 Teclado deve ser independente e móvel para
ajuste às tarefas.
 A tela, o teclado e o suporte devem estar de forma que as
distâncias olho-tela, olho-teclado e olho-documento sejam
aproximadamente iguais.
 Equipamentos devem estar em superfícies de trabalho com
altura ajustável. Fonte: NBR, 2020.
Ergonomia e a segurança no trabalho

NR-17
Condições ambientais:
 Adequadas às características físicas e cognitivas dos trabalhadores e ao trabalho
a ser executado.
 Para ambientes em que ocorram atividades que exigem atenção e/ou solução intelectual
constante recomenda-se: níveis de ruído conforme NBR 10152, temperatura efetiva (20ºC a
23°C), velocidade do ar igual ou inferior a 0,75m/s, umidade relativa do ar não inferior a 40%.
 Os parâmetros devem ser medidos nos postos de trabalho, com os níveis de ruído próximos
à zona auditiva e as demais na altura do tórax do trabalhador.
 Todos os ambientes de trabalho devem possuir iluminação,
seja natural ou artificial, adequada às atividades – evitar
ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e
contrastes excessivos.
Ergonomia e a segurança no trabalho

NR-17
Organização de trabalho:

 Considerar minimamente nas atividades: normas de produção; modo operatório; tempo


exigido para a tarefa; ritmo de trabalho; conteúdo das tarefas.

 Quando na atividade for exigida sobrecarga muscular estática ou dinâmica do pescoço,


ombros, dorso e membros superiores e inferiores: considerar as repercussões sobre a saúde
dos trabalhadores; pausas para descanso; garantir retorno gradativo após qualquer tipo de
afastamento igual ou superior a 15 (quinze) dias.
Acessibilidade

ABNT NBR 9050:20


 Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos
 Estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados quanto ao projeto,
construção, instalação e adaptação do meio urbano e rural, e de edificações às condições
de acessibilidade.
Acessibilidade

 ABNT NBR 9050:20


 Escadas: P.C.R.

a) Espaço reservado para P.C.R. – Exemplo 1 b) Espaço reservado para P.C.R. – Exemplo 2

Fonte: NBR, 2020.


c) Espaço reservado para P.C.R. – Exemplo 3 d) Espaço reservado para P.C.R. – Exemplo 4
Acessibilidade

 ABNT NBR 9050:20


 Rampas

Fonte: NBR, 2020.


Acessibilidade

 ABNT NBR 9050:20


 Rampas excepcionais
curvas e patamares

Corrimão
Guarda corpo

Guia de
balizamento

Área de
circulação
adjacente

Patamar Patamar
inicial final

Fonte: NBR, 2020.


Acessibilidade

 ABNT NBR 9050:20


 Faixas de usos das calçadas

a) Vista superior
Mín 2,10

Mín 1,20
Rampa Rampa

0,70 1,20

Faixa de Faixa livre Faixa de acesso


serviço
Largura da calçada

Faixa de Faixa livre Faixa de Fonte: NBR, 2020.


serviço acesso
Acessibilidade
Alinhamento do imóvel
 ABNT NBR 9050:20
 Redução de percurso de travessia
Alinhamento do imóvel Calçada Calçada

Calçada Calçada

Sarjeta Grelha Grelha Sarjeta

Estacionamento Estacionamento
Veículos Veículos
Meio Fio 0,0

Sarjeta Meio Fio


0,0
Pista Travessia Elevada Pista
Pista
Faixa de Travessia

Calçada: i < 8,33% Sarjeta: i < 5%

Pista: i < 5%

Guia rebaixada
0,45 a 0,60
Fonte: NBR, 2020.
Acessibilidade
Alinhamento do imóvel
 ABNT NBR 9050:20
 Rebaixamento de calçadas
estreitas e entre canteiros Calçada Calçada
(𝑖 ≤ 8,33)
Área Verde Área Verde

Sarjeta Meio Fio

Pista
Faixa de travessia
Alinhamento do imóvel
Patamar intermediário
Para evitar inundação da calçada

Calçada Calçada

Meio Fio
Sarjeta

Faixa de travessia Pista


Fonte: NBR, 2020.
Acessibilidade

 ABNT NBR 9050:20


 Sanitários

Fonte: NBR, 2020.


Acessibilidade

 ABNT NBR 9050:20


 Sanitários

a) Transferência lateral b) Transferência perpendicular

c) Transferência diagonal A d) Transferência diagonal B Fonte: NBR, 2020.


Acessibilidade

 ABNT NBR 9050:20


 Dormitório e cozinha acessível

Fonte: NBR, 2020.


Interatividade

(COPEVE-2023) Conforme a NBR 9050 (ABNT, 2020), uma edificação é considerada acessível
quando seus espaços, mobiliários, informação e comunicação, inclusive sistemas e tecnologia
ou elemento, podem ser alcançados, utilizados e vivenciados por qualquer pessoa. Assinale a
alternativa em que todos os itens estão relacionados com a acessibilidade.
a) Assentos para pessoas obesas; portas corta-fogo; elevadores de carga e simbologia visual.
b) Dimensões mínimas para circulação de cadeiras de rodas; portas corta-fogo;
hidrantes e linguagem tátil.
c) Dimensões mínimas para circulação de cadeiras de rodas; assentos para pessoas obesas;
linguagem tátil e simbologia visual.
d) Portas corta-fogo; linguagem tátil; indicações de saída de
emergência e luzes de acendimento automático.
e) Assentos para pessoas obesas; intérprete de Linguagem
Brasileira de Sinais; simbologia visual e medidores
de temperatura.
Resposta

(COPEVE-2023) Conforme a NBR 9050 (ABNT, 2020), uma edificação é considerada acessível
quando seus espaços, mobiliários, informação e comunicação, inclusive sistemas e tecnologia
ou elemento, podem ser alcançados, utilizados e vivenciados por qualquer pessoa. Assinale a
alternativa em que todos os itens estão relacionados com a acessibilidade.
a) Assentos para pessoas obesas; portas corta-fogo; elevadores de carga e simbologia visual.
b) Dimensões mínimas para circulação de cadeiras de rodas; portas corta-fogo;
hidrantes e linguagem tátil.
c) Dimensões mínimas para circulação de cadeiras de rodas; assentos para pessoas obesas;
linguagem tátil e simbologia visual.
d) Portas corta-fogo; linguagem tátil; indicações de saída de
emergência e luzes de acendimento automático.
e) Assentos para pessoas obesas; intérprete de Linguagem
Brasileira de Sinais; simbologia visual e medidores
de temperatura.
Referências

 NBR ABNT. NBR 9050: Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos


urbanos. Rio de Janeiro: Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2020.
 IDA, Itiro. Ergonomia: projeto e produção. São Paulo: Blucher, 2005.
 SÃO PAULO (Estado). Desenho Universal: habitação de interesse social. São Paulo:
Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano – CDHU, 2010. Disponível em:
http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/Cartilhas/manual-desenho-universal.pdf. Acesso
em: 16 fev. 2023.
 SG2S. Ergonomia: principais mudanças da NR17. 30, nov. 2022. Disponível em:
https://www.sg2s.com.br/blog/1101-ergonomia-principais-mudancas-da-nr17-. Acesso em:
16 fev. 2023.
ATÉ A PRÓXIMA!

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