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E-ACESSIBILIDADE

EM AMBIENTES
VIRTUAIS DE
APRENDIZAGEM

Prof.ª Dr.ª Rachel Capucho Colacique


Departamento Didática / UNIRIO
r.colacique@gmail.com
NINGUÉM MAIS VAI SER BONZINHO,
NA SOCIEDADE INCLUSIVA

"Inclusão deve ser assunto de hora do jantar, de churrasco aos


domingos, de reuniões de empresários, do discurso e das práticas
diárias de políticos e de governantes e até das conversas românticas de
namorados, preocupados em não repetir com seus filhos os erros que
transformaram o homem num perito na arte de excluir. Na sociedade
inclusiva, não há espaço para atitudes como 'abrir espaço para o
deficiente' ou 'aceitá-lo', num gesto de solidariedade, depois ir dormir
com a sensação de ter sido bonzinho. Na sociedade inclusiva ninguém
é bonzinho. Somos apenas - e isto é suficiente - cidadãos responsáveis
pela qualidade de vida do nosso semelhante, por mais diferente que
ele seja ou nos pareça ser".
Claudia Werneck
De acordo com a Lei nº 10.098/00, acessibilidade significa garantir – às
pessoas com deficiências, ou mobilidade reduzida – possibilidade e condição
de alcance para utilização segura e autônoma de espaços, mobiliários,
edificações, equipamentos urbanos, produtos e informações.
“Acessibilidade é a possibilidade de QUALQUER PESSOA usufruir
todos os benefícios da sociedade, inclusive o de usar a Internet”.
(FERREIRA; CHAUVEL; FERREIRA, 2006)

ACESSIBILIDADE

Quando falo em desenvolvimento COMUNICABILIDADE


USABILIDADE de conteúdos, softwares, sites, etc.

DIRETRIZES
W3C/WAI

Mais informações em: http://nau.uniriotec.br/


COLACIQUE, Rachel. Acessibilidade para surdos, na cibercultura: Os
cotidianos nas redes e na educação superior online. 2013. 164 f.
Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação,
Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2013.
O que aprendemos naquela ocasião?
Ações para Acessibilidade - Ampliando textos
Ações para Acessibilidade – Legendagem de vídeos
E hoje? Como tornar minha aula mais acessível?
Para além das normas técnicas... E as nossas aulas?

- Temos estudantes com deficiência em nossas turmas?


- Temos alunos com limitações de uso/acesso/conectividade?
- Nossos estudantes dominam as ferramentas/aplicativos que estamos utilizando?
- Como podemos assegurar mais acessibilidade ao conteúdo das nossas aulas?

Como chegar a uma resposta? Perguntando!

Olhar atento, escuta sensível, o


professor como eterno “aprendente”
Conhecendo um pouco mais...

➢ Softwares leitores de tela: DOS-VOX, NVDA, Linux Acessível, dentre outros

➢ Navegação Via Teclado - Teclas de Atalho (Jaws, IE, FF e Chrome).

➢ HeadMouse e Teclado Virtual - O HeadMouse é uma solução tecnológica que permite às


pessoas com mobilidade reduzida controlar o cursor do mouse pelos movimentos da cabeça.
O software interpreta funções como "arrastar" arquivos por gestos faciais e piscar de olhos.
Complementando a aplicação, o Teclado Virtual facilita às pessoas com deficiência física a
possibilidade de redação de textos sem a necessidade de utilizar as mãos, já que capta os
movimentos faciais do usuário, replicando-os sobre o um teclado digital.

➢ Audiodescrição

➢ Legenda para surdos/ensurdecidos

➢ Janela de intérpretes em LIBRAS


Estudantes com deficiência visual ou baixa visão

É crucial oferecer alternativas textuais para mídias visuais

Na opinião de Queiroz (2008), pessoas com cegueiras usam a web, por meio de software que lê o texto da tela
do computador e fala em voz alta o texto para o usuário. Para essas pessoas as maiores dificuldades são:
imagens sem texto alternativo; gráfico ou imagem importantes sem uma descrição adequada; vídeos sem
descrição textual ou sonora; tabelas sem sentido quando lidas célula por célula; formulários sem uma
seqüência lógica ou sem rotulos; ferramentas sem suporte de teclado para todos os comandos e documentos
formatados sem seguir os padrões web que podem dificultar a interpretação por leitores de tela.

Segundo Queiroz (2008), pessoas com baixa visão usam monitores grandes, software que
aumentam o tamanho das fontes e das imagens e softwares que trocam as cores da tela para
aumentar o contates. Suas maiores dificuldades são: páginas com fontes que não podem ser
aumentadas; páginas de difícil navegação quando ampliadas por causa da perda do conteúdo
adjacente; páginas ou imagens com pouco contraste; textos apresentados como imagens.

http://www.marceloramos.com.br/publicacao/15/acessibilidade-webpara-pessoas-com-deficiencia-visual
#PARACEGOVER
A solução é descrever textualmente todas
as imagens que transmitem informações
relevantes, transformando o que era apenas
visual em texto, e possibilitando aos recursos de
Tecnologia Assistiva interpretarem o conteúdo dos
elementos de imagem.

Como escrever um bom texto alternativo?


O texto alternativo deve ser fiel à imagem, englobando
seus pontos fundamentais de forma clara, objetiva e
sucinta. Uma boa ideia na hora de criar a descrição é
perguntar-se “se eu não pudesse utilizar essa imagem
aqui, o que escreveria em seu lugar?”, pois, desse
modo, é provável que a alternativa textual corresponda
de fato ao que a imagem transmite visualmente.
Onde se aplica?

Artes Plásticas: museus, galerias de arte. Educação: salas de aula, congressos, seminários, palestras. Eventos
Esportivos: em todas as modalidades esportivas, incluindo Olimpíadas, Paralimpíadas e Copas do Mundo de
Futebol. Eventos Religiosos: missas, casamentos. Festas: carnaval, desfiles militares, festas de São João.
Filmes: em todos os tipos de filmes e documentários, de curta ou longa-metragem, em salas de cinema ou em
casa. Internet: fotos, gráficos, ilustrações, vídeos publicados em sites. Publicações: livros, apostilas, folders.
Teatro: em todos os tipos de encenações realizadas ao vivo como peças, dança, musicais, circo. Televisão: em
todos os tipos de programas e peças publicitárias, gravados ou ao vivo.

Tipos de audiodescrição: Gravada, Ao Vivo Roteirizada e Ao Vivo Não Roteirizada

E na sua aula/videoaula?

Mais informações e exemplos: https://www.blogdaaudiodescricao.com.br/audiodescricao


Elementos básicos para a descrição:

– Analisar bem o que será descrito;


– Nome e identificação da pessoa ou objeto que será
descrito;
– Localização e situação onde está essa pessoa ou esse
objeto;
– Qualificação da pessoa ou do objeto.
Devem-se usar impressões de cores e sons e frases curtas
e rápidas, para dar um ar de rapidez ao texto.

Cuidados também na criação de tabelas

A maioria dos softwares leitores de tela para pessoas com deficiência visual só terá a
possibilidade de ler essa tabela "célula a célula" isoladamente. Dessa forma, lerá:
Aluno Grupo Matérias Português Matemática Paulo A 7 8 Marcos A 6 9 Rosa B 10 7 Maria B 7 5
Média por matéria 7,50 7,25

O conteúdo de cada célula não fica associado nem ao cabeçalho nem ao nome, ou seja, à linha
e coluna. A pretensão de uma tabela acessível é que o usuário de um leitor de tela possa saber
exatamente a que linha e coluna o conteúdo de cada célula pertence, podendo ser lidos o
cabeçalho horizontal e o vertical associados ao conteúdo da célula de uma só vez.

Mais informações e exemplos: https://cta.ifrs.edu.br/boas-praticas-para-descricao-de-


imagens/#:~:text=A%20solu%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A9%20descrever%20textualmente,%C3%A9%20inserida%20no%20texto%20alternativo.
E http://www.acessibilidadelegal.com/13-tabelas-acessiveis.php
Como saber se meu AVA é
acessível a leitores de tela?

De um modo geral o principal desafio será o


CONTEÚDO disponibilizado e não o “ambiente” em si

- Vídeos
- Power Point
- Planilhas/ gráficos / tabelas
- Textos (Word/PDF)

E no caso de oferta de material impresso


verificar necessidades de impressão em
braile ou material ampliado
Estudantes surdos ou com perda auditiva
Vela destacar:

- Nem todos usam LIBRAS


- Nem todos fazem leitura labial
- Legenda não é garantia de acessibilidade
- Desafios de leitura/escrita de segunda língua
Tradução automática por avatar

Ícaro - VLibras

Hugo – Hand Talk


Intérpretes humanos
Cenas disponíveis em: https://www.youtube.com/watch?v=TFPMGlX53Z0 e http://tvines.org.br/?p=20680
Dá para ser
diferente?

Cenas disponíveis em: https://www.youtube.com/watch?v=0CzoyrWJHhQ


Gravando um vídeo com janela em LIBRAS

Gravando a tela (SCREENCASTIFY)

Gravando “ao vivo”(ZOOM ou MEET ou RNP) Editando (FILMORA)


PIN ou FIXAR para
destaque na interpretação
ou leitura de lábios
Legenda automática
“A comunicação é um direito humano básico e, na sociedade
contemporânea, ela se efetiva através das tecnologias da
informação e comunicação. Logo, o direito ao acesso às TIC e a
liberdade de expressão e interação em rede passam, efetivamente,
a compor o contexto da constituição da cidadania contemporânea
[...] pode-se admitir, então, que o ciberespaço também compõe o
espaço público contemporâneo e que o acesso aos meios
comunicacionais constituídos pelas TIC compõe o rol de direitos
humanos na sociedade contemporânea”

(BONILLA, OLIVEIRA, 2011, p.33 e 43).

Olhar atento, escuta sensível, o professor como eterno “aprendente”

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