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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA

Portal Educação

CURSO DE
BRAILLE

Aluno:

EaD - Educação a Distância Portal Educação

AN02FREV001/REV 4.0

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CURSO DE
BRAILLE

MÓDULO IV

Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.

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MÓDULO IV

“Deficiente é quem não consegue modificar a sua vida, aceitando as imposições dos
outros e da sociedade, ignorando que é dono do seu destino; louco é quem não
procura ser feliz com o que possui; cego é aquele que não vê seu próximo morrer de
frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas”.
Mario Quintana

Este módulo se inicia com a célebre frase do saudoso poeta brasileiro Mário
Quintana que na sua genialidade conceitua o deficiente e cegueira numa perspectiva
única.

11 A INFORMÁTICA ADAPTADA PARA ATENDIMENTO AOS CEGOS

Ciência que trata a informação como suporte de conhecimento por meio da


utilização de máquinas como os computadores e programas denominados hardware
e software. Já é sabido que o computador é o instrumento mais acessado do mundo,
o mais popular e com a inovação e recursos como o áudio, programas foram
surgindo e beneficiando a população em geral, inclusive os portadores de
deficiência.
Há pelo menos 20 anos é possível acessar o mundo da informação por meio
do áudio ou de mensagens sonoras. Acessar um equipamento por meio de software
específico oportunizou também ao deficiente conhecer o que acontece no mundo
com apenas “seguir as instruções” e um “clic”.

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FIGURA 25

FONTE: Disponível em: <http://www.magazineluiza.com.br/imagens2/produto/20/209166900.jpg>.


Acesso em: 17 jul. 2012.

Nesses anos, percebe-se que a população de deficientes aumentou seu


potencial acadêmico atingindo níveis que surpreendem. Dizemos que hoje existe
acessibilidade sem barreiras atendendo a todos.
Trataremos aqui da deficiência visual e seu acesso à informática como forma
de atingir a tão esperada busca ao conhecimento. Por meio de estudos e
orientações adequadas é possível o cego realizar os comandos de acessos e fazer o
aparelho funcionar, pois, assim como o vidente, é preciso aprender os comandos e
isso se consegue pela ajuda de um profissional capacitado.
O ensino da informática ao cego requer um trabalho cuidadoso, pois
métodos e técnicas precisam ser passados sempre observando sua apreensão. Se
for orientado adequadamente conseguirá atingir níveis excelentes de aprendizagem.
Um contato afetivo entre o vidente e o deficiente visual por meio de software
que transmite a comunicação via áudio utilizando uma máquina comum é uma
realidade e que se percebe estar sendo utilizada com certa freqüência.
Os deficientes visuais podem manusear o computador para executar
trabalhos em textos e planilhas e também para navegação pela internet. A leitura é
realizada por programas de áudio que podem ser instalados na máquina. Há
programas de leitura com dispositivo para aumentar a letra, facilitando a leitura e o

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estudo. A escrita é viabilizada por meio de teclados com comando em Braille. Todos
esses recursos estão disponíveis no mercado de lojas de informática.
Outro recurso do computador é a transcrição de textos para o Braille. Este
recurso permite a realização da leitura no próprio computador ou por meio de
impressão em Braille em impressora especial. A leitura é realizada por recursos de
softwares leitores de tela com sintetizadores de voz.
Alguns sites trazem acervo bibliográfico disponível em áudio para ser lido,
são os chamados audio books. Para isso é necessário ter no microcomputador um
gravador para repetir a voz. Livros como Constituição Federal, Estatuto da Criança e
do Adolescente, Evangelho segundo o Espiritismo Allan Kardec, O caso dos Dez
Negrinhos e Treze a Mesa, de Agatha Christie, e outros clássicos como A Ilha
Perdida de Maria José Dupré, Traição entre Amigas, de Thalita Rebouças, O
Analista de Bagé, de Luiz Fernando Veríssimo e Edgar Vasquez, Chapeuzinho
amarelo, de Chico Buarque de Holanda, etc.

FIGURA 26

FONTE: Disponível em:


<http://www.unibrasil.com.br/fotos/1a_etapa_selecao_audiobook%20004.jpg>.
Acesso em: 17 jul. 2012.

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O audio book ou audiolivro é recente num mercado em crescimento. O
audio book pode ser baixado da internet, gravado em CD e guardado em arquivo
para ser usado quantas vezes quiser.
O audio book é gravado em voz com timbre alto, contando a história do livro
na íntegra. Os relatos realizados por profissionais têm sonorização e cada
personagem é narrado por um profissional diferente, dando seriedade à história
contada.
O audiolivro é importante para o deficiente visual, porém sua utilidade não se
limita aos cegos. Qualquer vidente que queira aproveitar melhor seu tempo, no
trânsito ou numa caminhada pode ouvir textos educativos e aprender durante o
trajeto; até mesmo treinar um novo idioma. Você aproveita seu tempo ouvindo em
vez de ler.
A Fundação Dorina Nowill tem um grande acervo de audio book em CD e K7
que são disponibilizados em regime de empréstimo, enviados pelo correio para todo
o Brasil.
A tecnologia proporciona uma mudança cultural na vida do deficiente visual.
Há planos de lançamento do leitor de e-book especialmente para cegos e o bbook,
que quer dizer Braille Book. Essas promessas do mercado terão tecnologia chinesa
com teclados por meio de comandos magnéticos com pontos Braille. O bbook
certamente terá Bluetooth com capacidade de armazenar muitos livros.
A possibilidade de um microcomputador ser utilizado pelo deficiente visual
acontece com a instalação de recursos e programas específicos para isso. Não
podemos deixar de citar que o custo desse equipamento é alto, por isso não é tão
acessível. Um microcomputador comum já é realidade em muitos lares do nosso
país, mas a possibilidade de ser adaptado para deficiente visual com programas de
software e hardware específicos o encarece muito.

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11.1 DOSVOX

A Universidade Federal do Rio de Janeiro, no seu Núcleo de Computação


Eletrônica, desenvolveu um sistema denominado Dosvox. Este sistema auxilia
deficientes visuais a utilizar a leitura por meio de audição de textos pelo computador
nas ações de edição, inclusive em Braille; há também jogos e ferramentas de
produtividade com áudio.
O sistema Dosvox teve grande impulso com o acadêmico, então cego,
Marcelo Pimentel Pinheiro, que contou com ajuda de colegas como o Engenheiro
Diogo Fujio Takano, responsável pelo sintetizador e de Orlando Alves, também
analista que desenvolveu parte do projeto, e do também cego, Luis Cândido Castro.
Este último trabalhou na divulgação e distribuição do programa Dosvox.
O sistema Dosvox é uma alternativa de baixo custo, pois sua tecnologia é
considerada simples e viável pelas indústrias de computação. Uma grande
vantagem do sistema Dosvox é ele ler e falar o nosso idioma. Ele fala por meio de
um sistema de som de custo acessível que é anexado a um microcomputador tipo
IBM-PC
O Dosvox pode ser bem aproveitado em escolas, onde crianças, jovens e
adultos, portadores de deficiência visual, ficam na dependência de aulas orais de
seus professores, que muitas vezes não estão preparados e não dominam o sistema
Braille, e dos colegas, chamados “ledores”, ou seja, aquele que lê para o cego. O
Dosvox é instalado no aparelho de scanner e por meio do programa Optical
Character Recognition faz o acesso para que se consiga realizar leituras de textos.
Revistas, livros e jornais podem ser lidos pelo Dosvox. Em São Paulo, o
Jornal O Estado de São Paulo, disponibiliza gratuitamente resumo de edições
diárias para deficientes visuais pela internet, para garantir a informação a essa
população. Por meio do sistema e pela internet, bibliotecas e instituições podem
disponibilizar CD com a informação, a custos baixos e dessa forma levar o
conhecimento a todos os cantos do país.
O sistema traz inúmeras outras vantagens, por exemplo, no comércio,
cardápios, preços, telefones, podem ser disponibilizados por meio do áudio.

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Grande contribuição do Dosvox está no mercado de trabalho. Profissões
como a de telemarketing podem ser exercidas por deficientes visuais com o sistema
Dosvox, acoplado ao microcomputador. Informações sobre o sistema Dosvox podem
ser adquiridas no endereço eletrônico:

Disponível em: <http://intervox.nce.ufrj.br/dosvox>.

O acesso à informação aos deficientes é uma questão de atitude e por meio


de ações simples a cidadania acontece.

11.2 JAWS

Outro programa que podemos citar é o popular software americano Jaws. O


Jaws ganhou fama por possuir leitor de tela mais completo e avançado, ainda realiza
leitura do que está disponível no computador em voz alta. É possível pelo software
Jaws enviar informações pelo Braille. Uma desvantagem do software é ser o mais
caro do mercado e não possuir versão gratuita. Informações sobre o Jaws podem
ser encontradas no endereço eletrônico:

Disponível em: <http://www.lerparaver.com>.

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11.3 VIRTUAL VISION

O Virtual Vision é um programa brasileiro fabricado pela Micropower que


facilita a leitura ao usuário. O Virtual Vision é mais fácil de ser operado, por utilizar
as setas do teclado e não requer equipamentos especiais. Proporciona uma edição
de texto rápida e segura e pode ser utilizado por qualquer usuário, que pode realizar
a configuração. Com o programa, no Power Point os slides são lidos
detalhadamente; as planilhas do Excel podem ser exploradas; é viabilizado o
comando de tarefas como calendários, tarefas e anotações no Outlook. No Virtual
Vision o comando de acesso à internet é ativado pela voz. Para deficientes visuais é
distribuído gratuitamente. Informações do Virtual Vision podem ser adquiridas no
endereço eletrônico:

Disponível em: <http://www.micropower.com.br>.

11.4 PROGRAMA BRAILLE FÁCIL

O deficiente visual conta com um programa de transcrição de textos


denominado Braille Fácil. Este programa é desenvolvido por programadores do IBC
com recursos do FNDE em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro,
por isso sua distribuição é gratuita para deficientes visuais.
Depois de instalado em seu microcomputador a transcrição em Braille
acontece automaticamente, permitindo impressão e leitura.
O Programa Braille Fácil contém editor de textos, editor gráfico, impressor
Braille, simulador de teclado Braille e utilitários. Pode ser utilizado por quem possui
conhecimento mínimo em informática.

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O programa permite a transcrição por meio de digitação ou cópia de texto
encontrado na rede. A partir do texto digitado ele passa a ser visualizado também
em Braille e fica disponível para impressão.
Com um micro comum o trabalho é realizado por meio de comandos:

FIGURA 27

FONTE: Disponível em: <intervox.nce.ufrj.br/brfacil/brfacil.doc> .Acesso em: 22 jul. 2012.

Para imprimir um texto no programa Braille Fácil é muito simples: após a


digitação do texto, este é convertido automaticamente para o Braille. Daí a
simplicidade de operá-lo. Desse modo, é muito bem aplicado em escolas por
professores de alunos deficientes visuais na realização de tarefas. Na conversão, o
programa ajusta os parágrafos escritos de acordo com o tamanho da folha Braille,
mantendo o parágrafo possível de ser lido, permitindo o entendimento. O ajuste de
texto recebe o nome de autoformatação (que pode ser acionado pelo digitador ou se
desejar, cancelar o comando). Na digitação, o comando de setas, copiar, colar,
recortar, inserir, apagar, é o mesmo utilizado no Windows, daí a facilidade. Observe
o exemplo:

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FIGURA 28

FONTE: Disponível em: <intervox.nce.ufrj.br/brfacil/brfacil.doc>. Acesso em: 22 jul. 2012.

A imagem acima apresenta um texto editado no Programa Braille Fácil.


Vemos a barra superior que corresponde ao menu principal, semelhante ao teclado
comum. Os comandos de “Arquivo, editar, configurar, novo, recortar, pastas, etc.” de
uso constante e de atalhos.

FIGURA 29

FONTE: Disponível em: <intervox.nce.ufrj.br/brfacil/brfacil.doc>. Acesso em: 22 jul. 2012.

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Há atalhos como: novo, pasta, salvar e imprimir Braille. Após a digitação,
comanda-se a impressão pela tecla de atalho.

FIGURA 30

FONTE: Disponível em: <intervox.nce.ufrj.br/brfacil/brfacil.doc>. Acesso em: 22 jul. 2012.

As teclas Simb referem-se à inserção de símbolos ao texto digitado e a Perk


se refere ao comando que executa a digitação automática em Braille. Este comando
utiliza os seis pontos correspondentes à codificação Braille, onde f corresponde ao
ponto 1; d corresponde ao ponto 2; s ao 3; j ao ponto 4; k ao ponto 5 e l
corresponde ao ponto 6. Se for conveniente pode realizar a digitação a partir da
comunicação em Braille. Por exemplo, se apertarmos as teclas 1, 4, 5 estaremos
escrevendo a letra d.
No comando referente à configuração há um atalho específico denominado
configuração dos parâmetros do programa. Nele estão os comandos que poderão
ser ativados como páginas, cabeçalho, codificação em Braille antigo e unificado.
Lembre-se que a grafia Braille foi alterada em 2003, com a unificação da escrita nos
países que falam o português. Este programa transporta para o dois modelos de
Braille.
Em utilitários estão disponíveis símbolos comuns e que não aparecem no
teclado comum. Para instalar o programa, basta acessar a página na internet,
gratuitamente em:

Disponível em: < http://intervox.nce.ufrj.br/brfacil/>.

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Baixe o programa lendo as instruções e execute; a cada página baixada
clique em avançar para continuar. A impressora deverá ser configurada para receber
o programa.

12 PRÁTICAS EDUCATIVAS PARA UMA VIDA INDEPENDENTE (PEVI)

O deficiente visual executa atividades rotineiras como qualquer um vidente.


Possui um lar com peças, sala, quarto, banheiro, cozinha, varanda externa e que
tem necessidades pessoais e de higiene sua e de seu lar. É papel da família ensinar
o deficiente a lidar com as funções rotineiras de manter a casa limpa e arrumada,
porém nem sempre isso acontece. Às vezes, os familiares preferem realizar tarefas
a ensinar como se faz, por ser mais rápido ou para poupar a pessoa. Isso não ajuda!
Poupar o cego só irá dificultar sua integração, pois é certo que em algum
momento de sua vida, terá de cuidar e assumir seu lar. Para isso, há o projeto
denominado Práticas Educativas para uma Vida Independente, sendo executado por
meio de atividades práticas e de um orientador.
Práticas Educativas para uma Vida Independente é um trabalho de apoio ao
deficiente visual com objetivos de colocá-lo em contato com as atividades de seu dia
a dia. Higiene, limpeza, organização do mobiliário, disposição dos móveis, lavagem
de roupas e louças, entre outras atividades podem ser passadas com cuidado e
carinho. É um trabalho que está sendo bem-aceito por todos, principalmente porque
devolve a autoestima ao deficiente.
A atividade acontece num espaço que simula uma casa com peças e
mobiliários. As ações são ensinadas por etapas que estão relacionadas com a
idade, o conhecimento prévio e o desejo da pessoa.
Na organização da casa mobiliada com sofá, mesa, cadeira, televisão, rádio,
relógio, cama, criado, armário é conveniente passar a disposição dos móveis e fazer
o possível para que mudanças não ocorram. Se houver necessidade de realizar
mudanças em móveis, elas deverão ser apresentadas ao cego. O procedimento de
limpeza vai desde espanar os móveis, varrer a casa e juntar o lixo, colocando-o em
recipientes adequados, até passar o pano no chão.

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Na limpeza do banheiro, no preparo da água e sabão, ensaboar pias,
privadas e azulejos fazem parte do processo. Enxágue e secagens são ensinadas
com cuidado para evitar acidentes.
Na cozinha, equipada com fogão, geladeira, freezer, micro-ondas e pia,
louças e sua acomodação em armários, limpeza e higiene de louças e alimentos são
transmitidos adequadamente.
O preparo dos alimentos, cuidados com higienização de frutas, verduras e
legumes, cozimento dos alimentos são atenciosamente passados.
Para o deficiente visual, o cuidado com si e com a casa depois de
assimilado, como em qualquer pessoa, passa a ser automático. A rotina chega e
todas as atividades são realizadas com atenção e cuidado.
Por meio dos sentidos, como o tato, a percepção de duração do preparo de
um alimento é calculada. A audição o faz perceber os sons de cada instrumento
utilizado e pelo paladar sente o resultado de seu preparo.
Doces, salgadores, quentes e gelados são ensinados, assim como o
manuseio de micro-ondas, freezer e acomodação do alimento na geladeira.
Informações sobre realização de compras em mercados são passadas e
durante a compra há estabelecimentos comerciais que colocam à disposição do
deficiente um funcionário que o auxilia na realização da compra se preferir.
A duração é flexível e determinada pela própria pessoa. A cada etapa
vencida, o aluno é avaliado pela atividade que realizou.

FIGURA 31

FONTE: Disponível em: <http://creia-timoteo.blogspot.com.br/2012/05/creia-promove-curso-inclusivo-


de.html>. Acesso em: 21 jul. 2012.

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A confiança que um deficiente visual possui é algo importante para seu
sucesso na vida. A Prática Educativa para uma Vida Independente prepara a pessoa
para isso.

13 ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO

Nossa sociedade está preparada para conviver com videntes. Todas as


ações estão programadas a atender as necessidades dos videntes. Os meios de
comunicação de massa, a linguagem e formas de expressão artística e cultural são
criadas a partir de imagens e cada vez essas imagens se intensificam com artifícios
elaborados especialmente para os videntes.
Nas escolas, professores são preparados em cursos presenciais ou a
distância para atender alunos e prepará-los para serem críticos e terem suas
próprias opiniões. Currículos escolares elaborados com base em imagens, letras,
codificações e números.
Dessa forma, portadores de necessidades especiais não podem passar
despercebidos nem ter campanhas de inclusão fictícia, baseada em propagandas
que buscam retornos nas urnas eleitorais. Ações concretas necessitam sair do
papel. Todas as escolas e todos os docentes de todas as cidades do país precisam
ter preparo para trabalhar a informação atendendo a todos, independente de sua
limitação.
Vamos imaginar a sensação do deficiente visual que vai para a escola
regular de sua cidade pela primeira vez. O trajeto de casa para o colégio, localização
da sala, seu lugar, os barulhos dos colegas, vozes dos colegas e do professor. São
sensações novas que vão sendo familiarizadas aos poucos.
Se as aulas são elaboradas e aplicadas para os colegas videntes, para ele
sobra só a oralidade. Experiências que colocam o deficiente em desvantagem, a
aula elaborada torna-se monótona e cansativa. O que está sendo preparado para
empolgá-lo e dar-lhe prazer?
É bem verdade que ele não é diferente de seu coleguinha vidente no que se
refere à alegria, à disposição para aprender e ao interesse pelo conteúdo que está

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sendo aplicado; curiosidade em relação a tudo que faz parte desse ambiente;
criatividade que faz parte da natureza humana; desejos que precisam ser sanados.
O convívio como algo inerente de todo ser humano de estar em contato com o
colega nas brincadeiras; o afeto que lhe é peculiar; as brincadeiras que despertam
satisfação e lazer.
Estes alunos precisam ser tratados com os mesmos direitos e deveres pela
instituição. Normas e regulamentos precisam ser passados, cumpridos e cobrados
como acontece com todos. Enfim, a vida escolar do deficiente visual deve ter as
mesmas características da vida escolar de um aluno vidente.
Num ambiente escolar, ao receber a informação, o deficiente visual processa
em seu cérebro e aquilo que lhe é passado forma uma imagem mental. Por isso,
toda informação transmitida deve ser a mais clara possível, rica em detalhes para
que ele consiga compreender e assimilar e, dessa forma, concretizar a
aprendizagem.
É conveniente que ambientes educacionais se organizem com recursos
ópticos como apoio de aprendizagem. Materiais ópticos como o telescópio, telelupas
e lunetas que são excelentes para realização de leituras em pequenas distâncias
como no quadro negro. Lupas manuais e lupas de mesa são ideais para ampliar
letras facilitando a leitura. Os óculos especiais melhoram a visão de perto como as
lentes bifocais, esferoprismática e monofocais esféricas.

FIGURA 32

FONTE: Disponível em:


<http://cidadania.fcl.com.br/cidadaniaempresarial/cidadania/2008/agosto/imagens/pag7_4.jpg>.
Acesso em: 18 jul. 2012.

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Recomendações ao atendimento educacional especializado:

 A utilização da sala de tecnologia; microcomputador adaptado com o


sistema Dosvox pode tornar a aprendizagem significativa.
 Impressão de textos em Braille pode ser bem-aceita pelos alunos
deficientes visuais.
 Ampliação de tamanhos de fonte em apostilas e textos que são oferecidos
para leituras, estudos e tarefas.
 O controle da iluminação no ambiente de estudo que deve ser moderada
para não causar desconforto e cansaço visual.
 Mobiliário escolar adequado com a carteira adaptada e a mesa inclinada
para melhorar o conforto.
 Material escolar adequado; lápis preferencialmente nas dimensões 4B ou
6B; canetas de ponta porosa são recomendadas; cadernos de pautas
pretas e espaçadas; tiposcópios e gravadores; reglete, punção e papel
adequado para realização da escrita.
 É conveniente a utilização de bonés e chapéus para evitar luminosidade
demasiada nos olhos.
 Software e hardware apropriados.
 Circuito fechado de TV, este aparelho amplia em até 60 vezes as imagens
e transfere ao monitor.
 Acervo bibliográfico em Braille, audiolivro e livro digital que pode ser
adquirido entrando em contato com instituições filantrópicas e
especializado em cegueira como a Fundação Dorina Nowill e o Instituto
Benjamin Constant.

Na sala de aula, deve-se evitar assentar o aluno cego nas laterais da sala,
ou próximo da porta. O ideal é que ele fique aproximadamente a um metro da lousa
e no centro da sala e observar se há reflexos ou claridade direta nos olhos. Se
utilizar óculos, não permita que tire do rosto.
Trabalhe de acordo com a velocidade do seu aluno cego para que ele
conclua a atividade solicitada, principalmente se utilizar algum recurso óptico. Este

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ambiente deve ser passado ao aluno e por vezes repetido para que se familiarize
mentalmente, isto é, formando a imagem mental da sala; converse sobre a
disposição das carteiras, posição da porta, janelas, entradas de sol; percurso até o
pátio, banheiro e bebedouros, entrada, biblioteca, secretaria, sala dos professores
deve ser realizado inicialmente com algum colega vidente para que seja gravado. As
carteiras e mesas devem permanecer em seus lugares como prevenção de
acidentes.
O docente é uma pessoa especial, portanto para ter um aluno cego é preciso
dominar o Braille e, dessa forma, garantir que a aprendizagem será realizada. Ao
docente é recomendado aproximar-se de seu aluno deficiente, sentando próximo a
ele e certificando-se de que está compreendendo a atividade proposta. Sempre
explicar a atividade antes de pedir que a realize. Planejar atividades observando a
fonte, tipo de papel que será impresso; de preferência ao papel fosco para não
refletir luminosidade.
O processo para aquisição da aprendizagem requer estímulos externos,
portanto atividades envolvendo os sentidos remanescentes são necessárias. Os
sentidos são canais condutores de informação para a formação da aprendizagem no
cérebro. O professor criativo certamente conseguirá associar o conteúdo ao estímulo
aos outros sentidos.
Além de permitir integração com os colegas a linguagem é outro fator
importante na aprendizagem, pois oportuniza a percepção daquilo que foi aprendido.
Compete ao professor observar se seu aluno relaciona-se com os colegas videntes,
se há integração e aceitação no grupo e propor condições para que a integração
seja a melhor possível. A falta de estímulos pode ser causa de inibição e
desinteresse pelo ambiente escolar.
Ao professor cabe conhecer os familiares de seu aluno, conversar com eles,
explicar seu método de trabalho e solicitar ajuda nas tarefas de casa. Criar uma
proximidade é muito importante para a segurança de todos.
O currículo escolar deve seguir a mesma distribuição de conteúdos, pois seu
aluno é deficiente visual, sua capacidade mental, se estimulada, responde igual a
um vidente. Use resumo do conteúdo como material de apoio ao aluno, impresso em
Braille, se tiver condição. O programa pode ser adquirido por meio de download pelo
endereço eletrônico:

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Disponível em: <http://www.braillevirtual.fe.usp.br>.

A utilização da tecnologia permite uma aprendizagem significativa para o


aluno. Ao passar vídeos para fixar conteúdos prefira os dublados para facilitar a
compreensão. Vídeo com legenda jamais deve ser oferecido.

FIGURA 33

FONTE: Disponível em: <http://www.sgc.goias.gov.br/upload/fotos/24_MFP_289_20.jpg>.


Acessado em: 19 jul. 2012.

Nas aulas de educação física dê preferência à utilização de cordas, bolas


sonoras (com guizos) para as aulas de jogos e barras, sólidos geométricos, jogos de
encaixe, expressão corporal e artística. A música é bem-aceita por eles. Dê
preferência aos materiais texturizados e coloridos. Estimule para que este aluno
participe de todas as atividades, use a criatividade e estimule a cooperação de todos
os colegas. Torne a atividade física prazerosa e significativa.
Estimule para que seu aluno realize as tarefas escritas e leituras utilizando
um dos instrumentos citados neste material: reglete, punção, microcomputador,
entre outros.

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O professor com criatividade pode confeccionar material de sucata que
servirá de apoio para comunicação escrita. Sugerimos confeccionar a Cela Braile
com embalagens vazias de ovos e bolinhas de pingue-pongue. Recorte a caixa de
ovos, que já são coloridas, em formato da cela Braille e utilize seis bolinhas para
ensinar o alfabeto e sistema de numeração e ainda criar palavras e frases, numa
gostosa e simples brincadeira. E ainda use papelão vazado, isopor, madeiras,
cartolinas, EVA, como molde da cela e com o lápis substituindo o punção pode-se
escrever palavras. Com tampinhas de garrafas pet, embalagens plásticas, papelão,
panos e criatividade constroem-se muitos materiais para serem usados na
aprendizagem.
Para facilitar a aprendizagem e estimular o tato, aumente o tamanho das
imagens pequenas para que detalhes sejam percebidos e diminua o tamanho das
grandes, como nuvem, sol, estrela, lua para que sejam percebidos. Use cordões e
linhas para contorno de mapas ou use texturas.
Nas capitais brasileiras e em cidades de grande porte há o Centro de Apoio
Pedagógico ao deficiente visual (CAPs) com a finalidade de auxiliar programas
educacionais e oferecer suporte pedagógico. O CAPs pode oferecer informações
sobre como conseguir livros didáticos e outros materiais em Braille.

14 INCLUSÃO NO MERCADO DE TRABALHO

Para o cego, a falta da visão é uma característica que o diferencia dos


outros. A cegueira não afasta a pessoa do mercado de trabalho nem de certas
profissões. O que torna o cego incapaz é a falta de iniciativa para aprender e lutar. A
cegueira é um desafio. A busca é constante e os resultados são muitos. As
oportunidades precisam ser oferecidas a todos, sem distinção desta ou daquela
limitação.
A inserção no mercado de trabalho de um deficiente ainda é um desafio.
Com a lei da inclusão, desde 2004 é possível verificar cotas em concursos para
portadores de deficiências, mas ainda encontramos este mito: ser incapaz de
desenvolver uma atividade remunerada.

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A maior barreira é a qualificação necessária para exercer qualquer função. A
deficiência visual torna-se uma barreira quando se precisa disputar uma vaga no
mercado de trabalho.
Na capital paulista, os deficientes visuais contam com apoio de entidades
que qualificam, apoiam e empregam no mercado de trabalho. A Associação de
Deficiente Visual e Amigo (ADEVA) é uma entidade sem fins lucrativos que
proporciona educação, qualificação e inclusão, preparando o deficiente para o
mercado de trabalho. A instituição é mantida por seus associados, doadores e
colaboradores e acredita que as oportunidades valem mais que a piedade. Um
deficiente pode ser útil e ajudar a realizar uma atividade porque possui habilidades
como qualquer um.
A ADEVA oferece cursos gratuitos de telemarketing, informática, vendas,
todos ministrados por profissionais capacitados. Promove eventos cujo tema é
inclusão. Presta consultoria e assessoria a empresas públicas e privadas que se
interessam por incluir em seu quadro de funcionários um portador de deficiência.
A ADEVA, desde 1997, disponibiliza edições em Braille produzidas em sua
gráfica, gratuitamente, a seus afiliados (Jornal Conviva). Além de jornais, elaboram
em Braille cardápios, livros, folhetos, manuais e demais impressos para a população
em geral.
Qualquer profissão pode ser exercida pelo deficiente visual (auxiliar cozinha,
jardineiro, serviços gerais, operador de telemarketing, ascensorista, telefonista).
Outras profissões como professor, advogado, analista, intérprete, assistente social,
massagista, psicólogo, sociólogo, músico, instrumentista são outras que podem ser
desempenhadas também por eles.
Veja a lição de vida que mostra o programa Profissão Repórter, que conta a
história de Dr. Misael de Oliveira. Cego desde criança, hoje é advogado em São
Paulo, com o sonho de ser jogador de futebol, participou da paraolimpíada em
Pequim, na China, e recebeu medalha de ouro com sua equipe de futebol.

Disponível em:
<http://g1.globo.com/platb/programaprofissaoreporter/2008/1
0/20/a-ausencia-da-visao/>.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Brasil é um país com uma população crescente, com milhares de pessoas


nascendo por dia, alguns certamente terão alguma deficiência. Será que o país está
se preparando para garantir a esta população o direito à cidadania e à acessibilidade
de que têm direito?
Quando teremos uma cidade planejada para ser utilizada também por
deficientes, com calçadas adaptadas e conservadas, facilitando o caminhar de
todos? Sinais sonoros, acessos a terminais e central de telefonias adaptados? Esta
população existe e merece um ambiente apropriado.
A legislação garante, mas não está sendo cumprida em sua totalidade. É
preciso muito mais a fazer. É preciso o envolvimento de toda a população com
ações concretas.
Instrumentos materiais e tecnológicos para melhorar a integração do
deficiente visual e o meio ao seu redor foram criados e estão no mercado, mas
muitos deficientes não conseguem adquiri-los sem auxílio de algum vidente que
possa orientá-los, mesmo que seja um familiar. E ainda há a questão financeira que
é uma barreira para conseguir um microcomputador, pois nem todos podem
comprar. Há a questão do interesse, instituições não disponibilizam programas de
acesso por não ter boa vontade para tal, ou por ter poucos alunos deficientes visuais
em seu quadro.
Os instrumentos de acessibilidade estão disponíveis: Braille, bengalas,
teclados adaptados, aparelhos, entre outros. Todos facilitam a vida e levam à
independência. Porém, o contato físico, o carinho, o respeito e a atenção são
insubstituíveis para qualquer pessoa.
É necessário ter cuidado e rever nossos conceitos. Aceitar as diferenças é
um desafio que precisa ser vencido com atitudes concretas.

FIM DO MÓDULO IV

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FIM DO CURSO

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