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E

Elementos do
livro-reportagem
Conceitos básicos do processo editorial
para estudantes de jornalismo e
jornalistas independentes

Israel Dias de Oliveira

Flutuante
editora
São Paulo, 2017
Copyright © 2017 Israel Dias de Oliveira — Todos os direitos reservados.

Capa e Diagramação
Israel Dias de Oliveira

Revisão
Denise Gomide

Dados Internacionais da Catalogação na Publicação (CIP)


(Editora Casa Flutuante, SP, Brasil)

OL48e Oliveira, Israel Dias de


Elementos do livro-reportagem: conceitos básicos do processo editorial
para estudantes de jornalismo e jornalistas independentes — (eBook) / Israel
Dias de Oliveira. — São Paulo: Editora Casa Flutuante, 2017.

ISBN 978-85-5869-039-3

1. Jornalismo 2. Livro-reportagem 3. Editoração I. Título

CDU 070.4
CDD 686

Permitida a reprodução de textos e imagens,


desde que citados os nomes da obra e do autor.

Direitos reservados desta edição à

Editora Casa Flutuante


Rua Manuel Ramos Paiva, 429 - São Paulo - SP
Fone: (11) 2936-1706 / 95497-4044
www.editoraflutuante.com.br / www.livro-reportagem.com.br
Aos amores da minha vida.
Less, but better1
Dieter Rams

Less is more2
Ludwig Mies van der Rohe

1 Menos, porém melhor


2 Menos é mais
Sumário

Introdução .............................................................. 13
No princípio era a pauta ......................................... 19

Processo editorial ................................................... 23


Capa .......................................................................... 28
Quarta capa ou contracapa ..................................... 29
Lombada .................................................................. 30
Espaçamentos .......................................................... 31
Texto ......................................................................... 32
Texto e imagem ........................................................ 33
Texto e imagem II .................................................... 34
Imagem .................................................................... 35
Ficha catalográfica .................................................. 36

Tipos de livro-reportagem ...................................... 39


Textual ...................................................................... 39
Documental ............................................................. 40
Fotográfico ............................................................... 40
Gráficos .................................................................... 41
Ilustração ................................................................. 41
Quadrinhos .............................................................. 41
Gráfico I ................................................................... 43
Gráfico II .................................................................. 44
Gráfico III ................................................................ 45
Gráfico IV ................................................................ 46
Gráfico V .................................................................. 47
Gráfico VI ................................................................ 48

Tipografia ............................................................... 51
Com serifa e sem sefira ........................................... 53
Livro I ....................................................................... 54
Livro II ..................................................................... 55

Divisões do livro ..................................................... 57


Seção ......................................................................... 60
Capítulo .................................................................... 61
Subcapítulo .............................................................. 62

Estrutura do livro ................................................... 65


Parte externa ............................................................ 65
Parte interna ............................................................ 66
Elementos pré-textuais ........................................... 66
Elementos textuais .................................................. 68
Elementos pós-textuais ........................................... 69
Regras gerais de apresentação ................................ 69
Representação gráfica da estrutura ........................ 70
Considerações finais ............................................... 75
Contratos ................................................................. 75
Impressão ................................................................. 75
Arquivos finais ........................................................ 76

Lista de livros-reportagem pesquisados ................. 79


Termos técnicos ...................................................... 87
Referências ............................................................. 95
Introdução

O valor essencial do livro-reportagem na sociedade moderna


reside em sua capacidade de estender a função informativa e
orientativa do jornalismo cotidiano. A imprensa regular deixa
muitos vazios encobertos, que podem ser e são desvendados
pela reportagem na forma de livro. [...]. (LIMA, 1998, p.17).

Sua curiosidade por um determinado assunto fez você


pesquisar antigos arquivos, conversar e entrevistar pessoas,
fotografar e redigir um longo texto sobre essa apuração.
Talvez você seja um aluno de jornalismo que queira en-
tregar seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) como um
produto jornalístico, e este seja um livro-reportagem. Quem
sabe seja um professor que queira diretrizes para encaminhar
seu orientando no processo de produção editorial do livro-re-
portagem. Ou simplesmente um jornalista independente que
quer publicar seu livro que está na gaveta pegando poeira,
esperando alguma editora retornar demonstrando interesse.
Este livro é para você!
Fique tranquilo, não iremos usar palavras rebuscadas e téc-
nicas ou as longas citações encontradas nos textos acadêmicos
— o que não seria ruim para uma sólida cientificação do tema.

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ELEMENTOS DO LIVRO-REPORTAGEM

Será mais um compartilhamento de informação entre o autor,


que já editou mais de 60 livros-reportagem, e o leitor que vai
produzir seu primeiro livro de forma independente.
Muito bem! Vamos partir da premissa que foram escri-
tas várias páginas de texto no Word ou em qualquer editor
de texto, há imagens e arquivos digitalizados que, juntos,
podem dar um bom livro-reportagem, mas você nem ima-
gina como publicar, isto é, passar de um arquivo no com-
putador para um livro editado, pronto para ser impresso ou
transformado em um e-book.
Não nos debruçaremos sobre o processo de publicação
no formato ePub — abreviação de publicação eletrônica de
livro —, mas que requer um outro tipo de tratamento e se
aproxima mais de uma programação em HTML (linguagem
utilizada para criação de páginas na web), que pode ser lido
em suportes como tablets, smatphones e computadores. São
responsivos e não possuem paginação, apenas marcação de
posição do texto.
Existem várias opções — digamos que várias plataformas
de autopublicação — para publicar seu texto. Vamos abordar
uma das opções que pode ser considerada independente, pois
depende somente da vontade de publicar do autor. Talvez
você gaste um pouco de dinheiro com esse projeto, mas qual
é o projeto profissional que não tem algum custo?
O processo editorial é o ponto que iremos abordar. For-
neceremos ferramentas para transformar seu texto em um
produto que possa ser comercializado e distribuído, seja
impresso ou digital.

14
ISRAEL DIAS DE OLIVEIRA

A tarefa não é das mais fáceis, mas saber como trilhar esse
caminho é importante, para que o autor não tenha que esperar
ser escolhido por uma editora para ver seu livro-reportagem
ser publicado.
Os elementos do livro-reportagem serão apresentados
como se fosse um manual, com ilustrações que vão ajudar a
entender como transformar seu texto em livro. O foco é na
versão impressa, mas nada nos impede de usar as mesmas
regras para fazermos a versão digital.
A data do surgimento do livro é bem antiga: há hipóte-
ses que tenha ocorrido no século VII a.C com a Epopeia de
Gilgamesh ou com a revolução que a prensa de tipos móveis
de Gutenberg causou em 1455. Para nós o que vai interessar
é a forma que o livro tomou dos anos 1970 em diante.
Foi nesse período em que as formas e os elementos
como conhecemos ganharam força no mercado editorial e
passaram a ditar a moda.
Sem querer desprezar produções de outros séculos, que
nortearam os produtos editoriais que temos no presente ou
as explicações aprofundadas de todos os itens que compõem
um livro, vamos apenas usar as referências de algumas pro-
duções editoriais mais contemporâneas e os elementos que
se repetem e são comuns a todas elas.
A análise sistemática das formas e elementos de diversos
livros produzidos para o mercado editorial será a base de
discussão que propomos expor de forma simples e objetiva,
de forma que o autor independente possa adquirir conheci-
mento e ter argumento para conduzir seu livro-reportagem

15
ELEMENTOS DO LIVRO-REPORTAGEM

e, ao final, saber exatamente como será o produto da sua


apuração textual e imagética.
Um detalhe simples de nomenclatura que precisamos
usar sempre é dizer que um livro feito com base em repor-
tagem é um livro-reportagem. Em inglês, dificilmente en-
contraremos essa chancela, o mais usual é nonfiction, jour-
nalism nonfiction ou new journalism — para designar o tipo
de texto jornalístico com técnicas da literária.
Para utilizar o termo livro-reportagem, depois que o
novo acordo ortográfico entrou em vigor em 2009, alguns
professores diziam que deveríamos escrever sem o hífen
e com dois erres: “livrorreportagem”. Seria bem estranho.
Mas depois de uma consulta na Academia Brasileira de Le-
tras, obtivemos a seguinte resposta: “Essas formas não se
juntam, pois são formas independentes. Observe que so-
mente quando um dos termos é dependente (ou seja, não
tem existência na língua como vocábulo quando separado),
as formas ficam juntas. Exemplo: neorrealismo (neo- realis-
mo); socioesportista (socio- (social) esportista), etc. Quan-
do há dois substantivos (livro e reportagem, em seu exem-
plo), emprega-se o hífen se o segundo substantivo qualifica
ou delimita o primeiro. Exemplos: cão-guia; palavra-chave;
comício-monstro, etc”.
Além do termo, vamos propor alguns tipos possíveis de
produção de livro-reportagem, de acordo com o material
primário que o autor possua ou queira apurar, escrever ou
fotografar. Nos livros que analisamos, identificamos os se-
guintes tipos: textual, documental (com arquivos de jornais,

16
ISRAEL DIAS DE OLIVEIRA

revistas e arquivos fotográficos de terceiros), fotográfico


(fotojornalismo), gráfico (infografia, mapas e tabelas), ilus-
tração e quadrinhos.
Todos os dados coletados para este livro foram extraídos
do formato físico de 42 livros jornalísticos produzidos por
jornalistas veteranos em grandes editoras e 25 livros produ-
zidos por jovens jornalistas independentes ao final do curso
de graduação, classificados como produto experimental.

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No princípio era a pauta

Escrever um livro-reportagem não é uma das tarefas das


mais fáceis, pois depende de um trabalho de apuração em
profundidade que é muito criterioso, porém, respeitado e
relevante para a sociedade, mas em alguns casos esse traba-
lho, que pode ser muito prazeroso e também exaustivo, aca-
ba sem ser publicado, isto é, não chega aos leitores. Muitas
vezes devido à falta de interesse das editoras ou porque o
jornalista veterano ou calouro desconhece o processo edito-
rial para publicar seu texto de forma independente.
Enviar o original para várias editoras a fim de que al-
guma se interesse e publique parece ser o pensamento mais
óbvio, mas e quando o autor tem um prazo para a entrega
do livro a uma instituição ou quer que ele circule o mais
rápido possível entre seus leitores?
É nesse momento que vem o segundo pensamento:
“Como vou publicar meu livro sozinho e em tempo hábil?”.

19
ELEMENTOS DO LIVRO-REPORTAGEM

Entender o processo pelo qual o conteúdo (textos,


imagens, gráficos, etc.) passará até se tornar um livro é a
proposta contida nesta publicação sobre os elementos do
livro-reportagem.
Os caminhos editoriais até a publicação são comuns a
qualquer tipo de obra, mas cada uma delas tem suas espe-
cificidades. Logo o livro-reportagem também apresenta ca-
racterísticas típicas que as editoras, os leitores e a própria
reportagem exigem que estejam configuradas nas páginas
desse produto impresso ou digital de não ficção.
O entendimento inicial que precisamos ter sobre o ca-
minho do conteúdo até a materialização do livro é conhecer
um pouco do processo editorial. Depois aprofundaremos a
discussão sobre as características do livro-reportagem, a ti-
pografia, o tamanho físico, o papel e o acabamento.

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Processo editorial

Para que o texto e as imagens deixem de ser arquivos


sem forma e se tornem um livro, são necessários alguns pro-
cessos e o conhecimento deles para que, ao final, o autor
tenha um produto com todas as características profissionais
exigidas pelo mercado editorial.
De um lado desse processo temos o autor e, do outro, o
leitor, que espera receber a mensagem de forma clara e bem
estruturada. O que vai definir essa forma é o cuidado do
meio por qual os textos e imagens irão percorrer.
Alguns itens do processo são simples de se desenvolver,
outros vão precisar de um pouco mais de atenção, vamos a
eles e às explicações:
Revisão do texto e normatização: como a relação entre
jornalismo e produção editorial estão muito alinhadas e o
nosso foco é um produto jornalístico de excelência, além da
revisão ortográfica, usar um manual de estilo e redação pode

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ELEMENTOS DO LIVRO-REPORTAGEM

Processo
Autor Leitor
Editorial

Diagrama 1: O processo editorial está entre o autor e o leitor — esquema


similar ao encontrado na Teoria da Comunicação e seus elementos — e
pode ser pensado como a mensagem a ser transmitida.

Processo
Autor Leitor
Editorial

Diagrama 2: Utilizando um pensamento mais relacionado com a comu-


nicação interligada que encontramos nos dias atuais, facilitados pela in-
ternet, o ideal seria que o autor interagisse com o processo editorial e o
leitor com o autor/jornalista.

ajudar para que o texto tenha coesão. É muito comum, prin-


cipalmente quando a publicação foi escrita por mais de um
autor, encontrar siglas, itálicos, negritos e outras marcações
escritas de forma diferente nos capítulos do livro-reportagem
antes da publicação. É necessário definir que as siglas ou os
acrônimos venham, preferencialmente, depois do nome por
extenso, entre parênteses ou separadas por travessão. Por
exemplo, no caso do IBGE: Instituto Brasileiro de Geogra-
fia e Estatística (IBGE) ou Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística — IBGE. Um nome de um livro entre aspas ou
em itálico: “Elementos do livro-reportagem” ou Elementos do
livro-reportagem. Um problema que também é bem comum
nos textos que trabalham com diálogos de entrevistados é o

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ISRAEL DIAS DE OLIVEIRA

uso do hífen em vez do travessão para a voz direta. Exemplo:


— Ele disse algo ou – Ele disse algo. Além de ser menor, o
hífen é para a separação de palavras compostas ou sílabas, en-
tre outros, e o travessão para uso no discurso direto. Inserir o
travessão corretamente é simples, mantenha a tecla apertada
ALT e digite 0151 (esse atalho é para o editor de textos da
Microsoft, o Word com sistema Windows).
Preparação: normalmente os autores escrevem no edi-
tor de texto com o layout da página em A4 ou Carta, mas a
dica é usar um tamanho aproximado do livro. Digamos que
o livro será no tamanho 14x21cm, nesse caso, use o A5, que
é o tamanho mais próximo, diminua um pouco as margens e
as fontes. Dessa forma, enquanto o autor estiver escrevendo,
já obtém um visual mais próximo do produto final.
É recomendável fazer marcações nas páginas para sa-
ber onde as imagens serão inseridas, principalmente porque
elas nem sempre ficam exatamente no espaço que o autor
imagina, pois existem questões relacionadas ao tamanho e
formato da imagem e até mesmo ao espaço reduzido do im-
presso que será compartilhado com o texto.
A imagem ou fotografia pode ocupar meia página, den-
tro ou fora de mancha gráfica, uma página inteira ou duas
páginas, mas quando uma única imagem é disposta em duas
páginas, é válido lembrar que uma boa parte da informação
visual vai se perder por causa da brochura (a colagem cen-
tral do livro, que forma a lombada).
Projeto gráfico: como já definimos na preparação do ta-
manho do livro, essa informação será o eixo do projeto edi-
torial, para definir o tamanho da capa, das orelhas, se o livro
será com as imagens internas coloridas ou em preto e branco.

25
ELEMENTOS DO LIVRO-REPORTAGEM

É no projeto gráfico que se define se as imagens irão


abrir os capítulos, serão distribuídas entre o texto ou se
vai ser editado um caderno à parte, com todas as imagens
juntas e sequenciadas.
Nesse momento é importante pensar nas fontes tipográ-
ficas que irão criar a identidade do livro-reportagem. Ti-
pografias que lembram máquina de escrever, com serifa ou
que tenham semelhanças com os veículos de comunicação
são as mais usadas, pois trazem uma característica familiar
para o leitor de reportagens.
Capa: resolvemos colocar este item separadamente, pois
a capa tem que ser pensada como uma das partes mais im-
portantes do livro-reportagem, já que ela pode conquistar
o leitor pela beleza ou somente pelas informações de apre-
sentação dispostas. Além disso, ela pode se dividir em capa,
quarta capa (contracapa), lombada, orelhas e o verso, que
pode ser utilizado para colocar imagens ou informações
adicionais. Muitos projetos gráficos deixam essa parte do
livro sem utilização, em branco, o que é de se estranhar,
pois normalmente ela não tem um custo adicional e, quan-
do tem, não é alto.
Diagramação: é considerado um processo técnico, no
qual todas as ideias que foram discutidas e rascunhadas
na preparação e no projeto gráfico vão começar a ser de-
senhadas definitivamente, para se tornar um arquivo para
impressão ou publicação digital (e-book).
Com a ferramenta correta, o miolo do livro e a capa
vão ganhar as dimensões necessárias para se tornar um
produto. O programa de computador mais comum para se
utilizar nesse processo é o Adobe InDesign. Mas não é raro

26
ISRAEL DIAS DE OLIVEIRA

encontrar livros diagramados no próprio editor de textos,


o que torna o trabalho um pouco mais limitado, mas não
impossível de se fazer.
Na diagramação definimos as margens laterais, direi-
ta e esquerda, o posicionamento dos títulos, capítulos e
subcapítulos. Essas distancias e esses espaçamentos são di-
ferentes dependendo do projeto editorial ou padrões pro-
postos pela editora.
Ficha catalográfica: não é nossa intenção ensinar como
se faz uma ficha catalográfica — que traz os dados inter-
nacionais de catalogação na publicação —, trabalho que
normalmente é praticado por quem estuda ou é profissio-
nal em biblioteconomia (bibliotecário), mas é importante
saber que existem itens da ficha que são comuns a todos os
livros e utilizados em citações bibliográficas. Sem ela não
seria possível organizar e localizar uma publicação em uma
biblioteca, facilitando a sua busca no momento em que o
leitor precisa para consulta.
ISBN: sigla de International Standard Book Number
(ou Sistema Internacional de Identificação de Livro). É um
número que identifica numericamente os livros segundo o
título, o autor, o país, a editora. Pode ser solicitado por auto-
res ou editoras diretamente na Agência Brasileira do ISBN.
É possível publicar um livro sem o ISBN, mas ele não po-
derá ser catalogado em livrarias, principalmente porque o
número é utilizado para gerar o código de barras e cadastro
no sistema de vendas.
Código de barras: pode ser gerado a partir do ISBN,
como forma de registro e possibilitando a comercialização
em livrarias ou lojas com sistema de leitura por um scanner.

27
14cm

LOREM IPSUM Título do livro

Donec condimentum
Subtítulo
consectetur rhoncus
21cm

MORBI QUIS Nome do autor

LOREM IPSUM Dados da editora

Capa

Capa do livro medindo 14x21cm, com as informações do título, subtí-


tulo, autor e editora responsável pela publicação. Quando o livro não é
produzido ou registrado por uma editora, pode-se usar o termo “Edição
do autor” na capa.
14cm

L
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Sinopse ou breve
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pus mi. Nulla justo dolor, dapibus ut metus eget.
21cm

Código de barras

Quarta capa ou contracapa

A quarta capa ou contracapa do livro medindo 14x21cm, com sinopse


(um breve resumo ou apresentação do conteúdo do livro) e código de
barras. Esse espaço é muito importante para apresentar o livro para o
leitor, descrevendo o que será encontrado em seu conteúdo ou narrando
uma breve apresentação da obra.
MORBI QUIS
Nome do autor
LOREM IPSUM
21cm

Título do livro

LOREM
IPSUM
Editora

Lombada

Elementos da lombada do livro, com as informações básicas para a iden-


tificação do livro quando estiver na prateleira. Pode ter uma cor diferente
ou elementos diferentes do apresentado na capa, mas em geral contém o
nome do autor, título do livro e alguma identificação da editora, podendo
ser o nome ou uma logomarca.
2cm 2,5cm

2,5cm

Lorem ipsum dolor sit amet

4 a 8cm

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26
2cm

Espaçamentos

As margens mais comuns para um livro-reportagem estão entre 2cm e


2,5cm. Quanto maior a margem, menos texto será possível de se incluir
na mancha gráfica. Tome cuidado para não parecer que está aumentando
as margens para poder deixar o livro com mais páginas, essa opção não
é boa, principalmente para novos autores. Esse modelo também pode ser
utilizado como abertura de capítulo.
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26

Texto

O texto preenche completamente a mancha gráfica (a área de impressão


depois de descontada as margens) e cria um visual uniforme e linear,
dando conforto visual para a leitura.
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26

Texto e imagem

Exemplo de uma página com o uso de uma imagem ocupando a mancha


gráfica. Note que o texto não se inicia com letra capitular, utilizada nor-
malmente no inicio de capítulos. Esse tipo de página pode ser utilizada
no decorrer do capítulo. Dos livros que analisamos, nenhum começa um
capítulo ou abertura da narrativa dessa forma.
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26

Texto e imagem II

Além de usar a imagem compartilhada com o texto, encontramos alguns


casos em que o texto fica restrito à mancha gráfica e a imagem ultrapassa
esse limite e preenche completamente a parte que seria espaço das mar-
gens. Nesse caso, dizemos que a imagem “estourou” até a sangria da pá-
gina. Existem diversas formas de se dispor uma imagem na página, mas
utilizamos a que aparece com maior frequência.
Imagem

Quando temos uma imagem que pode ser enquadrada na vertical, pode-
mos usar o recurso de “estourar” até a sangria. Nesse caso, essa imagem
ocupa a página do livro. Se a fotografia estiver na horizontal, é possível
preeencher até duas páginas espelhadas, a par na esquerda e a ímpar na
direita. A númeração da página pode ou não ficar visível. Página muito
comum para imagem documental.
Catalogação na Publicação: Editora Casa Flutuante

OL48e Oliveira, Israel Dias de, 1974 -


Elementos do livro-reportagem / Israel Dias de Oliveira.
— São Paulo: Editora Casa Flututante, 2017.

1
2
ISBN 123-45-6789-001-0 3

4 1. Editoração 2. Jornalismo 3. Livro-reportagem I. Título

CDD
5
CDU

Ficha catalográfica

1. Notação do autor. 2. Título do livro com dados da editora e ano da pu-


blicação. 3. International Standard Book Number (ISBN), é emitido pela
Agência Nacional do ISBN, ligada à Fundação Biblioteca Nacional e pode
ser solicitado por editoras ou autores. 4. Assunto do livro. 5. Classificação
Decimal Dewey (CDD) e o Classificação Decimal Universal (CDU) ser-
vem para catalogação do livro e organização em bibliotecas.
Tipos de livro-reportagem

Para se entender melhor como o livro-reportagem é


apresentado na forma de produto impresso ou digital, va-
mos classificá-lo em alguns tipos, dependendo da sua com-
posição de elementos enquanto é pensado e produzido
editorialmente. É importante ressaltar que os tipos identifi-
cados se relacionam apenas com a produção editorial e são
diferentes da classificação proposta como linha temática.

Textual
Nesse tipo de livro-reportagem, o texto é o único
responsável pela narrativa principal, que parte de um
tema-eixo e pode ou não fazer uso de fotografias, do-
cumentos de arquivos, gráficos e tabelas para ilustrar a
narrativa, mas que não a mudam ou propõem outro eixo
narrativo, além do que foi proposto pelo texto. Essa é a
forma primária do livro-reportagem.

39
ELEMENTOS DO LIVRO-REPORTAGEM

A predominância de texto que compõe o miolo do livro


raramente abre espaço para que uma imagem seja colocada
em sequenciada. Ela é, de preferência, alocada separada-
mente, em uma outra página, para que o texto não tenha
nenhuma interrupção, perca sua fluidez e disperse o leitor.

Documental
É quando o livro-reportagem faz uso de arquivos e re-
cortes de jornais, revistas, fotografias e qualquer outro tipo
de documento para criar uma narrativa, identificar perso-
nagens ou provar fatos. O texto encontrado nesse tipo de
livro-reportagem aborda os documentos que deram base à
publicação, construindo a linha narrativa.
Esse é o tipo de livro-reportagem em que os arquivos se-
rão predominantes na composição do miolo do livro, mistu-
rando-se facilmente com o texto e, algumas vezes, abrindo
textos somente de explicações sobre os documentos. Esse
recurso se faz necessário quando o autor propõe uma inves-
tigação em que tempo-espaço-tema são muito distantes ou
poderiam causar estranheza ao leitor, mas que com a apre-
sentação de mapas, ilustrações, documentos e fotos criam
uma atmosfera que elucida e norteia a leitura.

Fotográfico
É o livro-reportagem com a narrativa construída com
base na fotografia, normalmente produzido por fotojorna-
listas. O texto é apresentado como legenda explicativa ou
com a numeração das fotografias. A diferença entre o tipo
documental e o fotográfico está no uso das fotografias como
narrativa, diferente de fotografias antigas de arquivo que

40
ISRAEL DIAS DE OLIVEIRA

entram no livro-reportagem como apoio. No tipo fotográfi-


co, a fotografia é o produto principal.

Gráficos
Ainda não encontramos um livro-reportagem composto
apenas por gráficos ou tabelas numéricas. Esse tipo de re-
curso é encontrado em complemento ao tipo textual. Muito
usado no jornalismo de dados, em que, além de tabelas, são
elaborados infográficos a partir de banco de dados.

Ilustração
Idem ao tipo gráfico em quase todos os aspectos. Conside-
ramos a ilustração como um desenho de um assunto ou tema
qualquer. Também existem infográficos ilustrativos, que não
estão propriamente ancorados em banco de dados, mas em
informações não tabuladas e apuradas durante a reportagem.

Quadrinhos
Nesse tipo de livro-reportagem, o desenho é o produto
principal e o texto só aparece em pequenas narrativas e nos
balões dos quadrinhos. É ainda pouco usado para criação
de livros-reportagem.

Na maioria dos casos, o livro-reportagem é essencial-


mente textual, contando apenas com o apoio de fotografia,
gráficos e ilustrações. Esse pode ser considerado o padrão
dos tipos de livro-reportagem que encontraremos no mer-
cado editorial. E é exatamente o que encontramos quando
estudamos e sistematizamos os tipos de livros-reportagem
para se propor a classificação apresentada.

41
ELEMENTOS DO LIVRO-REPORTAGEM

Nesse universo de livros-reportagem pesquisados, o


tipo textual é o único que aparece em forma pura, isto é,
somente texto. Os demais tipos de livro-reportagem mes-
clam dois ou mais tipos.
Das obras que catalogamos, apenas 12 exemplares eram
totalmente textuais, ou seja, um pouco menos de 18%. Os
livros compostos por tipo textual mais o tipo documental são
os que mais se destacam como produção editorial, por agre-
garem, além da narrativa textual, fotografias ou documentos
captados durante o processo de apuração da reportagem.
É possível afirmar que esse tipo de apresentação é o que
entrega mais informações para o leitor, mesmo que em al-
guns casos a disposição de imagens nas páginas chegue a
atrapalhar visualmente a continuidade do texto. Esse tipo
misto de livro-reportagem se demonstrou excelente como
produto editorial.
O tamanho do livro-reportagem segue os padrões do
mercado editorial, isto é, com as medidas mais comuns, en-
tre o 14x21cm e 16x23cm.
A fotografia tem um destaque no livro-reportagem, sem-
pre aparecem para compor e também para criar dramatici-
dade, por este motivo que é muito comum as fotos serem em
preto e branco. Essa dramaticidade imagética é um apelo visual
necessário à composição do livro-reportagem com fotografias.

42
70
65

60

50

40
35

30

20
15

10 8 7
2
0
Textual Documental Fotográfico Gráfico Ilustração Quadrinhos

Tipos de livro-reportagem — todos os 65 títulos

Gráfico I

O gráfico acima representa a quantidade de tipos de livros-reportagem


identificados na pesquisa de 65 títulos, para a qual coletamos informa-
ções de 40 livros de diversas editoras e 25 livros produzidos editorialmen-
te pelo autor. O tipo textual tem a quantidade total, pois todos possuem
elementos textuais. Porém, entre eles, apenas 12 títulos são compostos
por texto, sem imagens ou gráficos.
45

40 39

35

30

25

20
17

15

10 9

0
14x21 16x23 Outros

Tamanho físico do livro-reportagem — todos os 65 títulos

Gráfico II

Nesse segundo gráfico, comparamos o tamanho físico de casa obra, le-


vando em conta apenas sua dimensão de capa e quarta capa. A maioria
está concentrada no tipo 14x21cm. Apesar de não classificarmos a quan-
tidade de páginas de cada um, é possível notar que os livros com tamanho
16x23cm têm mais páginas e, devido à sua dimanesão, mais caracteres,
mesmo que o tamanho da fonte tipográfica seja igual aos de 14x21cm.
45
40
40

35

30

24
25

20

15

10

5 3 3
2 2

0
Textual Documental Fotográfico Gráfico Ilustração Quadrinhos

Tipos de livro-reportagem produzidos por diversas editoras — 40 títulos

Gráfico III

Classificamos os tipos de livro-reportagem de diversas editoras, totali-


zando 40 títulos. O total de tipo textual agrega todos os tipos. O diferen-
cial é que o gráfico representa uma composição de dois ou mais tipos de
livro-reportagem, isto é, subtratindo os demais tipos, restarão apenas seis
livros que foram compostos apenas com texto.
20

17
16

15

10

0
14x21 16x23 Outros

Tamanho físico do livro-reportagem de diversas editoras — 40 títulos

Gráfico IV

Nesse gráfico, também separamos os livros-reportagem das diversas edi-


toras por tamanho físico, e como resultado o 16x23cm é predominante,
e normalmente possui mais páginas que o restante. Mesmo assim, quase
que tivemos um empate de formatos.
30

25
25

20

15
12
11
10

5 5
5

0
0
Textual Documental Fotográfico Gráfico Ilustração Quadrinhos

Tipos de livro-reportagem produzidos por nós — 25 títulos

Gráfico V

Diferente do gráfico das diversas editoras, os livros produzidos por nós


possuem uma diversidade maior de composição, por isso o autor pode
fazer uso de mais de um tipo de recurso para compor o livro-reportagem.
Esse pode ser um indicativo de uso da liberdade criativa em um projeto
experimental ou de que os novos autores buscam mais recursos visuais
para seus livros.
25
23

20

15

10

5
2
0
0
14x21 16x23 Outros

Tamanho físico dos livros-reportagem produzidos por nós — 25 títulos

Gráfico VI

Devido à quantidade de páginas, a maioria dos livro produzidos por nos-


sa editora apresentam o formato mais comum encontrado nas livrarias. O
14x21cm é prodominante devido à sua medida clássica, à aceitação entre
os leitores e à possibilidade de se produzir um livro de cem páginas com
apenas 140 mil caracteres ou um pouco menos que isso.
Tipografia

A tipografia, na visão newtoniana, não é nem muito interessante


nem misteriosa; é simplesmente escrita mecanizada. Agora que
o chip de silício se juntou à roda, à alavanca e ao plano incli-
nado, a tipografia é também escrita informatizada, digitalizada:
mais complexa do que era, mas não mais profunda; e, talvez,
cada vez mais sujeita à moda. (TSCHICHOLD, 2007, p. 11).

Qual fonte escolher? As fontes tipográficas mais co-


muns, utilizadas na composição do texto do livro-reporta-
gem, são as que apresentam serifa, pois deixam o texto mais
linear e permitem uma melhor leitura. Digamos que o nosso
cérebro entende melhor o texto com serifa. A serifa é um
filete que dá acabamento ao final do traço da letra.
Para a abertura de capítulos, subcapítulos ou apenas
frases de destaque, o uso da fonte sem serifa é mais co-
mum. O texto do miolo é que sempre vai ter um uso maior
de fontes com serifa.
Vamos aos nomes de algumas fontes encontradas em li-
vros-reportagem: Baskerville Old Face, Minion Pro, Geor-
gia, Libre Baskerville, Time News Roman, entre outras.
Fontes usadas em seções, títulos de capítulos ou subca-
pítulos, legendas: Helvetica, Lato, Arial, Impact, etc. Nesses
casos, o uso de fontes com serifa também é comum, mas o

51
ELEMENTOS DO LIVRO-REPORTAGEM

contrário não acontece. Dos livros que estão em nossa lista


de análise, nenhum possuía fontes tipográficas sem serifa
no miolo para a escrita da narrativa.
Muitas fontes tipográficas são de uso comercial e preci-
sam ser compradas para se poder usar em um livro impres-
so ou digital que será distribuído, mas é possível conseguir
fontes profissionais sem nenhum custo para o projeto em
sites especializados, tais como o Font Squirrel, Fontspring,
Fontzillion e Myfonts.
É importante notar que nem todas as fontes são gratui-
tas para o uso comercial, leia atentamente as especificações
antes de fazer o download.
Qual tamanho de fonte usar? O que notamos nos li-
vros pesquisados é que o tamanho da fonte pode variar
entre 10 e 12 pontos para o miolo do livro e é mais livre
quanto ao tamanho de títulos e subtítulos, com variações
bem maiores. Encontramos capítulos com fontes de 30
pontos, subcapítulos entre 16 e 28 pontos e outras varieda-
des de tamanhos de fontes.
Dois exemplos de fontes que encontramos: fonte do
texto do miolo em Minion Pro com 11 pontos e espaçamen-
to de 15 pontos entre as linhas. Títulos em Arial Black com
14 pontos. Legendas das imagens com textos de 8 pontos e
textos de nota de rodapé com 7 pontos, também em Minion
Pro. Formato do livro: 14x21cm.
Em outro livro encontramos a fonte do texto do miolo
em Libre Baskerville 10, com 14 pontos de espaçamento en-
tre linhas, títulos em Libre Baskerville Bold no tamanho 18.
Legendas e rodapés em tamanho 8 pontos.

52
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Letras com fonte tipográfica com serifa (Times New Roman)

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Letras com fonte tipográfica sem serifa (Arial)

Com serifa e sem sefira

Nesses dois exemplos, apresentamos a utilização de textos com serifa e


sem serifa. Encontramos as fontes que utilizam serifa em mais de 90%
dos casos analisados, enquanto os tipos sem serifa são mais convencio-
nais em títulos de capa, capítulos, subcapítulos e em elementos que não
tenham mais do que duas linhas de textos em sua composição.
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Livro I

No exemplo do Livro I, a fonte utilizada no texto do miolo é a Minion


Pro, tamanho 11, com espaçamento de 15 pontos entre as linhas. Títulos
em Arial Black com 14 pontos. Legendas das imagens e textos de notas de
rodapé com 8 pontos, também em Minion Pro. Essa configuração é en-
contrada em livros com tamanhos físicos que podem tanto ser o clássico
(14x21cm) até o maior (16x23cm).
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Livro II

No exemplo do Livro II, a fonte do texto do miolo em está em Libre


Baskerville, tamanho 10, com 14 pontos de espaçamento entre as li-
nhas, títulos em Libre Baskerville Bold no tamanho 18. Legendas e ro-
dapés em tamanho 8. Essa confirguração foi encontrada em livros com
lançamentos mais antigos, logo deduzimos que foi bastante utilizada no
início dos anos 2000.
Divisões do livro

Organize o texto em seções, capítulos e subcapítulos.


É possível que você tenha pensado na divisão do seu texto
de alguma forma, em partes, seções, subseções, capítulos ou
subcapítulos. Dificilmente um autor escreverá um livro-re-
portagem com cem páginas de texto “corrido”, isto é, sem
pausas, divisões ou subdivisões. Pense nessas divisões de
capítulos ou tópicos que irão organizar a fluidez da escrita e
preparação da narrativa.
A seção é pouco usada no livro-reportagem e o capítulo
é utilizado com maior frequência. Para se pensar o livro em
seções, seria necessário imaginar um fatiamento em gran-
des partes, em que cada uma dessas partes seja apenas uma
divisão de tempo, ambientes ou personagens.
Pense no sumário — e ele libertará você. Esse é um
exercício para organizar os textos, e que vai ajudar muito
na formatação final do livro-reportagem: fazer o sumário.

57
ELEMENTOS DO LIVRO-REPORTAGEM

Normalmente ele é criado e inserido por último, mas se o


autor consegue imaginar como o livro será dividido ou or-
ganizado, o resultado e a apresentação do livro-reportagem
como um produto completo e mais organizado será notado.
Quantos caracteres eu tenho que escrever para ter um
livro de cem páginas? Um cálculo médio é ter de 1.800 a
2.100 caracteres por página, considerando que a fonte do li-
vro seja 11, com espaçamento 16 entre linhas, em torno de
30 linhas e 70 caracteres por linha. Dessa forma, podemos
deduzir que um livro entre cem e 120 páginas pode ter até
180 mil a 210 mil caracteres no final. Em alguns casos, a aber-
tura dos capítulos tem somente uma parte da mancha gráfica
ocupada pelo texto, algo que pode variar entre 10% a 20% a
menos de texto. Logo uma produção textual em torno de 168
mil caracteres (210 mil – 20%) daria um livro de tamanho
fisíco, com um pouco mais de 100 páginas. Essa conta é um
exemplo para um livro em dimensões de 14x21cm.
Pense nas dimensões fisícas do livro-reportagem.
Qual será o tamanho físico do seu livro? Você já parou al-
guma vez para medir um livro com uma régua? A maioria
dos livros-reportagem tem as medidas, como padrão no
mercado editorial, de 14cm de largura por 21cm de altura
— olhando o livro fechado. Na Agência Nacional do ISBN, o
tamanho considerado normal é o 16cm de largura por 23cm
de altura. Essas duas medidas estão entre as mais utilizadas
como referência para o projeto gráfico.
Configurar as dimensões do arquivo no editor de
texto. Além de poder calcular a quantidade de páginas que
o livro terá através da contagem de caracteres, também é
possível ajustar a medida do layout para se ter uma ideia

58
ISRAEL DIAS DE OLIVEIRA

Seção

Capítulo

Subcapítulo

Diagrama 3: A divisão interna de um livro em grau de importância e


ordem de organização.

melhor do futuro livro-reportagem. Faça esse ajuste no


seu editor de textos (Microsoft Word, brOffice, LibreOffice,
etc.), formatando em dimensões aproximadas às do livro.
Pode ser 14x21cm (padrão mais comum do mercado edi-
torial) ou 16x23cm. No Word, por exemplo, é possível sele-
cionar o tamanho A5 que já daria uma dimensão visual do
miolo. Onde você encontra o comando para configurar?
Depende do programa, mas em sua maioria fica localizado
no menu (aba) layout da página/tamanho.
Configurar margens é um outro item muito simples e
necessário para que o texto fique bem acomodado na pági-
na. Margens estreitas não são recomendas, mesmo que isso
diminua um pouco o tamnho do livro e gere economia de
páginas e custo. Recomendamos que a margem esquerda fi-
que entre 2cm a 3cm, direita 2cm a 3cm, a superior entre
2cm a 4cm e a inferior entre 2cm e 4cm.

59
LOREM IPSUM DOLOR SIT AMET Título da seção

Seção

Principalmente quando for necessária uma divisão anterior aos capítu-


los (ver Diagrama 3), um recurso de organização para melhor dividir o
texto é a seção, apesar de pouco usada em livros-reportagem. Se não for
necessária, a separação em página única, e, normalmente ímpar, também
pode ser usada como capítulo de abertura. Essa página não precisa ter a
numeração visível.
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26 Numeração opcional

Capítulo

A abertura dos capítulos pode ser apresentada com uma página com o
texto ou como uma seção, em página independente. Quando se usa o
capítulo da forma como vemos no exemplo acima, a fonte pode ser a
mesma que a do texto, mas em negrito e maior. É mais comum encontrar
os capítulos com uma fonte diferente que a usada para o texto geral. Essa
página não precisa ter a numeração visível.
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Subcapítulo DONEC CONDIMENTUM CONSECTETUR RHONCUS


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26

Subcapítulo

É comum encontrar o subcapitulo posicionado no meio do texto, divi-


dindo a narrativa e direcionando para outro ponto de vista ou assunto
dentro do contexto do capítulo. Alguns autores preferem substituir um
subcapítulo apenas por três asteriscos (***) para abrir o texto e levar para
uma outra direção narrativa. Os dois tipos de uso são encontrados nos
livros que pesquisamos e não interferem no aspecto visual e narrativo.
Estrutura do livro

A estrutura de um livro é constituída pelas partes exter-


na e interna.

Parte externa
Sobrecapa: elemento opcional. No caso de ser utilizado,
deve ser constituído de primeira e quarta capas e orelhas.
Capa: elemento obrigatório. Constituído de primeira,
segunda, terceira e quarta capas.
Primeira capa: deve informar o nome do autor, título e
subtítulo da publicação, por extenso, e o nome da editora e/
ou logomarca. Opcionalmente podem constar a indicação
de edição, local (cidade) e o ano de publicação.
Segunda e terceira capas: não devem conter material de
propaganda, mas podem conter cores e imagens relaciona-
das ao projeto gráfico do livro.

65
ELEMENTOS DO LIVRO-REPORTAGEM

Quarta capa ou contracapa: devem ser impressos o


ISBN e o código de barras. Opcionalmente podem constar o
resumo do conteúdo e o endereço da editora.
Folhas de guarda: elemento obrigatório nos livros ou
folhetos encadernados com materiais rígidos e elemento
opcional para os livros ou folhetos encadernados com mate-
riais flexíveis. As folhas de guarda não devem conter texto.
Lombada: elemento obrigatório quando o livro ou fo-
lheto a comportar.
Orelhas: elemento opcional. No caso de serem utilizadas,
devem conter os dados biográficos do(s) autor(es) e comen-
tário(s) sobre a obra. Podem também conter outras informa-
ções, como sobre o público a que se destina a publicação.

Parte interna
A parte interna do livro é constituída de elementos
pré-textuais, textuais e pós-textuais.

Elementos pré-textuais
Falsa folha de rosto: elemento opcional. No caso de ser
utilizada, deve conter: no anverso, o título principal por ex-
tenso do livro ou folheto e, no verso, informações relativas à
série a que pertence o livro ou folheto.
Folha de rosto: elemento obrigatório, que deve conter
informações no anverso e verso.
Anverso: os elementos do anverso da folha de rosto de-
vem ser impressos na seguinte ordem:
a) autor;
b) título e subtítulo — o título e o subtítulo (se houver)
devem ser diferenciados tipograficamente;

66
ISRAEL DIAS DE OLIVEIRA

c) indicação de edição e reimpressão;


d) numeração do volume;
e) local;
f) editora;
g) ano de publicação.
Verso: os elementos do verso da folha de rosto devem
ser impressos na seguinte ordem:
a) direito autoral — deve ser localizado na parte supe-
rior do verso da folha de rosto, compreendendo o ano em
que se formalizou o contrato de direito autoral, antecedido
do símbolo de copyright © e do detentor dos direitos;
b) direito de reprodução do livro ou parte dele. Exem-
plos: “Qualquer parte desta publicação pode ser reprodu-
zida, desde que citada a fonte” ou “Nenhuma parte desta
publicação pode ser reproduzida por qualquer meio sem a
prévia autorização”.
c) título;
e) ficha catalográfica;
f) créditos — os elementos que compõem os créditos
descritos a seguir podem ser dispostos a critério da editora:
nome e endereço da editora (incluindo correio eletrônico
e homepage); comissão científica, técnica ou editorial; cré-
ditos técnicos (projeto gráfico, normalização, copidesque,
revisão; diagramação e formatação, capa e ilustrações, entre
outros); órgão(s) de fomento e outras informações.
Dedicatória: elemento opcional. Deve ser apresentada
em página ímpar.
Agradecimento: elemento opcional. Deve ser apresen-
tado em página ímpar, podendo constar também na apre-
sentação ou no prefácio.

67
ELEMENTOS DO LIVRO-REPORTAGEM

Epígrafe: elemento opcional. Deve ser colocada em pági-


na ímpar, podendo constar também nas páginas capitulares.
Lista de ilustrações: elemento opcional. Elaborada
de acordo com a ordem apresentada na obra, com cada
item designado por seu nome específico, acompanhado do
respectivo número da página. Quando necessário, reco-
menda-se a elaboração de lista própria para cada tipo de
ilustração (desenhos, esquemas, fluxogramas, fotografias,
gráficos, mapas, organogramas, plantas, quadros, retratos
e outros).
Lista de tabelas: elemento opcional. Elaborada de acor-
do com a ordem apresentada na obra, com cada item desig-
nado por seu nome específico, acompanhado do respectivo
número da página.
Lista de abreviaturas e siglas: elemento opcional. Con-
siste na relação alfabética das abreviaturas e siglas utilizadas
na obra, seguidas das palavras ou expressões corresponden-
tes grafadas por extenso. Recomenda-se a elaboração de lis-
ta própria para cada tipo.
Lista de símbolos: elemento opcional. Elaborada de
acordo com a ordem apresentada no texto, com o devido
significado.
Sumário: Elemento obrigatório, no qual devem constar
as seções, capítulos e subcapítulos.

Elementos textuais
Parte em que é desenvolvido o conteúdo, antecedida,
opcionalmente, por prefácio e/ou apresentação.
O prefácio e/ou apresentação deve começar em página
ímpar, sem indicativo de seção.

68
ISRAEL DIAS DE OLIVEIRA

Também é possível ter a Introdução logo após a apresen-


tação do livro, isto é, um texto de introdução ao tema/assunto
que irá se desenrolar em seguida. É muito comum encontrar
introdução em textos acadêmicos, dissertações e teses.

Elementos pós-textuais
Posfácio: elemento opcional. Deve começar em página
ímpar após os elementos textuais.
Referências: as referências devem ser elaboradas con-
forme as normas da ABNT NBR 6023.
Glossário: elemento opcional. Deve começar em
página ímpar.
Apêndice: elemento opcional. O apêndice é identifica-
do por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelo res-
pectivo título. Excepcionalmente, utilizam-se letras maiús-
culas dobradas para a identificação dos apêndices, quando
esgotadas as letras do alfabeto.
Anexo: elemento opcional. O anexo é identificado por le-
tras maiúsculas consecutivas, travessão e pelo respectivo título.
Colofão: elemento obrigatório. Localizado de preferên-
cia na última folha do miolo, com a indicação das especifi-
cações gráficas da publicação. No caso de a composição e a
impressão serem executadas em mais de um estabelecimen-
to, indicam-se os dados de todos eles.

Regras gerais de apresentação


Paginação: todas as páginas do livro ou folheto, a par-
tir da falsa folha de rosto, inclusive as páginas capitulares,
devem ser contadas sequencialmente, mas não numeradas.
A numeração, toda em algarismos arábicos, deve aparecer

69
ELEMENTOS DO LIVRO-REPORTAGEM

a partir da segunda página após o sumário. Sua localização


fica a critério do projeto gráfico da editora, desde que fora
da mancha.
Títulos internos: os títulos internos são destacados
do texto por um entrelinhamento maior e/ou outro re-
curso gráfico.
Títulos correntes: elemento opcional. Nome do autor e
título integral ou abreviado do livro, do capítulo ou da se-
ção. Colocados no alto da mancha e combinados, em geral,
com um dos seguintes pares à esquerda ou à direita, nas
páginas ímpares e pares, respectivamente:
a) autor (página par); título da seção ou capítulo (página
ímpar);
b) autor — título do livro (página par); autor — título da
seção ou capítulo (página ímpar).
Ilustrações: qualquer que seja seu tipo (desenhos, es-
quemas, fluxogramas, fotografias, gráficos, mapas, orga-
nogramas, plantas, quadros, retratos e outros), sua iden-
tificação aparece na parte inferior, precedida da palavra
designativa, seguida de seu número de ordem de ocorrência
no texto, em algarismos arábicos, do respectivo título e/ou
legenda explicativa (de forma breve e clara, dispensando
consulta ao texto) e da fonte. A ilustração deve ser inserida
o mais próximo possível do trecho a que se refere, conforme
o projeto gráfico.

Representação gráfica da estrutura


A sequência de gráficos a seguir representam a estrutura
do livro em sua forma mais simples, encontrada na maioria
dos livros-reportagem que pesquisamos.

70
Lombada
Orelha Quarta capa Capa Orelha

Verso da falsa folha


1 Falsa folha de rosto
de rosto 2

Dados de catalogação e
Folha de rosto
3 créditos
4
Dedicatória Verso da dedicatória
5 6

Verso dos
Agradecimentos
7 agradecimentos 8

Epígrafe Verso da epígrafe


9 10
Sumário Verso do sumário
11 12

Última página de texto


Início de texto do livro
13 do livro
14

Referências Colofão
15 16
Considerações finais

Todos os elementos que apresentamos no decorrer do li-


vro vão possibilitar que o autor tenha, ao final, um produto
editorial profissional e pronto para ser impresso.
Não abordamos alguns aspectos que estão no entorno
do processo de publicação do livro-reportagem, mas que
devem ser discutidos antes e depois da produção editorial.

Contratos
É preciso firmar algum tipo de documento com a edito-
ra ou com as empresas e profissionais envolvidos no traba-
lho, desde o mais simples contrato aos e-mails com propos-
tas orçamentárias.

Impressão
Existem muitos tipos de gráficas: as convencionais,
que somente imprimem quantidades acima de centenas

75
ELEMENTOS DO LIVRO-REPORTAGEM

de exemplares, mas também há gráficas ondemand, que


imprimem pequenas quantidades. Para ambos os casos é
preciso discutir o tipo de papel para capa e miolo e os ta-
manhos e específicações que são necessários para tudo dar
certo na impressão.
Os papéis mais comuns para o livro-reportagem é o
Pólen Soft 80g/m2 no miolo do livro (papel amarelado que
é considerado mais confortável para os olhos e dá melhor
acabamento). Na capa o papel mais comum é o Cartão Su-
premo 250g/m2.

Arquivos finais
Após terminar todo o trabalho, em qualquer que seja
o programa de computador escolhido para editar o livro,
é muito comum ser gerado um arquivo em PDF para que
a impressão possa ser realizada. É preciso tomar cuidado
com a resolução (qualidade), desde a das imagens até a dos
arquivos finais. Sempre opte por resolução acima de 150
pontos por polegada/dots per inches (dpi) e, preferencial-
mente, em 300dpi.

76
Lista de livros-reportagem
pesquisados

A incrível e fascinante história do Capitão Mouro,


Georges Latif Bourdoukan. 6ª ed. Casa Amarela, 2001.
A manha do Barão, Ipojuca Pontes. A Girafa Editora,
2008.
A primavera do dragão, Nelson Motta. Objetiva, 2011.
A privataria tucana, Amaury Ribeiro Jr. Geração Edi-
torial, 2011.
A sangue frio: relato verdadeiro de um homicídio
múltiplo e suas consequências, Truman Capote. Compa-
nhia das Letras, 2003
Adeus Hiroshima: sobreviventes da bomba recomeçam
a vida no Brasil, Denise Bertola. Edição da autora, 2014.
Angola, a esperança de um povo, Vinícius Souza e Ma-
ria Eugênia Sá. Editora Casa Amarela, 2004.
Caçadores de luz: histórias de fotojornalismo, Alan
Marques, Lula Marques, Sérgio Marques. Publifolha, 2008.

79
ELEMENTOS DO LIVRO-REPORTAGEM

Charles Miller: o pai do futebol brasileiro, John Robert


Mills. Panda Book, 2005.
Chatô: o rei do Brasil, a vida de Assis Chateaubriand,
Fernando Morais. 3ª ed. Companhia das Letras, 1994.
Corações sujos, Fernando Morais. 3ª ed. Companhia
das Letras, 2011.
Corta pra mim: os bastidores das grandes reportagens,
Marcelo Rezende. Planeta, 2013.
Dez dias que abalaram o mundo, John Reed. Penguin
Classics Companhia das Letras, 2010.
Disposición final, Ceferino Reato. 2ª ed. Sudamericana,
2012.
Do golpe ao Planalto: uma vida de repórter, Ricardo
Kotscho. Companhia das letras, 2006.
Esta noite a liberdade, Dominique Lapierre e Larry
Collins. 4ª ed. Difel, 1979.
Flores do asfalto: histórias de duas favelas paulistanas,
Viviane Cabrera. Futurama Editora, 2013.
Holocausto brasileiro, Daniela Arbex. 4ª ed. Geração
Editorial, 2013.
Honra teu Pai, Gay Talese. Companhia das Letras, 2011.
Longa caminhada até a liberdade, Nelson Mandela.
Nossa Cultura, 2012.
Massacre na Lapa, Pedro Estevam da Rocha Pomar. 2ª
ed. Editora Página Aberta, 1996.
Memórias de um sobrevivente: a verdadeira história
da ascensão e queda da Manchete, Arnaldo Niskier. Nova
Fronteira, 2012.
México insurgente, John Reed. Boitempo, 2010.

80
ISRAEL DIAS DE OLIVEIRA

O reino e o poder, Gay Talese. Companhia das Letras,


2000.
Olga, Fernando Morais. 16ª ed. Companhia das Letras,
2002.
Os Sertões, volume I e II, Euclides da Cunha. Abril,
2010.
Os últimos soldados da Guerra Fria, Fernando Morais.
Companhia das Letras, 2011.
Padre Landell de Moura: um herói sem glória, Hamil-
ton Almeida. Record, 2006.
Palestina, Joe Sacco. Conrad Editora do Brasil, 2011.
Partido da terra: como os políticos conquistaram o ter-
ritório brasileiro, Alceu Luís Castilho. Contexto, 2012.
Plano de Ataque, Bob Woodward. Globo, 2004.
Políticos do Brasil, Fernando Rodrigues. Publifolha,
2006.
Radical chique & O terror dos RPs, Tom Wolf. Rocco,
1997.
Realidade re-vista, José Hamilton Ribeiro, José Carlos
Marão. Realejo Edições, 2010.
Rota 66, Caco Barcelos. 14ª ed. Record, 2012.
Televisionários: a história da Facção Exército Verme-
lho, Tom Vague. Conrad Editora do Brasil, 2001.
Todos os homens do presidente, Carl Bernstein e Bob
Woodward. Três Estrelas, 2014.
Uma África que não existe, Jesse panegassi. Futurama,
2012.
Uma história de Sarajevo, Joe Sacco. Conrad Editora
do Brasil, 2005.

81
ELEMENTOS DO LIVRO-REPORTAGEM

Vala Clandestina de Perus: desaparecidos políticos,


um capítulo não encerrado da história brasileira. Instituto
Macuco, 2012.

Lista de livros-reportagem produzidos

A ebriedade mora ao Centro, Murilo Carini. Edição do


autor, 2015.
Abrigados: as políticas brasileiras voltadas à imigração
massiva de haitianos e senegaleses pelo Estado do Acre, Ma-
riana Costa. Edição da autora, 2015.
Comunicárcere: a incomunicacão nos presídios femi-
ninos de São Paulo, Daiana Fernandes, Fernanda Macedo e
Juliana Dantas. Edição das autoras, 2014.
Corações Camponeses: crimes do Estado brasileiro,
Emanuelle Herrera, Israel Dias. Edição dos autores, 2014.
Crimes de maio de 2006: os + de 500 assassinatos no revide
aos ataques do PCC, Jennifer Vargas. Edição da autora, 2015.
Crônicas Passageiras, Ana Paula Faine. Edição da au-
tora, 2015.
Desenterrando a História, Mariana Prates, Sara Loup,
Rebeca Gois. Edição das autoras, 2015.
Escola Base: onde e como estão os protagonistas do
maior crime da imprensa brasileira, Emílio Coutinho, Edi-
tora Casa Flutuante, 2016.
Estender o Tapete ou Esconder a Sujeira? Glamour e
stress do mundo corporativo, Amanda Fagundes. Edição
das autoras, 2015.
Fios Soltos: memórias de Idosos, Débora Vasconcelos e
Juliana Guimarães. Edição das autoras, 2014.

82
ISRAEL DIAS DE OLIVEIRA

Funk em SP: funk em São Paulo: Bailes, produtoras,


personagens e peculiaridades da cena paulistana em 2015,
Nayme Bizaio e Paloma Bianca. Edição das autoras, 2015.
Já é! SP - Cultura da periferia - 3º milênio, Mirian Bene-
vides e Raylane Kaur. Edição das autoras, 2016.
Lábias da Língua: a emergência do Crioulo cabo-ver-
diano, Denise Lobo. Edição da autora, 2014.
Lado B de Embu das Artes, Silvia Martins. Edição das
autoras, 2015.
Luz em preto & branco, Israel Dias. Editora Casa Flu-
tuante, 2016.
Mães Negras: histórias de amor, dedicação e coragem,
Marília Barbosa, Melissa Silva, Paloma Martins e Vanessa
Alves. Editora Casa Flutuante, 2016.
Manifestações à brasileira: análise dos protestos que
mexeram com o país, Rodrigo Sales, Marina Lopes e Carlos
Oliveira. Edição dos autores, 2015.
Máscaras sócias, Erick Henrique e Jéssica Verissimo.
Edição dos autores, 2016.
O caminho além das letras, David Pereira Júnior, In-
grid Nunes Tanii, Letícia Evaristo Polydoro, Nathália R. R.
Henrique e Nicolas Tomé. Edição dos autores, 2015.
Professores que abandonam a profissão, Isabel Fonse-
ca. Edição da autora, 2015.
Religiões menos conhecidas de São Paulo, Michelle
Palermi. Edição da autora, 2015.
Se meu food truck falasse, Geane Kelly de Moraes Cor-
seiro. Edição da autora, 2015.
Somos as bruxas que não puderam queimar, Ana Cla-
ra Romanelli e Cinthia Viana. Edição das autoras, 2015.

83
ELEMENTOS DO LIVRO-REPORTAGEM

Travessias: a experiência de moradores das regiões pe-


riféricas com o transporte público da cidade de São Paulo,
Giovanna Moderiano, Raissa Montilla e Fernando Campa-
nini, 2016.
Vizinhos da Cracolândia: a memória de quem viu um
mundo paralelo se erguer na região da Luz, Celso Costa Jr.
Gabriela Souza. Edição dos autores, 2014.

84
Termos técnicos

Alguns termos que compõe esssa lista não foram utili-


zados no decorrer do livro, mas em algum momento o leitor
poderá ouvir ou ser perguntado sobre ele.

Agradecimentos: texto em que o autor faz agradeci-


mentos dirigidos àqueles que contribuíram de maneira re-
levante à elaboração da publicação.
Anexo: texto ou documento não elaborado pelo autor,
que serve de fundamentação, comprovação e ilustração.
Apêndice: texto ou documento elaborado pelo autor, a
fim de complementar sua argumentação, sem prejuízo da
unidade nuclear do trabalho.
Apresentação: é escrito pelo próprio autor; se escrito
por terceiro, é o chamado de “prefácio”.
Caderno: folha impressa, anverso e verso, que, depois
de dobrada, resulta em 4, 8, 16, 32 ou 64 páginas.

87
ELEMENTOS DO LIVRO-REPORTAGEM

Capa: revestimento externo, de material flexível (bro-


chura) ou rígido (cartonado ou encadernado). A primeira
e a quarta capas são as faces externas da publicação. A se-
gunda e a terceira capas são as faces internas ou verso da
primeira e quarta capas, respectivamente.
Coleção: o mesmo que série.
Colofão: indicação, no final do livro ou folheto, do
nome do impressor, local e data da impressão e, eventual-
mente, outras características tipográficas da obra.
Crédito: indicação dos nomes pessoais ou institucionais
e da natureza da participação intelectual, artística, técnica
ou administrativa na elaboração da publicação.
Dados internacionais de catalogação na publicação
ou Ficha Catalográfica: registro das informações que iden-
tificam a publicação na sua situação atual, incluindo o Nú-
mero Internacional Normalizado para Livro ou Internatio-
nal Standard Book Number (ISBN).
Dedicatória: texto em que o(s) autor(es) presta(m) ho-
menagem e/ou dedica(m) seu trabalho.
Direito autoral (copyright): proteção legal que o autor ou
responsável (pessoa física ou jurídica) tem sobre a sua produ-
ção intelectual, científica, técnica, cultural ou artística.
Edição: todos os exemplares produzidos a partir de um
original ou matriz. Pertencem à mesma edição de uma pu-
blicação todas as suas impressões, reimpressões, tiragens,
etc., produzidas diretamente ou por outros métodos, sem
modificações, independentemente do período decorrido
desde a primeira publicação.
Editora: casa publicadora, pessoa(s) ou instituição(ões)
responsável(eis) pela produção editorial de uma publicação.

88
ISRAEL DIAS DE OLIVEIRA

Elementos pós-textuais: elementos que complementam


o trabalho.
Elementos pré-textuais: elementos que antecedem o
texto, com informações que ajudam na sua identificação
e utilização.
Elementos textuais: parte do trabalho em que é exposta
a matéria.
Encarte: folha ou caderno, em geral de papel ou formato
diferente, contendo ou não ilustrações, intercalado no mio-
lo, sem ser incluído na numeração.
Epígrafe: texto em que o autor apresenta uma citação,
seguida de indicação de autoria, relacionada com a matéria
tratada no corpo do trabalho.
Errata: lista que indica as páginas e linhas em que ocor-
rem erros, seguidas das devidas correções. Apresenta-se,
quase sempre, em papel avulso ou encartado, acrescido ao
trabalho depois de impresso.
Falsa folha de rosto: folha opcional que antecede a fo-
lha de rosto, também chamada de olho e anterrosto.
Ficha catalográfica: idem aos dados internacionais de
catalogação na publicação
Folha de rosto: folha que contém os elementos essen-
ciais à identificação do trabalho, também chamada de rosto.
Folhas de guarda: folhas dobradas ao meio e coladas
no começo e no fim do livro, para prender o miolo às capas
duras, também chamadas de guardas.
Folheto: publicação não periódica que contém no mí-
nimo cinco e no máximo 49 páginas, excluídas as capas, e
que é objeto de Número Internacional Normalizado para
Livro (ISBN).

89
ELEMENTOS DO LIVRO-REPORTAGEM

Glossário: lista em ordem alfabética de palavras ou ex-


pressões técnicas de uso restrito ou de sentido obscuro uti-
lizadas no texto, acompanhadas das respectivas definições.
Ilustração: desenho, gravura e/ou imagem que acompa-
nham um texto.
Legenda: texto explicativo, redigido de forma clara,
concisa e sem ambiguidade, para descrever uma ilustração,
tabela, quadro, etc.
Local: cidade onde está estabelecida a editora.
Mancha: área de grafismo de um layout ou página, tam-
bém chamada mancha gráfica.
Marcador: fita presa entre o miolo e a lombada do livro
ou folheto, para marcar a folha de leitura.
Miolo: conjunto de folhas, reunidas quase sempre em
cadernos, que formam o corpo da publicação.
Nota: indicação, observação ou aditamento ao texto,
feita pelo autor e/ou tradutor e/ou editor.
Nota de referência: nota que indica fontes consulta-
das ou remete a outras partes da obra em que o assunto
foi abordado.
Nota de rodapé: indicação, observação ou aditamen-
to ao texto feito pelo autor, tradutor ou editor, poden-
do também aparecer na margem esquerda ou direita da
mancha gráfica.
Nota explicativa: nota usada para comentários, escla-
recimentos ou explanações que não possam ser incluídos
no texto.
Orelha: cada uma das extremidades da sobrecapa ou da
capa do livro, dobrada para dentro e, em geral, com texto
sobre o autor ou o livro.

90
ISRAEL DIAS DE OLIVEIRA

Orfã ou linha orfã: a linha orfã é o início do parágrafo


que fico sozinho na página. Digamos que o parágrafo tenha
15 linhas e a primeira linha ficou na página par e o restante
do parágrafo foi para a página ímpar.
Página: uma das duas faces da folha.
Página capitular: página de abertura das unidades
maiores do texto (partes e capítulos com apresentação grá-
fica uniforme ao longo do texto).
Posfácio: matéria informativa ou explicativa, posterior
à conclusão do texto, que, de alguma forma, altere ou con-
firme seu conteúdo.
Prefácio: texto de esclarecimento, justificação ou co-
mentário, escrito por outra pessoa, também chamado de
“apresentação” quando escrito pelo próprio autor.
Primeira edição: primeira publicação de um original.
Publicação: conjunto de páginas impressas com a fina-
lidade de divulgar informação.
Reedição: edição diferente da anterior, seja por modi-
ficações feitas no conteúdo, na forma de apresentação do
livro ou folheto (edição revista, ampliada, atualizada, etc.)
ou seja por mudança de editor. Cada reedição recebe um
número de ordem: 2ª edição, 3ª edição, etc.
Série: conjunto de itens sobre um tema específico ou
não, com autores e títulos próprios, reunidos sob um tí-
tulo comum.
Sobrecapa: cobertura solta, em geral de papel, que pro-
tege a capa da publicação.
Subtítulo: Informações apresentadas em seguida ao tí-
tulo, visando a esclarecê-lo ou complementá-lo, de acordo
com o conteúdo do item.

91
ELEMENTOS DO LIVRO-REPORTAGEM

Tabela: elemento demonstrativo de síntese que constitui


unidade autônoma.
Tiragem: total de exemplares impressos a cada edição
ou reimpressão da publicação.
Título: palavra, expressão ou frase que designa o assun-
to ou o conteúdo de um item.
Título corrente: linha impressa ao alto de cada página
do texto com a indicação do(s) nome(s) do(s) autor(es), do
título da publicação e do título do capítulo ou seção.
Viúva ou linha viúva: na diagramação, quando uma li-
nha de texto fica solitária, sem uma continuidade ou divisão
com o todo do parágrafo. O ideal, nesse caso, é colocar duas
linhas ou mais juntas, quando for necessária essa divisão.
Também não é correto separar sílabas de uma página para
outra, salvo se for da página par para ímpar.
Volume: unidade física da publicação.

92
Referências

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.


NBR 6029: Informação e documentação — Livros e folhetos
— Apresentação. 2. ed. Rio de Janeiro: ABNT, 2006.

HASLAM, Andrew. O livro e o designer II: como criar e


produzir livros. 2. ed. São Paulo: Rosari, 2010.

LIMA, Edivaldo Pereira. O que é livro-reportagem. São


Paulo: Brasiliense, 1998. (Coleção primeiros passos).

LIMA, Edivaldo Pereira. Páginas Ampliadas: o livro-


reportagem como extensão do jornalismo e da literatura. 4.
ed. Barueri, SP: Manole, 2009.

TSCHICHOLD, Jan. A forma do livro: ensaios sobre


tipografia e estética do livro. Cotia, SP: Ateliê Editorial, 2007.

95
Título Elementos do livro-reportagem: conceitos
básicos do processo editorial para
estudantes de jornalismo e jornalistas
independentes

Formato 14x21cm
Tipografia textos Minion Pro
Tipografia títulos Minion Pro Bold

Diagramação Israel Dias de Oliveira


Revisão Denise Gomide

Flutuante
editora
Rua Manuel Ramos Paiva, 429 - São Paulo - SP
Fone: (11) 2936-1706 / 95497-4044
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eBook
ISBN 978-85-5869-039-3

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