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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL

ENGENHARIA MECÂNICA

BRUNO CONTI FRANCO


MARIA CAROLINA DOS SANTOS
RAFAEL TESTA

FRESADORA

Porto Alegre

2009
Índice
FRESADORA.....................................................................................................................4
CLASSIFICAÇÃO DAS FRESADORAS.............................................................................................4
Fresadora vertical................................................................................................5
Fresadora universal..............................................................................................5
Fresadora especial..............................................................................................5
Fresadora ferramenteira.....................................................................................5
TIPOS DE FRESAMENTO........................................................................................................5
Fresamento Cilíndrico...........................................................................................5
VARIÁVEIS E PARÂMETROS DE CORTE........................................................................................6
FRESAS..........................................................................................................................6
POSIÇÃO DAS NAVALHAS.......................................................................................................6
MOVIMENTOS DA FRESA........................................................................................................8
SELEÇÃO DOS PARÂMETROS DE FRESAMENTO................................................................................8
CLASSIFICAÇÃO DAS FRESAS CONFORME A SUA FORMA GEOMETRIA.........................................................9
CLASSIFICAÇÃO DAS FRESAS CONFORME O SEU EMPREGO...................................................................9
OPERAÇÃO DE FRESAR........................................................................................................10
FLUIDOS DE CORTE...........................................................................................................10
TIPOS DE LUBRIFICANTES.....................................................................................................10
Lubrificantes gasosos.........................................................................................10
Lubrificantes Líquidos.........................................................................................10
Óleos Minerais....................................................................................................10
Óleos Graxos......................................................................................................11
Vegetais Animais................................................................................................11
Óleos Compostos................................................................................................11
Óleos Sintéticos..................................................................................................11
Lubrificantes Pastosos.......................................................................................11
EXEMPLO DE PEÇAS FRESADAS...............................................................................................11
Rasgo de Chaveta..............................................................................................11
Cabeçote de Motor:............................................................................................11
FRESADORA CNC............................................................................................................12
CONCLUSÃO...............................................................................................................................13
REFERÊNCIAS..............................................................................................................14
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Introdução

......... O objetivo desse trabalho é apresentar o conceito de funcionamento de uma fresadora e exemplificar suas operações e
aplicações na produção.
A fresadora pode ser definida como uma máquina cuja ferramenta está animada de movimento de rotação e arranca material
em excesso, em forma de cavacos mais ou menos reduzidos, muito parecidos com uma vírgula. A ferramenta empregada na
fresadora tem o nome de “fresa” que é um sólido de revolução apresentando vários dentes que trabalham intermitentemente. Em
virtude de seu grande número de dentes esse seu trabalho é quase contínuo.
A fresadora é de largo emprego na indústria e temos máquinas CNC que possuem de cinco a sete eixos executando projetos
complexos que exijam grande precisão em tempos relativamente curtos devido ao seu baixo tempo de setup e alta velocidade de
operação.
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Fresadora

A usinagem é o processo mecânico de remoção de material largamente utilizado na indústria devido a sua flexibilidade
quanto às características do processo que ela compreende e a geometria da peça. De acordo com Ferraresi (1977) e Brown
(1998), operação de usinagem pode ser entendida como processo que conferem a peça sua forma, dimensões e acabamento
através da remoção de material sobressalente na forma de cavacos. Logo, entende-se como fresamento o processo que gera
superfícies através da remoção progressiva de material da peça de trabalho, em pequenas quantidades conhecidas como cavaco,
mediante um movimento entre o gume de corte de uma ferramenta rotativa e a peça de trabalho.
Neste processo a ferramenta é que tem o movimento giratório ao contrario do que ocorre no torneamento.
Este processo apresenta dois movimentos distintos de interação entre peça e ferramenta, movimentos concordante e
discordante. Estes movimentos caracterizam métodos de usinagem que modificam a ação da ferramenta em relação à peça,
podendo, portanto influenciar no acabamento, desgaste da ferramenta e na vibração do sistema máquina peça.
A máquina denomina-se fresadora e a ferramenta que executa o processo de fresagem chama-se fresa que possui
múltiplos gumes cortantes.
Vantagens do processo
*Cada corte só fica em contato com a peça durante alguns instantes da rotação podendo ser refrigerado ao longo do
resto do ciclo.
* A operação propicia a usinagem de superfícies apresentando qualquer orientação, porque tanto a peça quanto a
ferramenta podem se movimentar em mais de uma direção, ao mesmo tempo.

Classificação das Fresadoras


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As fresadoras se classificam segundo a posição do eixo-árvore em relação à superfície da mesa de
coordenadas. Desta forma, salientam-se fresadoras dos seguintes tipos: horizontal, vertical, universal e especial.
Fresadora Horizontal
O eixo-árvore ocupa a posição horizontal, paralela à superfície da mesa da máquina. A peça é presa num divisor ou
numa morsa, podendo se deslocar em qualquer eixo horizontal (x, y).
Fresadora vertical
O eixo-árvore ocupa posições verticais, perpendiculares à superfície da mesa da máquina. A peça pode se deslocar nas
coordenadas x e/ou y em relação à ferramenta, sua fixação também pode ser através de um "divisor" ou de uma "morsa".
Fresadora universal
É a máquina mais versátil, chamada assim porque permite que sejam efetuados diversos tipos de trabalhos diferentes.
Essa versatilidade deve-se a seus acessórios especiais: cabeçote universal, eixo porta-fresa, cabeçote divisor e contraponta, mesa
circular, aparelho contornador e mesa inclinável. A peça pode ser deslocada em qualquer eixo, x, y e z, e ainda pode sofrer
rotações nos sentidos horário e anti-horário simultaneamente aos movimentos tridimensionais. Este poder de mobilidade confere
à peça qualquer formato que se desejar.
Fresadora especial
Enquadram-se nesta classe as fresadoras que se destinam a trabalhos específicos. Por exemplo: fresadora copiadora,
cortadora de rodas dentadas, ferramenteira, etc.
Fresadora ferramenteira
A fresadora ferramenteira destaca-se como a de maior importância para a realização dos trabalhos de ferramentaria,
sendo, portanto, objeto de estudos mais detalhados. A fresadora-ferramenteira é usada em trabalhos especiais. Assemelha-se a
fresadora vertical com alguns recursos de movimento em seu cabeçote vertical girando no sentido do eixo x, eixo y e z. Em
alguns momentos podemos operá-la como fresadora horizontal. Para isso, monta-se nela um cabeçote especial que aciona o eixo
horizontal e a torna mais versátil. Pode-se montar em seu cabeçote: mandril porta-pinça, mandril universal ou de aperto rápido.
Esta máquina se destaca por sua versatilidade, precisão e rendimento com auxilio de régua e indicador digital.

Tipos de Fresamento
Fresamento Cilíndrico
Dentes ativos encontram-se na periferia (superfície cilíndrica) da ferramenta, e o eixo da ferramenta é paralelo à
superfície a ser usinada. As ferramentas usadas no fresamento tangencial são chamadas fresas cilíndricas ou tangenciais.

Fresamento Cilíndrico pode ser concordante ou discordante

Movimento concordante de corte Movimento discordante de corte

Fresamento frontal – dentes ativos estão na superfície frontal da ferramenta, cujo eixo é perpendicular à superfície a
ser usinada. As ferramentas usadas no fresamento frontal são chamadas fresas frontais ou de topo.
Principais movimentos na fresagem:
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• Movimento de avanço.
• Movimento de corte.
• Curso útil de uma das navalhas.

Variáveis e Parâmetros de Corte


No fresamento, assim como nos demais processos de usinagem, existem uma série de importantes parâmetros de corte a
considerar. Eles descrevem quantitativamente os movimentos, as dimensões e outras características da operação de corte. Os
parâmetros de movimento são:

Freqüência de rotação (n - rpm): é o número de voltas por unidade de tempo que a fresa dá em torno do seu eixo.

Velocidade de Corte (Vc – m/min): é a velocidade instantânea do ponto selecionado sobre o gume, no movimento de
corte, em relação à peça. No fresamento, o movimento de corte é proporcionado pela rotação da ferramenta.

Velocidade de Avanço (vf – mm/min): É a velocidade instantânea do ponto selecionado sobre o gume, no movimento
de avanço, em relação à peça. No fresamento, o movimento de avanço é provocado pela translação da ferramenta sobre a peça ou
vice-versa.

Fresas
A fresa é a ferramenta que a fresadora usa para usinar as peças. São feitas principalmente de aço rápido, exceto quando
são fresas muito grandes, quando são então feitas de aço de ferramenta (por ser mais barato) e nela são inseridas navalhas de aço
rápido.

• a) passo pequeno apropriado para aço duro


• b) passo médio apropriado para aço macio
• c) passo grande apropriado para metais leves em geral
Ângulos que temos na usinagem
α – ângulo de folga.
β – ângulo de cunha.
γ – ângulo de saída

Posição das navalhas


Fresa com navalhas paralelas – abrange o cavaco em toda a sua largura, rendimento de corte reduzido.
Fresa com navalhas helicoidais-corte mais silencioso, quando uma navalha deixa a peça à outra já começa o corte, e
os cavacos escoam para o lado da ferramenta.
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Formato das fresas
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Movimentos da fresa
São possíveis em duas situações distintas que influenciam na vida da ferramenta durante a penetração do gume num
processo concordante. Quando o centro da ferramenta esta acima da superfície a ser usinada, nesta situação a aresta está sujeita a
esforços de tração, pois o choque entre a ferramenta e a peça acontece próximo ao gume de corte, esse fenômeno influência nas
avarias trincas, lançamento e quebra do gume;
Quando o centro da ferramenta está abaixo da superfície a ser usinada. Nesta situação a aresta está sujeita a esforços de
compressão, solicitação besta para qual o material foi desenvolvido, portanto melhorando seu desempenho e apresentando
resultados satisfatórios.
Portanto, no que diz respeito ao sentido do corte concordante, este se mostrou eficiente quanto à minimização do atrito
entre a peça e a ferramenta, mas o fato do movimento de corte da ferramenta ser o mesmo do movimento de avanço causa
vibração no sistema, que acarreta queda na qualidade da superfície usinada. No fresamento discordante, os movimentos da
ferramenta e da peça têm os sentidos contrários, quando o corte inicia na espessura mínima do cavaco aumentando até seu valor
máximo. Percebe-se que há um grande atrito entre a ferramenta e a peça, acarretando num aumento da força de corte. Isso
acarreta um drástico aumento da pressão específica do gume de corte sobre a peça, conseqüentemente aumentando a força de
corte e o atrito entre a ferramenta e a superfície. Isto faz com que a temperatura aumente e a vida da ferramenta diminua em
função destes fatores. Quando a pressão da aresta cortante atinge um valor capaz de vencer a elasticidade do material, a mesma
penetra na peça realizando o corte, mas a superfície usinada acaba sofrendo encruamento durante a sua geração devido ao
contínuo esforço realizado pela ferramenta durante a sua penetração na peça, e com a composição dos movimentos de corte e
avanço, a aresta cortante retira uma porção de cavaco em forma de vírgula. No início do corte a fresa toca a peça e força-a contra
a mesa de fixação, causando uma força que tende a afastá-las. Porém no fim do corte, a ferramenta puxa a peça. Esta variação de
intensidade e do sentido da força de corte produz vibrações que prejudicam a tolerância e o acabamento superficial da superfície
fabricada.
Quanto ao corte discordante, pode ser notado que neste movimento há um grande atrito durante o corte, isso leva ao
aumento da força de corte que compromete o acabamento e eleva o desgaste da ferramenta pelo aumento da temperatura de
corte. Para determinar esse parâmetro, deve ser levado em consideração o material a ser usinado, e faz-se necessário optar por
um aspecto mais importante entre o custo e o acabamento.

Seleção dos Parâmetros de Fresamento

Profundidade de usinagem

Como este parâmetro tem pouca influência no desgaste da ferramenta e na rugosidade, e como esse parâmetro se
relaciona com a quantidade de material removido, do ponto de vista de custos, deve-se usar a maior profundidade de corte
possível, principalmente quando a operação realizada é de desbaste;
Avanço
Para seleção deste parâmetro deve-se levar em consideração o tipo da ferramenta, o material da ferramenta, acabamento
da superfície e potência da máquina. Com o aumento do avanço, consegue-se um decréscimo da potência consumida. Portanto,
mantendo-se a velocidade de avanço e a rotação da ferramenta constante, para uma ferramenta com número reduzido de dentes,
o consumo de potência será menor. Como este parâmetro tem intima ligação com o acabamento merece atenção especial, em
operações de acabamento, devem-se utilizar valores baixos de avanço, principalmente porque neste tipo de operação a
profundidade de corte é baixa, e com a velocidade de corte alta aliada ao numero de gumes da ferramenta tendem a tornar o
processo pouco produtivo. Outra vantagem da utilização de um valor elevado de avanço é que a espessura média do cavaco se
torna maior, reduzindo o valor da pressão específica de corte e, conseqüentemente, da potência consumida na operação, desde
que a velocidade de avanço seja mantida constante;

Velocidade de corte
Este é o parâmetro que possui maior influência na vida da ferramenta. Como este parâmetro determina a eficiência do
corte durante o processo, na etapa de acabamento, devem ser usadas altas velocidades de corte, aliadas ao correto valor de
avanço, irão proporcionar o corte eficiente do material compondo, portanto valores satisfatórios de acabamento. Na etapa de
desbaste, esse parâmetro deve ser mais baixo do que durante o acabamento, pois isto faz com que a vida da ferramenta seja
maior, sem prejudicar a produtividade do processo, e a potência consumida não tenha valores altos demais, pois a potência é uma
grandeza diretamente ligada à velocidade de corte, devido à baixa influência deste parâmetro no valor da pressão específica de
corte. Estas considerações são verdadeiras se a profundidade de corte e o avanço permanecerem constantes. Todos esses
parâmetros têm influência significativa quanto aos custos do processo bem como no acabamento. Quanto maior profundidade de
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usinagem maior será a carga sobre a ferramenta, se o avanço for excessivo e a velocidade de corte não estiver de
acordo com os parâmetros de avanço e profundidade de corte, o esforço sobre a ferramenta será grande e pode causar a deflexão
da mesma. A deflexão da ferramenta é um fenômeno que acarreta erros na superfície usinada. Estes erros estão relacionados
com o carregamento de corte ao qual a ferramenta é submetida.
Quanto aos valores de avanço, este deve ser determinado a partir da ferramenta que será utilizada na operação, mais
especificamente ao seu número de gumes cortantes. Para operações de acabamento devem ser usados valores baixos de avanço,
aliados a altas velocidades de corte para se obter resultados satisfatórios com relação ao acabamento. Este parâmetro caracteriza
uma baixa produtividade do processo, porém possui a característica de reduzir o valor da pressão específica de corte,
conseqüentemente, baixo consumo de potência.
Para se obter um bom acabamento deve-se utilizar altas velocidades de corte, pois este parâmetro proporciona o corte
eficiente do material.

Classificação das Fresas conforme a sua forma geometria

As fresas podem Fresas cilíndricas: possuem gumes ser cilíndricas cônicas ou de forma:

Exclusivamente na sua periferia, usadas para o desbaste e acabamento de superfícies, produzem superfícies planas
paralelas ao eixo do mandril.

Fresas Cônicas: produzem superfícies angulares que não são paralelas nem perpendiculares ao seu eixo;
Fresas de Forma: são fresas com uma forma determinada para fazer um rasgo do tipo desejado, como as fresas de
módulo para dentes de engrenagens sulcos de machos, barras, etc.
As fresas comuns têm os dentes fresados, enquanto as de perfil constante têm os dentes detalonados.

Classificação das fresas conforme o seu emprego

As fresas se classificam conforme o seu emprego da seguinte maneira:


Fresas Cilíndricas para Aplainar: estas fresas têm os dentes dispostos na superfície cilíndrica externa e as superfícies
frontais são planas e paralelas;

Fresas Cilíndricas frontais: as fresas cilíndrico-frontais foram criadas para favorecer o desbaste em virtude dos dentes
frontais serem estreitos. São construídas com dentes retos e helicoidais;
Fresas de Disco: têm esse nome em virtude da pequena espessura em relação ao seu diâmetro. Podem ser de dois ou
três cortes.
As de dois cortes têm os dentes em uma só face e na circunferência. Servem para o acoplamento com as fresas
cilíndricas ou de forma, constituindo um grupo cortante. Essas fresas conjugadas no mandril e separadas convenientemente
servem para usinar várias superfícies ao mesmo tempo.
As fresas de três cortes têm dentes na circunferência e nas duas faces. Estas fresas servem para múltiplos trabalhos.
Fresas de Haste: quando o diâmetro da fresa é muito pequeno, esta possui uma haste paralela ou cônica. Pode ser de
haste cilíndrica com hélice e corte à esquerda ou haste cônica, hélice e corte à esquerda.
São ferramentas empregadas para grandes velocidades e isso é possível graças ao grande número de dentes e sua boa
distribuição periférica que além do corte favorecem a saída do cavaco.
Fresas para fazer canais e rasgos de chavetas: para a execução de canais e rasgos de chavetas empregam-se tipos
especiais de fresas, que devem reproduzir o contorno da seção do canal ou do rasgo de chaveta que se deseja obter. Servem para
trabalhar tanto lateralmente como de topo.
Fresas em forma de disco: serras circulares usadas para corte de peças e fresamento de ranhuras estreitas.
Fresas Angulares: são fresas geralmente destinadas à fabricação de outras ferramentas, visto que servem mais para
abrir canais, dentes etc, e não para o trabalho em superfícies planas e extensas. A disposição e as características dos dentes são
semelhantes aos das outras fresas já mostradas anteriormente. Podem ser com dentes normais, de dentes retos de alto rendimento
e para metais macios com dentes inclinados.
As fresas angulares podem ser classificadas também em dois grupos: fresas de duas inclinações e fresas de duas arestas
cortantes assimétricas. As de dupla conicidade permitem a execução de sulcos helicoidais.
Fresas Curvas: são fresas empregadas para usinagem de entalhes. Em virtude da dificuldade de afiação dessas
ferramentas resulta a necessidade de se limitar o uso das mesmas. Os tipos mais simples são empregados principalmente na
fabricação de peças em série e de ferramentas para trabalhos mecânicos.
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Fresas de lâmina ou de dentes postiços: as fresas com lâminas são ferramentas constituídas de um corpo
maciço, uma série de lâminas cortantes colocadas convenientemente, e trocadas quando gastas pelo uso. Com este sistema
resolve-se o problema da construção de fresas de grandes dimensões. A possibilidade de construir-se o dente, em forma de faca,
separado do corpo da fresa, permite o emprego de materiais de melhor qualidade para a fabricação de lâminas.
Fresas módulo helicoidal para filetar: As fresas-módulo são comumente de disco perfilado construídas e
dimensionadas em relação ao número de dentes das engrenagens a serem abertos. As fresas helicoidais que possuem um perfil
especial, também se empregam na execução de engrenagens de dentes retos e helicoidais. As fresas para filetar externa e
internamente têm grande emprego, pela precisão e rendimento que oferecem. Na fresagem de filetes comprido, empregam-se
fresas de disco; para filetes curtos as fresas múltiplas.
Fresas serras: para cortar metais, usam-se fresas de disco denominadas serras circulares. São caracterizadas
principalmente, pela forma dos dentes. De fato, as de dentes finos servem para cortes pouco profundos; as de dentes médios para
metais diversos. Podem ser classificadas conforme o tipo dos dentes: dentes finos, dentes médios, dentes grossos e dentes
espaçados.
Fresas de perfil: empregadas para reproduzir na peça o perfil exato da fresa que se emprega. Nem sempre, porém,
essas ferramentas são de uma só peça; em muitos casos se formam de dois ou mais ferramentas conjugadas e montadas no
mesmo mandril.
Fresas lima: são as fresas empregadas nas operações de ajustagem, dispostas em porta-ferramenta rotativas com eixo
flexível.

Operação de fresar
À proporção que o trabalho é feito, com o avanço da fresa, a remoção do material que está sendo usinado depende,
principalmente, das dimensões do avanço e da quantidade de cavacos retirados durante um certo tempo.
A espessura do cavaco depende do número de dentes da fresa diminuindo com o aumento deste, variando ainda com o
avanço e com a velocidade de rotação da fresa.
O aumento da largura de corte poderá aumentar a quantidade de material removido, permanecendo imutáveis as outras
variáveis. Contudo, tem que se levar em conta o aumento dos esforços sobre a árvore, seus suportes, órgãos da máquina e a
resistência da própria fresa.
O tamanho do cavaco, depende então, principalmente, de quatro fatores:
• Velocidade de corte dos dentes através da peça;
• Proporção segundo a qual o trabalho avança para o corte;
• Profundidade do corte.

Fatores outros, que constituem elementos fixos, podem variar a quantidade de material retirado. Por exemplo, a natureza
da máquina, permitindo maiores esforços; a possibilidade de se refrigerar a ferramenta.

Fluidos de corte
A utilização de fluído de corte na usinagem foi introduzida por Taylor em 1890. Inicialmente ele utilizou água para
resfriar a ferramenta, depois uma solução água e soda ou água e sabão para evitar a oxidação da peca e (ou) da ferramenta.
Óleos possuem melhor poder lubrificante que a água, podendo assim reduzir a geração de calor devido ao atrito entre
cavaco e ferramenta e assegurar um melhor acabamento superficial à peça.

Tipos de lubrificantes
Substância as mais variadas são usadas como lubrificantes. De acordo com seu estado de agregação, os lubrificantes
podem ser classificados em: gasosos, líquidos, pastosos e sólidos.
Lubrificantes gasosos
Os lubrificantes gasosos são usados em casos especiais, em lugares onde não são possíveis as aplicações dos
lubrificantes convencionais. Podemos citar alguns deles, como o ar, nitrogênio, etc.
Lubrificantes Líquidos
Os líquidos são em geral preferidos como lubrificantes porque eles penetram entre partes móveis pela ação hidráulica, e
além de manterem as superfícies separadas, atuam também como agentes removedores de calor.
Óleos Minerais
São produzidos de crus de composição muito variada, mas formados por grande número de hidrocarbonetos (compostos
de hidrogênio e carbono) pertencentes a três classes principais: parafinicos, naftênicos e aromáticos. Os crus passam por
diferentes tratamentos, tais como destilação fracionada, remoção de asfalto, refinação de ácido e refinação por solvente.
A escolha seqüência dos tratamentos dependem tanto da natureza do cru, como dos produtos finais desejados.
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......Conforme o processo adotado, pode o lubrificante apresentar grande variação de características quanto à
viscosidade, volatilidade, resistência à oxidação, etc.
Óleos Graxos
Foram os primeiros lubrificantes a serem utilizados pelo homem com o desenvolvimento industrial e o aperfeiçoamento
da maquinaria, houve a necessidade imperativa da substituição dos óleos graxos pelos óleos minerais.
A principal desvantagem dos óleos graxos está em sua pequena resistência a oxidação, rancificando-se facilmente e
formando gomosidades.

Os óleos graxos conforme sua origem, podem ser classificados em:


Vegetais Animais
Os óleos vegetais normalmente utilizados são: óleo de rícino, óleo de coco, óleo de oliva, óleo de semente de algodão.
Dos óleos de origem animal, podemos citar de baleia, óleo de foca, óleo de espermacete, óleo de peixe, óleo de mocotó,
óleo de banha (banha de porco).
Óleos Compostos
São misturas de óleos graxos, com óleos minerais.Essas adições são de até 30% e tem por finalidade conferir ao
lubrificante maior oleosidade e também facilidade de emulsão em presença de vapor d’água.
Óleos Sintéticos
Estes óleos estão em continuo desenvolvimento, utilizados apenas em casos específicos.
Lubrificantes Pastosos
Compreendem as graxas e as composições lubrificantes.

Exemplo de peças fresadas


Rasgo de Chaveta

Rasgo de chaveta em um eixo sendo feita por uma fresadora vertical usando uma fresa de topo.

Cabeçote de Motor:

Rasgo de aleta de refrigeração em cabeçote de motor com uso de fresa em forma de disco
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Fresadora CNC

Hoje em dia com o avanço tecnológico e com a demanda de produto mais rápido e com custo mais barato surgiram as
fresadoras CNC’s, onde tem um comando numérico que orienta a fresadora a fazer a executar um determinado projeto.
As fresadoras CNC’s tem grande importância na indústria, ela consegue fazer um numero maior de peças com exatidão
e em menor tempo.
Temos hoje em dia fresadoras em diversas áreas da indústria, temos fresadoras sendo utilizadas para afiar ferramentas
ou mesmo para criar peças a partir de um bloco de aço.
Hoje na indústria vemos fresadoras de três eixos, cinco e até mais, com isso eliminamos outros processos posteriores
para chegar no produto final, pois conseguimos com apenas uma máquina fazer operações complexas do projeto da peça
diminuindo e automatizando o set-up.

Foto de uma fresadora CNC


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Conclusão

... A Fresadora ou Máquina de Fresar é uma ferramenta de usinagem muito utilizada no setor metal mecânico. Sua
principal utilização é para usinar detalhes que exijam acabamentos em 3D.
Ao termino do trabalho podemos dizer que o processo de fresagem possui muitas vantagens entre elas a fácil
refrigeração, pois cada corte só fica em contato com a peça durante alguns instantes da rotação podendo ser refrigerado ao longo
do resto do ciclo. A operação propicia a usinagem de superfícies apresentando qualquer orientação, porque tanto a peça quanto a
ferramenta podem se movimentar em mais de uma direção, ao mesmo tempo. Quanto ao movimento de corte podemos dizer que
o satisfatório é o movimento de corte concordante, por ser eficiente na minimização do atrito entre a peça e a ferramenta. No que
diz respeito à profundidade de corte, este parâmetro não mostrou influência quanto ao desgaste, logo, para que se possa reduzir o
tempo de fabricação, devem-se usar os máximos valores admitidos pela ferramenta e pela máquina, porém quanto ao
acabamento, grandes valores de profundidade acarretam em deflexão da ferramenta. Mas para este parâmetro, deve-se também
considerar o avanço, que é determinado conforme os valores admitidos pela ferramenta. Em operações de acabamento, estes
parâmetros devem ser definidos em função da velocidade de corte. Nesta operação devem-se utilizar valores baixos de
profundidade de corte e avanço, que aliados a altas velocidades de corte, proporcionaram corte eficiente do material.
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Referências

J.M.Freire - Tecnologia Mecânica Volume 4;


Ferraresi, Dino 1924 - Fundamentos da usinagem dos Metais.
Diniz, Anselmo Eduardo - Tecnologia da usinagem dos materiais
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fresadora;
http://www.cimm.com.br/
www.youtube.com.br

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