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Aceleramos. Aceleramos até aqui chegar.

Não foi fácil,


mas por fim, cá estamos, depois de ventos e
tempestades de areia. Passaram-se também homens
azuis com cauda a viver num mundo natural, perfeito.
É a partir dessa expectativa que começamos um novo
projecto, algo que não exista, e que chegue connosco.
As folhas, verdes, nas árvores. Lindo! Não só o verde,
as cores todas em geral. Amamos a simplicidade do
branco e a extravagância do dourado. O lado obscuro
do preto e o assim-assim do cinzento. Ilustração,
Fotografia, Texto. A revista nove é um portfolio, um
centro de exibições. Nos próximos meses – sim
contamos durar algum tempo – tencionamos expor
trabalhos de vários autores, qualquer que seja a sua
nacionalidade. Em mesa, estiveram as edições
temáticas. Achámos que tal nos roubava grande parte
da liberdade que temos assim. É isso, e a obra
finalmente nasce. Não queremos fazer concorrência
aos – já existentes – projectos semelhantes, mas sim,
desejamos fechar uma lacuna que existe no mercado
online português. Desejo, a titulo pessoal, boas
leituras e para Agosto voltar-nos-emos a encontrar,
espero eu.
05 Guia de Compras
07 Jazzy Lemonade: fotografia
11 Miguel Godinho: entrevista
21 Adriano Cerqueira: Na esquina de uma vida

fotografia benoit paille


Nike Dunk High Premium
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Disco: Orelha Negra
Orelha Negra
DJ Hero www.myspace.com/orelhanegra
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Candeeiro Forså
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Footballing World
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iPod nano
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fotografia jazzy lemonade
Nasceu, vive e trabalha em Lisboa. No
mundo desde 1984. Estudou na Escola
Secundária Artística António Arroio , na
qual frequentou o curso de Arte e
Tecnologias de Comunicação Audiovisual.
Expôs trabalhos em diversas lojas Fnac e no
Teatro da Trindade. Ganhou a mais recente
edição do Novo Talento Fnac – Fotografia, e
nós estivemos à conversa com ele.
10
“Chamem-me o nome que acharem
que encaixa melhor na imagem que têm de
mim, seja ela qual for, é tudo, menos quem
eu sou.”

TEXTO ADRIANO CERQUEIRA FOTO JULIE DE WAROQUIER


Chamem-me o nome está a chamar. sorriso e olhar sério de alguém
que acharem que encaixa que encara o seu emprego não
melhor na imagem que têm de - Está bom tempo lá fora não como um ofício mas como uma
mim, seja ela qual for, é tudo, está? – O sarcasmo natural de vocação.
menos quem eu sou. uma das raras pessoas pelas - Voltei a minha atenção para o
quais nutro um certo respeito centro da sala, mas os meus
O giz tocava o quadro mútuo e com a qual sinto-me à pensamentos não tardaram a
deixando o típico rastro de vontade para responder de desviar-se da matéria, fosse ela
linhas brancas que há distância igual modo. qual fosse, que estava em foco
formavam alguma equação, - Não sei, acho que tenho de naquele momento. Não,
alguma frase, no fundo meros ir averiguar se está tão bom bastou por os olhos nela,
elementos de um todo como parece – mal as palavras sentada na primeira fila,
reconhecível apenas por saíram da minha boca, mesmo no centro, do lado
aqueles capazes de decifrar o questionei-me sobre a esquerdo da sua carteira. Na
código criado pela personagem extraordinária naturalidade verdade o meu olhar já tinha
que tomava o posto de com que elas surgiram. Como caído sobre ela mal me dirigi
liderança na frente da sala. consigo ser tão eloquente em para a professora e a vi a olhar
Quarta carteira a contar da momentos como este e um na minha direcção. Libertei um
direita, do lado da janela, sim completo pateta em situações triste, inaudível suspiro e
sou eu o tipo a olhar para lá da importantes? Ainda hoje não concentrei-me em escrever
janela, só, numa sala com vinte encontrei resposta para essa algo no meu caderno,
pessoas, a pensar num lugar pergunta. enquanto resistia à estranha
distante, num mundo -Concentra-te no que se está a tentação de empilhar caixas de
diferente. Sinto um ligeiro passar deste lado, já falta minas uma em cima das
toque no braço, é o Tiago a pouco para o descobrires – outras.
avisar-me que a professora me disse, entre o seu já habitual
- Concentra-te no que se está a passar deste lado, já sua devida posição, o toque surgiu. O seu eco ao
falta pouco para o descobrires – disse, entre o seu já atravessar pelas paredes do velho liceu despertava uma
habitual sorriso e olhar sério de alguém que encara o seu autêntica rumaria de cadeiras a arrastarem-se, portas a
emprego não como um ofício mas como uma vocação. abrirem-se e pessoas a falar.
Voltei a minha atenção para o centro da sala, mas os meus
pensamentos não tardaram a desviar-se da matéria, fosse - Finalmente fim-de-semana – disse para o Tiago.
ela qual fosse, que estava em foco naquele momento. - Já não era sem tempo! Vou ver o Sporting a Aveiro,
Não, bastou por os olhos nela, sentada na primeira fila, queres vir?
mesmo no centro, do lado esquerdo da sua carteira. Na - Era uma boa ideia, logo combinamos melhor – toquei-lhe
verdade o meu olhar já tinha caído sobre ela mal me dirigi ligeiramente no ombro e dirigi-me na direcção dela.
para a professora e a vi a olhar na minha direcção. Libertei
um triste, inaudível suspiro e concentrei-me em escrever
algo no meu caderno, enquanto resistia à estranha
tentação de empilhar caixas de minas uma em cima das
outras.

Olhei para o meu pulso, maldito hábito que ao fim de


tanto tempo ainda não consegui perder. Há já uns tempos
tinha deixado o meu velho Casio amarelo guardado
nalguma gaveta de minha casa. Ainda experimentei trocá-
lo por um Swatch branco, mas logo no primeiro dia que o
usei, a corrente arrebentou-se e com ela a minha vontade
de controlar o tempo, ou de ser controlado por ele. Mas
talvez algum sentido de identificação temporal ainda
permanecesse vivo dentro de mim, um resquício primitivo
de tempos há muito perdidos, pois mal repus a manga na
jantar mas que ali nos mantinham presos às palavras e
- Vamos? – Por um momento perdi-me no seu olhar e experiências de cada um. Mas hoje seria diferente, por um
esqueci tudo o que me rodeava. motivo ou outro, tanto o Policarpo como a Verónica nos
deixaram a sós e seguiram os seus caminhos de regresso a
- Sim – o momento foi curto. casa. Ele pegou na sua bicicleta e rapidamente
Pelos estreitos corredores, agora cheios de alunos desapareceu no horizonte em direcção aos prédios para lá
apressados e desejosos de ir para casa saborear a doce da linha de comboio. Ela apanhou a velhinha
liberdade do fim-de-semana, outras pessoas se juntaram a
nós. Outro Tiago, o Acosta, o Policarpo, a Verónica e a Feirense em direcção a São Vicente. Só restámos nós os
Inês. Concentrámo-nos em frente ao portão da saída à dois.
espera daqueles que se atrasaram na conversa com outras
pessoas. Uma vez juntos e feitas as despedidas àqueles Muitas eram as palavras que pairavam sobre o ar,
que daquele ponto para a frente não mais nos muitas eram as conversas que ambos desejávamos e que
acompanhavam, seguimos caminho pela velha estrada de ao mesmo tempo esperávamos nunca vir a ter.
empedrado que nos levava até ao nosso destino, por entre
ruas quase desertas.

O caminho era relativamente curto, num dia normal


demorava 10 minutos a percorrê-lo, mas eu sabia que
nunca chegaria a casa em menos de uma hora. A Inês era a
primeira a deixar-nos, depois o Tiago, o Acosta e
finalmente o Policarpo e a Verónica acompanhavam-nos
até à eterna intercepção, que como uma verdadeira
literalidade metafórica separava o meu caminho do dela.
Geralmente ambos acompanhavam-nos em longas
conversas triviais que chegavam a durar até à hora de
Segurava o velho sinal de Stop que marcava o lugar do - Tem que ser…
nosso encontro, aqui éramos apenas nós e nada mais. Eu - Oh. Até segunda, então?
sabia que podíamos perder horas ali a falar sobre - Sim, até segunda – respondeu com o seu típico sorriso
qualquer assunto, era esse o poder da nossa amizade. que me deixava incapaz de reagir de qualquer maneira
Pois, infelizmente, era esse o único sentimento que ela via para além de simplesmente o retribuir, deixando-me
em mim. perder nos seus olhos.
Enquanto ela falava, apesar de a ouvir com a máxima Ela preparava-se para atravessar quando as palavras
atenção possível de se exigir a qualquer ser humano, saíram sem qualquer aviso. Espera – eu disse.
absorvendo cada uma das suas palavras, perdia-me na - Sim?
observação dos seus gestos, dos seus profundos olhos
castanhos, das leves ondas do seu cabelo, do seu querido Contive-me, incapaz de forçar a honestidade de
nariz e dos sentidos movimentos dos seus lábios. sentimentos que há muito guardo só para mim, embora
no fundo sempre soubesse que ela já se tinha apercebido
O meu único desejo era pegar-lhe pela mão e dizer-lhe, deles.
ali, tudo aquilo que eu sentia, tudo aquilo que eu queria
para nós. Dizer-lhe que a amava, que ela era o único
motivo que me fazia levantar todas as manhãs, que ao vê-
la sentia o meu coração a bater como se despertasse de
um longo sono dormente, que ela era tudo, que só por ela
valia a pena entregar todo o meu ser.

- Bom, tenho de ir ajudar a minha mãe a fazer o jantar


– com esta frase a realidade fez regressar os meus
pensamentos ao aqui e agora que não estava a prestar
atenção.
- Já? – Nada mais me ocorreu.
- Tem um bom fim-de-semana – respondi.
- Tu também – e com um último sorriso atravessou
para o outro lado.

Fiquei a vê-la ir-se embora até a sua sombra se


perder por entre as casas da velha rua de S. Miguel. Um
dia… – Disse a mim próprio, como sempre o fazia.

Continuei pelo rio da minha vida, cujo destino


daquele dia desaguava às portas de minha casa. Hoje,
continuamos a seguir caminhos distintos, próximos um
do outro, mas mais distantes do que alguma vez
conseguiria imaginar.
fotografia joão bicho
JONATHAN IVE FERNANDO + HUMBERTO CAMPANA
IMAC EAMES Lounge CADEIRA BANQUETE
IMAC
PAUL SMITH . MINI

20
Dia após dia encontrava-o, solitário, alguns metros
recuado em relação ao sítio exacto onde as ondas do mar
vinham com os seus lábios de espuma beijar as rochas
agrestes da escarpa.
Eu chegava, sentava-me ao seu lado e os dois, cada um
isolado no silêncio das suas memórias olhávamos o Mar,
tendo estampada no rosto a angústia da espera pelos
náufragos que nunca chegaram a partir.
No decorrer daquele inverno modorrento, que tingia a vida
com as tonalidades pardacentas da desilusão ele foi o meu
companheiro e fiel confidente.
Outros havia que lhe disputavam a atenção, que o tocavam,
visitavam e invariavelmente abandonavam sem o terem
compreendido.
Durante a noite, enquanto fumava o charro que iria embalar
os meus sonhos, observava-o pela janela do meu quarto e
NAQUELE INVERNO
despedia-me com um beijo que empurrava da palma da
RICARDO CANAVEIRA
minha mão com um sopro, para então me ir deitar e sonhar
com os desamores de outrora.
Na manhã do meu último dia de férias saí muito cedo, ainda
antes de o Sol se dignar a iluminar-me os passos. Sentei-me a
seu lado, apoiei nele o meu corpo e segura de mim curei
todas as chagas da minha miséria, redimi a minha alma de
todos os seus pecados e chorei todos os remorsos que
habitavam o meu peito.
Limpa e leve levantei-me. Inspirei o bafo húmido do mar e
TEXTO MARIA PEDROSO FOTO DISTEMPER
deixei-o solitário cumprindo a função para a qual tinha sido
erguido enquanto Farol: orientar as almas perdidas deste
Mundo.
22
fotografia terry richardson
FOTO
Na esperança de encontrar algo que me animasse
patrioticamente, por detrás de todas as injúrias que o nosso
Portugal me causou – não só a mim -, decidi encontrar força
interior para me transformar numa Thurman – passo o
transformismo – e fazer de Portugal um BILL, que a única coisa
que resta é um gosto amargo a desilusão.

A minha “hattori hanzo” [amiga “laminante”/espada]


tem o gosto e o prazer de vos apresentar tudo aquilo
que ela quer cortar, laminar e destruir no nosso
Portugal. Desde a falta de competitividade económica
e financeira, política sem crédito algum, histerismo
dos media e imprensa, até aos programas de verão
em directo, resultados medíocres da selecção
nacional, conhecimento escasso - exclusivamente na
época festiva e uma ‘catrefada’ esfusiante de
hipotéticas medidas que vão mudar o país, é neste
instante que paro! Espeto a minha lâmina reluzente
nos temores nacionais – na esperança que se esvaíam
em sangue – mando o texto para a redacção, e vou
ver o 5 para a Meia-Noite. (Não se esqueçam… com
pátria tudo se resolve!)
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