Algo que te tocasse no fundo da alma, assim como o
meu amor por você toca na minha. Toda vez que penso em você, lembro de você, falo com você, te vejo... Eu tenho mais certeza de que é com você que eu quero estar pro resto da minha vida. Não que eu não possa ser feliz com outra pessoa um dia. Sim, posso, e espero ser. Espero, porque sei que nunca terei o teu amor verdadeiramente. A minha única certeza é que ninguém nesse mundo me faria mais feliz do que você. Cada gesto simples teu, inunda meu coração de alegria. E como eu sinto falta desses gestos... Eu te sinto cada vez mais distante, mais do que eu imaginei um dia, mais do que eu possa suportar. Talvez eu escreva pra simplesmente pra revelar um pouco do que eu sinto, abrir-me como uma delicada rosa para mostrar-te o que tem dentro de mim. Vou desabrochar por você, querido. Eu sempre tive sérios problemas com relacionamentos. Sempre fiquei apaixonada por quem nunca olhou pra mim. E nunca amei quem realmente me amou. E eu namoro, sim. Mas é pelo simples fato de precisar de alguém. Sim, sei que é errado iludir alguém por carência. Mas a culpa não é minha de toda vez que sou beijada imaginar teus lábios. Não tenho culpa de imaginar teu perfume em todo aroma que sinto. Não tenho culpa de fechar os olhos e ler seu nome em minhas pálpebras. Não tenho culpa de sonhar contigo toda noite. De te desejar silenciosamente cada vez que respiro. É incrível como, visto de fora, o amor é tão banal. É algo que eu simplesmente sinto. “E daí? Todo mundo já sofreu por amor, Raíssa. Isso passa.” É, eu também tento me enganar pensando isso.
... Eu então fechei meus olhos e como de costume cai em pensamentos, eu
sabia que não ia adiantar de nada, ele não sabia ler mentes ou decifrar corações, era algo oculto e eu não diria nada. Acostumei-me com a idéia de que seria sempre assim. Ele então se aproximou devagar e beijou-me e não se conteve. Foi como se a minha mente estivesse ligada em o seu corpo, fez exatamente o que o meu coração me mandava fazer a tempos, exatamente como no sonho. Descobriu o meu segredo e beijou minha boca, dizendo tudo que sentia sem sequer uma palavra. Não importava mais nada, não existia mais nada entre a gente apenas uma enorme vontade de seguir em frente, de saber como seria. Eu o olhava fixamente, ele parecia me entender. Minhas mãos deslizavam por sua pele e minha mente desarmava- se e rendia-se, fim de guerra, meu coração venceu. Eu não fazia idéia de quanto tempo duraria aquilo, mas eu não queria que acabasse. Eu sabia que era um sonho,e que eu ficaria fora de mim por mais um bom tempo. E foi assim que aconteceu. Mas não exatamente. Você pegou a mão, olhou nos olhos, e beijou… Mas era você beijando outra boca, tocando em outras mãos, olhando em outros olhos. Tentei pensar em como descrever o que sento só em pensar nisso. Impossível. É como se meus sonhos criasse vida própria, fossem até a casa de outra pessoa, e se realizasse para ela, não para mim. É nesse momento que eu paro para pensar se esse sonho, foi um dia, realmente meu. Imagino você com outra pessoa nesse exato momento. Tento sorrir, pensar “ele está fazendo o que é melhor para ele”. Mas não consigo. Tento não chorar. Inutilmente… Só de pensar nessa noite, no presente. Ele deve estar com alguém agora. Eu não faço parte do contexto, acho que nunca fiz. E mesmo que você esteja sozinho, não está comigo... Eu não sei o que você sente. Só sei o que eu sinto. Parabéns mais uma vez para mim, por ser tão idiota. É difícil não ser quando depositamos todas nossas esperanças em algo… E nosso mundo cai. Não, não sinto raiva de mais ninguém a não ser de mim mesma. Eu me iludi, como uma garotinha. Você nunca me iludiu. Sempre deixou claro: “ Moramos longe, talvez um dia...” Mas não posso deixar isso acontecer de novo. É impossível não te querer, não pensar em você. Não consigo me controlar... Mas eu prometo ser a sua melhor amiga. Prometo me esforçar ao máximo pra ser só isso; Você me disse que só saberemos verdadeiramente o que sentimos quando nos encontrarmos, mas é por que você não sente o que eu sinto, e o quanto eu sinto... Te amo demasiadamente, Jean Felipe.