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A História de São Salvador Do Kongo
A História de São Salvador Do Kongo
Reis embalsamados
Os cadveres dos reis eram transportados para o sunguilu, local onde eram lavados
para depois serem levados para Mpinda Etadi (casa morturia), onde eram
recebidos por mams especializadas na arte de embalsamar.
O historiador explicou que na casa morturia o cadver era estendido numa maca
com fogo por baixo para garantir o escorrimento de toda a gua contida no corpo,
processo que permitia a conservao natural do defunto, de seis meses a um ano,
enquanto os seus colaboradores preparavam a eleio do novo sucessor, por
sufrgio universal.
O squito do rei, incluindo a equipa das mams que embalsamavam os corpos dos
reis, tinha a obrigao de manter sigilo sobre a morte do rei at eleio do
sucessor para, conforme aludiu Nicolau Cabeia, prevenir desordens e invases.
Revolta popular
Antes da chegada dos portugueses, Mbanza Kongo chamava-se Mpemba na poca
de Nimi a Lukeni, o fundador da cidade. Nicola Cabeia, elucidou que por altura da
prestao de contas, Mbanza Kongo, como capital do reino, acolhia as grandes
reunies que juntavam todos os manis (governadores provinciais).
A capital do reino do Kongo foi descoberta por Nimi a Lukeni, que era um exmio
caador proveniente da Lunda, das margens do rio Kuango.
Nimi a Lukeni mereceu a confiana do povo sua chegada a Mbanza Kongo, por
apresentar propostas que melhoravam a vida das pessoas. Foi aclamado rei.
rvore secular
Yala Nkwo conhecida como a rvore secular de Mbanza Kongo. Segundo reza a
tradio, a sua existncia anterior chegada dos portugueses. A colorao da sua
seiva avermelhada. A populao confundia a seiva com sangue. Aproveitando a
brisa da sua sombra, o rei do Kongo escolheu o local para recepo de visitantes
ilustres e descanso nas horas de lazer, disse Nicolau Cabeia.
Nicolau Cabeia disse a terminar que at hoje paira ainda o mito de que ningum
pode tocar na Yala Nkwu com objectos cortantes, porque seno, quem golpear a
rvore pode morrer ou ter problemas de sade.
Joo Mavinga/Jornal de Angola