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Mateus 4.1-11
Confundir tentao com pecado uma das confuses mais
comuns quando tratamos sobre a santificao. Ainda que ao diabo seja
dada a alcunha de tentador (Mt 4.3), precisamos lembrar que as
tentaes provem dos trs inimigos declarados de nossa alma: o Diabo,
a carne e o mundo (Ef 2.1-3; Tg 1.13-15; 1 Jo 2.15,16). A tentao em si
no um pecado, se fosse assim, as Escrituras no poderiam afirmar
que Jesus foi tentado em todas as coisas, nossa semelhana, mas
sem pecado (Hb 4.15). Vencer as tentaes e viver em santidade
parte da vida crist, que tem como propsito ser como Jesus (Rm 8.29).
Neste sentido, precisamos olhar para a narrativa das tentaes de Jesus
como um modelo para nossa santificao pessoal.
Aprendemos luz do texto, que o Esprito Santo conduziu Jesus
para o deserto com o propsito de ser tentado (v.1). Vemos a soberana
mo de Deus conduzindo a histria do seu Filho amado e, portanto,
permitindo que ele fosse tentando pelo prprio Diabo. possvel que
alguns deem mais nfase ao maligna que ao divina no texto. Por
isso, observe que a atitude de Cristo no deserto foi jejuar, como um
reconhecimento de que o poder de Deus se aperfeioa na fraqueza (v.2
cf. 2 Co 12.9). Logo, quem estava ali sendo tentado era o Filho Eterno de
Deus encarnado, que ao mesmo tempo era homem perfeito, que
entendia sua dependncia do Pai. O que vemos no deserto, portanto, era
um homem cheio do Esprito Santo de Deus.
A primeira tentao sugere uma atitude contrria quela que Jesus
estava mantendo (v.3). De maneira arrogante, Satans num tom
imperativo diz a Jesus que assumisse o controle da situao e, como
Deus que era, transformasse pedras em pes para satisfazer suas
necessidades. A atitude de Jesus foi demonstrar sua confiana exclusiva
na Palavra de Deus (v.4). Na sequncia, com o mesmo tom imperativo,