Estabelecimento empresarial é o conjunto organizado de bens que o empresário reúne para exploração de sua atividade econômica. Trata-se de elemento indissociável à empresa, já que não é possível dar início à atividade empresarial sem a organização de um estabelecimento.
Estabelecimento empresarial é o conjunto organizado de bens que o empresário reúne para exploração de sua atividade econômica. Trata-se de elemento indissociável à empresa, já que não é possível dar início à atividade empresarial sem a organização de um estabelecimento.
Estabelecimento empresarial é o conjunto organizado de bens que o empresário reúne para exploração de sua atividade econômica. Trata-se de elemento indissociável à empresa, já que não é possível dar início à atividade empresarial sem a organização de um estabelecimento.
Estabelecimento empresarial o conjunto organizado de bens que o
empresrio rene para explorao de sua atividade econmica. Trata-se de elemento indissocivel empresa, j que no possvel dar incio atividade empresarial sem a organizao de um estabelecimento. A proteo jurdica do estabelecimento empresarial visa preservao do investimento realizado na organizao da empresa. Vale ressaltar o conceito de fundo de empresa j que o valor agregado ao conjunto organizado de bens, em razo da atividade econmica.
- Natureza
Trs pontos so de importante relevncia:1- o estabelecimento
empresarial no sujeito de direito, 2- o estabelecimento empresarial uma coisa, 3- o estabelecimento empresarial integra o patrimnio da sociedade empresria. Assim, o estabelecimento empresarial no pode ser confundido com a sociedade empresria(sujeito de direito), nem com a empresa(atividade econmica).Desta forma, vale destacar que o estabelecimento empresarial pode ser alienado mas a empresa no.
- Elementos do Estabelecimento Empresarial
O estabelecimento empresarial composto por elementos
materiais(bens corpreos) e imateriais(ponto, nome, marca, etc). O aviamento, um atributo da empresa, o potencial de lucratividade da empresa e no elemento do estabelecimento empresarial, e sim uma caracterstica deste. Aviamento a rigor, sinnimo de fundo de empresa, ou seja, designam ambas expresses o sobrevalor, agregado aos bens do estabelecimento empresarial em razo da sua racional organizao pelo empresrio. (OBS.: Henrique falou em sala e anotou no caderno que Aviamento sinnimo de estabelecimento empresarial, mas no livro do Fbio Ulhoa Coelho est o que eu escrevi a acima. Fiquei na dvida, mas a fica a critrio de cada um). Clientela que o conjunto de pessoas que habitualmente consomem os produtos ou servios fornecidos por um empresrio, tambm no elemento do estabelecimento empresarial. Por fim, vale ressaltar que as dvidas e obrigaes tambm no integram os elementos do estabelecimento empresarial.
- A proteo ao ponto: locao empresarial
Ao se estabelecer, uma das principais questes que o empresrio
deve equacionar diz respeito localizao do seu negcio. O ponto, tambm chamado de propriedade comercial, o local em que o empresrio se estabelece. Denomina-se, ento, direito de inerncia ao ponto o interesse, juridicamente protegido, do empresrio relativo permanncia de sua atividade no local onde se encontra estabelecido. A lei de luvas e a lei de locao predial urbana vigente, que tutelam o direito de inerncia ao ponto do locatrio, diz que: o comerciante e o industrial que locar o imvel para a explorao de sua atividade pro prazo determinado de no mnimo 5 anos e no tivesse mudado de ramo nos 3 ltimos, pode pleitear renovao compulsria do vnculo locatcio.
- Requisitos da Locao Empresarial
Classificam-se as locaes prediais urbanas em duas categorias: a
residencial e a no residencial. Nesta ltima o locatrio autorizado a explorar uma atividade econmica.Por outro lado, se o locatrio, na locao no residencial titular de direito de inerncia ao ponto e pode pleitear judicialmente a renovao compulsria do contrato, ento a locao empresarial. Assim, necessrio para que a locao seja empresarial os seguintes requisitos: contrato escrito, com prazo determinado (requisito formal), mnimo de 5 anos de relao locatcia(requisito temporal) e explorao da mesma atividade econmica por pelo menos 3 anos ininterruptos(requisito material).
OBS.: Se o contrato oral ou, sendo escrito, estabelece prazo de
durao indeterminado, a locao NO empresarial.
- Exceo de Retomada
Na locao empresarial, o direito do locatrio de inerncia ao ponto
tem o seu fundamento na lei ordinria. De outro lado, o direito de propriedade do locador constitucionalmente garantido. Assim, a renovao compulsria do contrato de locao empresarial, com efeito, s ter validade se for compatvel com o exerccio do direito de propriedade pelo locador; no podendo nunca o direito do locatrio, fundado em lei ordinria se sobrepor ao direito do locador, protegido constitucionalmente. Por esta razo, admite-se a exceo da retomada, na ao renovatria. As situaes previstas na lei que permitem exceo de retomada so: 1- realizao de obras no imvel, que importem sua radical transformao, por exigncia do poder pblico; 2- reformas no imvel, que o valorizem, pretendidas pelo locador; 3- insuficincia da proposta apresentada pelo locatrio, na ao renovatria; 4- proposta melhor de terceiros;5- transferncia de estabelecimento existente h mais de um ano, pertencente ao cnjuge, ascendente ou descendente do locador, ou a sociedade por ele controlada;6- uso prprio. Em relao a esta ltima situao, o locador pode no renovar o contrato para usar ele prprio a sua propriedade, mesmo que seja para explorar igual ramo de atividade do locatrio, entretanto, devida a indenizao em favor do locatrio, pela perda do ponto, sempre que tiver sido ele o responsvel pela organizao do estabelecimento empresarial naquele lugar.
-Ao renovatria
O direito de inerncia do ponto exercido atravs de uma ao
judicial prpria denominada renovatria. Esta ao deve ser proposta pelo locatrio no prazo entre 1 ano e 6 meses antes do trmino do prazo do contrato a renovar, ou seja, a renovao deve ser pleiteada pelo locatrio no transcurso dos primeiros 6 meses do ltimo perodo anual de vigncia do contrato de locao. Note-se, contudo, que a perda do prazo para a ao renovatria no importa o fim do vnculo locatcio, ou seja, encerrado o prazo contratual determinado, se as partes simplesmente continuarem cumprindo as obrigaes prprias da locao, considera-se prorrogado o vnculo.Neste caso, contudo, a locao perde a sua natureza empresarial e o locatrio sujeita-se retomada do bem, pelo locador, mediante simples aviso com 30 dias de antecedncia.
- Indenizao do Ponto
A forma de se compatibilizar a retomada do bem com os legtimos
interesses do locatrio a sua indenizao pela perda do ponto. Entretanto, no qualquer hiptese de desacolhimento da ao renovatria que d ensejo indenizao em favor do locatrio. Apenas se a improcedncia decorre do atendimento exceo da retomada apresentada pelo locador, ter o empresrio o ressarcimento pela perda do ponto. Assim, so trs os pressupostos para o empresrio ter direito indenizao pela perda do ponto: 1-caracterizao da locao como empresarial, com o atendimento aos requisitos formal, temporal e material; 2- ajuizamento da ao renovatria dentro do prazo;3- acolhimento de exceo de retomada. Presentes estes pressupostos, caber a indenizao pela perda do ponto nas seguintes hipteses:1- se a exceo da retomada foi a existncia de proposta melhor de terceiro, 2- se o locador demorou mais de 3 meses, contados da entrega do imvel, para dar-lhe o destino alegado na exceo de retomada(ex:realizao de obras), 3- explorao, no imvel, da mesma atividade do locatrio,4- insinceridade da exceo da retomada.
-Shopping Center
Se um prdio construdo de espaos relativamente autnomos, e o
proprietrio organiza a distribuio desses espaos, de forma a loc-los para pessoas interessadas em explorar determinadas atividades econmicas pr- definidas, ele j pode se considerar empresrio. Ele titular de empresa do ramo shopping Center. A idia bsica do negcio pr disposio dos consumidores, num local nico, de cmodo acesso e seguro, a mais variada sorte de produtos e servios. Assim, sem a organizao da concorrncia interna, no se pode considerar shopping Center uma simples concentrao de lojas num mesmo prdio. Neste sentido, o empresrio titular do shopping deve ficar atento s exigncias do consumo, s marcas em ascenso, aos novos servios e tecnolgicas, aos modismos, bem como ao potencial econmico de cada negociante instalado no complexo. A lei impede que sejam cobradas dos lojistas as despesas com:1- obras de reformas ou acrscimos que interessem estrutura integral do imvel,2- pintura das fachadas, esquadrias externas, empenas, poos de aerao e iluminao,3- indenizaes trabalhistas e previdencirias pela dispensa de empregados, anteriores ao incio da locao,4- obras ou substituies de equipamentos, que impliquem modificao do projeto original,5-obras de paisagismo. A lei de locaes, contudo, admite claramente a renovao compulsria do contrato de locao de espaos em shopping centers; entretanto, se a renovao importar prejuzo ao empreendimento, caber exceo de retomada.E, se o locatrio tiver prejuzo, ter direito indenizao.
-Alienao do Estabelecimento Empresarial
O estabelecimento empresarial pode ser vendido pelo empresrio que
o titulariza. O contrato de compra e venda de estabelecimento denomina-se trespasse, e muitas vezes proposto, no meio empresarial, atravs das expresses passa-se o ponto. No trespasse, o estabelecimento empresarial deixa de integrar o patrimnio de um empresrio(o alienante) e passa para o de outro (o adquirente). O objeto da venda o complexo de bens corpreos e incorpreos, envolvidos com a explorao de uma atividade empresarial.
- A Questo da Sucesso
Somente com a entrada em vigor do CC-02 opera-se a sucesso.
Assim, o adquirente do estabelecimento empresarial responde por todas as obrigaes relacionadas ao negcio explorado naquele local, desde que regularmente contabilizadas, e cessa a responsabilidade do alienante por estas obrigaes no prazo de um ano. Desta forma, considera-se sucessor o adquirente do estabelecimento, quando a obrigao do alienante se encontrava regularmente contabilizada. Independentemente de regular escriturao, o adquirente sempre sucessor do alienante, em relao s obrigaes trabalhistas e fiscais ligadas ao estabelecimento. O contrato de alienao do estabelecimento empresarial deve ser levado a registro na Junta Comercial e publicado na imprensa oficial. Se ao alienante no restarem bens suficientes para solver o passivo relacionado ao estabelecimento vendido, a eficcia do contrato ficar na dependncia do pagamento de todos os credores ou da anuncia destes. Em decorrncia, o empresrio que pretende alienar o seu estabelecimento empresarial deve solicitar o prvio consentimento dos seus credores. O consentimento pode ser expresso (dado por escrito), ou tcito (caracterizado pela inrcia do credor nos 30 dias seguintes notificao judicial ou extrajudicial).Assim, o alienante s est dispensado da precauo na hiptese em que permanece solvente, mesmo aps a alienao.
OBS.: - De acordo com o artigo 448 da CLT, mudanas na propriedade
da empresa no afetam os contratos de trabalho.
- A sucesso tributria somente se caracteriza, em qualquer caso, se
o adquirente continuar explorando, no local, idntica atividade econmica do alienante. Se alterar o ramo de atividade do estabelecimento, no responde mais elas dvidas fiscais do alienante, nem direta, nem subsidiariamente. Assim, se o adquirente for judicialmente responsabilizado por obrigao tributria do alienante, poder ressarcir-se junto a esse, se o contrato de trespasse previa a no-assuno da dvida objeto da execuo fiscal. Do mesmo modo, se o alienante foi executado por dvida fiscal que, nos termos do contrato de trespasse, era da responsabilidade do adquirente, ter contra esse o direito de regresso.
- Trespasse e Locao empresarial
Na maioria dos casos, o estabelecimento empresarial se encontra em
prdio locado pela sociedade empresria. Quando assim , o trespasse envolve necessariamente a cesso da locao, que depende de autorizao do locador ou pode se ocasionar a resciso desta em 90 dias seguintes sua publicao. O adquirente do estabelecimento empresarial situado em imvel locado, deve negociar no apenas com o titular do fundo de empresa (o locatrio), como tambm com o dono do imvel (o locador). A anuncia do locador para a cesso da locao pode ser expressa ou tcita, caracterizando-se a ltima pela sua inrcia, no prazo de 30 dias, aps a notificao do trespasse. Se o locador no se manifestar por nenhuma das formas, sujeita-se o adquirente retomada do imvel, a qualquer tempo. O locador, pode ento, nos 90 dias seguintes publicao, rescindir a locao se houver justa causa; ficando o alienante obrigado a indenizar o adquirente pelos danos decorrentes.
- Clusula de No- restabelecimento
O restabelecimento do alienante, que pode caracterizar
enriquecimento indevido, evitado nos contratos de trespasse que inserem a clusula proibitiva de restabelecimento do alienante. Entretanto, a clusula de no-restabelecimento que vede a explorao de qualquer atividade econmica ou no estipule restries temporais ou territoriais ao impedimento, invlida. O objetivo da proibio contratual impedir o enriquecimento indevido do alienante, atravs do desvio eficaz de clientela. Assim, se o trespasse apresentar clusula expressa, no haver dificuldades em se estabelecerem os direitos e obrigaes dos contratantes em relao concorrncia. Mas, se o instrumento omisso, disps a lei que o alienante fica impedido de concorrer com o adquirente pelo prazo de 5 anos.